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Porém para que esse crédito torne- se exigível, faz-se necessário, ter o
respectivo lançamento, o qual formaliza o vínculo obrigacional.
Porém o lançamento está sujeito a decadência, visto que o fisco não poderá o
fazer quando bem entender, deverá respeitar o prazo que em tese é de até 05
anos. Pois, se assim não fosse, estaria colocando em risco a Segurança
Jurídica.
Desta forma, uma vez lançado o crédito tributário, surge o direito de receber
por parte do fisco, bem como a obrigação de pagar por parte do contribuinte.
No entanto, referida ação deve ser ingressada no prazo de até 05 (cinco) anos
a contar da constituição definitiva do crédito, conforme determinado pelo artigo
174 do Código Tributário Nacional1, respeitadas as causas de interrupção,
prevista no mesmo dispositivo legal.
1
Art. 174. A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos, contados da data da sua
constituição definitiva.
IV - por qualquer ato inequívoco ainda que extrajudicial, que importe em reconhecimento do débito pelo
devedor.
decisão administrativa/judicial, a qual tenha anulado, reformado ou revogado o
auto de infração.
(iv)
2
RE N° 559.943/RS
3
São inconstitucionais o parágrafo único do artigo 5º do Decreto-Lei 1.569/1977 e os artigos 45 e 46 da
Lei 8.212/1991, que tratam da prescrição e decadência do crédito tributário.
Desta forma, a contagem do prazo de decadência do lançamento de oficio,
segue as regras determinadas no artigo 1734 também do Código Tributário
Nacional, onde abaixo destacamos o marco inicial de referido prazo:
Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos
cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o
pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, opera-se
pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da
atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a homologa.
(...)
4
Art. 173. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 5 (cinco) anos,
contados:
I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado;
II - da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o lançamento
anteriormente efetuado.
Parágrafo único. O direito a que se refere este artigo extingue-se definitivamente com o decurso do prazo
nele previsto, contado da data em que tenha sido iniciada a constituição do crédito tributário pela notificação, ao
sujeito passivo, de qualquer medida preparatória indispensável ao lançamento.
lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a
ocorrência de dolo, fraude ou simulação. (grifos nossos).
Outro ponto que merece destaque, são nos casos em que não houver o
lançamento realizado pelo contribuinte, assim o prazo decadencial, seguirá a
regra geral do artigo 173 I do Código Tributário Nacional.
Por fim, para os casos em que houver fraude constatada, o prazo decadencial
do fisco também seguirá a regra geral do artigo 173, inciso I do Código
Tributário Nacional.
5 Quando não houver declaração do débito, o prazo decadencial quinquenal para o Fisco constituir o crédito tributário
conta-se exclusivamente na forma do art. 173, I, do CTN, nos casos em que a legislação atribui ao sujeito passivo o
6
RESP n° 973.733/SC
7
AgRg no RESP n° 1448906/MG
8
Página 570.
“Diante da lacuna causada pela omissão do legislador ordinário em
disciplinar esse prazo, entendemos que a regra que mais condiz com o
espirito do sistema é a do art. 173, I do Código Tributário Nacional, isto
é, havendo dolo, fraude ou simulação, adequadamente comprovados
pelo Fisco, o tempo de que dispõe para efetuar o lançamento de ofício é
de cinco anos, a contar do primeiro dia do exercício seguinte àquele em
que poderia ter praticado o ato.”