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FUNDAÇÃO EDSON QUEIROZ

UNIVERSIDADE DE FORTALEZA
Vice-reitoria de Pesquisa e Pós - Graduação - VRPPG

Paulo Bruno de Andrade Braga

DESENVOLVIMENTO DE JOGO PARA A MEDIAÇÃO DA INICIAÇÃO


MUSICAL DO SURDO COM APORTE TERAPÊUTICO OCUPACIONAL

Fortaleza
Junho-2013
2

Paulo Bruno de Andrade Braga

DESENVOLVIMENTO DE JOGO PARA A MEDIAÇÃO DA INICIAÇÃO


MUSICAL DO SURDO COM APORTE TERAPÊUTICO OCUPACIONAL

Projeto de pesquisa apresentado ao curso de


graduação em Terapia Ocupacional da Universidade
de Fortaleza como requisito parcial para aprovação
na disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso I
em Terapia Ocupacional.

Profa. Orientadora: Chrystiane Maria Veras Porto, Ms


Profa. Coorientadora: Marilene Calderaro da Silva Munguba,Dra

Fortaleza
Junho-2013
3

SUMÁRIO

1 – Introdução..........................................................................................................4
2 – Objetivo..............................................................................................................8
Geral......................................................................................................................8
Especifico..............................................................................................................8
3 – Metodologia........................................................................................................9
4 – Cronograma......................................................................................................13
5 – Orçamento........................................................................................................14
6 – Referências.......................................................................................................15
Anexo..................................................................................................................18
Apêndice..............................................................................................................25
4

1 - INTRODUÇÃO:

O interesse pessoal pelo tema surgiu a partir de questionamento proveniente


dos surdos acerca da significação da musica em suas vidas. Por gerar polemicas e
contradições, busca-se investigar o tema e analisar as informações obtidas por meio
de relatos dos surdos.

Consoante Munguba (2007, p.387), “o surdo constrói a sua identidade


envolvendo traços culturais como a língua, formas de relacionamento e de percepção
de mundo baseadas em fatores visuais e gestuais de sua comunidade”.

Assim, a comunidade surda favorece a estruturação de significado enquanto


pessoa surda que se comunica em uma língua com características específicas, ou
seja, a língua de sinais, que é a base de sua identidade (GÓES, 2000). Essa
identidade, para a criança surda filha de ouvintes esta dificultada, pois a mesma não
está inserida diretamente em sua cultura, mas na ouvinte. Dizeu e Caporali (2005),
citam que a língua de sinais é a língua natural dos surdos, pois a criança adquire de
forma espontânea sem que seja preciso treinamento especifico.

De acordo com Haguiara-Cervellini (2003, p.12) “[...] a criança surda,


independentemente de seu grau de perda auditiva, é sensível à música, gosta dela e
deseja-a, manifestando-se, tocando, dançando e cantando espontaneamente”.

Através do jogo, poderão ser desenvolvidas estratégias que facilitem a


aprendizagem da teoria musical. Serão utilizados instrumentos musicais que
manifestem a propagação do som por vibrações durante e após alguns momentos da
aplicação do jogo, favorecendo, portanto a sua percepção também por essa via. Para
Shibata citado por Pereira (2001, p.1), “[...] as vibrações musicais podem funcionar,
para os surdos, como ondas sonoras para o cérebro dos surdos”. Quando estimulado,
o lobo temporal identifica as vibrações sonoras; trata-se da mesma área cerebral
utilizada pelos ouvintes para o sentido da audição. E o retrocitado autor ainda destaca
que “[...] os surdos „sentem‟ a música e exploram essa percepção de uma forma muito
semelhante à das pessoas ouvintes” (p.1)

Assim, a abordagem da estimulação sensorial é usada para fornecer inputs


sensoriais através da estimulação de um ou mais sentidos. De acordo com Hagedorn
5

(2003), a combinação de inputs sensoriais produzirão a qualidade da resposta


relaxante ou estimularem o alerta e a atenção.

No livro “Minha vida de mulher”, Keller (1953), descreve que já conseguiu


“ouvir” rádio colocando os dedos de leve num tampo de ressonância feito de balsa
Wood. Chega a distinguir quando é o locutor que fala ou quando é musica. Sabe
quando é solo ou conjunto instrumental, conseguindo ate determinar que instrumentos
atuam no conjunto.

Até mesmo pessoas com surdez profunda podem ter musicalidade inata pois,
como descreve Saks (2007), muitos surdos adoram música e respondem muito bem
ao ritmo, onde sentem como vibrações, e não como som, a exemplo da aclamada
percussionista Evelyn Glennie, tem surdez grave desde os doze anos de idade.

Cada vez mais pesquisadores e professores têm procurado refletir sobre as


práticas desenvolvidas nos diversos espaços educacionais, buscando ver, por
meio da pluralidade de interesses dos vários sujeitos e de suas diferentes
formas de interagir, modos de construção de conhecimentos e constituição da
intersubjetividade, para melhor compreender a riqueza do funcionamento
humano e as dinâmicas que ocorrem nesse contexto (LACERDA, 2000, p.70).

Durante os anos de 2007 e 2008 foi realizada experiência na UNIFOR, junto a


uma aluna surda para levantar os projetos, métodos e estratégias existentes na área
do ensino da música para surdos. Nesse processo tem-se buscado conhecer os mais
adequados para a adaptação da mediação do terapeuta ocupacional para a
construção da metacognição da criança surda. Lacerda (2000, p. 81) afirma que:

[...] é necessário [...] que os atores dessa cena aceitem o desafio de


compreender as diferenças como mútuas e procurem, verdadeiramente, atuar
nesse espaço de contato, assumindo a diversidade, modificando-se, numa
multiplicidade de estratégias que não visem a “padronizar” o diferente, mas
interagir com ele na plenitude de suas peculiaridades.

No contexto da Cultura Surda, é indispensável que o mediador, caracterizado


pela relação do homem com o mundo e com outros homens, conheça as
peculiaridades dessa cultura para que a aprendizagem ocorra de forma adequada.
Ressalta-se que, de acordo com Vigotski, Luria e Leontiev (2001), o bom ensino é o
que se adianta ao desenvolvimento, em especial quando é voltado para a mediação
da aprendizagem.
6

Vigotski propõe que as habilidades da pessoa se encontram em três zonas de


desenvolvimento: Zona de Desenvolvimento Real (habilidades que a pessoa realiza
com autonomia), a Zona de Desenvolvimento Potencial (capacidades que estão em
formação) e a Zona de Desenvolvimento Proximal (habilidades em maturação e que
podem ser executadas com ajuda) (MUNGUBA, 2007). Ressalta-se, ainda, que a Zona de
desenvolvimento Proximal permite explorar as funções que ainda não se
desenvolveram, e se encontram em “estado embrionário” (MARTINS, 2005).

Portanto, essa mediação precisa, de acordo com Vigotski, mobilizar as


habilidades que se encontram na Zona de Desenvolvimento Proximal para que essas
passem a fazer parte da Zona de Desenvolvimento Real, portanto, executadas de
forma independente.

Vigotski enfatiza o papel do meio na autoconstrução do conhecimento,


apontando a aprendizagem como processo mediado pela cultura, linguagem,
comunicação, os instrumentos, signos e símbolos, e a imitação (reprodução
de modelos de ação) (MUNGUBA, 2007, p.390).

Assim, é importante o conhecimento do cotidiano e o meio envolvido de cada


criança. Propõe-se, então, a ensinar a pensar, baseando-se na idéia de que a
estruturação do pensamento é singular para cada indivíduo devido a sua
potencialidade, história de vida e cultura em que está inserido (OLIVEIRA, 2003).

Consoante Munguba (2007), a Terapia Ocupacional pode se perceber no


contexto educacional porque um dos seus principais objetivos é o resgate da
cidadania de sua clientela. Isso é viável mediante a utilização da Estrutura Aplicada de
Referência Cognitiva, aplicando a Abordagem de Tratamento Multicontextual proposta
por Hagerdorn (2003) que enfatiza a metacognição, associando-a a adaptação das
tarefas, transferência das habilidades, autorregulação e autonomia. Esta abordagem
ressalta a necessidade de o terapeuta ocupacional conhecer o grau de motivação e as
habilidades envolvidas na execução da atividade proposta. Como explicita Munguba,
(2002, p.72), metacognição constitui “o grau de consciência que tem o aluno sobre
suas formas de pensar (processos e eventos cognitivos) e sobre os conteúdos
mesmos (estruturas)...”
7

Nessa perspectiva, surge o termo ensinagem proposto por Anastasiou e Alves


(2007) dando ênfase na relação entre ensinar e aprender, adotando como foco a
apropriação não só do conteúdo, mas também do processo vivenciado pelo aprendiz.

A metacognição necessita ser enfatizada na criança porque é fundamental que


esta reflita sobre o seu processo de aprendizagem. O terapeuta ocupacional, ao
mediar a aprendizagem da criança, estará estimulando essa competência. Uma das
formas para que isso ocorra é a problematização da ação da criança, levando-a a
reconstruir o seu aprender a aprender (MUNGUBA, 2007).

Ao longo da apropriação da temática, o autor tem se deparado com diversos


aspectos relativos aos obstáculos à realização deste estudo, como o significado da
aprendizagem da teoria musical para o surdo. Devido ao fato de se tratar de uma
mediação terapêutica ocupacional, o foco desta investigação pretende ser, não
somente referente ao aprendizado do surdo, mas o significado que essa
aprendizagem terá no seu cotidiano escolar, familiar e social.

Dentre as razões sociais e culturais, busca-se investigar a importância da


musica na vida da criança surda, bem como identificar se há significação. Procura-se
perceber a influencia do aprendizado da musica em seu cotidiano escolar, as suas
relações interpessoais em meios surdos e ouvintes, e por fim, entende-se que este
estudo abrange um campo ainda pouco explorado e que favorece um acréscimo as
pesquisas em geral.
8

2 - OBJETIVOS:

GERAL:

Desenvolver jogo para a mediação da iniciação musical do surdo com aporte


terapêutico ocupacional.

ESPECÍFICOS:

- Identificar estratégias para o desenvolvimento do jogo como ferramenta de


mediação da iniciação musical do surdo.

- Aplicar estratégias para o desenvolvimento de jogo relacionado à iniciação


musical do surdo.
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3 - METODOLOGIA

3.1 Tipo de estudo

A investigação terá caráter de pesquisa aplicada, intervencionista, longitudinal


com abordagem qualitativa.

Trata-se de pesquisa aplicada porque, de acordo com Oliveira (2007), tem o


objetivo de solucionar problemas e demandas específicas por meio da aplicação
prática dos conhecimentos produzidos.

O estudo também será intervencionista que, consoante Westin e Roberts


(2010) apud Oyadomari et al, (2011), tem o objetivo de unir teoria e prática, com a
possibilidade de estudar o objeto na prática e identificar razões de como e porquê
determinadas técnicas são utilizadas. Busca-se, assim, gerar conhecimento prático
que seja útil para a vida cotidiana das pessoas.

A investigação terá caráter longitudinal que, segundo Iatros, (2013), analisa o


fenômeno mais de uma vez. Por se tratar de investigação que terá contato com dados
em longo prazo, faz-se uso deste estudo, o qual visa analisar variações nas
características dos elementos amostrais.

Será adotada a abordagem qualitativa, em que se busca a qualidade dos


resultados, já que não procura quantificar, nem medir, consoante Pope e Mays,
(2009).

3.2 Local e período


A pesquisa será desenvolvida no período de setembro de 2013 a maio de
2014. Inicialmente, será desenvolvido o jogo em colaboração com o G1000 (Grupo de
Mídia Interativa da Universidade de Fortaleza – Unifor) em conjunto com um
acadêmico do curso de Terapia Ocupacional da Unifor e a orientadora da pesquisa,
professora do curso de Terapia ocupacional e professora de Libras na mesma
universidade. Posteriormente, serão realizados os pré-testes em escola bilíngue
10

especializada em educação para surdos Filippo Smaldone, localizada no município de


Fortaleza, Ceará.

3.3 Sujeitos da pesquisa


O jogo será desenvolvido visando o público alvo constituído por crianças
surdas de oito a dez anos, por caracterizar uma idade hábil e propensa a
aprendizagem, de todos os gêneros, com interesse em vivenciar a iniciação musical. O
estudo contemplará crianças protetizadas ou não, com grau de surdez profunda,
organizadas em dois grupos de acordo com o critério de uso de prótese auditiva ou a
ausência dela. Será adotado como critério de exclusão a surdo-cegueira.

3.4 Técnicas de Coleta de informações

Os instrumentos a serem utilizados para a coleta de informações constam de:


observação direta, roteiro de observações. Serão utilizadas filmadora e máquina
fotográfica visando o registro durante a realização das atividades com música e na
aplicação dos pré-testes do jogo.

As observações diretas na escola incluirão atividades com música, ritmo. Para


Lakatos e Marconi (2008), a técnica de observação direta consiste no exame
sistemático dos fatos ou fenômenos que se deseja estudar. A observação direta
também será adotada durante os pré-testes do jogo. Será utilizado roteiro de
observação (APÊNDICES A e B). A coleta de informações estará organizada em sete
fases.

Fase I - Reuniões com a equipe interdisciplinar responsável pelo desenvolvimento do


jogo para definição do tipo de jogo.
Fase II – Aplicação e observação de atividades de iniciação musical na escola.
Fase III - Desenvolvimento das fases preliminares do jogo.
Fase IV – Aplicação de pré-teste das fases preliminares do jogo.
Fase V - Análise da realização de testes iniciais de navegação e jogabilidade.
Fase VI - Correções para o desenvolvimento das fases preliminares.
Fase VII - Desenvolvimento das demais fases do jogo.
11

Ressalta-se que nesta proposta de investigação o termo jogabilidade se refere a


facilidade na qual o jogo pode ser jogado, a quantidade de vezes que ele pode ser
completado ou a sua duração, e a adequação dos desafios do jogo ao público alvo.

3.5 Método de análise das informações

Será utilizado o método de Análise Temática que Minayo (2010) esclarece, tratar-
se de descobrir os núcleos de sentido que compõem uma comunicação, cuja presença
ou frequência tenham significado para o objetivo analítico visado.

3.6 Preceitos Éticos

A pesquisa adotará os princípios éticos preconizados pela Resolução nº 196/96


do Conselho Nacional de Saúde/Ministério da Saúde (GOLDIN, 2013), que
regulamenta pesquisas envolvendo seres humanos.

Não haverá nenhum dano associado com agravo imediato ou tardio, ao indivíduo,
à instituição, ou à coletividade, com nexo causal comprovado, direto ou indireto,
decorrente do estudo científico. No decorrer da pesquisa os sujeitos terão acesso ao
pesquisador para eventuais dúvidas e em caso de recusa ou desistência não
acarretará em prejuízo em sua relação com o pesquisador, também se mantêm o
anonimato dos pesquisados e confidencialidade das informações e identificações.

Os indivíduos pesquisados deverão ter sua participação voluntária autorizada,


sendo vedado qualquer tipo de remuneração, mediante a assinatura do Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido para os pais ou responsáveis (ANEXO A) que
explica de forma pormenorizada a natureza da pesquisa, seus objetivos, métodos,
benefícios previsto, potenciais riscos e o incômodo que esta possa acarretar durante a
pesquisa. Assim como a instituição em que os dados serão coletados, assinará um
termo de consentimento (ANEXO B).

Existe a previsão de riscos mínimos, porém ressalta-se que o risco para as


crianças a exposição a uma situação nova.
12

Será realizada a capacitação do acadêmico pesquisador na aplicação das


técnicas de coleta de informações visando minimizar os riscos eventuais. Será
garantido aos sujeitos: acesso, a qualquer tempo, às informações sobre
procedimentos, riscos e benefícios relacionados à pesquisa, inclusive para dirimir
eventuais dúvidas; liberdade de retirar seu consentimento a qualquer momento e de
deixar de participar do estudo; salvaguarda da confidencialidade, sigilo e privacidade;
as informações coletadas na observação somente serão utilizadas para os objetivos
da pesquisa e ficarão em sigilo, garantindo o anonimato da participante; e nenhum
momento haverá prejuízo financeiro.
13

4 - CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO DO PROJETO

ETAPAS 2013 2014


Fev/Mar Abr/Maio Jun/Jul Ago/Set Out/Nov Dez Jan/Fev Mar/Abr Mai/Jun Jul

Escolha do título

Pesquisa
Bibliográfica
Desenvolvimento
do Projeto
Entrega do Projeto à CIP

Defesa do projeto

Encaminhamento do
projeto ao Comitê de
Ética e Plataforma Brasil
Coleta de Informações

Interpretação e
Análise das informações
Redação do artigo

Submissão do artigo à
banca examinadora
Revisão Textual e
Gramatical
Entrega e Defesa
do artigo
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5 – ORÇAMENTO

Material Quantidade Preço (R$)


Computador pessoal 1 unidade 3.000,00
Impressora 1 unidade 600,00
Filmadora 1 unidade 2.000,00
Máquina fotográfica digital 1 unidade 600,00
Papel A4 1 resma 20,00
Caneta 4 unidades 10,00
Pasta com elástico 4 unidades 20,00
Instrumentos musicais 4 unidades 3.000,00
Revisor gramatical 1 500,00
TOTAL 7.750,00

Obs.: Os gastos para a realização da pesquisa ficarão por conta dos pesquisadores.
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6 – REFERÊNCIAS

ANASTASIOU, L. G. C; ALVES, L. P. Processos de ensinagem na universidade. 7.


ed. Joinvile: Univille, 2007.

DIZEU, L. C. T. de B.; CAPORALI, S. A. A língua de sinais constituindo o surdo como


sujeito. Educ. Soc., Campinas, v. 26, n. 91, p. 583-597, Maio/Ago. 2005.

GÓES, M. C. R. Com quem as crianças surdas dialogam em sinais? In: LACERDA, C.


B. F.: GÓES, M. C. R. (Org.) Surdez: processos educativos e subjetividade. São
Paulo: LOVISE, 2000. p.34-46.

GOLDIN, J. Conselho Nacional de Saúde. Diretrizes e Normas Regulamentadoras


de Pesquisas Envolvendo Seres Humanos. Resolução 196/96. Disponível em:
<www.ufrgs.br/_ HCPA/ gppg/res19696.htm>. Acesso em: 30 mar. 2013.

HAGEDORN, R. Fundamentos da Prática em Terapia Ocupacional. 3a ed. São


Paulo: Dynamis, 2003

HAGUIARA-CERVELLINI, N.; A musicalidade do surdo, representação e estigma.


São Paulo: Plexus, 2003.

IATROS, Estatística e pesquisa científica para profissionais de Saúde. Disponível


em: <www.vademecum.com.br/iatros/tiposinvest.htm>. Acesso em: 22 mar. 2013.

LACERDA, C. B. F. A prática pedagógica mediada (também) pela língua de sinais:


trabalhando com sujeitos surdos. Cadernos Cedes, ano XX, n. 50, p.70-83, abril.
2000.

LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. A. Fundamentos de metodologia científica. 6. ed.


São Paulo: Atlas, 2008.
16

MARTINS, J. B. Vygotsky & a educação. Belo Horizonte: Autêntica, 2005.

MINAYO, M. C. S. O desafio do conhecimento pesquisa qualitativa em saúde. 12.


ed. São Paulo: Hucitec, 2010.

MUNGUBA, M. C. Abordagem da terapia ocupacional na disfunção auditiva. In:


CAVALCANTI, A.; GALVÃO, C. Terapia ocupacional: fundamentação & prática. Rio
de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007. p.385-398.

____________. Videogame: estratégias de aprendizagem, visão do terapeuta


ocupacional para o século XXI: aporte para terapeutas ocupacionais e pais. Fortaleza:
Universidade de Fortaleza, 2002.

OLIVEIRA, M. K. Escolarização e desenvolvimento do pensamento: a contribuição da


Psicologia Histórico-Cultural. Revista Diálogo Educacional, v. 4, n. 10, p. 1-12,Set/Dez,
2003

____________. Como fazer pesquisa qualitativa. Petrópolis, RJ: Vozes, 2007.

OYADOMARI, J. C. T.; SILVA, P. L.; NETO, O. R. M.; RICCIO, E. L. Pesquisa


intervencionista: um ensaio sobre as oportunidades para pesquisa brasileira em
contabilidade gerencial. In: V Congresso ANPCONT, 2011, Vitória. Anais do V
Congresso da ANPCONT. Vitória: ANPCONT, v. 1 2011.

PEREIRA, J. Apreciar música não é uma exclusividade de quem


ouve.;http://www.mni.pt/destaques/index.php?file=destaque&cod=1403&voto=6&MNI=
a7bb4cf0ec5094a95c9ae5ffdffe41e8; 28 de novembro de 2001

POPE, C; MAYS, N. Pesquisa qualitativa na atenção à saúde. 3. ed. Porto Alegre:


Artmed, 2009.
17

SACKS, O. Alucinações musicais: relatos sobre a musica e o cérebro. São Paulo:


Companhia das letras, 2007.

VIGOTSKII, L. S.; LURIA, A. R.; LEONTIEV, A. N. Linguagem, desenvolvimento e


aprendizagem. 8.ed. Trad. Maria da Penha Villalobos. São Paulo: Ícone, 2001.
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7 – ANEXOS
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ANEXO A

FUNDAÇÃO EDSON QUEIROZ


UNIVERSIDADE DE FORTALEZA
VICE-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO
COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA EM SERES HUMANOS

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

TÍTULO DA PESQUISA: Desenvolvimento de jogo para a mediação da iniciação


musical do surdo com aporte terapêutico ocupacional

PESQUISADOR (A) RESPONSÁVEL: Chrystiane Maria Veras Porto

Prezada Colaboradora,

Seu filho (a) está sendo convidado(a) a participar desta pesquisa que irá analisar

estratégias de desenvolvimento de jogo para a mediação da iniciação musical do surdo


com aporte terapêutico ocupacional

1. PARTICIPAÇÃO NA PESQUISA: Ao participar desta pesquisa seu filho será


observado durante a aplicação do jogo. Lembramos que a participação é voluntária,
ele tem a liberdade de não querer participar, e pode desistir, em qualquer momento,
mesmo após ter iniciado a observação, sem nenhum prejuízo para ele.

2. RISCOS E DESCONFORTOS: Os procedimentos utilizados durante a observação


não trará nenhum tipo de desconforto, dificuldade na socialização e dificuldade de
expressar os sentimentos. O tipo de procedimento apresenta um risco mínimo,
previsto devido à exposição a uma situação nova para as crianças surdas.

3. BENEFÍCIOS: Os benefícios esperados com o estudo são no sentido de mudança


de comportamento durante a execução da atividade. Espera-se que a criança, através
do jogo, possa conhecer e vivenciar novas formas de aprendizagem, e que sejam
estimuladas outras vias, tornando-o mais perceptivo a novos conhecimentos.

4. FORMAS DE ASSISTÊNCIA: Se seu filho precisar de algum tratamento, orientação


ou encaminhamento, por se sentir prejudicada por causa da pesquisa, ou se o
pesquisador descobrir que seu filho tem alguma coisa que precise de tratamento, você
será encaminhada para o Núcleo de Atenção Médica e Integrada - NAMI.
20

5.CONFIDENCIALIDADE: Todas as informações que nos forem fornecidas ou que


sejam conseguidas pela entrevista e observações serão utilizadas somente para esta
pesquisa. Os dados pessoais de seu filho ficarão em segredo e o seu nome não
aparecerá em lugar nenhum dos formulários e fichas de observação nem quando os
resultados forem apresentados.

6. ESCLARECIMENTOS: Se tiver alguma dúvida a respeito da pesquisa e/ou dos


métodos utilizados na mesma, pode procurar a qualquer momento o pesquisar
responsável.

Nome do pesquisador responsável: Chrystiane Maria Veras Porto


Endereço: Av. Washington Soares, 1321.
Telefone para contato: (85) 34773203
Horário de atendimento: 08h00min às 11h00min e 14h00min às 17h00min
de segunda a Sexta.

Se desejar obter informações sobre os direitos de seu filho e os aspectos éticos


envolvidos na pesquisa poderá consultar o Comitê de Ética da Universidade de
Fortaleza, Ce.

Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos – COÉTICA


Universidade de Fortaleza.
Av. Washington Soares, 1321, Bloco da Reitoria, Sala da Vice-Reitoria de
Pesquisa e Pós-Graduação, 1º andar.
Bairro Edson Queiroz, CEP 60811-341.
Telefone (85) 3477-3122, Fortaleza, Ce.

Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos – COÉTICA

Universidade de Fortaleza.

Av. Washington Soares, 1321, Bloco da Reitoria, Sala da Vice-


Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, 1º andar.

Bairro Edson Queiroz, CEP 60811-341.

Telefone (85) 3477-3122, Fortaleza, Ce.

7. RESSARCIMENTO DAS DESPESAS: Caso concorde com a participação de seu


filho na pesquisa, não receberá nenhuma compensação financeira.
21

8. CONCORDÂNCIA NA PARTICIPAÇÃO: Se estiver de acordo com a participação


de seu filho deverá preencher e assinar o Termo de Consentimento Pós-esclarecido
que se segue, e receberá uma cópia deste Termo.

O sujeito de pesquisa ou seu representante legal, quando for o


caso,deverá rubricar todas as folhas do Termo de Consentimento
Livre e Esclarecido – TCLE – apondo sua assinatura na última
página do referido Termo.

O pesquisador responsável deverá, da mesma forma, rubricar todas


as folhas do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE –
apondo sua assinatura na última página do referido Termo.
22

ANEXO B

TERMO DO CONSENTIMENTO PÓS-ESCLARECIDO

Pelo presente instrumento que atende às exigências legais, a


Sra.____________________________________________________, portadora da
cédula de identidade _______________________________, declara que, após leitura
minuciosa do TCLE, teve oportunidade de fazer perguntas, esclarecer dúvidas que
foram devidamente explicadas pelos pesquisadores, ciente dos serviços e
procedimentos aos quais será submetido e, não restando quaisquer dúvidas a respeito
do lido e explicado, firma seu CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO autorizo a
participação voluntária de meu filho(a) nesta pesquisa.

E, por estar de acordo, assina o presente termo.

Fortaleza-CE, _______ de ________________ de _____.

______________________________
Assinatura do participante

______________________________

Ou Representante legal
Impressão dactiloscópica

______________________________
Assinatura do Pesquisador

Impressão dactiloscópica

______________________________
Assinatura do Pesquisador
23

ANEXO C

TERMO DE CONSENTIMENTO INSTITUCIONAL PARA COLETA DE DADOS

I - DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO OU RESPONSÁVEL LEGAL

1. NOME DA INSTITUIÇÃO: Instituto Filippo Smaldone – Centro Educacional de Áudio


Comunicação
CGC Nº_________________________________________________________

ENDEREÇO: R. Adolfo Siqueira, 273


BAIRRO:__ Joaquim Tavora _

CIDADE:_Fortaleza

CEP:_ 60135-140 ____________________________TELEFONE: 085 (3221-3993)

2. RESPONSÁVEL LEGAL:_Irmã Sônia Noronha

CARGO: Diretora

DOCUMENTO DE IDENTIDADE:_______________________

SEXO: ( F)

ENDEREÇO: R. Adolfo Siqueira, 273

BAIRRO:__ Joaquim Tavora

CIDADE:_Fortaleza

CEP: 60135-140 TELEFONE: 085 (3221-3993)

II - DADOS SOBRE A PESQUISA CIENTÍFICA

1. TÍTULO DO PROTOCOLO DE PESQUISA:

PESQUISADORA: Chrystiane Maria Veras Porto

CPF: 35869755387

CARGO/FUNÇÃO: Terapeuta Ocupacional, docente do Curso de Terapia Ocupacional

UNIDADE: Centro de Ciências da Saúde – CCS

1. AVALIAÇÃO DO RISCO DA PESQUISA:


24

SEM RISCO ( ) RISCO MÍNIMO (X) RISCO MÉDIO ( ) RISCO BAIXO ( ) RISCO
MAIOR ( )

2. DURAÇÃO DA PESQUISA:

A coleta de informações terá início em agosto de 2013 e será concluída em abril de 2014.

III - REGISTRO DAS EXPLICAÇÕES AO REPRESENTANTE LEGAL DA

INSTITUIÇÃO SOBRE A PESQUISA, CONSIGNANDO:

1. Justificativa e os objetivos da pesquisa.

2. Procedimentos que serão utilizados e propósitos, incluindo a identificação


dos procedimentos experimentais.

3. Desconfortos e riscos esperados.

4. Benefícios que poderão ser obtidos.

5. Procedimentos alternativos que possam ser vantajosos para o indivíduo.

IV - ESCLARECIMENTOS DADOS PELO PESQUISADOR SOBRE GARANTIAS DO


SUJEITO DA PESQUISA:

1. Acesso, a qualquer tempo, às informações sobre procedimentos, riscos e


benefícios relacionados à pesquisa, inclusive para dirimir eventuais dúvidas.

2. Liberdade de retirar seu consentimento a qualquer momento e de deixar de


participar do estudo.

3. Salvaguarda da confidencialidade, sigilo e privacidade.

V. INFORMAÇÕES DE NOMES, ENDEREÇOS E TELEFONES DOS


RESPONSÁVEIS PELO ACOMPANHAMENTO DA PESQUISA, PARA CONTATO
EM CASO DE INTERCORRÊNCIAS CLÍNICAS E REAÇÕES ADVERSAS.

Profa. Orientadora: Chrystiane Maria Veras Porto, Ms. Tel: (85) 34773203
Profa. Coorientadora: Marilene Calderaro da Silva Munguba,Dra. Tel: (85) 34773203
Aluno Paulo Bruno de Andrade Braga. Tel: (85) 96455219

VI - OBSERVAÇÕES COMPLEMENTARES:
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8 - APÊNDICES
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APÊNDICE A

ROTEIRO DE OBSERVAÇÃO DAS ATIVIDADES DE


INICIAÇÃO MUSICAL NA ESCOLA

Atitude 1 2 3 4 5
Empatia
Interesse
Tolerância
Cooperação
Autoconfiança
Responsabilidade
Habilidade 1 2 3 4 5
Ritmo
Memória
Atenção
Concentração
Percepção
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APÊNDICE B

ROTEIRO DE OBSERVAÇÃO DO PRÉ-TESTE DAS


FASES PRELIMINARES DO JOGO

Jogabilidade 1 2 3 4 5
Desafios do jogo adequados
Desafios do jogo inadequados
Número de vezes que o jogo pode
ser completado
Jogo Duração adequada
Duração inadequada
Interatividade 1 2 3 4 5
Elementos visuais adequados
Elementos visuais inadequados
Número adequado de personagens
Número inadequado de personagens
Nível de atenção 1 2 3 4 5
Distrai-se com ruídos do ambiente
Não se distrai com ruídos do
ambiente
Observa o companheiro jogar,
enquanto joga
Não observa o companheiro jogar,
Criança enquanto joga
Nível de motivação
Mostra-se atento aos desafios do
jogo
Tenta nova estratégia quando “erra”
Irrita-se quando “erra”
Demonstra alegria quando “acerta”
Irrita-se quando a sessão termina
Níveis de ajuda aplicados 1 2 3 4 5
1o nível: oferecer instruções
Mediação 2o nível: demonstrar
3o nível: propor pistas
4o nível: dar assistência

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