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Sumário
Outro caso de grande repercussão foi entre Playboy vs. Frena. Frena
era uma espécie de provedor de acesso e conteúdo, mais
especificamente um file sharing, servia para fazer upload de
arquivos e compartilhá-los. No caso, um usuário fez upload das fotos
da revista e disponibilizou para os demais usuários. A Playboy
acionou apenas o responsável pelo sistema, obtendo no tribunal
americano a condenação por violação de direitos autorais.
Referências1
1
Gouvêa, Sandra. O direito na era digital: crimes praticados por meio da informática. Rio de
Janeiro: Mauad, 1997
O GLOBO, Rio de Janeiro, 17 jun. 1996
EUA; NY. Playboy vs. Frena. Disponível
em: http://www.loundy.com/CASES/Playboy_v_Frena.html
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Fato é que, uma das primeiras reações ao sofrer uma agressão virtual
é ser tomado pelo sentimento de impotência, isso porque se está
diante de uma publicação indevida, que nem se quer podemos
mensurar a extensão e a proporção que tal ato pode tomar. A somar,
torna-se ainda mais perverso perceber que o autor da agressão,
inicialmente é desconhecido.
São os precedentes:
É aquele velho adágio: “existe louco para tudo”. Tanto para publicar
com o nome próprio, quanto para publicar com o nome de outrem.
Quer dizer que, se num final de semana, você liberar o wi-fi para a
turma do churrasco, e alguém “se passar” usando a conexão, é
provável que o titular do wi-fi venha a responder pelo ato? É bem
por aí! Não é à toa que as “Lan Houses” têm o dever legal de
identificar seus usuários, e que empresas responsáveis possuem um
autenticador para clientes e colaboradores.
Em que pese ser a minoria dos casos, tal fato ocorre com certa
frequência em nossos tribunais, ainda que devidamente explicitado,
por parte do causídico, a ordem dos atos. Então, o que poderia ser
resolvido em apenas uma demanda, requer o ajuizamento de outras
2.
E aqui vem o aspecto mais relevante desta ação, qual seja, a redução
do módulo probatório, termo este empregado pelo jurista Guilherme
Marinoni, e que, segundo ele, tal redução permite que o magistrado
conceda a ordem de acordo com a “prova possível”, isso porque
provar a ameaça pode ser um tanto quanto complicado em alguns
casos relacionados à internet.
Fora estes casos, lute pela liminar e preservação dos dados ou o risco
de não obter todos os dados necessários será iminente.
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Enfim, bem resumida, esta é uma curta análise de alguns pontos que
podem ser consideradas no momento de optar por uma ou outra via
para a tutela dos direitos da personalidade no âmbito da internet.
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Notas Finais
A ideia é que sirva como referência para que outros colegas possam
aprimorar sua forma de atuação e que, principalmente, possam
validar estratégias eficientes e, posteriormente, compartilhá-las do
mesmo modo, para que num futuro próximo tenhamos
procedimentos claros e adequados de modo a contribuir com o
avanço da internet.
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