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UNIÃO DAS FACULDADES DOS GRANDES LAGOS

CURSO ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA

ILARIO LUIZ FILHO


ANA CAROLINA SILVA DE SOUZA

ESTUDO SOBRE FONTES DE ENERGIA RENOVÁVEL E ALTERNATIVA:


ENERGIA MAREMOTRIZ E ONDAMOTRIZ

(6° Período)

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO


2017
UNIÃO DAS FACULDADES DOS GRANDES LAGOS
CURSO ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA

ENERGIA MARÉMOTRIZ

Trabalho Interdisciplinar apresentado ao


curso de Engenharia Ambiental e
Sanitária no sexto semestre de 2017, na
União das Faculdades dos Grandes
Lagos – UNILAGO. Coordenação: Prof.
Carlos Ed. Mattos.
Professora responsável: Amanda
Casagrande

São José do Rio Preto/SP


2017
Sumário
RESUMO..............................................................................................................3
ABSTRACT...........................................................................................................3
1 INTRODUÇÃO................................................................................................6
2 OBJETIVOS - GERAL E ESPECIFICOS.......................................................7
2.1 GERAIS...........................................................................................................7
2.2 ESPECÍFICOS................................................................................................9
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA...........................................................................8
4 ENERGIA…………………………………….………………………………...…10
4.1 DEFINIÇÃO DE ENERGIA ……………………………………………………..10
4.2 ENERGIA RENOVÁVEL E NÃO RENOVÁVEL………………………………11
4.3 PRINCIPAIS FONTES DE ENERGIA RENOVÁVEL UTILIZADAS PELA
HUMANIDADE………………………………………………………………………..11
5 O QUE É MARÉ………………………………………………………………….
5.1 CONCEITO DE ENERGIA MARÉMOTRIZ……………………………………12
6 TIPOS DE ENERGIA MARÉMOTRIZ ………………………………………...12
7 VANTAGENS E DESVANTAGENS …………………………………………....15
8 EXEMPLOS DE USINAS MAREMOTRIZ PELO MUNDO………………….16
8.1 LA RANCE NA FRANÇA…………………………………………………….....16
9 USINA MAREMOTRIZ NOS AÇORES, PORTUGAL………………………..18
10 MODELOS DE GERADORES………………………………………………….19
10.1GERADOR TIPO BULBO……………………………………………………...19
10.2 GERADOR POR FLUXO……………………………………………………..20
10.3 TURBINA PELTON……………………………………………………………..21
11 IMPACTOS AMBIENTAIS……………………………………………………...23
12 POTENCIAL BRASILEIRO PARA GERAÇÃO DE ENERGIA MAREMOTRIZ
E ONDAMOTRIZ…………………………………….………………………………23
12.1 PRIMEIRO PROJETO………………………………………………………...23
12.2 POTENCIALIDADE DA COSTA BRASILEIRAS…………………………....24
13 PROJETO BRASILEIRO DO PORTO DE PECEM…………………………..24
14 CONCLUSÃO…………………………………………………………………….26
BIBLIOGRAFIA...................................................................................................27
RESUMO

O interesse no desenvolvimento e produção de energias renováveis tem se


acentuado nos últimos anos. A energia das marés é uma fonte proveniente do
processo natural das variações de nível entre as marés altas e baixas, resultan-
te da força gravitacional da terra com a Lua e o Sol. Sua previsibilidade torna
viável o seu uso já que conhecendo o momento, pode-se realizar uma previsão
de quanto a usina irá produzir. Uma das principais formas de obter essa ener -
gia é basicamente do mesmo princípio utilizado em usinas hidroelétricas con-
vencionais. O principal exemplo de aplicação desta tecnologia Na França, foi
construída a primeira usina maremotriz do mundo, em La Rance, em 1966, que
aproveita o potencial do estuário do rio Rance.

Palavras-chave: Energia da maré, regiões litorâneas, energia limpa.

ABSTRACT

Interest in the development and production of renewable energy has been


accentuated in recent years. Tidal energy is a source from the natural process
of level variations between high and low tides, resulting from the gravitational
pull of the earth with the moon and the sun. Its predictability makes viable its
use as knowing the time, you can perform a forecast of how much the plant will
produce. One of the main ways to get this energy is basically the same principle
used in conventional hydroelectric plants. The main example of application of
this technology in France, was built the first tidal power plant in the world, La
Rance in 1966 that leverages the potential of the estuary of the river Rance.

Keywords: Tide Energy, coastal regions, clean energy.


LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 – Turbinas, ação natural da água
FIGURA 2 – Energia que vem das ondas
FIGURA 3 – Energia das correntes marítimas
FIGURA 4 – Usina maremotriz de La Rance
FIGURA 5 – Sistema de capitação de energia Usina de La Rance
FIGURA 6 – Usina maremotriz de Açores Portugal
FIGURA 7 – Usina maremotriz Japão
FIGURA 8 – Turbina tipo Bulbo
FIGURA 9 – Turbina de Fluxo
FIGURA 10- Pelton
FIGURA 11 - ANDRItZ HYDRO AMMERFEST
FIGURA 12 – Usina Marémotriz de Pecém - CE
FIGURA 13 – Sistema de funcionamento do Projeto de Pecém-CE

LISTA DE TABELAS
TABELA 1 – Vantagens e desvantagens
1. INTRODUÇÃO

O horizonte dos combustíveis fósseis é limitado e o consumo deles


forçam os setores energéticos mundiais ao grande desafio de buscar novas
fontes energéticas, algumas dessas fontes são muito promissoras e as
pesquisas sobre eles são praticamente recentes. Há uma esperança dos
especialistas na obtenção de energia mediante a utilização dos mares e
garantem eles que essa é uma fonte muito promissora. Sua exploração já
atravessa muitos anos pois alguns registros dizem que moinhos eram utilizados
desde o início da idade média.
Poucos lugares no mundo possuem amplitude de marés significativas e
condições geográficas ideais para este tipo de exploração. No Brasil por
exemplo há regiões com aptidão para o aproveitamento desse tipo de energia
como no litoral Maranhense e Cearense, como pode ser observado na , abaixo.
Na forma econômica os países querem garantir a manutenção da
economia de longo prazo diversificando suas matrizes energéticas evitando
com isso o esgotamento prematuro de suas reservas carboníferas, em virtude
da grande expansão industrial que experimenta atualmente.
Neste trabalho será realizada uma síntese das características
associadas à exploração maremotriz: aspectos técnicos, econômicos e
ambientais, bem como alguns modelos de formadores de energia e novas
tecnologias. Além disso, são feitas algumas considerações sobre dois estudos
de caso: a barragem do Bacanga e usina de Pecém, a primeira no Maranhão e
a segunda no Ceará- Brasil.
2. OBJETIVOS - GERAL E ESPECIFICOS

2.1. Demonstrar de forma clara as aplicações de tecnologias para geração de


energia elétrica através da força das marés bem como os fatores negativos,
impactos ambientais e econômicos.

2.2. ESPECÍFICOS
 Mostrar que o princípio de geração de energia limpa advindo da força
das marés em algumas partes do globo pode agregar ou até substituir as
utilizadas com material fóssil.
 Conhecer a evolução histórica da utilização das marés como fonte de
energia.
 Entender a importância do mar como opção de fonte de energia limpa.
 Conhecer modelos de equipamentos captadores e transformadores de
correntes de marés em energia elétrica.
 Conhecer usinas maremotriz em atividade
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
A energia manifesta-se de diferentes formas e está relacionada com a
capacidade de produção de ação e movimento em um corpo (JUNIOR, 2014).
Depois de gerar eletricidade a partir da luz solar e dos ventos, a humanidade
investe numa nova e promissora fonte energética: as ondas dos mares. O
Brasil começa a explorar essa alternativa, que deverá estar amadurecida em
até 20 anos (PLANETA, 2016).
As crescentes questões ambientais e o curto horizonte previsto para as
fontes não-renováveis tem impulsionado um aumento na utilização de fontes al-
ternativas para produção de energia elétrica. Diante de tal contexto, a utilização
da energia maremotriz está se tornado uma alternativa viável, principalmente
devido ao aperfeiçoamento de equipamentos de conversão de energia utiliza-
dos neste processo (OLIVEIRA, 2010.).
A energia maremotriz possui algumas vantagens tanto de natureza técni-
ca quanto de natureza ambiental: uma delas é a previsibilidade, ou seja, a pos-
sibilidade de se prever de forma bastante precisão comportamento das marés
e, consequentemente, a energia produzida. Outra vantagem é que não há ne-
cessidade de se alagar novas áreas além daquelas anteriormente alagadas,
como geralmente ocorre nas hidroelétricas convencionais (OLIVEIRA, 2010.).
O fenômeno das mares decorre da influência das forças gravitacionais
exercidas principalmente pela Lua e também pelo Sol sobre os oceanos.
Quando a Lua está sobre um determinado ponto do mar ou do litoral, ou em
oposição a ele, isto é, um ângulo zero ou de 180 graus, teremos uma maré
alta; já quando o satélite está posicionado a 90 ou 270 graus desse ponto,
haverá uma maré baixa, esse ciclo repete-se em um intervalo de seis horas e
doze minutos (TAVARES, 2005).
A energia total dissipada pelas marés é estimada em 3 TW, dos quais
cerca de 1 TW está disponibilizado nas regiões próximas ao litoral. Claramente,
maiores estudos são necessários para determinação do potencial teórico de
cada região no mundo, como o conhecimento da morfologia costeira, das ele-
vações de maré, batimetria e topografia das áreas entre outros (FERREIRA,
2007).
Recentemente, a energia das marés vem sendo utilizada para a produ-
ção de energia elétrica em grandes escalas com maior eficiência (FERREIRA,
2007).
Embora o potencial mundial das marés seja cerca de 3 TW, somente
parte desse potencial pode ser convertido, em virtude da dispersão de energia
em mar aberto e consequentes alturas de marés modestas para exploração.
Dessa forma, estima-se que somente 2 a 10% do potencial poderia ser explora-
do, em determinados locais junto à linha de costa ou em estuários, onde as al -
turas de maré sejam adequadas para a implantação de uma usina (CHARLIER,
2003).
No caso específico do Brasil, que possui sua matriz de eletricidade ba-
seada na energia hidráulica, a sugestão de integração entre usinas maremotri-
zes e hidrelétricas é bastante interessante. A operação da usina maremotriz,
em virtude das suas variações diárias e mensais, possibilita que a usina hidre-
létrica pare de funcionar nos períodos de geração da primeira (CALDAS, 2015).
RESULTADOS e DISCUSSÕES

4. ENERGIA
Segundo o dicionário Priberan a energia [ Física ] É a capacidade que um
corpo ou um sistema físico tem de produzir trabalho (símbolo: E). 2. Fonte
energética, como electricidade , calor ou luz, que permite o funcionamento de
algo (ex.: energias renováveis). ... O mesmo que energiaeléctrica (ex.: o corte
de energia deixou a cidade às escuras).

4.1 DEFINIÇÃO DE ENERGIA

Não há uma definição exata para energia, mas podemos dizer que ela está
associada à capacidade de produção de ação e/ou movimento e manifesta-se
de muitas formas diferentes, como movimento de corpos, calor, eletricidade etc.

Segundo o Princípio de Lavoisier, a energia não pode surgir do nada e nem


pode ser destruída. A única possibilidade que existe é a transformação de um
tipo de energia em outro, como a energia da queda d´água nas hidrelétricas
que é convertida em energia elétrica.

4.2 ENERGIA RENOVÁVEL E NÃO RENOVÁVEL


Os tipos de energia provenientes de fontes finitas (fontes de energia que terão
um fim) são denominados de energias não renováveis. Esse é o caso da
energia gerada a partir dos combustíveis fósseis, como o petróleo e o carvão.
Já a energia gerada a partir de fontes que possuem capacidade de reposição
natural são denominadas de energias renováveis ou limpas. Esse é o caso da
energia proveniente da luz do sol e da energia oriunda da força dos ventos
(energia eólica) etc.
4.3 PRINCIPAIS FONTES DE ENERGIA RENOVÁVEL UTILIZADAS PELA
HUMANIDADE

Energia cinética: É a energia associada ao movimento dos corpos. Quanto


maior for a velocidade em que um corpo movimenta-se, maior será a sua
energia cinética.

Energia potencial: A energia armazenada em virtude da posição de um corpo


em relação à superfície é denominada de energia potencial gravitacional.
Quanto mais alto estiver um objeto em relação ao solo, maior será a sua
velocidade ao chegar ao chão caso ele inicie uma queda. Matematicamente, a
energia potencial gravitacional é dada pelo produto entre a massa do corpo, a
altura e a gravidade.
Quando a energia potencial estiver associada à deformação de um material
elástico, ela será chamada de energia potencial elástica, e seu cálculo
dependerá da deformação (x) causada no material.

Energia térmica (Calor): Calor é a energia térmica associada à energia cinética


das moléculas que compõem um elemento. A manifestação do calor só
ocorrerá caso exista diferença de temperatura entre dois corpos.
Energia química: É a energia liberada ou formada a partir de reações químicas,
como a energia produzida por pilhas e baterias.

Energia solar: É a energia proveniente da luz do sol. Essa forma de energia


pode ser aproveitada na geração de energia elétrica por meio de placas
fotovoltaicas, por exemplo.

Energia eólica: É a energia proveniente do movimento das massas de ar. Pode-


se aproveitar a força dos ventos para girar hélices e turbinas na produção de
energia elétrica.
Energia nuclear: É a energia obtida a partir do fenômeno da fissão nuclear, em
que ocorre a divisão do núcleo de um átomo, gerando a liberação de uma
grande quantidade de energia.

5 . DEFINIÇÃO DE MARÉ

As marés são variações cíclicas no nível de mares e oceanos. Com efeito, as


marés representam a manifestação planetária dos fluxos de energia potencial e
cinética presentes no Sistema Terra-Lua-Sol. Isso resulta em algumas regiões
do mundo que possuem variação de maré localmente maior que outras (GENI,
2009)

5.1 CONCEITO DE ENERGIA MARÉMOTRIZ


A Energia Maremotriz é a energia obtida apartir dos movimentos marítimos.
Ocorre devido à força gravitacional entre a Lua, a Terra e o Sol, que causam as
marés, e as ondas, devido a uma diferença de altura média dos mares de
acordo com a posição relativa entre estes três astros. A mesma pode ser
explorada com eficiência em locais como os golfos, baías e estuários. É uma
energia limpa e renovável (Ecoeficiencia, 2012).

6 . TIPOS DE ENERGIA MARÉMOTRIZ


Existem três formas de se utilizar a energia das marés, são elas:
a) MARÉ PRÓPRIAMENTE DITA: quando a energia é produzida a partir de
turbinas hidráulicas que atuam a partir da circulação natural da água, junto com
os mecanismos de canalização e de depósito, para avançar sobre um eixo.
Através da sua ligação a um alternador, o sistema pode ser utilizado para a
produção de eletricidade, transformando energia das marés, em energia
elétrica, uma energia mais aproveitável (Ecoeficiencia, 2012).
FIGURA 1

Fonte.: psu.edu

b) ENERGIA DAS ONDAS: É a energia gerada a partir do incessante


movimento das ondas, que alternadamente comprimem e descomprimem o ar
dentro de câmaras de concreto construidas nas margens. É aberta somente na
parte onde há água, de modo que empurra o ar dentro das câmaras que aciona
uma turbina e puxa o ar de dentro das câmaras também acionando a mesma
turbina (Energia Inteligente, 2014)
FIGURA 2

Fonte.: ecoeficienciamaremotriz

C) ENERGIA DAS CORRENTES MARITIMAS: As turbinas marítimas


têm poucos componentes; engrenagens de posicionamento orientam as
lâminas das turbinas na direção da corrente marítima e um gerador aco-
plado ao eixo da turbina fornece a energia elétrica.
FIGURA 3

Fonte.: NATURE

7 . VANTAGENS E DESVANTAGENS

As vantagens são: a característica de ser uma fonte de energia renovável; ser


limpa; apresentar riscos mínimos ao meio ambiente; possuir grande volume de
água do mar para geração de energia; não necessitar de equipamentos muito
sofisticados, com diversos processos envolvidos até a obtenção da energia
elétrica.
Entre as desvantagens da energia das ondas e dos mares, que também devem
ser consideradas: Fornecimento instável, pois depende do vento e outros fato-
res para que a maré seja forte ou não; Altos custos de instalação dos equipa-
mentos; baixa frequência das ondas para acionamento das turbinas; conse-
quente baixo rendimento – necessárias amplitudes de marés superiores a cinco
metros para que seja rentável; as instalações devem ser fortes e sólidas o sufi-
ciente para resistirem às tempestades, ao mesmo tempo em que devem ser
sensíveis o bastante para captação da energia das marés.

TABELA 1

VANTAGENS DESVANTAGENS
NÃO POLUENTE O fornecimento da energia das ondas não
é contínuo e apresenta rendimento muito
baixo, cerca de 20%
FONTE RENOVÁVEL Destrói habitats naturais de diversas
espécies de animais, é fortemente
dispendiosa, reduz possibilidade de
navegação.
NÃO REQUER MATERIAIS Fornece energia durante apenas dez horas
MUITO SOFISTICADOS por dia, é necessário ondas com amplitude
acima de 5 metros.
Fonte.: Tabela própria

8 . EXEMPLOS DE USINAS MAREMOTRIZ PELO MUNDO

8.1 USINA DE LA RANCE NA FRANÇA

Segundo WTE, O projeto de La Rance foi a primeira usina maremotriz de que


se tem notícia. Foi inaugurada em 26 de novembro de 1966, no estuário do rio
Rance, região da Bretanha e atualmente é operada pela empresa Electricité de
France.
A usina possui 24 turbinas. Cada uma com 5,3 metros de diâmetro, 470 tone -
ladas e potência unitária de 10 MW, o que totaliza um pico de geração de 240
MW e uma produção anual de quase 600 Gwh.

FIGURA 4

Fonte: ifbaer
FIGURA 5

Fonte:revistaplaneta
9 . PROJETO MAREMOTRIZ NOS AÇORES PORTUGAL
A usina localiza-se na ilha de Pico, arquipélago dos Açores, território português
no Atlântico Norte, mais especificamente, no porto do Cachorro, conselho de
Madalena. O projeto, denominado Central de Ondas de Pico, entrou em
funcionamento em 1999 e tem uma potência instalada de 400 kW. Até o final
de 2010 teve 1300 horas de funcionamento e mais de 48 MWh de energia
elétrica produzida.

FIGURA 6

Fonte: portalsaofrancisco

10 . Este projeto foi implementado pela Japan Marine Science and Te-
chnology Center (Centro de Ciência e Tecnologia da Marinha do Japão).
É uma balsa com 50 metros de comprimento, 30 metros de largura e 12
metros de profundidade, dividida internamente em três compartimentos
contendo ar. O balanço das ondas gera uma pressão no interior dos
compartimentos, acionando uma turbina elétrica e gerando 110 kW.
FIGURA 7

Fonte: permaculturenews

10 . MODELOS DE GERADORES
10.1 GERADOR TIPO BULBO
O rotor possui lâminas orientáveis como as de uma turbina de tipo Ka-
plan.
Dentro da lâmpada, que é uma câmara blindada, um sistema de trans-
missão pode ser montado por engrenagens para transmitir o movimento
do eixo do rotor ao gerador.
As turbinas de bulbo não requerem a caixa espiral e a seção vertical do
tubo de sucção.
FIGURA 8

Fonte: fuentesdeahorrodeenergiaparaelectros

10.2 GERADOR POR FLUXO


São turbinas projetadas especificamente para transformar a energia hi-
dráulica (a energia de pressão e a energia cinética) de um fluxo de água
em energia mecânica na forma de torque e velocidade de rotação.

FIGURA 9

Fonte: meusite.mackenzie.com.br
10.3 TURBINA PELTON
Funciona à pressão atmosférica. Este modelo de turbina opera com
velocidades de rotação maiores que as outras, e tem o rotor de caracte-
rística bastante distintas.

FIGURA 10

Fonte: cepa.if.usp.br
10.4 ANDRItZ HYDRO AMMERFEST
São descritas como moinho de vento de baixo d´agua, projetado para
profundidade de águas entre 35 e 100 metros, são implantadas no fun-
do do mar e mantidas por gravidade, (é colocado, pinos ou estacas) de-
pendendo das características do fundo ou do fluxo das marés, eliminan-
do impacto visual acima da superfície.
Peso, aprox: 150 ton.
Vida útil: 25 anos

FIGURA 11

Fonte: http://www.fragmaq.com.br/blog/entenda-como-funciona-energia-maremotriz-
suas-principais-vantagens-e-desvantagen
11 . IMPACTOS AMBIENTAIS
TABELA 2

CONSEQUÊNCIA
AÇÃO
MUITOS CABOS  eles perturbam os habtats
próximos aos cabos
perturbando a vida marinha.
CONSTRUÇÃO DO DISPOSITIVO  Causando poluição sonora e
visual
TRÁFEGO NAS IMEDIAÇÕES  Aumento do tráfego de navios
na área proporciona
perturbação
FUNCIONAMENTO DO  impacto visual; atrapalha a
MAQUINÁRIO comunicação dos animais
mamíferos ; - impactos na
navegação (dispositivos não
costeiros); alteração nas
ondas; processo de erosão,
alteração no habitat marinho.
CABOS DE ENERGIA  Os cabos geram campos
eletromagnéticos
FLUÍDOS ANTICORROSIVOS  Emissão de líquidos tóxicos

Fonte.: SESMIL,2013

12 . POTENCIAL BRASILEIRO PARA GERAÇÃO DE ENERGIA PELA MA-


RÉMOTRIZ E ONDA-MOTRIZ

12.1 PRIMEIRO PROJETO


Desde 2001, um grupo de pesquisadores da Coppe-UFRJ vem estudando a
geração de energia através das ondas. Uma ideia que veio de uma tese de
mestrado, ganhou corpo, experimentações em laboratório e um protótipo em
escala real instalado no porto de Pecém, no Ceará, em 2011.

O sistema era relativamente pequeno, mas capaz de gerar 100kW. A primeira


usina de ondas da América Latina foi chamada pelos pesquisadores de
“conversor de ondas hiperbáricas” porque ela gerou eletricidade através da alta
pressão da água (RENENERGY,2017)

12.2 POTENCIALIDADE DA COSTA BRASILEIRA


Pesquisadores já identificaram um potencial enorme de geração de energia na
costa brasileira. Se no norte do país, as ondas não são grandes o suficiente
para terem seu movimento transformado em energia, do nordeste ao sul, o
potencial é gigantesco. Levantamentos da Coppe mostram que no mar temos
aproximadamente uma Itaipu a ser aproveitada – o que pode acontecer num
futuro não muito distante (RENENERGY, 2017)

13 . PROJETO BRASILEIRO DO PORTO DE PECEM

Funcionamento da usina de ondas de Pecém-CE Segundo o professor Segen


Estefen, do Laboratório de Tecnologia Submarina da Coppe, o diferencial des-
se projeto brasileiro é a utilização de um sistema de alta pressão para movi-
mentar a turbina e o gerador, um conceito desenvolvido e patenteado pela Cop-
pe. O dispositivo é composto de dois grandes braços mecânicos flutuadores, fi-
xados em estruturas horizontais articuladas.
Através da ação das ondas, essas estruturas se movimentam operando como
braços de alavanca, que possuem em uma extremidade boias circulares que se
deslocam de acordo com o movimento alternado e repetitivo das ondas, acio-
nando na sua outra extremidade uma bomba hidráulica. A bomba aspira e com-
prime o fluido enquanto os flutuadores se movimentam, para abastecer e man-
ter elevada a pressão da câmara hiperbárica.
A câmara hiperbárica, inicialmente pressurizada com água e nitrogênio, aciona
uma turbina ao liberar um jato de água cuja pressão equivale a uma queda
d’água de 400m de altura, análoga a de grandes hidrelétricas. A rotação obtida
no eixo da turbina é transmitida ao gerador para conversão de energia mecâni-
ca em energia elétrica. (PLANETA COPPE NOTÍCIAS, 2006).
FIGURA 12 - USINA MAREMOTRIZ DE PECEM- CEARÁ

Fonte: embrasesolucoes
FIGURA . 13 – SISTEMA DE FUNCIONAMENTO DO PROJETO DE
PECEM-CE

Fonte: ronalddealmeidasilva

CONCLUSÃO
A energia advinda da forças das marés expôs auternativas de benefici-
os so Planeta Terra, sendo renovável e hipoteticamente não poluente,
sua rentabilidade é muito controversa por isso não é popular. Exirtem
significativas oscilações no processo de aproveitamento desse tipo de
energia, mas foi provado os adventos das tecnologias é possível que
ocorra um aumento no rendimento e na eficácia desse procedimento.
Destacamos a captação da energia das marés, inclusive enfatizando os
prós e contras. Entretanto, o trabalho reflete as inúmeras maneiras que
se pode sair dessa guerra declarada ao meio ambiente e a nós próprios.
Os esquemas apresentados são as saídas mais saudáveis, e essa inici-
ativa faz parte de mais uma manifestação ecológica.
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mar/ N° Edição: 526 Texto: Evanildo da Silveira 24/12/2016

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