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REGULAMENTO INTERNO

Grupo de Integração do Estudante de Enfermagem

Lisboa, julho de 2018

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Índice

PREÂMBULO
CAPÍTULO I – DISPOSIÇÕES GERAIS ................................................................................ 4
Artigo 1.º - Âmbito .................................................................................................................... 4
Artigo 2.º - Acrónimo e Símbolo .............................................................................................. 4

Artigo 3.º - Objetivos ................................................................................................................ 5

Artigo 4.º - Finanças.................................................................................................................. 6


Artigo 5.º - Graus ...................................................................................................................... 6
Artigo 6.º - Programa de Apadrinhamento ................................................................................ 6
CAPÍTULO II – DIREÇÃO ....................................................................................................... 9
Artigo 1.º - Núcleo Duro ........................................................................................................... 9
Artigo 2.º - Sistema Eleitoral..................................................................................................... 9
Artigo 3.º - Tempo de Permanência no Núcleo Duro.............................................................. 10
Artigo 4.º - Coordenação ......................................................................................................... 10
Artigo 5.º - Reuniões ............................................................................................................... 10
CAPÍTULO III - CONDUTA................................................................................................... 11
Artigo 1.º - Inscrição ............................................................................................................... 11
Artigo 2.º - Situações Sujeitas a Sanções ................................................................................ 11
Artigo 3.º – Sanções aos membros do Núcleo Duro ............................................................... 12
CAPÍTULO IV – ASSEMBLEIA GERAL ............................................................................. 12
Artigo 1.º - Definição .............................................................................................................. 12
Artigo 2 º - Modalidades da Assembleia Geral ....................................................................... 12
Artigo 3.º - Convocatória para Assembleia Geral ................................................................... 13
Artigo 4.º - Pedido de Assembleia Geral................................................................................. 13
Artigo 5.º - Assembleia Geral ................................................................................................. 13
CAPÍTULO V - ATIVIDADES ............................................................................................... 14
Artigo 1.º - Organização ......................................................................................................... 14
Artigo 2.º - Informações .......................................................................................................... 14
Artigo 3.º - Assiduidade .......................................................................................................... 15
Artigo 4.º - Cerimónias ........................................................................................................... 15
CAPÍTULO VI – REGULAMENTO INTERNO................................................................... 15
Artigo 1.º - Revisão ................................................................................................................. 15
Artigo 2.º - Entrada em Vigor ................................................................................................. 15

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Preâmbulo

Oficialmente lançado a 14 de setembro de 2017, o GIEE resulta de uma ideia inicial


por parte de Stefan Popsoi, em conjugação com Carlos Silva, e posterior convite à
integração do projeto de Afonso Duarte, Bárbara Moura, Joana Coelho, e Margarida
Borges. Todos acima referidos são considerados os membros-fundadores, do Grupo de
Integração do Estudante de Enfermagem, da Escola Superior de Enfermagem de Lisboa.
De notar também, a ajuda essencial prestada por Catarina Borges para a concretização do
projeto, do Blog Notas&Melodias e outros, para a validação das informações académicas
e ainda do GAEP – Grupo Académico de Enfermagem do Porto, o qual se rege por
princípios idênticos aos nossos.
O GIEE - Grupo de Integração do Estudante de Enfermagem, resulta da vontade
em criar um bom ambiente e um bom elo de ligação, entre os caloiros recentemente
chegados e as pessoas dispostas a fazer o seu acompanhamento. Foram as experiências
passadas de cada um dos membros-fundadores que deram ímpeto a este projeto, com o
objetivo de ser criado um grupo forte, tanto em princípios como em valores.
O nosso principal objetivo é trabalhar de modo a satisfazer as necessidades de
integração e adaptação, que os novos colegas necessitam na transição para o Ensino
Superior. Para tal, o GIEE, e consultando todos os membros pertencentes ao projeto,
tenciona desenvolver iniciativas que as satisfaçam, passando essas por meio de atividades
ou qualquer outra campanha de sensibilização e socialização entre os membros que se
considere apta.
A nossa motivação não é criar mais um grupo que divida a comunidade estudantil
eseliana! Queremos sim, proporcionar uma oportunidade de escolha adequada a cada
estudante, do acompanhamento que acharem mais apto nesta etapa pela qual já passámos,
e utilizando esse mesmo saber para enriquecer o início da longa jornada que têm pela
frente.
Todos os contributos dos membros do grupo são bem-vindos de modo a que haja
uma verdadeira união entre todos!

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Capítulo I

Disposições Gerais

Artigo 1.º
Âmbito
1. O presente regulamento descreve as normas e regras subjacentes ao funcionamento
do Grupo de Integração do Estudante de Enfermagem, respeitando os princípios
previstos nos Estatutos da Escola Superior de Enfermagem de Lisboa, no
Regulamento Geral e nos restantes regulamentos internos oficiais aplicáveis.
Artigo 2.º
Acrónimo e Símbolo
1. O Grupo de Integração do Estudante de Enfermagem é representado pelo acrónimo
GIEE.
2. O GIEE é representado pelo seguinte emblema oficial:

Figura 1. Emblema Oficial do GIEE (Por Extenso)

3. Simbologia:
a. Coroa de Louros Amarela: Tendo a sua base na mitologia clássica, é um símbolo
de vitória e honra, estando tingida de amarelo, a cor do curso;
b. Livro: Representa o percurso académico;
c. Lamparina: Representa a Enfermagem, significa a luz, o caminho e o ambiente.

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Figura 2. Emblema Oficial do GIEE

Artigo 3.º
Objetivos
1. O GIEE tem como objetivos:
a. Identificar e satisfazer as necessidades de integração e adaptação, que os novos
colegas necessitam na passagem para o Ensino Superior;
b. Proporcionar a oportunidade a todos os estudantes inscritos no GIEE de
vivenciarem o espírito e tradições académicas originais, como a utilização do
traje académico;
c. Organizar atividades que proporcionem a vivência do espírito e tradições
académicas alternativas, que promovam a união e espírito de equipa e que
tenham em vista o engrandecimento e fortalecimento da imagem do curso;
d. Promover a ligação entre o órgão técnico-científico docente e executivo, as
diversas estruturas estudantis e os restantes estudantes da ESEL;
e. Representar todos os estudantes inscritos no grupo junto das várias entidades
escolares e académicas.

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Artigo 4.º
Finanças
1. O GIEE é autossuficiente e não tem fins lucrativos.
2. São consideradas receitas do GIEE;
a. O produto de vendas de publicações próprias;
b. Os fundos que resultem das suas atividades;
c. Quaisquer outras receitas que lhe sejam atribuídas.
3. A gestão dos fundos do projeto é da inteira responsabilidade do Núcleo Duro.

Artigo 5.º
Graus
1. A orgânica do GIEE admite 3 graus entre os seus membros:
a. Caloiro – Define-se por Caloiro, "caloiro", in Dicionário Priberam da Língua
Portuguesa 2008 - 2013, https://www.priberam.pt/dlpo/caloiro [consultado em
17-09-2017] “Estudante do primeiro ano de um curso superior”, sendo assim, o
aluno que ingressa pela primeira vez na Escola Superior de Enfermagem de
Lisboa;
b. Padrinho/Madrinha - Define-se por Padrinho/Madrinha, o estudante que tenha
realizado 1 ano completo de permanência no GIEE e/ou esteja inserido no
programa de apadrinhamento onde lhe é atribuído um caloiro;
c. Finalista – Estudante no último ano da Licenciatura em Enfermagem da Escola
Superior de Enfermagem de Lisboa.
2. É de notar que o termo Graus em nada se refere a Hierarquia, mas sim serve apenas
para denotar os papéis ocupados pelos seus membros na orgânica da organização.

Artigo 6.º
Programa de Apadrinhamento

1. O GIEE, através do seu programa de apadrinhamento, está encarregue da atribuição


de um padrinho a um caloiro, através de sorteio aleatório, sendo que este pode ser
realizado em duas ou mais etapas de atribuição.
a. Na primeira fase de sorteio, dá-se prioridade no apadrinhamento aos alunos do
2º ano, que tenham completado mais de 7 meses de permanência no GIEE. O
motivo da prioridade de um aluno do 2º ano face aos restantes, deve-se ao facto
de um aluno do 2º ano passar mais tempo de percurso académico com o caloiro,
do que um aluno do 3º ano, permitindo assim um acompanhamento mais
prolongado aos alunos recém-chegados. O motivo do critério de 7 meses de
permanência no GIEE, deve-se a um fator externo ao projeto, que diz respeito

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ao manifesto interesse de participação no programa de apadrinhamento, de
estudantes que até então estavam inseridos noutras alternativas de integração.
O GIEE aceita esses mesmo estudantes, dando apenas primazia aos membros
que já integravam o projeto.
b. Depois de se acabarem os alunos que expressaram interesse no Programa de
Apadrinhamento, e que sejam estes estudantes do 2º ano com 7 meses de
permanência no GIEE, faz-se o sorteio, com os restantes interessados. Estes
tanto podem ser estudantes dos restantes anos, como recém-chegados ao
projeto, do 2º ano ou superior.
c. Cabe ao Núcleo Duro disponibilizar aos estudantes recém-chegados do 2º ano
ou superior, tanto o presente Regulamento, como informar sobre os valores e as
crenças do GIEE, e os fundamentos pelos quais devem orientar a sua conduta
no desempenho das atividades.
2. A realização de todo o processo fica a cargo do Núcleo Duro, tendo como etapas:
a. Publicação, através dos canais de comunicação habituais, da realização do
sorteio;
b. Processo de comunicação entre o ND e cada um dos membros para apurar os
interessados;
c. Elaboração das listas com as diversas categorias e sua publicação;
d. Anunciar a data dos sorteios;
e. O sorteio consiste em colocar o número dos alunos nos respetivos potes das
diversas categorias, sendo o mesmo anónimo;
f. Na primeira ronda existem os potes com as categorias I – “Estudantes do 2º
ano com 7 meses de permanência no GIEE” e II – “Caloiros”. Na segunda
ronda existem os potes com as categorias III – “Estudantes dos restantes anos
e recém-chegados ao projeto, do 2º ano ou superior.” e II – “Caloiros”. A
passagem da primeira para a segunda ronda, implica a utilização de todos
papéis da categoria I.
g. Cabe ao ND, face ao número de estudantes em cada um dos potes, decidir o
rácio de distribuição, se será 1 padrinho/madrinha para 1 caloiro, ou 2
padrinhos/madrinhas para 1 caloiro.
h. Publicação das Listas Oficiais do Programa de Apadrinhamento;
i. Caso haja outros interessados após o fim do processo, é da responsabilidade
do ND a realização de um outro sorteio.

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j. Caso todos os padrinhos já disponham de um caloiro, mas ainda haja caloiros
para atribuir, é da responsabilidade do ND a realização de um outro sorteio;
3. Definição da relação padrinho/madrinha –caloiro:
a. Ao padrinho/madrinha cabe a responsabilidade de acompanhar o caloiro no seu
percurso académico, tanto no fornecimento de material teórico das unidades
curriculares, caso disponha do mesmo, e de fornecer um suporte de integração
nesta nova etapa dos recém-chegados.
b. Ao caloiro reserva-se o direito de tratar com respeito e consideração a relação
criada. O mesmo se aplica ao padrinho/madrinha.
c. Em momento algum a relação padrinho/madrinha – caloiro é uma relação de
subordinação ou de submissão. Está completamente proibido a qualquer
padrinho/madrinha, de sujeitar o caloiro a qualquer atividade que este não
queira, ou levar o mesmo a algum tipo de coação física ou psicológica. A relação
é construída em respeito mútuo e por isso, o GIEE, aconselha que qualquer
violação ou incumprimento, de ambas as partes, seja de imediato reportada.
4. É realizada uma cerimónia de comemoração denominada de Cerimónia de
Oficialização de Laços, em data e local a anunciar pelo ND.
a. O ND fica encarregue da elaboração de uma sondagem, que permita por parte
de todos os membros, escolherem a data que acharem mais adequada.

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Capítulo II

Direção

Artigo 1.º
Núcleo Duro
1. O GIEE é dirigido por um órgão, eleito em sistema eleitoral próprio, constituído
por estudantes com um ou mais anos de atividade no GIEE, denominado Núcleo
Duro (ND).
2. O ND é responsável pela organização de todas as atividades do grupo e pela
elaboração e correção de legislação e normas que regulem o mesmo.
3. O ND vigora sobre um ano letivo.
4. O ND é soberano nas suas decisões, com a obrigatoriedade de consultar, sob
diversas formas, sempre que considerar oportuno, toda a comunidade pertencente
ao projeto.
a. Até ao ano letivo 2019/2020 os membros-fundadores são responsáveis por
supervisionar e orientar o desenvolvimento do projeto, sendo os mesmos o 1º
ND do GIEE, do ano letivo 2017/2018. Estes possuem ainda poder de vetar ou
promulgar todas as decisões tomadas pelo ND.

Artigo 2.º
Sistema Eleitoral
1. O ND é constituído por 7 membros.
2. Ao longo do mandato, se o número de membros se alterar, o ND decide se é
oportuno integrar novos membros, dadas as necessidades do grupo.
3. Qualquer membro do GIEE pode candidatar-se ao ND, desde que tenha completado
1 ano de permanência no grupo e seja estudante do Curso de Licenciatura de
Enfermagem (CLE) de Lisboa.
4. Para aprovação do ND são necessárias as seguintes etapas cronologicamente:
a. Publicação aos membros da abertura de candidaturas;
b. Os interessados, deverão enviar os motivos da candidatura e eventuais propostas
de atividades para o e-mail oficial, até data a divulgar pelo ND;
c. O ND é responsável por analisar as candidaturas e publicar a lista oficial de
candidatos;
d. Sendo 2 dos candidatos automaticamente escolhidos pelo ND, com base no e-
mail onde se expressa os motivos da candidatura e as propostas de atividades;
e. Os restantes candidatos, vão a votação, para que toda a comunidade do GIEE
consiga escolher os 5 representantes que achar mais aptos;
f. As modalidades de votação e respetivas datas são definidas pelo ND;

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g. Em caso de empate cabe ao ND escolher o candidato.
5. Até ao momento de tomada de posse do novo ND, o ND vigente fica responsável
por garantir todo o processo.
6. Cabe ao ND anterior, instruir e orientar o ND recém-eleito, sobre a orgânica da
organização e fornecer todos os materiais.
Artigo 3.º
Tempo de Permanência no Núcleo Duro
1. O mandato tem a duração de 1 ano letivo.
2. Um membro do ND, poderá se recandidatar para o mandato do próximo ano, com
as ressalvas de que:
a. Perde o poder de escolher os 2 candidatos que são automaticamente escolhidos;
b. Não pode ser um dos 2 candidatos que são automaticamente escolhidos pelos
restantes membros do ND;
c. Vai automaticamente a votação geral por parte de todos os membros, e só a sua
superioridade de votação em relação aos outros candidatos, garante a reeleição.
Artigo 4.º
Coordenação
1. São responsáveis pela coordenação do projeto:
a. Núcleo Duro – Eleito pelos membros do GIEE;
b. Colaboradores – Diz respeito a qualquer membro que se apresente junto do ND
e que deseja auxiliar no planeamento das atividades e outras intervenções;
c. Membros – Responsáveis pela tomada de decisões através dos canais próprios.
Artigo 5.º
Reuniões
1. As reuniões ordinárias realizam-se com a frequência que o ND considerar
necessária.
a. A marcação deve ser feita em reunião por decisão da maioria;
b. A confirmação deve ser feita pelo menos até 72h antes da reunião;
c. Eventuais desmarcações de presenças deverão ser feitas até 24h antes da reunião.
2. As reuniões extraordinárias realizam-se caso o ND verifique a urgência de discutir
e decidir sobre assuntos importantes inerentes ao GIEE e a órgãos externos.
a. Para que esta seja válida tem de ser convocada pela maioria dos membros do ND.
b. As decisões serão validadas se mais de metade dos membros do ND estiver
presente.
3. Nas reuniões do ND, não deverão estar presentes membros externos ao mesmo,
exceto se convocados. Em caso de reunião interna ou com qualquer tipo de entidade
externa, e assembleias gerais, até ao ano letivo 2019/2020, é necessária a
comunicação e/ou presença de pelo menos a um dos membros-fundadores.

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Capítulo III

Conduta

Artigo 1.º
Inscrição
1. Os estudantes que queiram pertencer ao GIEE deverão realizar a sua inscrição
durante o primeiro semestre de cada ano letivo, de acordo com as indicações dadas.
a. Qualquer inscrição fora do período estabelecido será analisada individualmente
pelo ND.
2. Todos os anos, os estudantes deverão fazer uma atualização dos seus dados, em
caso de ser requerido pelo ND, para agilização dos procedimentos internos.
a. Cabe ao ND a elaboração das listas oficiais de membros com os respetivos
dados atualizados.
Artigo 2.º
Situações Sujeitas a Sanções
1. Qualquer membro com uma conduta considerada inadequada aos princípios do
GIEE, ou em desrespeito do presente Regulamento Interno e do Regulamento de
Traje do GIEE, poderá ser sujeito a uma avaliação de comportamento por parte do
ND.
2. Mediante a apreciação do ND, este membro poderá ser sujeito a uma suspensão –
por tempo determinado – de todas as atividades do GIEE ou, em casos de extrema
gravidade, à sua expulsão.
3. As sanções poderão ir desde repreensões verbais ou escritas, à suspensão ou
expulsão do membro, dependendo da gravidade.
4. Exemplos práticos:
a. No caso de uma coação por parte de um padrinho/madrinha a um caloiro para o
apadrinhamento, poderá ser aplicada a sanção de proibição de participação do
membro em questão na Cerimónia de Oficialização de Laços.
b. No caso de deturpação da informação, transmitida pelo ND, por parte de um
membro exterior a esse órgão, deverá ser aplicada uma repreensão escrita e, no
caso de recorrência ou gravidade acrescida, a suspensão.
c. Salienta-se que, nestas eventualidades, o ND realizará uma reunião com o intuito
de decidir se será aplicada, efetivamente, uma sanção e de que tipo. No caso de
o ND não chegar a um consenso, este deverá convocar uma AG Extraordinária.
5. É expressamente proibida, a participação nas atividades oficiais, por parte de
membros que estejam sob influência de qualquer tipo de substâncias.
6. É expressamente proibida, no decorrer das atividades oficiais, a aplicação ou
insistência por parte de algum padrinho/madrinha, para que sejam realizados por

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parte do caloiro algum tipo de atividade física repetitiva de maneira abusiva, tal
como flexões, pranchas, granadas e cócoras, entre outros.
a. Não abrange a realização de jogos/ atividades coletivas, em que pela sua
natureza, existe a mobilização do exercício físico.
Artigo 3.º
Sanções aos membros do Núcleo Duro
1. Qualquer membro do ND com uma conduta considerada inadequada aos princípios
deste ou do GIEE, ou que evidencie falta de relevância na permanência no ND,
poderá ser sujeito a uma avaliação de comportamento pelos restantes membros do
ND.
2. Mediante a apreciação do ND, este membro poderá ser sujeito a uma sanção que o
ND ache adequada, à suspensão de funções no ND ou, em casos de extrema
gravidade, à sua expulsão.

Capítulo IV

Assembleia Geral

Artigo 1.º
Definição
1. As Assembleias Gerais permitem que todos os membros do GIEE, possam deliberar
sobre assuntos de elevada importância para o mesmo, dependendo da importância
dos trabalhos, estas podem ser feitas presencialmente ou através das plataformas
eletrónicas.
a. Em Assembleia Geral presencial, caso à hora de início, não estejam 25% dos
membros do GIEE, o ND adiará a AG em quinze minutos e daí prosseguirá com
o número de presentes;
b. É permitida a presença de caloiros em Assembleia Geral, quando o ND o
considerar pertinente.
Artigo 2.º
Modalidades da Assembleia Geral
1. As AG ordinárias são convocadas quando é necessário tratar de assuntos previstos,
já estabelecidos e determinados no estatuto:
a. Aprovação do Regulamento Interno do GIEE.
2. As AG extraordinárias são convocadas sempre que se verifique a urgência de
discutir e decidir sobre assuntos importantes inerentes ao funcionamento do GIEE.

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Artigo 3.º
Convocatória para Assembleia Geral
1. A convocatória para uma AG ordinária será feita, através dos canais de
comunicação habituais, no mínimo com 5 dias úteis de antecedência.
2. A convocatória para uma AG extraordinária será feita, através dos canais de
comunicação habituais, no mínimo com 48 horas de antecedência.
Artigo 4.º
Pedido de Assembleia Geral
1. Qualquer membro do GIEE, tem o direito de fazer chegar ao ND a necessidade de
discussão de qualquer assunto em AG.
2. Os interessados deverão fazer chegar, a um dos membros do ND, um documento
com a justificação da necessidade da AG e com, pelo menos, vinte assinaturas de
membros no GIEE.
3. O membro do ND recetor do documento fica encarregue de apresentar a proposta
aos restantes membros para discussão.
4. O ND deverá convocar uma AG Extraordinária no prazo máximo de um mês, para
debate e resolução do assunto.
Artigo 5.º
Assembleia Geral
1. No início de cada AG, será registado, em ata, o nome e número de identificação
escolar de todos os presentes, que depois deverá ser disponibilizada, através dos
canais de comunicação habituais, aos restantes membros.
2. Em assuntos que exija votação dos presentes, os votos serão feitos de forma pública
ou privada, consoante o ND assim o definir.
a. No final de cada votação, será comparado o número de votos com o número
registado de presentes. Caso não coincidam, se necessário, deverá ser feita uma
chamada para confirmar os presentes e, seguidamente, uma nova votação.

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Capítulo V

Atividades

Artigo 1.º
Organização
1. O GIEE organiza várias atividades, ao longo do ano letivo, que visam a promoção
da união, da amizade e do espírito de ajuda, a transmissão de conhecimentos e pelo
convívio entre todos.
2. É da responsabilidade do ND a organização e execução de todas as atividades do
GIEE.
3. É possível propostas de atividades por parte de qualquer membro do grupo, que a
deverá fazer chegar ao ND, cabendo a este fazer a análise das mesmas.
4. Para a realização das atividades é autorizada a utilização do traje académico,
estando o mesmo regulamentado pelo Regulamento de Traje do GIEE.
5. As atividades deverão ser realizadas com o seguinte lema da organização em mente
“Não é mandar fazer, mas sim fazer com!”.
6. As atividades são para serem desempenhadas não só por caloiros, mas também por
padrinhos/madrinhas.

Artigo 2.º
Informações
1. O ND deve avisar, através dos canais de comunicação habituais, caso considere
necessário o tipo de atividade, o local, as horas, e outras informações que ache
pertinente, com um mínimo de 5 dias úteis de antecedência.
2. Nas atividades que envolvam um número limitado de participantes serão aceites
todas as candidaturas sem limite, e de seguida serão sorteados o número de
candidatos equivalente ao número limite de participantes.
3. Em atividades a definir pelo ND, poderá haver o registo fotográfico das mesmas, a
participação na atividade supõe o conhecimento e aprovação do registo.
a. Sem exceção, as imagens registadas só poderão ser manuseadas a nível interno.
b. Qualquer divulgação de imagem fora do GIEE só poderá ser feita com o
consentimento claro e expresso da sua autorização pelos visados.

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Artigo 3.º
Assiduidade
1. Regra geral não é feito o registo minucioso da assiduidade da presença dos
membros nas atividades, o objetivo das mesmas não é a obrigatoriedade, mas sim a
convivência e o enriquecimento dos valores;
a. São consideradas exceções, atividades em que é necessária a verificação das
pessoas presentes, tais como ações de voluntariado.
2. Ninguém será excluído do GIEE por ter uma assiduidade nula ou perto disso, cabe
a cada pessoa averiguar os benefícios da sua integração nas atividades do grupo.
Artigo 4.º
Cerimónias
1. Cabe ao Núcleo Duro a organização de duas cerimónias anuais:
a. Cerimónia de Oficialização de Laços;
b. Cerimónia do Traçar.
2. Caso haja necessidade, poderá ser acrescentada a realização de outras cerimónias.

Capítulo VI

Regulamento Interno
Artigo 1.º
Revisão
1. O presente Regulamento Interno do Grupo de Integração do Estudante de
Enfermagem deverá ser revisto, lido e renovado na primeira AG de cada ano letivo.
a. Qualquer alteração deverá ser aprovada numa AG, exclusivamente realizada
para tal, sendo que a alteração só será aprovada com o voto favorável de, pelo
menos, 75% dos presentes.
b. Caso não seja vista a necessidade de efetuar uma AG para alteração do
Regulamento Interno, este é automaticamente aprovado.
c. Em qualquer caso de processo de alteração, até à nova aprovação, o
Regulamento anterior é o válido;
d. O Regulamento Interno do Grupo de Integração do Estudante de Enfermagem
deverá ser disponibilizado, através dos meios habituais de comunicação, a todos
os membros.
Artigo 2.º
Entrada em Vigor
1. O presente regulamento entra em vigor imediatamente após a sua aprovação.

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Os membros-fundadores:

_______________________________________
(Stefan Popsoi - 7733)

_______________________________________
(Carlos Silva - 3768)

_______________________________________
(Afonso Duarte - 7550)

_______________________________________
(Bárbara Moura - 7717)

_______________________________________
(Joana Coelho - 7678)

_______________________________________
(Margarida Borges - 7800)

Lisboa, 20 de julho de 2018


O Núcleo Duro

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REGULAMENTO DE TRAJE

Grupo de Integração do Estudante de Enfermagem

Lisboa, julho de 2018

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Índice

PREÂMBULO

CAPÍTULO I – ENQUADRAMENTO HISTÓRICO ............................................................. 4


CAPÍTULO II – DISPOSIÇÕES GERAIS .............................................................................. 9
Artigo 1.º - Enquadramento....................................................................................................... 9
Artigo 2.º - Composição do Traje.............................................................................................. 9
Artigo 3.º - Aquisição.............................................................................................................. 10
Artigo 4.º - Outras Indicações ................................................................................................. 10
Artigo 5.º - Capa ...................................................................................................................... 10
Artigo 6.º - Pins e Emblemas e Afins ..................................................................................... 12
Artigo 7.º - Uso do Traje ......................................................................................................... 13
Artigo 8.º - Regulamentação ................................................................................................... 13

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Preâmbulo

Oficialmente lançado a 14 de setembro de 2017, o GIEE resulta de uma ideia inicial


por parte de Stefan Popsoi, em conjugação com Carlos Silva, e posterior convite à
integração do projeto de Afonso Duarte, Bárbara Moura, Joana Coelho, e Margarida
Borges. Todos acima referidos são considerados os membros-fundadores, do Grupo de
Integração do Estudante de Enfermagem, da Escola Superior de Enfermagem de Lisboa.
De notar também, a ajuda essencial prestada por Catarina Borges para a concretização do
projeto, do Blog Notas&Melodias e outros, para a validação das informações académicas
e ainda do GAEP – Grupo Académico de Enfermagem do Porto, o qual se rege por
princípios idênticos aos nossos.
O GIEE - Grupo de Integração do Estudante de Enfermagem, resulta da vontade
em criar um bom ambiente e um bom elo de ligação, entre os caloiros recentemente
chegados e as pessoas dispostas a fazer o seu acompanhamento. Foram as experiências
passadas de cada um dos membros-fundadores que deram ímpeto a este projeto, com o
objetivo de ser criado um grupo forte, tanto em princípios como em valores.
O nosso principal objetivo é trabalhar de modo a satisfazer as necessidades de
integração e adaptação, que os novos colegas necessitam na transição para o Ensino
Superior. Para tal, o GIEE, e consultando todos os membros pertencentes ao projeto,
tenciona desenvolver iniciativas que as satisfaçam, passando essas por meio de atividades
ou qualquer outra campanha de sensibilização e socialização entre os membros que se
considere apta.
A nossa motivação não é criar mais um grupo que divida a comunidade estudantil
eseliana! Queremos sim, proporcionar uma oportunidade de escolha adequada a cada
estudante, do acompanhamento que acharem mais apto nesta etapa pela qual já passámos,
e utilizando esse mesmo saber para enriquecer o início da longa jornada que têm pela
frente.
Todos os contributos dos membros do grupo são bem-vindos de modo a que haja
uma verdadeira união entre todos!
Enunciam-se assim as regras do traje académico utilizado pelos membros do grupo
académico GIEE - Grupo de Integração do Estudante de Enfermagem, da Escola Superior
de Enfermagem de Lisboa.

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Capítulo I

Enquadramento Histórico
“O traje académico estudantil, identificativo do estudante português, designa-se
formalmente por "traje nacional" ou, ainda, na gíria académica/estudantil, por "capa e
batina". A "capa e batina" constitui-se como o uniforme que identifica inequivocamente
o estudante de Portugal, pese embora existirem outros trajes, mas expressivos apenas de
realidades locais. Apesar de geralmente se associar o traje a atividades praxistas, este
pode ser usado por qualquer estudante universitário.”1
“Ao contrário do que possa pensar-se, a Universidade de Coimbra-Lisboa não teve
um uniforme instituído desde o princípio, nem para os estudantes, nem para os
professores. Não significa isto, no entanto, que o seu vestuário não estivesse
regulamentado, antes pelo contrário. Na Idade Média, e em parte até ao Liberalismo, o
peso do gosto individual na forma de vestir era muito menor do que atualmente: a
indumentária devia refletir claramente o lugar de cada indivíduo na ordem social. Assim,
o vestuário dos elementos da Corporação Universitária tinha que espelhar de alguma
forma a pertença a essa corporação. Havia, por um lado, diversas limitações oficiais a
esse vestuário, de forma a torná-lo sóbrio, decente, e a impedir que colidisse com os
privilégios e características próprias dos trajes de outros elementos da sociedade (certas
cores e certos tecidos, por exemplo, estavam reservados a determinados estatutos sociais).
Por outro lado, a Universidade estava intimamente ligada à Igreja, era efetivamente
uma instituição eclesiástica, e uma grande parte dos estudantes e mestres eram clérigos.
É, pois, natural que os universitários adotassem uma maneira de vestir eclesiástica.
O vestuário dos estudantes de Coimbra nos séculos XVI e XVII incluíam, entre
outras peças, uma batina de eclesiástico, denominada Loba ou Sotaina, sendo que as lobas
dos colégios eram de cores variadas, mas o preto viria a dominar.” 2 “Antigamente a
"abatina" (de que derivará o termo "batina"), com origem em França e Itália, era usada por
padres e sacerdotes da Igreja Católica para que eles fossem reconhecidos como tais, uma
norma que foi abolida (abolição da obrigatoriedade) no Concílio Vaticano II. A "abatina"
era conjunto de capa e túnica (talar) dos abades seculares de França ou de Itália, com
vestido de seda negra, capa curta, volta singela e cabeleira pequena.
O preto, que tingia suas vestes, representa o luto, ou seja, o desapego do sacerdote
pela vida mundana (morrendo para o material, para o mundo "carnal"), para se dedicar a
Deus e ao bem comum. Assume carácter simbólico de renúncia e de missão, de entrada
num novo estrato social, num novo ministério.

1In https://pt.wikipedia.org/wiki/Traje_acad%C3%A9mico consultado a 15-07-2018.


2In http://portoacademico.blogspot.com/2010/06/o-traje-academico-em-coimbra-i-o-antigo.html consultado a 15-07-
2018.

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Assim, o preto, que também simboliza, quando brilhante, nobreza, distinção,
elegância e masculinidade, acabou por se manter, obviamente, no "paramento
académico", não em razão do significado eclesiástico da "abatina", mas pela ideia de
dignidade que a cor empresta, para além do cariz pragmático de uma cor que fica bem em
qualquer ocasião, além de se sujar menos.”3
“Segundo o Diccionario da Lingua Portugueza de António Moraes Silva (2 vols.,
Lisboa, 1789) "batina" era como o vulgo chamava à abatina, e esta era um "vestido de
abade, ou clérigo secular, consta[ndo] de túnica, e capa talar mui fraldada". Quanto a
"túnica": "vestidura talar, chegada ao corpo, e por baixo de capa".
Desta forma, no seu início, o objetivo principal do Traje Académico, não era, como
muitas vezes se diz, igualizar os estudantes, mas antes fazer distinguir os académicos na
sociedade. A igualização entre estudantes acontecia (até certo ponto) porque, vindo estes
de estatutos sociais (isto é, lugares na sociedade) diversificados, deviam convergir na
posição académica.” 4
“O argumento igualizador “trata-se de uma questão encontrada “a posteriori”, para
justificar as virtudes de usar o traje, como meio propagandístico de levar os estudantes a
envergarem o uniforme estudantil, como forma de afirmar a sua identidade
(nomeadamente após a abolição do porte obrigatório). Mas uma coisa é a consequência
outra é o propósito. Uma coisa é definir-se um uniforme para identificar a corporação
académica e outra é justificar a existência do mesmo por motivos de igualdade social. Na
verdade, qualquer uniforme serve para distinguir a identidade do grupo, antes de mais, do
que propriamente para nivelar os seus membros.
O que não podemos é cair no facilitismo de pegar num argumento que não passa de
uma evidência que ocorre a jusante e transformar isso no motivo que justifica, a montante,
a criação de um uniforme estudantil. A evolução das vestes estudantis prendeu-se mais
com motivos reacionários ou estéticos (em função da moda em voga) do que propriamente
com abnegados desejos de caritativa igualdade, tanto mais que, na prática, essa igualdade
nunca foi conseguida ou mesmo promovida, pelo menos até à definitiva padronização do
traje que atualmente conhecemos.”5
“Quando em 1537 a Universidade foi definitivamente reinstalada em Coimbra por
D. João III, já a capa era utilizada pelos estudantes, aos quais os Estatutos
Manuelinos ordenavam, num parágrafo dedicado à honestidade dos vestidos, que os
escolares andem honestamente vestidos e calçados , isto é, não tragam pelotes, nem
capuzes, nem barretes, nem gibões vermelhos nem amarelos nem verde-gaio, nem cintos
lavrados de ouro. Na época, a capa fazia parte da indumentária corrente; e uma espécie

3 In http://notasemelodias.blogspot.com/2007/10/notas-de-cor-sobre-capa-e-batina.html consultado a 15-07-2018.


4 In http://portoacademico.blogspot.com/2010/06/o-traje-academico-em-coimbra-i-o-antigo.html consultado a 15-07-
2018.
5
In http://notasemelodias.blogspot.com/2014/06/notas-evolucao-do-traje-academico-e-ao.html consultado a
15-07-2018.

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de túnica preta era característica da indumentária dos eclesiásticos, muitos dos quais
frequentavam a Universidade.”6
“É possível que no início do século XVIII a maioria dos estudantes (não colegiais)
já tivesse convergido para uma mesma forma de traje académico - embora essa forma
estivesse dependente de flutuações de moda.
Em 1772 a Universidade de Coimbra sofreu uma importante reforma (Reforma
Pombalina), tendo recebido novos Estatutos. Os Estatutos de 1772 eram, no entanto,
incompletos - (re)organizavam as faculdades, mas pouco diziam sobre a organização
central da universidade; e por uma Carta Régia de 5 de Novembro de 1779 ficou explícito
que os Estatutos Velhos de 1653 continuavam em vigor naquilo em que não tivessem sido
revogados. Assim, sobre o enquadramento legal do traje dos estudantes, pouca ou
nenhuma novidade. Por sua vez, Marquês de Pombal quis acabar com o traje, porventura
demasiado “Jesuístico” para o seu gosto, aquando da reforma que fez da Universidade,
em 1772.” 7
“Como as modas sempre existiram e as vestimentas sempre foram evoluindo ao seu
sabor, também a capa e batina se foi adaptando ao corte dominante de cada época, embora
mantendo sempre um ar austero, de inspiração eclesiástica, adequado ao estatuto social
do estudante de então.
Vogando um pouco ao sabor da tradição, a capa e batina nunca aparece
perfeitamente definida, quer no que toca ao seu corte quer no que respeita à forma de ser
usada. Contrariamente ao que acontece nos códigos da praxe dos Sécs. XX e XXI, os
regulamentos de antanho dedicam-se muito mais a dizer o que não pode ser usado do que
aquilo que o deve ser; e fazem-no sempre no sentido de evitar os excessos, a pompa e o
gasto de despesas pelos estudantes que cursavam a Universidade.
É interessante notar que a capa e batina que chegou aos nossos dias também é, de
alguma forma, um traje austero. E que os "legisladores" dos Sécs. XX e XXI – os
Conselhos de Veteranos – procuraram igualmente conter os luxos, arrebiques e
exoterismos típicos da sua época. Veja-se que os Códigos da Praxe de 1957, 1993 e 2007
obrigam, entre muitas outras limitações, a que a camisa e a gravata sejam lisas, o colete
seja não de abas ou cerimónia, e não se usem luvas nem pulseiras.” 6
“No rodar para o Séc. XX, no conturbado período que antecedeu o final da
Monarquia, a capa e batina tinha entrado definitivamente em perda. O seu uso mantinha-
se obrigatório dentro do perímetro da Universidade mas era um traje mal-amado por
muitos estudantes, pese embora a substituição da “loba” por uma batina de inspiração
menos eclesiástica.
A 1 de Março de 1907, em pleno eclodir da greve académica que viria a alastrar a
todo o país, um lente propôs, no Conselho de Decanos, que se tratasse de obter, no mais

6 In http://penedosaudade.blogspot.com/2011/04/as-origens-da-capa-e-batina.html consultado a 15-07-2018.


7In http://portoacademico.blogspot.com/2010/06/o-traje-academico-em-coimbra-i-o-antigo.html consultado a 15-07-
2018.

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curto prazo possível, a abolição da capa e batina, visto ser esse trajo uma das causas das
irregularidades dos estudantes, havendo tanto mais razão para a abolir, quanto já não é
usada a rigor. E a República fez-lhe a vontade: a 24 de Outubro de 1910, decorridos
apenas 19 dias sobre a sua implantação, tornou a capa e batina de uso facultativo… e por
pouco não decretava a sua proibição.
Os excessos e o clima de distensão que caracterizaram o advento da República
poderiam ter acabado de vez com a capa e batina, a qual era vista como uma herança dum
passado de ultramontanismo. Mas a capa e batina, que provara ter força para resistir ao
possante Marquês de Pombal, continuou a ser usada, agora em regime de voluntariado,
por muitos estudantes. Tendo, tal como expressa António José Soares em Saudades de
Coimbra, em março de 1916, os estudantes universitários do Porto resolveram, por
maioria, usar capa e batina e uma fita na lapela, da cor da respetiva faculdade. E em
novembro de 1924 O Governo decretou a permissão do uso de capa e batina aos
estudantes de ambos os sexos das Universidades, Liceus e Escolas Superiores.
Ou seja, passados os tempos do fervor republicano, decantados que foram os
excessos, a Academia de Coimbra voltou às suas praxes e a capa e batina ressurgiu
revigorada. Só que, agora, em autogestão estudantil, sendo que o tipo de colarinho ou o
formato da batina deixaram de ser estabelecidos em edital aprovado pelo Reitor e afixado
à Porta Férrea, para serem consignados no Código da Praxe, aprovado por decreto do
Conselho de Veteranos, afixado à porta da A.A.C.
“Tempos houve – até à instauração da República – em que a capa e batina era
obrigatória para entrar no Pátio da Universidade, chegando, mesmo – de 1718 e 1834 – a
ser condição necessária para um estudante circular na cidade, quer na Alta quer na Baixa.
Nessa época ela era um verdadeiro uniforme escolar – o “traje académico”, afinal –
acabando por ser abominada como qualquer outro uniforme, até cair em desuso com a
implantação da República, para renascer das cinzas na década de 20 – tal como viria a
renascer nos anos 80, depois do interregno pós crise académica de 69 e pós 25 de Abril.”8
“A capa e batina não é monárquica nem republicana, nem de direita nem de
esquerda, nem revolucionária nem reacionária” 8, sendo que “o Traje Académico existe
apenas e unicamente para identificar o foro estudantil, ou seja, identificar a condição do
estudante. É um uniforme que pretende identificar e distinguir o estudante de qualquer
outro mester. Essa é a sua função genética e primordial.”9
É de notação óbvia a ligação existente entre a praxe académica e o traje académico.
Desde a institucionalização da praxe, na Universidade de Coimbra, muita alteração se fez
ao seu objetivo e à sua prática. Desde a sua proibição por D. João V, a praxe sofreu no
século XIX, uma alteração profunda. Com a implantação da República é abolida a praxe
e durante o Estado Novo esta é recuperada, e novamente se dissipa a seguir ao 25 Abril

8 In http://penedosaudade.blogspot.com/2011/03/capa-e-batina-volta-ribalta.html consultado a 15-07-2018.


9In http://notasemelodias.blogspot.com/2015/05/notas-ao-caloiro-de-traje-academico.html consultado a 15-07-2018.

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de 1974. A praxe foi (re)implantada nas décadas posteriores e foi acompanhada pela
tomada das Associações Académicas pelas juventudes partidárias, associações essas que
continuam a ser importantes estruturas de base e apoio da cultura praxista. Sendo que, o
enquadramento histórico aqui efetuado, tenta apenas dar uma visão geral dos
acontecimentos, sendo os mesmos de conteúdo ainda mais detalhado e aprofundado.
“Se durante muito tempo o traje era visto como uma roupa funcional e económica
que encaixava perfeitamente no contexto já tradicional e romantizado da imagem do
estudante (e que serve para explicar a continuidade generalizada do seu uso já depois da
sua obrigatoriedade ter caído), a partir de certa altura, (e com a evolução das atividades
praxísticas), o seu uso passou a ser encarado mais como um ato cerimonial do que com
um ato corrente e banal do dia-a-dia.”10
A posição oficial do GIEE referente à praxe é de neutralidade, não cabe, nem vai
de encontro aos objetivos do projeto, o levantamento da nossa parte de qualquer tipo de
juízo referente à mesma. Cabe-nos sim, reservar o direito da utilização do traje
académico, por parte dos membros, uma vez que os mesmos são estudantes do Ensino
Superior de pleno direito. A coexistência das duas visões na comunidade estudantil
eseliana, acresce sobre o GIEE, Núcleo Duro e todos os seus membros, a responsabilidade
de desenvolver um espaço de convivência baseada no respeito, na comunicação e no
entendimento.

“Qualquer tipo de ativismo que queira contrariar a praxe e o que ela representa não se
faz nunca com base na hostilização das pessoas que nela participam, mas sim na criação
de espaços alternativos, que preenchendo a função da praxe, podem, com tempo,
esvaziar a sua hegemonia.”
João Mineiro (sociólogo e investigador), 2012

10 In http://www.praxeporto.com/2012/10/particularidades-do-uso-do-traje.html consultado a 15-07-2018.

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Capítulo II
Disposições Gerais
Artigo 1.º
Enquadramento
1. “O Traje é Traje Académico e não traje praxístico. Serve, portanto, para quem
quer praxar, como para quem é praxado; para quem não quer praxar ou ser
praxado. É uniforme estudantil, apenas e só. O traje é para todos, sob pena de não
ser Traje Académico.”11
2. “Não existe documento ou prova documental alguma que suporte a ideia de que
os caloiros não podem ou não devem trajar. Sempre o puderam fazer, sempre o
fizeram.” 11 Oficializando o mesmo na Monumental Serenata.
Artigo 2.º
Composição do Traje
1. O traje masculino deve ser composto por:
a. Sapatos clássicos com atacadores, pretos e lisos de pele (sintética ou
não), sem apliques metálicos.
b. Meias pretas e lisas;
c. Calça preta, lisa e vincada (tanto o comprimento como a largura das
calças podem ser ajustadas);
d. Camisa branca e lisa com o botão do colarinho sempre apertado;
e. Gravata preta e lisa sem alfinetes;
f. Colete preto, não de abas ou de cerimónia, sem lapela;
g. Batina preta, não poderá ter golas de pele ou seda;
h. Capa preta de uso comum, com ou sem cortes na parte inferior e com
ou sem emblemas de pano na parte interior esquerda, quando sobre os
ombros.

2. O traje feminino deve ser composto por:


a. Sapatos clássicos, pretos e lisos de pele (sintética ou não), sem
atacadores e sem apliques;
b. Meias-collants pretas, lisas;
c. Saia pelo joelho, preta, lisa e cintada, não podendo ser rodada ou ter
pregas;
d. Camisa branca e lisa, sem botões no colarinho;
e. Casaco preto, não poderá ter golas de pele ou seda;
i. Capa preta de uso comum, com ou sem cortes na parte inferior e com
ou sem emblemas de pano na parte interior esquerda, quando sobre os
ombros.

11 In http://notasemelodias.blogspot.com/2015/05/notas-ao-caloiro-de-traje-academico.html consultado a 15-07-2018.

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Artigo 3.º
Aquisição
1. Não é obrigatória a aquisição do traje académico para ser membro do GIEE,
visto que este está associado um custo económico, e este custo não deve ser uma
barreira à participação nas atividades.

Artigo 4.º
Outras Indicações
1. É permitido o uso concomitante de dossiers, cadernos, etc…
2. O cabelo poderá ser usado solto ou apanhado, desde que com elástico preto e
discreto, e poderão ser usados ganchos de cor preta no cabelo.
3. Não é obrigatório o arranque de todas as etiquetas do traje, sendo esse ato
opcional;
4. O traje pode ser usado a qualquer dia da semana desde que devidamente limpo;
5. É permitido o uso de brincos simples, relógios modestos, maquilhagem básica,
unhas pintadas discretas, malas (ou outro tipo de transporte de material do
âmbito escolar), guarda-chuva ou óculos de sol pretos, com a ressalva por parte
do estudante de usar os mesmo tendo em conta a história e simbologia do traje,
sendo os acima referidos de uso moderado e discretos;
6. Jamais qualquer membro a trajar pelo GIEE está habilitado a fazer qualquer tipo
de revista aos trajes de terceiros;

Artigo 5.º
Capa
1. Não faz parte da tradição académica original a capa não poder estar afastada mais
do que X passos ou metros, o mínimo que se pede ao estudante é que zele pela
sua capa12;
2. Em consulta aos membros realizada no dia 28 de abril de 2018, foi decidido com
um resultado de 95 votos a favor e 12 contra, os membros do GIEE trajarem de
acordo com a Universidade de Lisboa e tradição Académica Original de
Coimbra12; Ficando estipulada a liberdade de utilização da capa,
independentemente do ano de estudos, de 3 formas distintas:
a. Sobre os ombros, caída ou traçada, com os emblemas para dentro e
com as respetivas dobras, sendo que as mesmas variam. A forma de
dobrar a capa não compete ao código, mas é do foro pessoal.
Considera-se uma dobra pela instituição e as restantes de acordo com
os anos de curso que faltam;

12In http://notasemelodias.blogspot.com/2014/10/notas-ao-uso-da-capa-praxe-tracada-com.html consultado a 15-07-


2018.

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b. Dobrada, em três, formando um triângulo, colocada sobre o ombro
esquerdo, com os emblemas para a frente e gola para trás (dobra-se a
capa “ao meio” três vezes pelo avesso, ficando as abas viradas para o
pescoço, com os símbolos, caso existam, para cima);
c. Dobrada em três sobre o braço esquerdo, com os emblemas para a
frente, gola para trás e com a costura externa da capa em direção ao
antebraço.
3. O GIEE reconhece que no ano letivo 2017/2018, uma vez que foi o ano de
introdução do mesmo na comunidade estudantil, uma minoria dos seus membros
tenha outra visão das normas de utilização de traje. Tal está expresso na consulta
realizada aos membros no dia 28 de abril de 2018, nos estudantes que votaram
contra o trajar de acordo com a Universidade de Lisboa e tradição Académica
Original de Coimbra (12). Estes ao optarem pelo Regulamento de Traje Escola
Superior de Enfermagem de Lisboa disponibilizado pela praxe, é aberta uma
exceção, apenas aos visados, por parte do GIEE, no domínio da ordem de
utilização da capa de acordo com o ano de estudos, que difere nos dois
regulamentos. A partir do ano letivo 2017/2018, para os caloiros que transitam a
padrinhos/madrinhas, aplicam-se de forma uniforme as regras do presente
regulamento.
4. Para traçar a capa, são feitas as referidas dobras na gola. É colocada sobre os
ombros, a ponta do lado esquerdo é posta sobre o ombro direito, posteriormente a
ponta do lado direito da capa sobre o ombro esquerdo, ou então, de outro ponto
de vista, para traçar a Capa deve colocar-se esta sobre os ombros com o respetivo
número de dobras, deve deslizar-se a Capa sobre os ombros ligeiramente para a
direita, o lado esquerdo da Capa deve passar pela frente e ficar preso entre o ombro
direito e a parte da Capa que passa nesse ombro. Após isto, o lado direito da Capa
deve ser atirado sobre o ombro esquerdo.
a. O traçar da capa por parte dos caloiros é permitida depois de
celebração de cerimónia para o efeito.
b. Em Serenatas, a capa tem de estar traçada;
c. Quando de Capa traçada é recomendado não se ver o branco da camisa
(colarinho ou mangas), sendo que “no que concerne ao traçar da capa
em serenatas não havia inicialmente qualquer codificação que
obrigasse a taparem-se os colarinhos brancos, nem as mangas.” 13 É
recomendado, não é mandatário.
d. É costume após o pôr-do-sol e antes do nascer do mesmo, os
emblemas da capa estarem obrigatoriamente tapados, podendo
durante o dia também estar tapados, caso assim o estudante o decida.
Após o pôr-do-sol a capa deverá ser traçada sem que alguma parte
branca do traje fique à vista; Apesar de, a tradição original de Coimbra
estipular que, “a utilização da capa traçada é apenas e unicamente
(como próprio da etiqueta/praxis académica) em serenatas
(Monumentais) e em trupe não havendo a obrigatoriedade de a traçar

13In http://notasemelodias.blogspot.com/2014/10/notas-ao-uso-da-capa-praxe-tracada-com.html consultado a 15-07-


2018.

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de noite”13; Ficando assim a adoção deste ponto a critério do
estudante.
5. Os rasgões feitos na capa não devem comprometer o objetivo do uso da capa
(função protetora) nem a forma como é traçada, sendo que, a ser rasgada,
tradicionalmente14, utiliza-se o lado direito para a família, o esquerdo para os
amigos e o meio para o namorado(a). É deixado ao critério de cada pessoa, quando
os fizer.
6. Existem 2 ocasiões especiais que requerem o uso obrigatório de traje da seguinte
maneira:
a. Em caso de ser decretado Luto Académico a batina/casaco deve
apresentar-se de lapelas fechadas (levantadas e recolhidas de modo a
tapar o colarinho da camisa) e a capa deve encontrar-se caída pelos
ombros, sem dobras e abotoada, de modo a que não se vislumbre
nenhum branco, emblemas, pins ou insígnias de qualquer tipo;
b. Nunca se traça a capa numa cerimónia de cariz religioso, devendo
usar-se o casaco/batina abotoada, assim como a capa estendida pelos
ombros e sem dobras (mas sem as abas e os colchetes apertados);

Artigo 6.º
Pins e Emblemas e Afins
1. De acordo com a tradição original de Coimbra apenas é permitido o uso de
emblemas em pano, e pins, na capa correspondentes aos da pátria; cidade natal;
e dos locais e atividades relacionados com os atos decorrentes da atividade
académica;
a. Emblemas de Acordo com a tradição académica original de
Coimbra15:
- os emblemas/escudos da cidade/país de origem;
- cidade/país onde se cursa (União Europeia, também);
- instituição e/ou faculdade frequentada;
- curso em que se está/esteve;
- instituições a que se pertença, no estrito âmbito académico;
-.emblemas das cidades/países e instituições/grupos
visitados/contactados em representação oficial académica (visita da de
estudo, Erasmus, digressões da Tuna ou de outro grupo ou associação
de índole académica). Relembramos, que não existe nenhuma
obrigatoriedade em pôr todos estes emblemas,
b. O GIEE reconhece a evolução da tradição e a importância que o uso
de outros pins (colocados usualmente na lapela esquerda) e emblemas
têm para o estudante, e apesar de idealmente adotar a tradição original,
não é proibida a utilização de outros por parte dos seus membros. Cabe
a cada pessoa averiguar a importância da história e simbologia

14 In http://notasemelodias.blogspot.com/2012/11/notas-aos-rasgoes-na-capa-origens-e_7.html consultado a 15-07-


2018.
15 In http://notasemelodias.blogspot.com/2011/08/notas-sobre-os-emblemasescudos-nas.html consultado a 15-07-

2018.

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associada à utilização de apenas, ou não, os emblemas e pins
estipulados;
c. Em caso do estudante optar pela utilização de mais pins e emblemas,
a maneira de utilização, a escolha dos mesmo, e a sua localização fica
a cargo de decisão do mesmo.
d. Todos os emblemas devem ser cozidos na parte interna da capa, sendo
que os emblemas da Capa não podem ser visíveis estando esta traçada
ou sobre os ombros.
2. Não faz parte da tradição original de Coimbra o uso de colheres16 nem de cateter
venoso central (butterflies) na lapela. Não é interdita, nem incentivada ou
aconselhada, a sua utilização, cabe a cada estudante averiguar a importância da
história e simbologia associada à utilização do traje sem esses adereços.
Artigo 7.º
Uso do Traje
1. O GIEE reconhece o direito de uso do traje académico por parte de qualquer
estudante que ingresse no ensino superior, desde que cumpra as regras mínimas
da sua utilização.
2. Qualquer estudante, a partir do momento que ingressa no ensino superior, pode
usar o traje. É estipulado pelo GIEE, para o ano letivo 2017/2018, que os seus
membros trajem após concluir o 1º ano da licenciatura, de modo a utilizarem este
período de tempo para se integrarem no grupo, adquirir os valores do mesmo e
aproveitar essa etapa para conviver e fortalecer relações;
a. Após o Ano Letivo 2017/2018, é interesse do GIEE, que os caloiros
trajem pela primeira vez ao mesmo tempo que as restantes faculdades
pertencentes à Universidade de Lisboa, coincidindo na altura da
Monumental Serenata.

Artigo 8.º
Regulamentação
1. O presente regulamento tem a duração de 1 ano letivo.
2. Cabe ao Núcleo Duro a implementação e supervisão do respetivo regulamento:
a. Para alterações, fica encarregue de consultar os restantes membros,
pelos canais que achar mais aptos, e com aprovação das iniciativas, de
mais de metade dos membros;
b. Para alterações, até nova aprovação, o regulamente anterior é o válido;
c. O presente regulamento, na ausência de qualquer intenção de alteração,
é automaticamente renovado para mais 1 ano letivo.

16 In http://notasemelodias.blogspot.com/2015/09/notas-as-colheres-no-traje.html consultado a 15-07-2018.

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Os membros-fundadores:

_______________________________________
(Stefan Popsoi - 7733)

_______________________________________
(Carlos Silva - 3768)

_______________________________________
(Afonso Duarte - 7550)

_______________________________________
(Bárbara Moura - 7717)

_______________________________________
(Joana Coelho - 7678)

_______________________________________
(Margarida Borges - 7800)

Lisboa, 20 de julho de 2018


O Núcleo Duro

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