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20/09/2019

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ


CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE TUCUCRUÍ
FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA
GRUPO DE ESTUDOS EM TECNOLOGIA DA SOLDAGEM

TECNOLOGIA DA SOLDAGEM

Prof. Me. Douglas Neves Garcia

Tucuruí-Pará
Set -2019

INTRODUÇÃO

A soldagem a arco exige um equipamento (fonte de energia ou


máquina de soldagem) especialmente projetado para esta
aplicação e capaz de fornecer tensões e corrente cujos valores se
situam, em geral, entre 10 e 40V e entre 10 e 1200A,
respectivamente. Desde as últimas décadas do século passado,
tem ocorrido um vigoroso desenvolvimento (ou mesmo uma
revolução) no projeto e construção de fontes para soldagem
associados com a introdução de sistemas eletrônicos para o
controle nestes equipamentos. Atualmente, pode-se separar as
fontes em duas classes básicas: (a) máquinas convencionais, cuja
tecnologia básica vem das décadas de 1950 e 60 (ou antes), e (b)
máquinas "eletrônicas", ou modernas, de desenvolvimento mais
recente (décadas de 1970, 80, 90 e 2000).

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INTRODUÇÃO

 Fontes Convencionais (Eletromagnéticas)


 (1950-1960)
 Fontes Modernas (Eletrônicas)
 (a partir de 1970)
 Brasil (Fontes Convencionais)
 Japão, Europa, EUA (Fontes Eletrônicas)

Fig. 01. Fonte de Tensão Constante Fig. 02. Fonte de Corrente Constante

HISTÓRICO

Fig. 03. Tipos de fontes e data de implementação

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Requisitos Básicos das Fontes

Existem três requisitos básicos que uma fonte de energia para


soldagem a arco deve
atender:
 produzir saídas de corrente e tensão nos valores desejados e
com características adequadas para o processo de soldagem;
 permitir o ajuste destes valores de corrente e/ou tensão para
aplicações específicas;
 variar a corrente e tensão durante a operação de acordo com os
requerimentos do processo de soldagem e aplicação.

Fig. 04. Fonte de Inversora

Adicionalmente, o projeto da fonte precisa atender outros


requisitos tais como:

 estar em conformidade com exigências de normas e códigos


relacionados com a segurança e funcionalidade;
 apresentar resistência e durabilidade em ambientes fabris, com
instalação e operação simples e segura.;
 possuir controles/interface do usuário de fácil compreensão e
uso;
 quando necessário, ter interface ou saída para sistemas de
automação.

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CARACTERÍSTICAS ESTÁTICAS

Valor médio de V e I em função da aplicação de carga


resistiva.
U = R.I

Fig. 05. Determinação de características estáticas de uma fonte de energia

CARACTERÍSTICAS ESTÁTICAS

Figura - Curvas características de fontes (a) CI e (b) CV.

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CARACTERÍSTICAS ESTÁTICAS

Família de curvas

Fig. 06. Características estáticas de fontes levantadas em laboratório: (a) Convencional (b)
Inversora, ambas do tipo corrente constante (c) Convencional (d) Tiristorizada, ambas do
tipo tensão constante

CARACTERÍSTICAS ESTÁTICAS

Figura – Efeito da variação do comprimento do arco na corrente de soldagem com


fontes de (a) corrente constante e de (b) tensão constante.

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Características Dinâmicas

Características dinâmicas de uma fonte envolvem as variações transientes de


corrente e tensão associadas com as diversas mudanças que ocorrer durante o
processo de soldagem. Estas variações podem envolver intervalos de tempo
muito curtos, por exemplo da ordem de 10-3 s, sendo, portanto, de
caracterização mais difícil do que as características estáticas. As
características dinâmicas são importantes, em particular, (1) na abertura do
arco, (2) durante mudanças rápidas de comprimento do arco, (3) durante a
transferência de metal através do arco e (4), no caso de soldagem com
corrente alternada, durante a extinção e reabertura do arco a cada meio ciclo
de corrente. As características dinâmicas das fontes são, em geral, afetadas
por (1) dispositivos para armazenamento temporário de energia como bancos
de capacitores ou bobinas de indutância, (2) controles retroalimentados em
sistemas regulados automaticamente e (3) mudanças dinâmicas no formato e
na frequência de saída da fonte. As duas últimas formas de controle das
características dinâmicas não são usadas em fontes convencionais, sendo
típicas de fontes com controle eletrônico.

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Características Dinâmicas

Um controle relacionado com as características dinâmicas do


processo e importante em fontes para a soldagem GMAW é o da
indutância da fonte. Na soldagem com transferência por curto-
circuito, este controle permite ajustar as velocidades de subida da
corrente elétrica durante o curto circuito e de sua redução ao
término deste. Estas velocidades afetam de forma importante as
condições de transferência e a estabilidade do processo.

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CICLO DE TRABALHO

• Ct = (Tarco / Tteste) x 100.


• Em geral o Ct é de 60%
• Fontes domésticas (Ct=20%)
• Fontes Semí-Automáticas
(Ct=100%)

Respeitar o Ciclo de Trabalho para


evitar:
-Queima
-Isolamento do transformador
-Vida útil Fig. 07. Ciclo de aquecimento e
resfriamento interno durante a operação de
uma fonte.

Ct 1I12  Ct 2 I 22

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CICLO DE TRABALHO

Placa de Informações Técnicas padronizada

Fig. 08. Placa típica de identificação de equipamento de soldagem.

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CICLO DE TRABALHO

Simbologia para fontes de energia

Fig. 09. Representações para algumas fontes de energia para soldagem a arco e
características elétricas, segundo IEC 60974-1.

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CICLO DE TRABALHO

Fig. 09. Representações para alguns processos de soldagem e de corte a arco, segundo
IEC 60974-1.

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Construção e Métodos de Controle de Fontes


Convencionais Estáticas:
Fontes convencionais que utilizam diretamente a energia elétrica da rede são
formadas basicamente de um transformador, um dispositivo de controle da
saída da fonte e um banco de retificadores (em equipamentos de corrente
contínua).

Figura - Diagrama de bloco de uma fonte convencional.

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Fontes Tipo Gerador

Figura - Diagrama esquemático de um motor-gerador

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Construção e Métodos de Controle de Fontes


Convencionais Estáticas:
Nos equipamentos convencionais, o sistema que permite o
ajuste da saída da fonte é, em geral, de acionamento mecânico
ou elétrico. As formas mais comuns de ajuste empregadas
são:

• Transformadores com "tap";


• Bobina móvel;
• Núcleo de ferro móvel;
• Reator de núcleo móvel;
• Amplificador magnético.
Figura – (a) Diagrama de uma fonte tipo
transformador com ajuste de saída por taps. (b)
Desenho esquemático de uma fonte deste tipo.

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COMPONENTES - transformador

Fig. 10. Imagens de transformadores: elevadores-abaixadores de tensão.

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COMPONENTES - diodo

Fig. 11. Imagens de diodos.

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COMPONENTES - diodo

Fig. 10. Funcionamento do diodo

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COMPONENTES - diodo

Diodo meia-onda

Fig. 11. Gráfico de tensão do diodo meia-onda

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COMPONENTES - diodo

Ponte de diodos

Fig. 12. Gráfico de tensão do diodo onda completa, em ponte

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COMPONENTES - diodo

Ponte de diodos

Fig. 13. Gráfico de tensão do diodo onda completa, com uso de


filtro capacitivo

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COMPONENTES - tiristor

Fig. 14. Imagens de tiristores

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COMPONENTES - transistor

Fig. 15. Imagens de transistores

Sistema hidráulico de funcionamento análogo a um transistor de potência


(a) Corrente da base (Ib) nula, circuito principal interrompido
(b) Corrente da base pequena, corrente principal (I) proporcional a Ib
(c) Ib acima de seu valor de saturação (Isat), corente principal passa livremente

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TIPOS DE FONTES ELETRÔNICAS

• Tiristorizadas

• Transistorizadas Chaveadas (“Choppers”)

• Inversoras (“Inverters”)

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TIPOS DE FONTES ELETRÔNICAS -


tiristorizadas
• Controle por SCR’s (Simplicidade, Robustez, Controle de
saída com pequenos sinais).
• Desempenho muito superior as convencionais

Fig. 16. Esquema da fonte tiristorizada

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TIPOS DE FONTES ELETRÔNICAS -


tiristorizadas

Fig. 16. Representação esquemática da fonte tiristorizada

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TIPOS DE FONTES ELETRÔNICAS -


transistorizadas

• Transistores, sendo utilizado como chaves.


• Aumento na eficiência de utilização da energia pela fonte,
menos robusta e com menor preço.

Fig. 17. Representação esquemática da fonte de transistorizada chaveada


(a) modulação da frequência, (b) modulação da largura de pulso

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TIPOS DE FONTES ELETRÔNICAS -


inversoras
•Transformador muito menor, redução do consumo de energia
elétrica, redução de dissipação de energia

Fig. 18. Representação esquemática da fonte inversora

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TIPOS DE FONTES ELETRÔNICAS -


inversoras

Fig. 19. Representação esquemática da fonte inversora chaveada no primário

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TIPOS DE FONTES ELETRÔNICAS -


inversoras

Fig. 20. Vantagens do uso das fontes inversoras sobre as fontes convencionais, sobretudo
pela influência da freqüência do sinal de entrada no transformador sobre seu tamanho

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TIPOS DE FONTES ELETRÔNICAS -


inversoras

Fig. 21. Comparação entre o transformador de uma fonte inversora (direita) e de uma
fonte convencional (esquerda) de mesma capacidade

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TIPOS DE FONTES ELETRÔNICAS - inversoras

Fig. 22. Comparação da velocidade de subida da corrente ma abertura do arco para:


(a) uma fonte tiristorizada e (b) uma fonte inversora

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

• SCOTTI, A.; PONOMAREV, V.; “Soldagem MIG / MAG


melhor entendimento, melhor desempenho”, São Paulo:
Artliber Editora, 2008.
• MARQUES, P. V.; MODENESI, P. J.; BRACARENSE, A. Q.
“Soldagem Fundamentos e Tecnologia”, 2ª Ed. Belo
Horizonte: UFMG, 2007.

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