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Infertilidade humana.

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Infertilidade Humana e Reprodução Assistida

A infertilidade é a incapacidade temporária ou permanente de gerar um filho


ou de levar uma gravidez até ao seu termo natural. Apenas se considera a
infertilidade quando um casal tem relações sexuais regularmente, na
ausência de contracetivo, durante um período de um ano, sem que ocorra
uma gravidez.
Infertilidade Humana e Reprodução Assistida

As causas da infertilidade podem estar associadas a fenómenos


de diferentes origens: ambientais, psicossociais e biológicos.

Psicossociais Ambientais

-Adiar o início da procriação; Não existem dados científicos que


-Vida sexual precoce que comprovem seguramente a
pode levar a uma maior intervenção destes fatores na
exposição às DST e abortos; esterilidade, contudo há estudos
- Uso prolongado de que indicam a sua influência.
contracetivos; - Fatores físicos – calor, algumas
-Consumo de tabaco, álcool, radiações e vibrações - e fatores
estupefacientes e fármacos. químicos – exposição prolongada
a pesticidas e metais, entre
outros.
Infertilidade Humana - Fatores de origem feminina

Perturbações na ovulação provocadas por disfunções hormonais


Ex.: Se os níveis de LH ou FSH sofrerem variações, não se registará a
ovulação. Como a produção destas hormonas é controlada pelas quantidades
de progesterona e de estrogénio, as variações destas últimas podem pôr em
causa a ovulação.

Perturbações na ovulação provocadas por disfunções ováricas


As alterações ováricas provocadas, por exemplo, por traumas cirúrgicos ou
tumores, podem impedir a maturação dos folículos e consequente libertação
do oócito II.
Cicatrizes e infeção
Anomalias nas
Trompas de Falópio
Podem surgir anomalias
nas trompas de Falópio,
estruturais ou funcionais
originadas por infeções,
por exemplo.
Infertilidade Humana - Fatores de origem feminina
Endometriose
Considera-se que existe endometriose
quando o tecido endometrial cresce e
descama fora do útero. Podem surgir lesões
em qualquer ponto da pélvis, e esta é uma
causa frequente de infertilidade feminina.

fibroma

Trompa falópio Trompa


de falópio

Disfunções uterinas
As malformações e alterações da posição
do útero, bem como a presença de quistos Colo do útero
nas paredes do mesmo, podem dificultar
ou mesmo inviabilizar a gravidez.
Problemas no colo do útero
O muco cervical altera a sua textura ao longo do ciclo menstrual segundo o
comando hormonal, facilitando ou dificultando a passagem dos espermatozoides
através dele. Se não existir coincidência entre o estado claro e elástico do muco
e a altura da ovulação, pode-se estar perante um caso de infertilidade.

Ovócito II

Infertilidade Muco
imunológica cervical
A mulher pode produzir Colo do
Muco
útero
anticorpos antiesperma ou ovário cervical
anticorpos contra o próprio útero
embrião, provocando
abortos sucessivos. Colo do
útero
anticorpos
Abertura do
colo do útero
Esperma
Infertilidade Humana - Fatores de origem masculina
Cerca de 75% a 80% dos casos de infertilidade masculina estão
associados à ausência de produção de esperma saudável.

Disfunções hormonais
A produção alterada de GnRH, FSH, LH e de Testosterona leva a uma deficiente
produção de esperma saudável.

Disfunções metabólicas
O mau funcionamento da próstata ou da vesícula seminal pode levar à ausência
ou diminuição de determinadas enzimas, alterando a constituição do líquido
prostático/seminal.

Deficiências testiculares
As lesões testiculares, as malformações congénitas e a presença de varicocelos
(massa de veias dilatadas que se localiza no escroto e que dificulta a drenagem
do sangue, provocando o aumento da temperatura) podem ser causas da
infertilidade masculina.
Infertilidade Humana - Fatores de origem masculina

Fator tubárico
O bloqueio ou a ausência de canais deferentes impede a circulação e
maturação dos espermatozoides.

Disfunções sexuais
A ejaculação retrógrada, em que o esperma é encaminhado para a bexiga e
não para a uretra e a disfunção erétil podem ser causas associadas a alguns
casos de esterilidade masculina.

Infertilidade imunológica
O sistema imunitário pode produzir anticorpos antiespermatozoides que
podem intervir na sua mobilidade e/ou na sua capacidade fecundativa.
Anomalias morfológicas dos espermatozoides
Quais as opções que a medicina dispõe atualmente?

Técnicas de reprodução medicamente assistidas


As técnicas médicas atuais facilitam o encontro de gâmetas, promovendo-o
fora do corpo materno, ou em locais do aparelho reprodutor feminino
menos hostis para ambos os gâmetas, possibilitando a procriação. Estas
técnicas incluem:
•Inseminação artificial;
•Fertilização in vitro;
•Injeção intracitoplasmática de espermatozoides (microinjeção);
•Transferência intratubárica de gâmetas de zigotos ou de embriões;
•Diagnóstico pré-implantatório;
•Crioconservação de gâmetas e de embriões.
Inseminação Artificial ou IUI
Consiste em transferir para a cavidade uterina os espermatozoides
previamente recolhidos e tratados após a seleção dos morfologicamente
normais e móveis, na altura da ovulação. Utiliza-se em casos em que os
espermatozoides não conseguem atingir as trompas.
Fertilização in vitro ou IVF

A partir de 1978 iniciou-se uma verdadeira revolução na


área da reprodução assistida: nasceu a primeira criança
cujo embrião foi concebido fora do corpo materno,
através desta técnica.
A técnica é utilizada em diversos casos de infertilidade,
como disfunção ovárica grave, obstrução das trompas
entre outros.

Como se processa?

•Recolha de oócitos II (estimulação ovárica) e de


espermatozoides;
•Processamento e seleção de espermatozoides;
•Fecundação in vitro;
•Transferência do embrião (2 a 8 células) para o útero.
Injeção intra-citoplasmática de espermatozoides ou ICSI
Técnica utilizada quando grande parte dos espermatozoides apresenta anomalias
que os tornam inadequados para a fecundação.

Como se processa?
É uma técnica de precisão realizada a microscópio.
•Numa primeira fase é escolhido um espermatozoide normal, que é aspirado com
uma micropipeta;
•A micropipeta contendo o espermatozoide aproxima-se do oócito II e penetra no
citoplasma deste, empurrando-o para o interior do citoplasma;
•Alguns oócitos frágeis não resistem à microinjeção, mas outros são posteriormente
incubados a 370C, até à transferência dos embriões para o útero.
Transferência intratubárica de gâmetas ou GIFT

A técnica pode ser aplicada em casais


em que se verifique a
disfuncionalidade do esperma.

Como se processa?
Dois tipos de gâmetas são transferidos
para o interior das trompas de modo a
que ocorra a fusão. A fecundação
ocorrerá, in vivo, no seu local natural. A
taxa de sucesso é baixa.
Transferência intratubárica de zigotos ou ZIFT
A técnica pode ser aplicada em
casais onde pode ocorrer, no
homem, uma espermatogénese
deficiente, e na mulher,
endometriose. Só pode ser utilizada
em mulheres cujas trompas estejam
desobstruídas.

Como se processa?

Ambos os gâmetas são postos em


contacto in vitro, em condições
apropriadas para a sua fusão. O
zigoto ou zigotos resultantes são
transferidos para o interior das
trompas. Difere da FIV no facto de o
embrião ser colocado nas trompas
numa fase mais precoce. A taxa de
sucesso é baixa.
Diagnóstico genético pré-implantação, Biopsia de embriões ou PGD

Consiste em proceder a uma biopsia numa única


célula num estado anterior ao da implantação no
útero. É extraído um blastómero, sem ser
danificado, e faz-se a sua caracterização
cromossómica, antes de ser colocado no útero.
Esta técnica permite identificar mutações,
determinar o sexo, quando este está associado à
transmissão de doenças genéticas.

Crioconservação de gâmetas e de embriões

É possível realizar o congelamento dos


embriões excedentários, colocando-os em
meio próprio obedecendo a uma descida
gradual da temperatura até se atingirem os
-1960C. Os embriões são posteriormente
colocados num tanque de azoto líquido,
onde ficarão armazenados até ao momento
da sua implantação.

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