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Refrigeração Industrial
Refrigeração Industrial
REFRIGERAÇÃO INDUSTRIAL
RESUMO
ABSTRACT
In the last decade, the world has undergone a major transformation. The increase in the
number of companies and globalization have made the competition oblige the various sectors
of industry to increase productivity and quality to stay competitive you. In this context, the
cooling systems provide shorter cycle in various manufacturing processes and, consequently,
increased productivity, greater reliability, repeatability and quality of the finished product. This
paper presents the main mathematical models for each component of the cooling system
(compressors, condenser, expansion valve and evaporator) in the literature used in industrial
refrigeration. It analyzes the main aspects relevant to the design of refrigeration systems, in
addition to the sizing of the main component is shown the functioning of the refrigeration cycle
and its main drinks.
SUMÁRIO
5
INTRODUÇÃO...........................................................................................................06
1. O Histórico da refrigeração...............................................................................................07
1.1 Classificações da refrigeração....................................................................................................... 10
1.1.2 Sistema de compressão mecânica de vapor (CMV) ..................................................................11
1.1.3 Sistema de refrigeração por absorção.........................................................................................12
1.1.4 Resfriadores de liquido - chiller................................................................................................... 13
2. Fluidos refrigerantes......................................................................................................................... 14
2.1 Tipos de fluidos refrigerantes......................................................................................................... 15
2.1.1 CFC............................................................................................................................................. 15
2.1.2 HCFC........................................................................................................................................... 15
2.1.3 HFC............................................................................................................................................. 16
2.2 Fluidos alternativos substitutos...................................................................................................... 16
2.2.1 R - 409 A...................................................................................................................................... 16
2.2.2 R - 413 A...................................................................................................................................... 17
2.2.3 R - 408 A...................................................................................................................................... 18
2.2.4 R - 407 C..................................................................................................................................... 18
2.2.5 R - 410 A...................................................................................................................................... 18
2.3 Vantagens dos fluidos alternativos................................................................................................. 18
3. Camada de ozônio........................................................................................................................... 20
3.1 Como o ozônio é destruído............................................................................................................ 21
4. Refrigeração industrial..................................................................................................................... 22
5. Componentes de um sistema de refrigeração..................................................................................23
5.1 Compressores................................................................................................................................ 23
5.2 Trocadores de calor........................................................................................................................ 28
5.2.1 Condensadores............................................................................................................................ 28
5.2.2 Processo de condensação........................................................................................................... 28
5.2.3 Evaporadores.............................................................................................................................. 29
5.2.4 Processo de evaporação............................................................................................................. 30
5.3 Dispositivo de expansão................................................................................................................. 36
5.3.1 Válvula de expansão termostática.............................................................................................. 36
6.Fluxograma industrial completo........................................................................................................ 38
6.1 Centrais de refrigeração industrial (Rack's)....................................................................................39
8. Referências bibliográficas................................................................................................................ 40
7.Considerações finais.............................................................................................40
6
INTRODUÇÃO
1. O Histórico da refrigeração
O emprego dos meios de refrigeração já era do conhecimento humano mesmo na época
das mais antigas civilizações. Pode-se citar a civilização chinesa que, muitos séculos antes do
nascimento de Cristo, usavam o gelo natural (colhido nas superfícies dos rios e lagos
congelados e conservado com grandes cuidados, em poços cobertos com palha e cavados na
terra) com a finalidade de conservar o chá que consumiam. As civilizações gregas e romanas
que também aproveitavam o gelo colhido no alto das montanhas, a custo do braço escravo,
para o preparo de bebidas e alimentos gelados.
Já a civilização egípcia, que devido a sua situação geográfica e ao clima de seu país, não
dispunham de gelo natural, refrescavam a água por evaporação, usando vasos de barro,
semelhantes às moringas¹, tão comuns no interior do Brasil. O barro, sendo poroso, deixa
passar um pouco da água contida no seu interior, a evaporação desta para o ambiente faz
baixar a temperatura do sistema. Entretanto, durante um largo período de tempo, na realidade
muitos séculos, a única utilidade que o homem encontrou para o gelo foi a de refrigerar
alimentos e bebidas para melhorar seu paladar.
Estudos realizados por cientistas, entre eles o célebre químico francês Louis Pasteur,
demonstraram que alguns tipos de bactérias são responsáveis pela putrefação dos alimentos e
por muitos tipos de doenças e epidemias. Ainda através de estudos, ficou comprovado que a
contínua reprodução das bactérias podia ser impedida em muitos casos ou pelo menos limitada
pela aplicação do frio, isto é, baixando suficientemente a temperatura do ambiente em que os
mesmos proliferam. Essas conclusões provocaram, no século XVIII, uma grande expansão da
indústria do gelo, que até então se mostrava eficiente.
Contudo, o uso do gelo natural trazia consigo uma série de inconvenientes que
prejudicavam seriamente o desenvolvimento da refrigeração, tornando-a de valia relativamente
pequena. Assim, ficava-se na dependência direta da natureza para a obtenção da matéria
primordial, isto é, o gelo, que só se formava no inverno e nas regiões de clima bastante frio. O
fornecimento, portanto, era bastante irregular e, em se tratando de países mais quentes, era
sujeita a um transporte demorado, no qual a maior parte se perdia por derretimento,
especialmente porque os meios de conservá-lo durante este transporte eram deficientes.
Mesmo nos locais onde o gelo se formava naturalmente, isto é, nas zonas frias, este último
tinha grande influência, pois a estocagem era bastante difícil, só podendo ser feita por períodos
relativamente curtos.
Em 1855 surgiu na Alemanha outro tipo de mecanismo para a fabricação do gelo artificial,
este, baseado no principio da absorção, descoberto em 1824 pelo físico e químico inglês
Michael Faraday. Durante por cerca de meio século os aperfeiçoamentos nos processos de
fabricação de gelo artificial foram se acumulando, surgindo sistematicamente melhorias nos
sistemas, com maiores rendimentos e melhores condições de trabalho. Entretanto, a produção
propriamente dita fez poucos progressos neste período, em conseqüência da prevenção do
público consumidor contra o gelo artificial, pois apesar de todos estarem cientes das vantagens
apresentadas pela refrigeração, era crença geral que o gelo produzido pelo homem era
prejudicial à saúde humana.
9
Tal crença é completamente absurda, mas como uma minoria aceitava o gelo artificial, o
seu consumo era relativamente pequeno. Todavia, a própria natureza encarregou-se de dar fim
a tal situação. Em 1890, o inverno nos Estados Unidos, um dos maiores produtores de gelo
natural da época, foi muito fraco. Em conseqüência, quase não houve formação de gelo neste
ano, naquele país. Como não havia gelo natural, a situação obrigou que se usasse o artificial,
quebrando o tabu existente contra este último e mostrando, inclusive, que o mesmo era ainda
melhor que o produto natural, por ser feito com água mais pura e poder ser produzido à
vontade, conforme as necessidades de consumo.
A utilização do gelo natural levou a criação, no princípio do século XIX, das primeiras
geladeiras. Tais aparelhos eram constituídos simplesmente por um recipiente, quase sempre
isolado por meio de placas de cortiça, dentro do qual eram colocadas pedras de gelo e os
alimentos a conservar, ver figura abaixo. A fusão do gelo absorvia parte do calor dos alimentos
e reduzia, de forma considerável, a temperatura no interior da geladeira.
típica da época era o geleiro, que, com sua carroça isolada, percorria os bairros, entregava nas
casas dos consumidores, periodicamente, as pedras de gelo que deviam ser colocadas nas
primeiras geladeiras.
SISTEMAS DE REFRIGERAÇÃO
A área de refrigeração cresceu de tal maneira no último século que acabou por ocupar os
mais diversos campos. Para conveniência de estudos, as aplicações da refrigeração podem ser
classificadas dentro das seguintes categorias: doméstica, comercial, industrial, para transporte
e para condicionamento de ar. A refrigeração doméstica abrange principalmente a fabricação de
refrigeradores de uso doméstico e de freezers. A capacidade dos refrigeradores domésticos
varia muito, com temperaturas na faixa de -8°C a -18°C (no compartimento de congelados) e
+2°C a +7°C (no compartimento dos produtos resfriados).
O sistema de refrigeração por absorção mais comum é aquele que usa amônia (NH3)
como fluido refrigerante, e a água como absorvente. Estas máquinas têm a vantagem de
utilizar energia térmica em lugares onde a energia elétrica não é disponível ou tem custo
elevado.
O sistema por absorção não apresenta partes internas móveis o que lhe garante um
funcionamento silencioso e sem vibração, reduzindo assim os gastos com a manutenção.
Para que o sistema funcione, primeiro a solução de amônia e água existente no absorvedor
absorve vapor de amônia a baixa pressão vindo do evaporador. O passo seguinte é elevar a
pressão do líquido com uma bomba e induzi-lo para o gerador, componente onde a aplicação
de energia térmica garante a separação da água e da amônia, que segue para o condensador. A
água retorna para o absorvedor após ter sua pressão reduzida. Ao passar pelo condensador a
amônia transforma-se da fase de vapor para líquida, liberando energia para o meio externo.
Logo após sair do condensador a amônia tem sua pressão reduzida para ingressar no
evaporador e retirar energia do meio interno que desejamos resfriar. Neste processo a amônia
13
passa do estado líquido para vapor, que será absorvido pela solução do absorvedor, reiniciando
todo o ciclo.
Estes equipamentos conhecidos como Unidade de água gelada ou Chillers, tem o mesmo
principio de funcionamento dos sistemas CMV, porém utilizam outro liquido como fluido de
trabalho, o mais utilizado é a água. Esta água, devidamente resfriada é utilizada para as mais
diversas aplicações.
2. Fluidos Refrigerantes
Fluido refrigerante é o fluido que absorve calor de uma substância do ambiente a ser
resfriado. Não há um fluido refrigerante que reúna todas as propriedades desejáveis, de modo
que, um refrigerante considerado bom para ser aplicado em determinado tipo de instalação
frigorífica nem sempre é recomendado para ser utilizado em outra. O bom refrigerante é aquele
que reúne o maior número possível de boas qualidades, relativamente a um determinado fim.
Ter miscibilidade com óleo lubrificante e não deve atacá-lo ou ter qualquer efeito
indesejável sobre os outros materiais da unidade;
Em caso de vazamentos, não deve atacar ou deteriorar os alimentos, não deve contribuir
para o aquecimento global e não deve atacar a camada de ozônio.
2.1.1 CFC - São moléculas formadas pelos elementos cloro, flúor e carbono. (Exemplos: R-
11, R-12, R-502, etc.).
Utilização: ar condicionado automotivo, refrigeração comercial, refrigeração doméstica
(refrigeradores e freezers) etc.
2.1.2 HCFC - Alguns átomos de cloro são substituídos por hidrogênio (Exemplos: R-22, R-
141b, etc.).
Utilização: ar condicionado de janela, split, self, câmaras frigoríficas, etc.
2.1.3 HFC - Todos os átomos de cloro são substituídos por hidrogênio (Ex: R-134a, R-404A,
R-407C, etc.).
Utilização: ar condicionado automotivo, refrigeração comercial, refrigeração doméstica
(refrigeradores e freezers), etc.
O R-134a é isento de cloro e, por isso, apresenta boa compatibilidade com elastômeros.
Na refrigeração a palavra Retrofit (abreviatura da expressão inglesa “retroactive refit” que
significa “readaptação posterior”) vem sendo empregada para designar as adaptações que são
realizadas em equipamentos que trabalham com CFC’s para que esses possam trabalhar com os
fluidos alternativos, tornando-os eficientes, modernos e econômicos.
A linha de fluidos alternativos, também chamada de “blends” é uma boa alternativa para a
conversão de equipamentos que estão em operação no campo, pois exigem mínimas alterações
no sistema original e na maioria dos casos não é necessária à substituição do compressor.
2.2.1 R-409A - Mistura de fluidos refrigerantes tais como R-22, R- 142b e R-124, tem
propriedades similares ao R-12 e pode ser utilizado com óleo lubrificante mineral, poliolester e
aquilbenzeno.
2.2.2 R-413A - Mistura de fluidos refrigerantes como R-218, R-134a e R-600a, é compatível
com óleo lubrificante mineral, poliolester e aquilbenzeno, tem performance similar ao R-12.
2.2.3 R-408A - Mistura de fluidos refrigerantes como R-22, R-134a e R-125, tem
performance similar ao R-502 e é compatível com óleo lubrificante mineral, poliolester e
aquilbenzeno.
2.2.4 R-407C - Mistura de fluidos refrigerantes tais como R-134a, R-32 e R-125, possui
propriedades similares ao R-22, porém é necessária a mudança do óleo lubrificante.
2.2.5 R-410A - Mistura de fluidos refrigerantes de alta pressão tais como R-32 e R- 125,
possui melhor capacidade de resfriamento, porém requer uma reavaliação do projeto do
sistema. A tabela abaixo mostra algumas opções disponíveis no mercado.
17
Durante os últimos anos, vários refrigerantes alternativos foram avaliados e o R134a, por
apresentar propriedades físicas e termodinâmicas relativamente semelhantes às do R12 e por
não conter Cloro, tem sido considerado o substituto do R12 nas suas aplicações.
Mais recentemente, outro fator ambiental, não menos importante que a destruição da
camada de ozônio, tem sido considerado: o potencial de aquecimento global, mais conhecido
como efeito estufa.
Tabela 1.3.2 – Tempo de vida de fluidos refrigerantes ODP – Potencial de Destruição do Ozônio.
GWP – Potencial de Aquecimento Global
(comparado ao CO2).
Observa-se na tabela acima que o refrigerante R134a, não destrói a camada de ozônio
(ODP = 0). Tal característica deve-se à ausência de cloro nas suas moléculas. Entretanto os
refrigerantes propano e butano exercem efeito desprezível (GWP < 5) sobre o aquecimento da
Terra, ao contrário do R12 e R134a. Outro fator ambiental favorável aos refrigerantes propano
e butano é seu menor tempo de vida na atmosfera.
3. Camada de Ozônio
O ozônio é formado quando as moléculas de oxigênio absorvem parte da radiação
ultravioleta proveniente do sol, ocasionando a separação das moléculas em dois átomos de
oxigênio. Estes átomos por sua vez, juntam-se com outras moléculas de oxigênio, formando
assim o ozônio (O3), que contém três átomos de oxigênio.
Aproximadamente 90% do ozônio da terra está localizado em uma camada natural, logo
acima da superfície terrestre conhecida como estratosfera. Esta camada natural atua como um
escudo protetor contra a radiação ultravioleta. A primeira preocupação sobre a provável
destruição da camada de ozônio pelos CFC’s foi levantada com a publicação da teoria de que
os átomos de cloro liberados pelos CFC’s poderiam migrar até a estratosfera, destruindo as
moléculas de ozônio (Molina e Rowland, 1974), conforme mostra a figura 1.3. Alguns dos
CFC’s têm um tempo de vida na atmosfera superior a 120 anos, isto é, eles não se dissociam
20
Desde que a teoria de destruição da camada de ozônio foi publicada pela primeira vez,
pesquisas científicas têm mostrado uma preocupação geral com o aumento da concentração de
cloro na estratosfera, que destruindo o ozônio, tem como resultado danos à saúde e ao meio
ambiente, como por exemplo:
UTILIZAÇÃO NA INDÚSTRIA
4. Refrigeração Industrial
CONHECENDO OS COMPONENTES
5.1 Compressores
mf NV f v (5.1)
24
v é a eficiência volumétrica.
Para a equação (5.1), a eficiência volumétrica pode ser obtida através da equação:
cv
P c p
nv 1 cr cr c (5.2)
P
e
Onde:
Cr é o fator de folga do compressor (razão entre volume morto e volume deslocado pelo
pistão);
Pc é a pressão de condensação do refrigerante;
Pe é a pressão de evaporação do refrigerante;
Cv é o calor específico para volume constante na entrada do compressor;
Cp é o calor específico para pressão constante na entrada do compressor.
A vazão mássica do refrigerante para este modelo pode ser calculada através da equação
(5.1)
A partir do cálculo da vazão mássica, pode-se calcular a potência através da seguinte
equação:
25
Onde:
cv
(5.5)
cp
Onde:
Onde:
T 2 T1 Wio Wis 1 / m f * c p12 (5.7)
Onde:
T2 é a temperatura do refrigerante na saída do compressor;
T2 é a temperatura do refrigerante na entrada do compressor;
cp12 é o valor médio do calor específico a pressão constante entre a entrada e a saída do
compressor.
5.2.1 Condensadores
5.2.3 Evaporadores
Embora o evaporador seja às vezes um dispositivo muito simples, ele é realmente a parte
mais importante do sistema. Qualquer sistema de refrigeração é projetado, instalado e operado
com o único fim de retirar calor de alguma substância. Como esse calor tem que ser absorvido
pelo evaporador, à eficiência do sistema depende do projeto e da operação adequada do
mesmo.
A eficiência do evaporador em um sistema de refrigeração depende de três principais
requisitos, que devem ser considerados no projeto e seleção do mesmo:
Ter uma superfície suficiente para absorver a carga de calor necessária, sem uma
diferença excessiva de temperatura entre o refrigerante e a substância a resfriar.
Deve apresentar espaço suficiente para o refrigerante líquido e também espaço
adequado para que o vapor do refrigerante se separe do líquido.
Ter espaço suficiente para a circulação do refrigerante sem queda de pressão excessiva
entre a entrada e a saída.
Após passar pela válvula de expansão (ou tubo capilar), o fluido refrigerante é admitido no
evaporador na forma líquida. Como a pressão no evaporador é baixa, o fluido refrigerante se
29
evapora com uma temperatura baixa. No lado externo do evaporador há um fluxo de fluido a
ser refrigerado (água, solução de etileno-glicol, ar, etc.), ver figura a seguir.
Como a temperatura desse fluido é maior que a do refrigerante, este se evapora. Após
todo o refrigerante se evaporar, ele sofrerá um acréscimo de temperatura denominado
superaquecimento.
Os modelos do tipo “black box” são baseados em teorias para automação e controle de
sistemas, sendo mais comumente utilizados para o modelamento de evaporadores. Neste tipo
de modelo, o componente é representado por um conjunto de funções de transferência com
diversas constantes, as quais são determinadas experimentalmente. A principal vantagem na
utilização de tal modelo é a simplicidade do mesmo. No entanto, dados experimentais devem
ser obtidos para garantir o bom funcionamento e a precisão na aplicação desse tipo de modelo.
Os modelos de zona única, duas zonas e distribuídos são baseados em leis físicas da
conservação de massa, quantidade de movimento e energia. Nos modelos de zona única, o
trocador de calor é analisado por meio de variáveis que representam o componente de uma
maneira generalizada. Nestes modelos, somente um valor é utilizado para representar a
entalpia do refrigerante contido no interior do trocador de calor. De maneira semelhante,
30
Q m f h f i h fo (5.8)
Onde:
Q é o calor trocado,
mf é a vazão mássica de refrigerante no interior do trocador de calor (constante).
hfi e hfo são as entalpias do refrigerante na entrada e saída do trocador, respectivamente.
Para aplicar tal modelo, deparamo-nos com a dificuldade prática da obtenção das entalpias
na entrada e na saída do trocador de calor. Para obtê-las, é necessário o conhecimento das
temperaturas de entrada e saída do refrigerante no trocador de calor, o que, na prática, torna-
se uma dificuldade para a utilização do modelo. Tal modelo, no entanto, pode ser considerado
de grande utilidade para estimativas teóricas do desempenho de sistemas de ar condicionado.
Onde:
cpmin é o calor específico à pressão constante que apresentar o menor valor entre o fluido
quente para a temperatura da entrada e o fluido frio para a temperatura da entrada.
Tq,e é a temperatura do fluido quente na entrada do trocador de calor;
Tf,e é a temperatura do fluido frio na entrada do trocador de calor.
A efetividade do trocador de calor, então, nada mais é do que a razão entre a taxa real de
transferência de calor e a taxa máxima de transferência de calor possível para um determinado
trocador de calor.
q
(5.10)
qmax
Onde:
c pq Tq , e Tq , s
c p min Tq , e T f , e
(5.11)
Ou
c pf T f ,e T f , s
c p min Tq ,e T f , e
(5.12)
Onde:
cpq e cpf são os calores específicos à pressão constante dos fluidos quente e frio,
respectivamente (média dos calores específicos entre a entrada e a saída do trocador).
Tq,s e Tf,s são as temperaturas do fluido quente e do fluido frio na saída do trocador de
calor, respectivamente.
valores de , Tq,e e Tf,e forem conhecidos, a taxa real de transferência de calor pode ser
determinada através da seguinte expressão:
C
f NUT min (5.14)
Cmax
Onde Cmin/Cmax pode ser igual à cpf / cpq ou cpq / cpf , dependendo das magnitudes das
taxas de capacidades caloríficas dos fluidos quente e frio.
Onde:
U é o coeficiente global de transferência de calor
A é a área do trocador de calor
Relações Efetividade-NUT:
Tq , e Tq , s
(5.16)
Tq , e T f , e
Cmin mc T T f ,e
q p, q f , s (5.17)
Cmax m f c p , f Tq , e Tq , s
Onde:
C
1 exp NUT 1 min
C max
(5.18)
C
1 min
C max
33
Os modelos distribuídos têm sido cada vez mais utilizados ao longo dos últimos anos,
devido à maior fidelidade ao comportamento real do equipamento em relação aos modelos
apresentados anteriormente. Neste tipo de modelamento, o trocador de calor é dividido em
vários pequenos volumes de controle. A aplicação das equações para balanços de massa,
energia e quantidade de movimento em cada um dos volumes de controle, juntamente com a
utilização de coeficientes de transferência de calor locais permitem uma maior fidelidade aos
fenômenos físicos que realmente ocorrem nesses equipamentos.
A escolha do tipo de modelo a ser utilizado deve pode ser feita de acordo com a
geometria do trocador de calor. Por exemplo: para trocadores de calor do tipo carcaça e tubos,
com o processo de evaporação ocorrendo na superfície externa do tubo, os modelos de zona
única e de duas zonas podem ser utilizados para representar os fenômenos físicos
adequadamente. Entretanto, para evaporadores de tubos concêntricos, por exemplo, tais
modelos não fornecem uma representação adequada dos fenômenos físicos que ocorrem nos
34
mesmos, sendo necessária à aplicação de modelos mais complexos, tais como os modelos
distribuídos.
Devido a sua alta eficiência e sua pronta adaptação a qualquer tipo de aplicação, as
válvulas de expansão termostáticas (VET) são os dispositivos de expansão mais utilizados em
sistemas de refrigeração de expansão direta. São usadas para regular o fluxo do refrigerante a
fim de garantir que ele evapore totalmente na serpentina, para garantir a redução da pressão do
sistema e a pulverização do refrigerante.
A maioria dos modelos para dispositivos de expansão é muito simples. Considera-se que a
variação de entalpia em tais dispositivos é nula, ou seja, h entrada = h saída. O fluxo de massa
através de tais dispositivos pode ser modelado através da equação:
mf K P * (5.19)
Onde:
NA INDÚSTRIA
36
7. Considerações finais
8. Referências Bibliográficas
Dabiri, A. E.; Rice, C. K. A compressor simulation model with corrections for the level of
suction gas superheat. ASHRAE Transactions, v.96, n.2, p.771-782, 1981.
Fu, L.; Ding, G.; Zhang, C. Dynamic simulation of air-to-water dual-mode heat pump with
screw compressor. Applied Thermal Engeneering, v.23, p.1629-1645, 2003.
MacArthur, J. W.; Grald, E. W. Unsteady compressible two-phase flow model for predicting
cyclic heat pump performance and a comparison with experimental data. International Journal
of Refrigeration, v.12, p.29-41, 1989.