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MESOTELIOMA E ASBESTOSE | DOENÇAS DO AMIANTO

Asbestose é uma doença pulmonar causada pela aspiração de fibras de


asbesto, também conhecido como amianto, que pode levar à falência
respiratória, câncer de pulmão e ao mesotelioma maligno.

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ASBESTO – AMIANTO

O asbesto (nome de origem grega) ou amianto (nome de origem latina) é uma


fibra de origem natural, muito usada pela indústria devido a sua elevada
resistência ao calor (até 1000ºC), a químicos e à tração, grande flexibilidade,
durabilidade, isolamento sonoro e pelo seu baixo custo.

O asbesto (amianto) é usado em várias áreas, como na mineração, construção


civil, construção de navios, construção de ferroviária, indústria química,
indústria automobilística, encanamentos, revestimentos à prova de fogo,
isolamento acústico, fabricação de telhas de fibrocimento e mais de 2500
outros produtos.

Entre os profissionais com maior risco de exposição ao amianto encontram-se:

- Encanadores
- Soldadores
- Zeladores
- Eletricistas
- Carpinteiros
- Trabalhadores da construção civil e naval
- Mineradores
- Pessoas que trabalham com materiais isolantes

O amianto foi uma das principais matérias primas durante o processo de


industrialização mundial no final do século XIX e primeira metade do século XX,
período em que as doenças associadas ao contato com o pó de asbesto e as
fibras microscópicas começaram a ser identificadas. Deste então, o asbesto
passou a ser conhecido como a poeira assassina.
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Fibras de asbesto

Os materiais à base de amianto foram proibidos em toda União Européia e


Austrália, porém, apesar de todo conhecimento dos riscos à exposição do
asbesto, interesses econômicos ainda mantêm a produção de asbesto elevada
em alguns países, principalmente Rússia, China, Cazaquistão, Canadá e
Brasil, os cinco maiores produtores do mundo.

No Brasil, o amianto foi banido apenas parcialmente. A crisótila (amianto


branco) ainda é explorada em vários estados do país. Apenas Rio de Janeiro,
São Paulo, Pernambuco e Rio Grande do Sul aboliram todas as formas de
amianto.

A exploração do amianto do tipo crisótila sofre grande defesa no Senado e na


câmara dos deputados pela chamada “bancada do amianto”. Este grupo alega
que não existem dados científicos que comprovem que esta forma de amianto
(crisótila) seja nociva à saúde e, portanto, sua proibição prejudicaria uma
indústria que movimenta algo em torno de 2,5 bilhões de reais por ano.

Realmente o amianto crisótila é menos nocivo, porém, de modo algum é


inofensivo. O grande problema é que as doenças causadas pelo do asbesto
atingem anualmente uma parcela muito pequena da população, enquanto que
os lucros que esta atividade gera são exorbitantes.

DOENÇAS RELACIONADAS A EXPOSIÇÃO DO ASBESTO (AMIANTO)

1) Asbestose

A asbestose é uma doença pulmonar causada pela aspiração de pó de


asbesto. O mineral quando inalado e absorvido pelos pulmões desencadeia
uma reação inflamatória que, em última análise, leva a fibrose do pulmão,
substituindo o tecido pulmonar saudável e funcionante por cicatrizes.

O sintomas da asbestose só costumam aparecer após 2 ou 3 décadas da sua


exposição, o que faz com que em alguns países a sua incidência esteja
aumentando, uma vez que os pacientes estão manifestando hoje sintomas de
uma doença que se iniciou nas décadas de 1970 e 1980, período em que ainda
não havia um grande controle sob a exploração do asbesto.
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O desenvolvimento da asbestose depende do tempo de exposição, do tipo de


asbesto exposto e da quantidade de pó inalada. Todos os tipos de amianto
podem causar asbestose.

Sintomas da asbestose

Asbestose

Os primeiros sintomas da asbestose são a falta de ar e a intolerância aos


esforços, causados pela fibrose pulmonar. Com a progressão da doença,
surgem a tosse seca e dor torácica ao respirar. A falta de ar tende a piorar com
o tempo, e em fases avançadas, está presente mesmo quando o paciente
encontra-se em repouso.

O surgimento de baqueteamento digital (dedos em forma de baquetas) é um


sinal de doença pulmonar e má oxigenação crônica (leia: FALTA DE AR |
Causas e tratamento).

O aparecimento de placas nas pleuras e o derrame pleural são outras


manifestações comuns da asbestose (leia: DERRAME PLEURAL | Tratamento,
sintomas e causas)

A destruição do tecido pulmonar pode levar a hipertensão pulmonar, que por


sua vez, leva aocor pulmonale, a insuficiência cardíaca causada por doenças
do pulmão (leia: INSUFICIÊNCIA CARDÍACA | CAUSAS E SINTOMAS).

Tratamento da asbestose

Não existe tratamento para curar asbestose. A fibrose que ocorre nos pulmões
é irreversível e o tratamento se limita a descontinuar a exposição ao amianto,
evitar o tabagismo – que acelera a destruição dos pulmões – e administração
de oxigênio naqueles com falta de ar importante.

2) Mesotelioma maligno
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O mesotélio é um tipo de tecido que compõe as finas membranas que


envolvem algum dos nossos órgãos como o pericárdio com o coração, a pleura
no caso dos pulmões e o peritônio que envolve nosso órgãos intra-abdominais.

O mesotelioma é câncer que surge a partir destas células (leia: CÂNCER


(CANCRO) | SINTOMAS E DEFINIÇÕES).

O mesotelioma pleural é a forma mais comum de mesotelioma maligno,


seguido pelo mesotelioma peritonial, mesotelioma pericárdico e, por último,
pelo mesotelioma testicular.

O mesotelioma é um tipo de câncer raro, cuja associação é praticamente


exclusiva às pessoas expostas ao asbesto. Mais de 70% dos casos
apresentam clara relação com o amianto. Boa parte destes 30% sem causa
estabelecida, provavelmente também estão relacionados ao asbesto, porém,
como o câncer costuma ocorrer décadas depois da exposição, nem sempre é
possível estabelecer uma relação causal entre o amianto e o mesotelioma
maligno. Aproximadamente 8% dos trabalhadores que têm contato com o
asbesto, irão desenvolver mesotelioma maligno.

Sintomas do mesotelioma maligno

Os sintomas do mesotelioma maligno dependem do mesotélio afetado. As duas


formas mais comuns são o mesotelioma pleural e o mesotelioma peritonial.
Seus sintomas mais comuns são:

- Mesotelioma pleural: falta de ar, dor torácica pleurítica (que ocorre à


respiração profunda), perda de peso, febre e suores noturnos são os principais
sintomas. Na radiografia de tórax é comum encontrarmos derrame pleural no
pulmão acometido.

- Mesotelioma peritonial: Ascite (leia: ASCITE | O que é, causas e tratamento), dor


abdominal, náuseas, emagrecimento e, em casos avançados, sinais de
obstrução intestinal.

Tratamento do mesotelioma maligno

Não há cura para o mesotelioma maligno e a sobrevida média desde o


diagnóstico é de apenas 9 meses. Os tratamentos atuais visam o aumento da
sobrevida e incluem a cirurgia para ressecção do tumor associado a
quimioterapia e radioterapia

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