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conceitos de resistencia: mantem o evento traumatico inconsciencie, previnindo o sujeito da

dor e da angustia causadas pelo evento. repressão: força que se mobiliza em um momento de
crise para que o evento traumatico permanece inconsciente.

Mecanismos de defesa: diversos tipos de processos psiquicos com finalidade de afastar um


evento gerador de angustia da percepção consciente. Mecanismos de defesa são funções do
ego e por definição inconscientes. O ego é parte consciente e parte inconsciente. Sede da
angustia, o ego, ao sinal de perigo, desencadeia mecanismos represseres que impedirão a
vivencia de fatos dolorosos ​em que o organismo não está pronto para suportar. Autores
importantes Ana Freud (Ego e mecanismos de defesa) Melanie Klein - defesas típicas de
certas partes da vida e quadros psicopatologicos.

Tipos de mecanismos de defesa:

Repressão​:
Impede que pensamentos dolorosos ou perigosos ​(por exemplo, aqueles que ferem o senso
moral\ estético do indivíduo (?) ou a lembrança de traumas) cheguem a consciencia.
Mecanismo do qual derivam os demais.

Divisão ou cisão:
Um mesmo objeto pode ter caracteristicas que despertam nosso amor e nosso odio. Dividimos
o objeto em dois. Um será o objeto bom e o outro o ruim. Mecanismo normal das primeiras
etapas da vida.O mundo é basicamente dividido em dois Por exemplo: o seio bom - aquele
que o bebê recebe amor e lhe protege; e o seio mau - aquele a que o bebê dirige seus impulsos
destrutivos. A manutenção ao longo da vida desse mecanismo torna-se pataologico.

Negação:
Quando não percebemos os aspectos que nos magoariam ou que seriam perigosos para nós.
Ou seja, negação de perceber eventos dolorosos. (o pai é o último a saber). Cigarro, negar os
riscos.

Projeção:
Quando nos sentimos maus, ou quando um evento doloroso é de nossa responsabilidade,
tendemos a projetá-lo no mundo externo que assume as características daquilo que não
podemos ver em nós. Por exemplo, quando tendemos a colocar a culpa sempre no outro por
coisas que são culpa nossa. O extremo desse mecanismo é a paranoia, onde o sujeito tem tanto
destrudibilidade interior que é obrigado a projetá-la e passa a ver o mundo exterior como
perseguidor.

Racionalização:
Selecionamos da realidade algumas informações fragmentadas que justificam nossa conduta.
Por exemplo: alguém que paga um salário baixo para o seu empregado e racionaliza dizendo
que o empregado não é tão qualificado para receber mais, o trabalho é simples não precisa
ganhar mais do que isso, se fosse para outro emprego ganharia menos, etc. Comportamento
típico do neurótico obssessivo.Outro exemplo: Rudolf Hoss. Comandante de Auschwitz.
Justificava as atrocidades que cometeu em nome do partido racionalizando que os judeus
estavam na verdade alegres por serem mortos e poder dar lugar a uma raça pura pois sabiam
que eram impuros e que seu dever consistia em serem purificados. Quando foi observar os
corpos na camara de gás, por um traço de culpa daquilo que estava fazendo, o que viu,
segundo ele, foram rostos tranquilos, aliviados e com isso teve certeza de que estava fazendo
o que era bom para todos. Sendo que os relatos do Sonerkommando (prisioneiros que tinham
por função realizar funções críticas, como enterrar ds corpos, limpar as camaras etc) sobre os
rostos dos executados eram os piores possíveis. Até hoje permanecem os arranhões nas
paredes das camaras de auschwitz. (uma história dos perversos - Roudinesco).

Formação reativa
Atitude ou hábito com sentido oposto ao desejo recalcado. Desejos sexuais intensos podem
ser transformados em comportamentos extremamente pudorosos ou puritanos. Desejos
sentidos como perigosos - o individuo sente como se fosse perder o controle se cedesse a eles.
Frimar-se numa atitude moralista, contraria ao que se deseja, é um meio de autopreservação.

Identificação
Diante de sentimento de inadequação o sujeito internaliza caracteristicas de alguem
valorizado, passando a sentir-se como ele. Processo necessário no início da vida da vida,
quando a cirança está assimilando o mundo, mas a permanencia nesse processo impede a
aquisição de uma identidade própria. Movimentos fanáticos também estruturam-se via
identificação - pessoas que se sentiam vazias passam a se sentir valorizadas ao
identificarem-se com um líder.

Regressão
Voltar a níveis anteriores do desenvolvimento, que se caracterizam por respostas menos
maduras diante de uma frustação evolutiva. Exemplo: irmão mais novo nasce, irmão mais
velho infantiliza-se, voltar ao modelo infantil.

Isolamento
Isolar um pensamento, atitude ou comportamento das conexões que teria com o resto da
elaboração mental. O comportamento isolado não ameaça, porque está desconectado de
desejos iniciais. Exemplo; ritua​l do neurotico obsessivo. O ritual não é associado aos desejos
iniciais e o afeto inicial fica isolado. Outro exemplo: quando pessoas que acabaram de passar
por um evento traumático falam com naturalidade sobre isso. O afeto fica isolado.

Deslocamento:
Descarregar sentimentos acumulados, agressivos, em outras pessoas ou objetos menos
perigosos. Suporto o mau humor do chefe e brigo com o filho em casa. Suporto uma asneira
do meu marido e brigo com o meu amigo, ou algum subordinado. ​Figura

Sublimação
Mecanismo de defesa mais evoluido e é característico do indivíduo normal. Os desejos
sexuais quando não podem ser realizados, são canalizados pelo ego para serem satisfeitos em
atividades simbolicas e socialmente produtivas. Desejos seuxais intensos e a arte: fotógrafo -
fotografar mulheres. Desejos onipotentes de domínio social, gerar um bom sociólogo. Desejos
agressivos - cirurgião dentista.

Sexualidade e líbido:
Antes de falar das fases de desenvolvimento é importante mencionar novamente alguns
conceitos que nos ajudarão a compreender como Freud pensa o desenvolvimento infantil.
Instinto, Pulsão e libido. Diferentes entre si e muitas vezes confundidos. Conceitos chaves
para Freud, no que diz respeito a fonte de energia afetiva que ​mobiliza organismo na
perseguição de seus objetivos - psíquicos, físicos.
A pulsão​, principal conceito entre os tres, I​mpulso energetico interno​, inconsciente,
que ​direciona o comportamento do individuo na persecução de seus objetos (VER
QUADRO). ​Difere do instinto porque leva a diferentes tipos de comportamentos​, as
vezes não facilmente explicáveis, enquanto o ​instinto ​- por exemplo, a fome- leva a
comportamentos ​estereotípicos pre-estabelecidos​. Por exemplo: eu tenho fome, vou comer.
me sinto ameaçado, corro. Típicos par a sobrevivencia da especie.
Libid​o, energia aproveitavel para a pulsao de vida, que mais tarde freud chamou de
Eros​.A libido, enquanto energia afetiva original, ​sofrerá progressivas organizações durante
as fases de desenvolvimento do indivíduo, cada uma das quais suportada ​por uma
organização biológica emergente no período​. Cada nova ​organização da libido​, poiada
numa ​zona erógena corporal, caracterizará uma ​FASE DE DESENVOLVIMENTO​:
organização da libido em torno de uma zona erogena, dando uma fantasia basica e uma
modalidade de relação de objeto.
Nesse sentido, já que ​a libido é votlada para obtenção de prazer ​e é uma energia
sexual -vide que Freud estendeu a sexualidade, por conta das teorias da pulsão, até o
nascimento e ao bebe - as fases de desenvolvimento infantil ​serao caracterizadas como
etapas​ psicosexuais

Existem tres fases do desenvolvimento infantil: oral, anal e fálica. Seguidos por um
periodo de latencia e uma fase final de organização já adulta, a fase genital.

As fases sucedem-se. No entanto, SE num dado momento do desenvolvimento


acontece de haver momentos de ​angustia ​muito fortes, o ego mobiliza ​mecanismos de defesa
pra enfrenta-la. A angustia surge se, ao tentarmos nos ligar a objetos de desejo, surgem
relações de temor e destruição​. Isso gera a imobilização do desejo​. Nesse sentido, o ​ego
mobiliza as energias estancadas ​nos mecanismos de defesa, cria MD, e ​cria um ponto de
fixação ​- um ​momento do processo evolutivo não sucedido​, onde uma quantidade de
energia - desejo - fica imoblizada e atrapalha o resto do desenvolvimento do ego. Por
ficar mais fragilizado, pela energia retida, o ego pode ter dificuldades em enfrentar novos
momentos críticos​, e se nesses momentos a ​angustia for muito forte, o ego regredirá a
esses momentos de energia imobilizada ​- a esses pontos de fixação. ​O ego regride a
fantasia infantil e ao tipo de defesa que foi mobilizada lá, passando a se relacionar com o
mundo a partir desse mecanismo de defesa. Exemplo neurose : infantilismo psiquico.

Fases de desenvolvimento
Fase oral:
ao nascer o bebe perde a relação simbiótica que tinha com a mae e a satisfação plena
da vida intrauterina, A luta inicial é pela manutenção do equilibrio homeostatico, de
incoporporar os alimentos neccessários e excretar o que é prejudicial. Ao nascimento a
estrutura sensorial mais desenvolvida é a boca, é por ela que garantirá o equilibrio
homeostatico, a provar e conhecer o mundo, além de sua primeira descoberta afetiva: o seio -
primeiro objeto de ligação infantil - depositário dos primeiros amores e ódios. Neste momento
a libido está organizada em torno da zona oral. A modalidade de relação oral será a
incorporação.
Além da alimentação, via oral, Freud nota que a criança sente um grande prazer no ato
de mamar em si, os labios ou a chupeta. Este vínculo inicial dde prazer em si, independente
da sobrevivencia fisica, constituira a base das futuras ligações afetivas. Afeto: vinculo
prazeroso independente das necessidades basicas iniciais, embora possuindo importante
ligação inicialmente com essas necessidades. Por isso, a capacidade de formar um vinculo de
prazer esta diretameente relacionada a formação da afetividade. E ese processo de
progressivas ligações emocionais, que denomina-se desenvolvimento das ligações objetais,
começa na fase oral com o amor da criança ao seio materno,
Este primeiro momento de desenvolvimento da libido na fase oral, onde a modalidade de
relação é incporrativa, visa a apreensão do mundo. No entanto, nessa etapa a criança vive e
apreende o mundo ainda fragmentariamente e parcialmente, , vivendo muito mais o mundo
interno das fantasias que se formam sobre o objeto de desejo - quando não tem o seio para
mamar, a criança, no ato de sucção cria um objeto imaginário para satisfazer, ainda que no
ambito da fantasia, o seu desejo. A fantasia é típica desse período inicial, pois realidade e
fantasia não se distinguem bem ainda. Chama-se narcisismo esse momento inicial de
organização psiquica infantil. A retrocessão do individuo a essa etapa, psicanaliticamente
falando, caracteriza um processo clinico chamado de esquizofrenia. Neste mesmo momento
da fase oral, um outro periodo, além da incorporação, é a fase sádico canibal, que surge com a
eclosão dos dentes e a criança apresenta os primeiros impulsos de destrutividades necessários
pois é dessa capacidade que se deriva a combatividade social. Se a incorporação (relacionado
aos sentimentos de amor) prevalecer, o individuo se desenvolve normalmente, mas se esse
processo se passar em meio a angustias a destrutividade predomina e um futuro quadro de
melancolia, ou borderline é associado a isso.

Fase anal:
a base biologica sobre a qual o modelo psicológico é organizado a partir do segundo e do
terceiro ano de vida é o anus. No segundo e terceiro ano de vida a criança começa a controlar
melhor seus musculos, isto é, dá-se a organização psicomotora de base. A criança, começa a
andar, falar e controlar o seu esfincter.
Ela pode oferecer ou negar seu produtor ao mundo, estabelecendo uma relação simbolica com
seus produtos (falar, andar, defecar).As fezes assumem um liugar central na fantasia infantil
dentre os produtos elaborados pelas crianças. São objetos que vem de dentro do corpo e
sentidos como seus, e também geram prazer ao serem produzidos. Durante o treino dos
esfincteres, a criança dá aos pais suas fezes como recompensa, e o pai elogia que a criança
faça seu numero dois no lugar certo, na hora certa. Quando o desenvolvimento é normal, o
sentimento que fica para a criança é de adequação, ela sente que é amada pelos pais e que os
produtos que ela produz são valorizados, portanto ela estará sempre livre e estimulada a
produzir. A essa fase relacionan-se os sentimentos de autonomia, e também das boas relações
produtivas, inclusive na relação entre fase anal e capacidades artísticas. Na fase anal
predominam a expulsão sobre a qual se assentara os mecanismos psicologicos da projeção e a
retenção, sob a qual se assenta os mecanismos psicologicos ligados ao controle.
Mas pode ocorrer que o sentimento de angustia nessa fase predomine sobre os sentimentos de
amor - uma mãe que não suporta que seu filho suje as fraldas, ou que não suporte que o filho
faça barulho obrigando-o ao silêncio - isso acarrreta na fantasia infantil de que seus produtos
são maus e destrutivos e devem ser expelidos de nós. O mundo vira o depositário de tudo que
é mau em nós, de nossa agressividade e nesse sentido, o mundo se tornará mau e perseguidor,
a paranoia, portanto, pode ser uma consequencia da fixação nessa fase. - fracesso em
estabelkecer a colocação dos produtor infantis no mundo.
Se na estrutura paranoica os produtos sao projetados, expelidos para fora, na estrutura
neurotica obsessiva são retidos e controlados até que um mundo que deveria ser estabelecido
sobre o afeto se torne frio e formal atraves do controle e frias ritualizações.

Fase fálica
a partir dos tres anos de idade a erotização passa a ser direcionada para os genitais.
iniciam-se as preocupações pelas diferenças sexuais entre meninos e meninas predominando a
percepção pela ausência ou presença de penis. Essa percepção infantil do menino ter penis e a
menina não, fornecerá as bases diferenciais das organizações psicologicas masculina e
feminina. Ao homem atribui-se um elemento de superioridade - a posse do penis. No entanto,
como a zona erógena é agora o penis, as ameaças e conflitos em relações interpessoais
ameaçam o objeto precioso do menino, surge o temor da castração. A menina por sua vez,
experimenta a inveja do penis que a mobiliza no sentido de tentar conseguir aaquilo que só o
homem tem.
Durante a fase falica igualmente uma fase regulada pela homeostasia, isto é, por
estimulos de tensão internos e externos que precisam ser descarregados em objetos, a
erotização do genital masculino faz com que o menino busque uma referencia femina para
descarga dessa tensão e obtensão de prazer. Buscar esse objeto faz parte de uma orgaização
filogenetica de perpetuação da vida.
A figura feminina mais proxima e de que o menini gosta mais nessa fase, 3 anos, é a
mae. A maior parte dos estimulos de prazer são lgiados a mae. a mãe é objeto da fantasia
ifantil na fase falica. Se aprender a amar é uma relação positiva, o amor incestuoso é uma
relação proibida. O tabu do incesto é a lei minima da organização humana.
O esquema repressor é desencadeado pela entrada do pai em cena,simbolo da
autoridade e da lei - tem o poder de recompensar e punir. O pai é vitima de sentimentos
dispares do menino, amor e ódio. O medo da punição é o medo da castração - ponto
fundamental do conflito e zona de erotização infantil. Forma-se assim o complexo de edipo,
complexo nuclear dentro da psicanalise. A menina ao perceber que não tem um penis
direciona sua afetividade ao pai, que possui seu objeto de desejo.
O declínio do complexo de Édipo naturalmente coincide com o início da constituição
do superego.
A quebra das fantasias infantis faz com que interdições sejam internalizadas.

Período de latencia

Com o declínio do edipo, a energia da libido se desloca dos seus objetivos sexuais e é
deslocada para outras finalidades como o desenvolvimento intelectual e social da criança -
processo de sublimaçao. No periodo de latencia não ha novas organizações em torno de zonas
erogenas ou de fantasias basicas ou relações objetais. É portanto um poeriodo intermidiario
entre a genitalidade infantil e a adulta.

Fase genital

É quando o individuo atinge o pleno desenvolvimento do adulto normal. Estabele vinculos, é


capaz de amar, ter filhos e estabelecer vinculos, filiações significativas na sociedade.

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