A CRP é o instrumento prático através do qual nós passamos de um
bem jurídico conceito para ade abstracto decisão concreta sobre se um determinado bem jurídico fundamental. é ou não ↓
Não basta a demonstração de que o comportamento é lesivo de bens
fundamentais, jurídicos para que seja legítima a intervenção do Estado, comportamento. criminalizando esse (Imaginem que o legislador queria criminalizar a condução sem cinto de condução segurançaacima ou a de 90 km/h, porque estes comportamentos são perigosos jurídico para umfundamenta, bem a vida e a integridade física das pessoas. Então código da estrada em Código penal. transformar-se- ia o ↓
O Dto. penal é apenas um instrumento de tutela subsidiária de bens
só se aplica jurídicos se não houver outro meio , menos gravoso e igualmente fundamentais, eficaz, para aplicar. FIM DAS PENAS
Existe a necessidade de encintar ama determinada razão para os fins das
do artº18 nº2 da CRP. penas, por causa Aqui teremos de pensar que finalidade positiva realiza a pena de prisão? Ora, se pensarmos na pena de prisão, a sua execução traduz-se na que é umda restrição bem jurídico fundamental (art. 27º da CRP) por força do art.º 18 liberdade que nº 2 oCRP,Estado só está legitimado para restringir um direito fundamental, na diz-nos demonstra medida em aque necessidade de prescrição da pena principal, na perspectiva interesses fundamentais. da salvaguarda de
A pena de prisão, enquanto reacção á prática do crime, só se justifica numa
constitucional, perspectiva se se conseguir demonstrar que essa restrição da liberdade para salvaguardar outros direitos fundamentais. é necessária A questão do fim das penas é discutida em relação á pena de prisão. →Se nós não conseguirmos demonstrar que a pena é um bem, que não é da liberdade, apenas que é necessária para salvaguardar outros direitos a restrição legítima a penanão fundamentais, de prisão, é porque é inconstitucional (art.º 18.º nº 2 da CRP).