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Índice

Introdução .................................................................................................................................. 2

Ligações Químicas ..................................................................................................................... 3

Ligação iônica ............................................................................................................................ 3

Ligação covalente ...................................................................................................................... 6

Ligação metálica ........................................................................................................................ 9

Ligas metálicas ..................................................................................................................... 10

Propriedades das ligações metálicas .................................................................................... 10

Conclusão................................................................................................................................. 12

Referências Bibliográficas ....................................................................................................... 13

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Introdução
No presente trabalho de química ira debruçar-se sobre ligações químicas. Onde iremos ver que
alguns materiais são sólidos (o carvão); outros, líquidos (a água) e outros, gasosos (o ar); alguns
são duros (granito) e outros moles (cera); alguns conduzem a corrente elétrica (metais), outros
não (borracha); alguns quebram-se facilmente (vidro), outros não (aço), e assim por diante. Por
que existe essa grande diferença de propriedades entre os materiais que conhecemos? Isso se
deve, em grande parte, às ligações existentes entre os átomos (ligações químicas) e à arrumação
espacial que daí decorre (estrutura geométrica do material). Hoje sabemos que, em condições
ambientes, só os gases nobres são formados por átomos isolados uns dos outros, ou seja, átomos
que têm pouca tendência de se unir com outros átomos; dizemos então que eles são muito
estáveis (pouco reativos).

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Ligações Químicas
Os átomos com tal, raramente existem na natureza. Umas excepção são os gases raras: He, Ne,
Ar, Kr, e Xe. Embora em certos casos os gases raros ou nobres, possam existir em aglomerados,
cada átomo de um gás raro e independente, não necessita de se ligar a outros átomos para se
estabilizar.

Ligação química- é o conjunto de forças que mantêm os átomos unidos uns aos outros de
modo a adquirirem a estabilidade química.

Um átomo adquire estabilidade quando possui 8 elétrons na camada eletrônica mais


externa, ou 2 elétrons quando possui apenas a camada K.

O objectivo de estabelecimento de ligações químicas entre os átomos é de permitir que eles se


tornem estáveis, mediante a apresentação de oito electrões na sua última camada ou camada
de valência.

Podemos identificar a valência de um elemento com base no conhecimento da quantidade de


electrões da última camada do elemento, daí também se chamar a última camada da distribuição
electrónica de um elemento por camada de valência. No acto de estabelecimento de ligação
química entre os átomos, dependendo da quantidade de electrões que existem na última
camada (dada pela estrutura ou distribuição electrónica), os átomos encontram a possibilidade
de estabilização mediante o ganho ou cedência de electrões, por um lado, ou através do
compartilhamento de electrões por outro, ou ainda por outros mecanismos mais complexos.
Assim dependendo da maneira como o átomo chega à sua estabilização química, distinguem-
se três tipos de ligação química: iônica, covalente e metálica.

Ligação iônica

Ligação iônica é a força que mantém os íons unidos, depois que um átomo cede
definitivamente um, dois ou mais elétrons para outro átomo.

A ligação iônica é, em geral, bastante forte e mantém os íons firmemente “presos” no


reticulado. Por isso, os compostos iônicos são sólidos e, em geral, têm ponto de fusão e ponto
de ebulição elevados.

A ligação iônica ocorre, em geral, entre átomos de metais com átomos de não-metais, pois:

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• os átomos dos metais possuem 1, 2 ou 3 elétrons na última camada e têm forte tendência
a perdê-los.
• os átomos dos não-metais possuem 5, 6 ou 7 elétrons na última camada e têm acentuada
tendência a receber mais 3, 2 ou 1 elétron e, assim, completar seus octetos eletrônicos.

Para identificar o tipo ligação ou a maneira como os átomos se ligam para formar uma dada
substância, primeiro deve-se fazer a identificação do tipo de átomos que estão envolvidos na
ligação (se metal ou ametal); em seguida fazer a estrutura electrónica desses átomos. Deve-
se tomar sempre em consideração que os átomos têm sempre o desejo de se apresentar na forma
estável apresentando 8 electrões na última camada.

Exemplos
Ex. 1: Entre metal (Potássio) e ametal (Flúor), espera-se uma ligação iónica.

Ex.2 Demonstrar o estabelecimento da ligação química entre o Magnésio e Flúor para formar
Fluoreto de Magnésio (MgF2).
- O Magnésio é metal e, do exemplo anterior vimos que Flúor é ametal. Entre eles
esperamos que a ligação seja iónica. Fazendo as distribuições electrónicas dos elementos,
temos:

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K L M
12Mg: +12 ) ) )
2e- 8e- 2e-

K L
9 F: +9 ) )
2e- 7e-

 O Magnésio com 2 electrões na última camada, não é estável. Entre esperar que
“alguém” lhe ofereça 6 electrões para chegar a 8 ou perder os 2 para ficar com 8, é mais
fácil ele perder os 2 electrões.
 Cada átomo de Flúor, tem 7 electrões na última camada, para chegar a 8 electrões
precisa ganhar 1 electrão. Entretanto, como a substância a formar apresenta 2 átomos
de Flúor e cada um ganha 1 electrão, significa que os dois átomos ganharão, no total, 2
electrões.
Como já vimos, o Magnésio perde 2 electrões. Portanto, os electrões perdidos são na
totalidade ganhos (electrões perdidos iguais a electrões ganhos).
Ou de forma simplificada:

Ou de forma simplificada:
F + 1e- ——————> F-
Entretanto, como são 2 átomos de Flúor, onde cada um ganha 1 electrão, teremos de multiplicar
toda esta última equação por 2.
Então fica: 2F + 2e- ——————> 2F-
Os iões formados atraem-se
Mg2+ + 2F- ——————> MgF2 - Ligação iónica
Reparemos que o Magnésio perdeu 2 electrões e, os 2 foram ganhos pelos 2 átomos de Flúor
(quantidade de electrões cedida é igual à ganha)

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Ligação covalente

Ligação covalente ou covalência é a união entre átomos estabelecida por pares de elétrons.
Nesse tipo de ligação, a valência recebe o nome particular de covalência e corresponde ao
número de pares de elétrons compartilhados.

A ligação covalente é também chamada de ligação molecular. A covalência constitui uma


sociedade de electrões, onde cada átomo envolvido deve disponibilizar 1 electrão para a
partilha. No estabelecimento da ligação covalente participam átomos de elementos ametálicos,
isto é, a ligação covalente ocorre entre ametal e ametal. A ligação pode ocorrer entre átomos
ametálicos de um mesmo elemento químico ou entre átomos ametálicos de elementos químicos
diferentes.

As fórmulas em que os elétrons aparecem indicados pelos sinais (•) e (x) são chamadas
fórmulas eletrônicas ou fórmulas de Lewis.

Quando os pares eletrônicos covalentes são representados por traços ( - ), chamamos essas
representações de fórmulas estruturais planas; no último exemplo considerado:

Na ligação covalente iremos encontrar dois tipos de ligações:

Ligação covalente apolar - é aquela que ocorre entre átomos de elementos ametálicos com
mesmo valor de electronegatividade. Podendo ser:

 ligação covalente apolar simples;


 ligação covalente apolar dupla
 ligação covalente apolar tripla, para o compartilhamento de um par (1 traço de ligação),
dois pares (2 traços de ligação) e três pares (3 traços deligação), respectivamente.

Ligação covalente polar - é aquela que ocorre entre átomos de elementos ametálicos
com valores de electronegatividade diferentes.

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Exemplos

Ex.1 Demonstrar o estabelecimento da ligação química entre os átomos de Cloro para formar
a molécula de Cloro (Cl2).

Resolução

O Cloro é um elemento químico ametálico. Portanto, entre dois átomos ametálicos de mesmo
elemento químico espera-se uma ligação covalente apolar.

Se consultarmos os valores das electronegatividades, encontramos que a electronegatividade


do átomo de Cloro é igual a 2,8. Determinando a diferença de electronegatividades entre o
primeiro átomo de Cloro e do segundo, teremos:

A diferença de electronegatividade igual a zero, dá-nos ainda mais a certeza de que a ligação
que vai ocorrer entre os dois átomos de Cloro será uma ligação covalente apolar.

Ex.2 Formação da molécula da substância simples oxigênio (O2):

Cada átomo de oxigênio tem apenas seis elétrons na camada de valência. Os dois átomos se
unem compartilhando dois pares eletrônicos, de modo que cada átomo “exerça domínio” sobre
oito elétrons.

Forma-se assim uma ligação dupla entre os átomos, que é indicada por dois traços na
representação O = O (nos exemplos do H2 e do Cl2, o único par eletrônico comum constitui
uma ligação simples).

Ex 3. Formação da molécula da substância simples nitrogênio (N2):

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Cada átomo de nitrogênio tem apenas cinco elétrons na camada periférica. Eles se unem
compartilhando três pares eletrônicos. Forma-se assim uma ligação tripla entre os átomos, que
é indicada pelos três traços na representação N ≡ N. Desse modo, cada átomo está com o octeto
completo, pois além de seus cinco elétrons, compartilha três elétrons com o átomo vizinho.

Ex. 4. a união entre dois átomos do elemento cloro (Cl), formando uma molécula de gás cloro
(Cl2). Note que, no esquema, só estão representados os elétrons da última camada eletrônica
do cloro, isto é, sua camada de valência:

Observamos que, na molécula final (Cl2), há um par de elétrons compartilhado pelos dois
átomos de cloro. Com isso, podemos dizer que cada átomo de cloro dispõe de seus sete elétrons
mais um elétron compartilhado, perfazendo então o octeto, que dá a cada átomo a configuração
estável de um gás nobre. Na molécula formada acima, os elétrons da última camada que não
participam do par eletrônico compartilhado são comumente chamados elétrons não-ligantes
ou pares eletrônicos isolados.

Ex.5 Demonstrar o estabelecimento da ligação química entre os átomos de Hidrogénio e Cloro


para formar o Cloreto de Hidrogénio (HCl).

Resolução

O Cloro é um elemento químico ametálico e o Hidrogénio é considerado ametal. Portanto


estabelece-se uma ligação química entre ametal e ametal. Quando os intervenientes são ametal
e ametal, a ligação que se espera é covalente.

1. Se consultarmos os valores das electronegatividades, encontramos que a


electronegatividade do átomo de Cloro é igual a 2,8 e, a do Hidrogénio é de 2,1.
Determinando a diferença de electronegatividades entre o átomo de Cloro e de
Hidrogénio (sempre faz-se a electronegatividade maior menos a menor), teremos:

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A diferença de electronegatividade entre os dois átomos é diferente de zero, dá-nos informação
de que a ligação que vai ocorrer entre os dois átomos será uma ligação covalente polar.

Ligação metálica
Uma das principais características dos metais é a condução fácil da eletricidade. A
consideração de que a corrente elétrica é um fluxo de elétrons levou à criação da chamada
teoria da nuvem eletrônica (ou teoria do mar de elétrons).
Em geral, os átomos dos metais têm apenas 1, 2 ou 3 elétrons na última camada eletrônica; essa
camada está normalmente afastada do núcleo, que, consequentemente, atrai pouco aqueles
elétrons. Como resultado, os elétrons escapam facilmente do átomo e transitam livremente pelo
reticulado. Desse modo, os átomos que perdem elétrons transformam-se em cátions, os quais
podem, logo depois, receber elétrons e voltar à forma de átomo neutro, e assim sucessivamente.
Concluindo, podemos dizer que, segundo essa teoria, o metal seria um aglomerado de átomos
neutros e cátions, mergulhados em uma nuvem (ou “mar”) de elétrons livres (costuma-se
também dizer que esses elétrons estão deslocalizados).
Ligação metálica – é aquela que se estabelece entre átomos de elementos metálicos,
constituindo uma substância metálica.

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Ligas metálicas

São materiais com propriedades metálicas que contém dois ou mais elementos químicos, sendo
a totalidade, ou pelo menos a maior parte dos átomos presentes, de elementos metálicos.
Apesar da grande variedade de metais existentes, a maioria não e empregada em estado puro,
mas em ligas com propriedades alteradas em relação ao material inicial, o que visa, entre outras
coisas, a reduzir os custos de produção.
As industrias automobilísticas, aeronáuticas, navais, bélicas e de construção civil são as
principais responsáveis pelo consumo de metal em grande escala. São também representativos
os setores de eletrônica e comunicações, cujo consumo de metal, apesar de quantitativamente
inferior, tem importância capital para a economia contemporânea. Ligas metálicas são
materiais de propriedade semelhantes às dos metais e que contem pelo menos um metal em sua
composição. Ha ligas formadas somente de metais e outras formadas de metais não-metais
(carbono, fosforo, boro, silício, arsênio, antimônio) E interessante constatar que as ligas
possuem propriedades diferentes dos elementos que as originam. Algumas propriedades são
tais como diminuição ou aumento do ponto de fusão, aumento da dureza, aumento da
resistência mecânica.
Ligas metálicas mais comuns no cotidiano:
 Aço - constituído por Fe e C;
 Aço inoxidável - constituído por Fe, C, Cr e Ni;
 Ouro 18 quilates – constituído por ouro e cobre;
 Amalgama dental (utilizada em obturação) - constituída por Hg , Ag e Sn ;
 Latão (utilizado em armas e torneiras) - constituído por Cu e Zn;
 Bronze (utilizado em sinos) – constituído por Cu e Sn;
 “Liga leve” (utilizada em rodas) – constituída por Al e Mg;
 · “Metal monel” (utilizado em moedas) – constituído por Ni e Cu;

Propriedades das ligações metálicas

a) Estado físico – em condições normais todos os metais são sólidos, com excepção do
Mercúrio, que é líquido.
b) Cor – em geral os metais são brancos-acinzentados, variando a tonalidade de uns para
outros. Algumas excepções incluem o Ouro que é amarelo e o Cobre que é vermelho.

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c) Brilho – os metais apresentam um brilho característico, chamado brilho metálico.
Condutibilidade calorífica - os metais são de um modo geral bons condutores de
calor. O grau de condutibilidade varia para os diversos metais. Os melhores condutores
de calor são a Prata, o Cobre e o Alumínio (exemplo de panelas que são de mental).
d) Condutibilidade eléctrica – regra geral, os metais são bons condutores de
electricidade, embora esta varie de metal para metal. Os melhores condutores de
electricidade são: a Prata, o Cobre e o Alumínio.
e) Resistência à tração: os metais resistem bastante às forças que, quando aplicadas,
tendem a alongar uma barra ou fio metálico. Essa propriedade é também uma
consequência da “força” com que a ligação metálica mantém os átomos unidos. Uma
aplicação importante da resistência à tração é a aplicação dos metais em cabos de
elevadores ou de veículos suspensos.
f) Maleabilidade: é a propriedade que os metais apresentam de se deixarem reduzir a
chapas e lâminas bastante finas, o que se consegue martelando o metal aquecido ou,
então, passando o metal aquecido entre cilindros laminadores, que o vão achatando
progressivamente, originando, assim, a chapa metálica (essa mesma técnica é usada nos
cilindros que “abrem” massa de macarrão, pastel etc.). Isso é possível porque os átomos
dos metais podem “escorregar” uns sobre os outros. Essa é uma das propriedades mais
importantes dos metais, se considerarmos que as chapas metálicas são muito usadas na
produção de veículos, trens, navios, aviões, geladeiras etc. O ouro é o metal mais
maleável que se conhece; dele são obtidas lâminas com espessura da ordem de 0,0001
mm, usadas na decoração de imagens, estatuetas, bandejas etc.
g) Ductilidade: é a propriedade que os metais apresentam de se deixarem transformar em
fios, o que se consegue “puxando” o metal aquecido através de furos cada vez menores.
A explicação para isso é semelhante à da maleabilidade. Os fios produzidos, de maior
ou menor diâmetro, são muito usados nas construções, em concreto armado ou como
fios elétricos e arames de vários tipos. O ouro é também o metal mais dúctil que se
conhece; com 1 grama de ouro é possível obter umfio finíssimo com cerca de 2 km de
comprimento.

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Conclusão

Terminado o trabalho conclui-se que uma ligação química é o conjunto de forças que mantêm
os átomos unidos uns aos outros de modo a adquirirem a estabilidade química. Para que átomo
adquire estabilidade quando possui 8 elétrons na camada eletrônica mais externa, ou 2 elétrons
quando possui apenas a camada K.

Diante das ligações vimos que temos três ligações: Ligação iônica é a força que mantém os
íons unidos, depois que um átomo cede definitivamente um, dois ou mais elétrons para outro
átomo. Ligação covalente ou covalência é a união entre átomos estabelecida por pares de
elétrons. Nesse tipo de ligação, a valência recebe o nome particular de covalência e corresponde
ao número de pares de elétrons compartilhados. Ligação metálica – é aquela que se estabelece
entre átomos de elementos metálicos, constituindo uma substância metálica.

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Referências Bibliográficas
• AFONSO. Amadeu, DA SILVA. Filomena Neves, Química 9 ª Classe – Modulo 2,
Programa de ensino Secundário a distancia, 2013.
• FELISMINO. Tocoll, Química 9ªClasse, 1ªed, Longman, 2013.
• FELTRE. Ricardo, Química Geral – Volume 1, 6ªed, Moderna, São Paulo, 2004.

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