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Em meados dos anos de 1830 OYÓ já não era mais um império.

Foi durante
esse período – de instabilidade na África e a intensificação da produção de
açúcar em Cuba – que os YORUBÁS, então conhecidos como LUKUMÍS,
fizeram sua aparição em números consideráveis nas AMÉRICAS. Embora, os
YORUBÁS tenham estado presentes nas plantações de escravos no Novo
Mundo desde pelo menos o século XVII, esta não era uma presença
considerável até o século XIX.

Depois disso, a presença de YORUBÁS em CUBA cresceu em uma rapidez


impressionante. Antes de 1850 menos de vinte anos depois da queda definitiva
do Império OYÓ, o YORUBÁ compôs uma pluralidade demonstrável em CUBA:
quase 35% da população auxiliar total da Ilha. Esta grande presença YORUBÁ
nas AMÉRICAS seria o progenitor mais importante das RELIGIÕES de ORIXÁ
chamada posteriormente de REGRA DE OSHA.

O número de escravos de OYÓ em CUBA cresceria consideravelmente depois


dos anos de 1780, o que sinalou o início do atrito na ÁFRICA OCIDENTAL e que
eventualmente escalou e conduziu da caída do Império OYÓ nos anos de 1800.

Porém, definitivamente os EGBADOS precederam os OYÓS em CUBA. No início


do século XIX, o Rei de DAHOMEY havia se rebelado contra OYÓ, ampliando
suas incursões escravistas nos territórios YORUBÁ do Sul, incluindo EGBADO
que havia gozado antes da proteção de OYÓ. Por conseguinte, DAHOMEY
escravizou muitos cidadãos EGBADO e os enviou para o Novo Mundo,
especialmente para CUBA. Nessa época OYÓ estava preocupado com seus
próprios problemas e para repreender DAHOMEY por seu desafio. O Império
silenciou, enquanto seus territórios eram invadidos. Por conseguinte, em CUBA,
as práticas religiosas EGBADO originalmente dominam as tradições YORUBÁS,
particularmente em REGLA (província cubana).

Não foi até cerca de 1825 que as práticas de OYÓ chegaram a ter supremacia.
A medida que os OYÓ cresceram em número e importância em HAVANA
(província cubana), eles tentaram ampliar sua hegemonia política e cultural
estabelecendo seus padrões de ordem e adoração como os padrões oficiais para
a religião YORUBÁ em CUBA.
Nas proximidades de HAVANA até a chegada dos OYÓ em grandes números, a
religião YORUBÁ havia sido conduzida de maneira similar a mais pessoal forma
de adoração de orientação familiar e que era praticada mais comumente nas
instalações YORUBÁ na ÁFRICA.

Ainda que de grande prestígio e consideração, os ARARÁS em CUBA eram de


um número muito menor que os YORUBÁS e sem contar suas divergências
litúrgicas e territoriais já presentes na ÁFRICA, também migraram para CUBA.

Diz LYDIA CABRERA em seu livro “O MONTE” (1954: pág 99):

“A REGRA ARARÁ – ARARÁ (ADJÁ) DAHOMEY – menos comum na Província


de HAVANA que em MATANZAS, goza de um grande prestígio. Considera-se
muito estrita e refratária a comunicar seus segredos aos brancos. A língua que
falam seus BOKONOS é o Arará – EWÉ –, é difícil de aprender e de pronunciar,
assim como seus cantos litúrgicos. É muito custosa o qual aumenta seu
prestígio. Os direitos que cobram seus sacerdotes são os mais elevados”.

A rivalidade nas terras africanas é transferida para o Novo Mundo. O Império


OYÓ dominava também as terras de DAHOMEY e mantinha o controle em todo
comércio marítimo. Porém, em algum momento da história, DAHOMEY se
revolta contra OYÓ resultando em comércio escravo para o Novo Mundo,
conforme afirma MIGUEL W. RAMOS em LA DIVISIÓN DE LA HABANA (pág.
20):

“Os YORUBÁS e ARARÁS chamados assim por comerciantes, porque suas


origens estavam ligadas ao porto de ALADA no antigo Reino de DAHOMEY.
Desde seu início como estado na costa africana do Oeste, o Reino de
DAHOMEY havia um impacto significativo nas áreas costeira vizinhas.
DAHOMEY por muitas vezes interrompia o fluxo de escravos desde o interior,
assim como também insurgia em lugares onde os escravos eram detidos para
aguardar os navios negreiros europeus. Eventualmente estas interrupções
afetaram tanto o comércio os vizinhos que os OYÓ decidiram tomar uma
providência contra o Reino DAHOMEY”.
Há registro de que em meados de abril de 1726 os OYÓ começaram uma série
de invasões devastadoras contra DAHOMEY. Os ataques de OYÓ continuaram
até que os Dahomeanos caíram sob o domínio do Império de OYÓ, concordando
em pagar um tributo anual eles. Porém, DAHOMEY não cumpriu com o acordo
com OYÓ, o que trouxe mais hostilidades por parte de OYÓ sobre eles.
Finalmente em 1748 ambos estados entraram em um novo acordo que
permaneceria em vigor até o início da instabilidade política de OYÓ ao fim de
1770. OYÓ também havia se unido a outros povos YORUBÁS e recebia um
tributo considerável de outros estados YORUBÁS (OWU, EGBA, KETÚ, SABE,
EGBADO, IJESA, ILÁ, IJEBÚ e DAHOMEY).

Como resultado das invasões de OYÓ a DAHOMEY muitos ARARÁS foram


enviados como escravos para o CARIBE. Sua chegada à CUBA precedeu a de
seus inimigos OYÓ-YORUBÁ por quase cem anos.

Esse ressentimento, heranças da ÁFRICA, marcaram a relação entre os dois


grupos na Ilha. Este atrito se intensificou durante o século XIX com a presença
crescente na Ilha de YORUBÁS escravizados.

El resentimiento y la amargura, herencias de África, marcaron la relación entre


los dos

grupos en la isla. Este choque, que existió probablemente, desde por lo menos
finales

del siglo XVIII, se intensificó durante el siglo XIX con la presencia creciente en la
isla

de Lukumís esclavizados. A medida que el número de Lukumís liberados creció,


la

confrontación entre los dos grupos fue inevitable. Por el siglo XIX, los Lukumís y

Ararás emancipados habían sido forzados por las circunstancias o la necesidad


a vivir
en las mismas ciudades o pueblos y a veces en casas adyacentes o solares
(complejos

habitacionales). La tradición enfatiza que aunque los dos grupos exhibieron un


cierto

nivel de tolerancia de unos con los otros, la mayor parte trataban de guardar su

distancia. Aunque las religiones Lukumí y Arará son religiones hermanas y


muchos

deidades Lukumí habían sido adoptados por los Arará en África del oeste, los
rituales

religiosos de un grupo fueron declarados fuera de límite de unos para con otros
y rara

vez un Arará visitaba un cabildo Lukumí o viceversa.

La tradición oral acentúa que a un cierto punto, posiblemente alrededor de los


1890s o

los comienzos de los 1900s, en términos de sus deidades, el Lukumí comenzó a

compartir su conocimiento con el Arará. Antes de este tiempo, la religión cubana


Arará

no había sido tan pesadamente influenciada por la Lukumí como lo está


actualmente. La

evidencia indica que la influencia de Lukumí en las prácticas religiosas de Arará,


dio

comienzo en Matanzas durante este periodo en particular. Cualquier iniciado que


esté
familiarizado con el ritual actual de ordenación Arará encontrará una influencia

inequívocamente Lukumí, lo que es un producto cubano y no algo traído de


África. El

Obá Oriaté, una figura jerárquica importante en el sacerdocio Lukumí, ahora


desempeña

un papel importante en los rituales de Arará también. El Obá Oriaté – Maestro


de

ceremonias que dirige y preside todos los rituales – se considera la fuente


extrema del

conocimiento ritual. Asimismo, los oráculos Lukumí, el uso de adivinación con

dieciséis cowries (Dilogún) y la adivinación que usa cuatro pedazos del coco
(Obí) han

alcanzado suma importancia en los rito Arará . La participación del Obá Oriaté
en los

ritos de ordenación Arará, ha llegado a ser tan imprescindible como lo es en el


ritual

Lukumí. Para que esta fusión ocurriera, el Lukumí y el Arará tuvieron que
declarar una

tregua en su amarga relación. Con toda probabilidad, según lo sugerido por el

testimonio de varias fuentes, esta tregua fue influenciada por Obá Tero después
de su

llegada a Simpson, debido su reputación como sacerdotisa ortodoxa y de gran


poder que

ella tan ardientemente luchó por mantener.


Los regalos de Obá Tero a los Arará fueron numerosos. La proximidad
geográfica de

estas dos etnias en África Occidental no puede ser ignorada y es altamente


probable que

la difusión precedió su reencuentro en Cuba. Muchas de las ceremonias que se


cree que

Obá Tero compartió, pudieron no haber sido nuevas para los Arará.
Posiblemente, los

rituales practicados por Obá Tero pudieron haber simplemente reanimado los
rituales

inactivos de los Arará en Matanzas, permitiendo que prosperaran y coexistieran


con los

rituales Lukumí. Uno de los muchos ejemplos posibles de esta revitalización, es


el uso

actual por los Arará de cowries y cocos para la adivinación. Aunque los Arará
habían

utilizado cowries y los cocos para el ritual de adivinación en Dahomey, las


fuentes

enfatizan que no habían hecho uso de estos oráculos en Cuba, por lo menos no
hasta que

el Lukumí los compartió con el Arará. Hasta entonces, habían sido posesiones

terminantemente Lukumí. Siguiendo los patrones del ritual de ordenación


Lukumí, el
Arará ahora consagra un sistema de dilogún para cada fodún a la hora de la
ordenación

del asió (el novicio Arará) y en el tercer día de la ordenación, tal como los Òrìsàs
de

Lukumí, cada fodún ahora comunica las prescripciones y proscripciones con el


oráculo

del dilogún.

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