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EXMO. SR.

DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO


PAULO

Processo n: ...

O Ministério Público do Estado de São Paulo, já qualificado nos autos da Ação Civil Pública que
move em face do prefeito de Rosana e do município de Rosana, inconformado com a decisão
das fls, vem, por meio do seu órgão, interpor tempestivamente, AGRAVO DE INSTRUMENTO
nos termos do artigo 1.015, I do CPC, esperando que seja conhecido e provido de acordo com
as razões a seguir apresentadas.

Em cumprimento ao art 1.016, IV, do CPC, informa o agravante nome e endereço dos
advogados constantes do processo:

Pelo agravante:

Pelo agravado:

I - DO CABIMENTO

O agravo de instrumento é cabível em decisões relativas à tutela de urgência, nos termos do


artigo 1.015, I do CPC.

II - DA DOCUMENTAÇÃO (art. 1.017, I, do CPC)

III - SINTESE DOS FATOS

O Ministério Público foi procurado por um grupo de mães que reclamavam sobre a falta de
vagas para a realização de matrículas nas escolas de educação infantil fundamental do
município de Rosana. Sendo informado que, devido à necessidade de corte de gastos da
Administração Pública, o município fechou escolas e não providenciou a abertura de vagas
suficientes para o atendimento da população, sob alegação de que devido à crise econômica
as crianças deveriam aguardar em casa até o próximo ano letivo.

Diante disso, o prefeito municipal foi procurado pelo órgão do MP a fim de propor um plano
de cumprimento da obrigação de criar vagas para todos os alunos, ajustando a conduta ilegal
da Administração Pública àquela prevista na constituição. Contudo, o prefeito recusou o
acordo sob o pretexto de que não haveria dinheiro suficiente para isso, em razão de estar
finalizando as obras de um grandioso estádio de futebol.

IV- DAS RAZÕES DO INCONFORMISMO

O inconformismo se dá em função da decisão denegatório da tutela de urgência pelo juízo a


quo, sob o fundamento de que o direito a educação seria de eficácia limitada, de caráter
meramente programático a depender de vontade política para sua concretização.
Num primeiro momento, cabe destacar o caráter de prioridade absoluta que a constituição
outorga aos direitos das crianças e adolescentes, conforme art. 227 da CRFB. Não somente isto
mas o direito à educação é qualificado como fundamental pela doutrina e jurisprudência,
especialmente no que se refere às crianças e adolescentes (art. 208, I CRFB). De modo que o
fundamento da decisão atacada carece de qualquer base jurídica para ser mantido.

V – CONCLUSÃO

Diante do exposto, requer este Agravante que seja reconsiderada a presente decisão e a tutela
de urgência seja concedida a fim de garantir a matrícula dos alunos na rede municipal de
ensino, conforme pedido originalmente proposto no juízo de primeiro grau.

Termos em que,

Pede deferimento.

Local... e Data ...

Promotor

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