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há 3 anos
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Laura Vilaça
Laura Aquino Vilaça, potiguar de nascimento, paulista de criação, mineira de coração. Formada em
Direito pela Universidade Federal de Ouro Preto/UFOP desde dez. de 2015, Direito Administrativo e
Trabalhista fazem meu coração bater mais forte. Apaixonada por leitura, me interessa debater e
discutir questões atinentes aos direitos humanos e às minorias. Buscando sempre aprendizado nos
livros e com meus colegas de profissão, quero utilizar o poder transformador do Direito para exercer
uma advocacia mais humanitária e acessível a todos. Sintam-se à vontade para perguntar e também
compartilhar saberes.
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8 Comentários
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Ítalo Rosendo
2 anos atrás
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Edson Carli
2 anos atrás
Com base em que estudo você diz isso? Nos estudos da Judith Butler,
"Feminism in Any Other Name" e Messer-Davidow "Disciplining
feminism: from social activism to academic discourse " contesta o que
você afirmou. Nos lugares que o feminismo surgiu a diferença por
gênero torou-se evidente e a sociedade precisou mudar para que as
diferenças sexistas diminuíssem.
Antonio de Carvalho
2 anos atrás
1
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Laura Vilaça
2 anos atrás
Ora, discordo. Nosso Código Penal já prevê prisão que pode variar de
6 a 30 anos para aquele condenado por estupro, ocorre que a
penalização por si só é e sempre será ineficaz na função de inibir o
criminoso. Temos um árduo caminho percorrido pela mulher vitima
de estupro até que se chegue à abertura da ação penal e,
posteriormente, à condenação do indivíduo. Inicialmente, vale
lembrar que a vitima de estupro, antes mesmo de chegar às
autoridades, ainda enfrenta forte culpabilizaçao. Antes de se buscar
apurar os fatos e quem o cometeu, a sociedade primeiramente realiza
um julgamento moral da vitima, questionando suas roupas, suas
palavras, os lugares que ela frequenta. Parece ainda difícil entender
que a culpa não é da vítima, mas de quem comete o crime. Pois bem, a
mulher que bravamente consegue vencer tamanha exposiçao, já com o
psicológico completamente abalado, chega às autoridades e não
encontra o amparo legal e social que lhe encoragem a sequer dar
início à denúncia. Nos casos de estupro que acompanhei, as vítimas
desistiram da denuncia antes mesmo de faze-la. O depoimento inicial
da vitima vem sempre acompanhado de comentários do tipo "tem
certeza que você não consentiu?", "mas você tinha até bebido", e de
todos o que mais ouvi foi "porque você sabe que vai acabar com a vida
do cara né, então pensa bem". O fato é que não temos profissionais
preparados para atender as vítimas de crimes sexuais sob um enfoque
do gênero, não há delegacias da Mulher em todas as cidades e as
poucas que existem são falhas e passam longe de cumprir o propósito
para o qual foram criadas. Repito: não carecemos de penalidades,
carecemos de amparo à vitima para que ela chegue às autoridades,
denuncie, leve o caso a julgamento, e este receba uma pena justa. Me
parece que o problema passa longe de ser o grau da pena aplicada ao
criminoso, inclusive este tipo de projeto de lei, vindo de um
parlamentar que não mede palavras para incitar o ódio, a violência e o
estupro contra a mulher - e que com esse discurso demagogo anda a
conquistar uma legião de fãs - , é para mim de uma mediocridade
alarmante. Não me dei e não me darei ao trabalho de ler este projeto
de lei, mas seria interessante saber se ele prevê castração química
também a quem incita e incentiva a cultura do estupro ao proferir em
rede nacional disparates contra as parlamentares do sexo feminino.
Creio que não. Trata-se de só mais um projeticulo de lei de origem e
intenções duvidosas onde sobra demagogia, hipocrisia e
mediocridade, e falta inteligência.
Edson Carli
2 anos atrás
Decio Gomes
2 anos atrás