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INSTITUTO FEDERAL DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA CAMPUS ERECHIM

CASSIUS OLIVEIRA BARBOSA


EMERSON LUCAS KWIATKOSKI

FERRAMENTA BRAINSTORMING

Professor Jeferson Bottoni

Erechim
2019
1. Resumo

O presente trabalho tem como objetivo explicar de forma simples e também


dar um exemplo de aplicação da ferramenta denominada “Brainstorming”.
Esta é uma técnica de geração de ideias muito usada quando busca-se
melhorar um produto, ou mesmo um serviço oferecido por uma empresa. A
palavra brain origina-se do inglês e significa cérebro, enquanto a palavra
storming significa tempestade. Em português, a junção destas duas palavras
teria um significado parecido com “tempestade de ideias”.
Para entender a história dessa técnica, é preciso conhecer mais sobre o
homem que a criou. Alex Faickney Osborn foi um profissional do ramo de
Publicidade e um estudioso do pensamento criativo. Entre seus trabalhos mais
famosos estão comerciais escritos para marcas como a General Electric e a
Chrysler.
Autor de vários livros sobre o desenvolvimento da criatividade publicitária,
Alex ficou marcado pela obra “How to Think Up”, lançada em 1942. No livro,
Osborn menciona pela primeira vez o termo “brainstorming”, revolucionando o
processo criativo para sempre.
De lá para cá, a tempestade de ideias se tornou uma técnica utilizada em
praticamente todas as empresas que trabalham com inovação ou que buscam
soluções criativas para seus problemas.
De forma simples, esta técnica baseia-se na geração de novas ideias a
partir de discussões em grupos. Eisenhardt (1999) cita que o compartilhamento
de informações nas reuniões é obrigatório. O brainstorming gera maior
entendimento do todo, por todos. Segundo Carvalho (1999), atualmente, o
conhecimento é considerado matéria-prima essencial para que as organizações
permaneçam inseridas no mercado, e neste contexto, o brainstorming assume
uma importância estratégica cada vez maior. O autor ainda cita algumas
vantagens na utilização do brainstorming como a possibilidade de
espontaneidade de ideias entre os participantes; assim como a liberdade dada a
todos os integrantes do grupo para que possam expressar suas ideias e
opiniões. A sessão brainstorming, por ser uma técnica de grupo, tem por objetivo
coletar ideias de todos os participantes, sem críticas ou julgamentos. Logo,
destina-se ao recolhimento de ideias e sugestões viabilizadoras de soluções
para determinados problemas ou situações de trabalho improdutivo.
Mas afinal, por que adotar essa técnica e não outras que busquem o
mesmo fim? Bem, a primeira vantagem é o efeito positivo que ela tem na
produtividade das equipes.
Como promove a interação constante e a valorização de todos os insights,
o processo estimula o trabalho em equipe. Assim, uma empresa que investe
nesse procedimento vai contar com um ambiente de trabalho mais adequado.
Fora isso, os colaboradores envolvidos no brainstorming tendem a ter os
níveis de efetividade aumentados. Isso acontece devido à valorização que eles
sentem ao serem envolvidos em uma dinâmica que pode decidir os rumos do
negócio. A confiança gerada por esse fenômeno é fundamental para otimizar a
comunicação interna.
Dentro de uma empresa, os funcionários podem demonstrar suas
capacidades criativas sem restrição de suas ideias, o que geralmente resulta em
soluções concretas de problemas.
O Brainstorming, também conhecido como “chuva de ideias” pode ser
conduzido de duas maneiras, segundo REYES (2000):
 Brainstorming estruturado: são feitas rodadas sequenciais, nas
quais cada pessoa deve contribuir com uma ideia ou "passar" até
a próxima rodada. Sua vantagem é dar chance de participação
para todos;
 Brainstorming não estruturado: os membros do grupo podem
dar ideias livremente. Sua vantagem é criar uma atmosfera
descontraída e facilitar o desencadeamento de ideias, mas há o
risco de a participação ser monopolizada pelas pessoas mais
desinibidas.
Utilizando qualquer uma destas maneiras, é importante lembrar que
nenhuma das ideias deve ser recriminada.
Alguns passos devem ser observados para seu sucesso conforme
Grimald:
 Reunir o grupo
 Convidar uma pessoa a fazer as anotações, utilizando um quadro
branco ou flip-chart
 Escolher um problema comum ao grupo relacionado à rotina de
trabalho das pessoas
 Fazer perguntas a respeito do problema
 Estimular a exposição e livre discussão das possíveis causas do
problema
 Comprovar numericamente a relevância dessas causas, discutindo
possíveis soluções
Vale ressaltar que para uma reunião de brainstorming ser produtiva é
interessante observar algumas regras:
• Não julgar ou opinar sobre as ideias apresentadas;
• Arriscar novas ideias;
• Plagiar ideias, fazer analogias e variantes;
• Deixar os participantes à vontade, sem medo;
• Quantidade é o foco da reunião: quanto mais ideias, melhor;
• As ideias manifestadas devem ser anotadas, de preferência onde
todos possam vê-las;
• Todos merecem a mesma atenção, independente do cargo.
Podendo o mesmo ser utilizado em conjunto com outras ferramentas
A utilização deste processo dá por meio de alguns passos. São eles:
1° Fase: Criativa - os participantes da sessão apresentam o maior no
úmero de ideias e sugestões sem se preocuparem em analisa-las ou criticá-las.
2° Fase: Crítica - os participantes da sessão, individualmente, justificam
e defendem suas ideias com o propósito de convencerem o grupo; é a fase de
filtração de ideias para a permanência das que foram melhor fundamentadas e
de aceitação do grupo.
A sessão brainstorming inicia quando o coordenador (moderador e
harmonizador dos trabalhos) clarifica a sua função e a do secretário (registrador
e organizador das contribuições dos participantes), faz exposição e debate do
assunto e define o objetivo a ser conquistado a partir das contribuições
apresentadas ao final da reunião.
Com base no exposto acima, fica clara a importância e utilidade da
realização do brainstorming, na busca pela identificação das causas raízes de
problemas.
Um exemplo de aplicação prática desta ferramenta é a seguinte:
MÉTODOS DE MELHORIA DE PROCESSO E UMA APLICAÇÃO NA MRS
LOGÍSTICA S/A

A equipe se reuniu, repassou os dados coletados, tanto o levantamento


das reclamações quanto sobre as visitas realizadas nas estações foco, e iniciou
a aplicação da ferramenta Brainstorming. Abaixo, seguem as causas levantadas
pela equipe:
 Erro na minuta de despacho ferroviário entregue pelo cliente / terminal;
 Falta de padronização das minutas de despacho ferroviário.
Minutas de despacho ferroviário mal elaboradas (falta de informações
necessárias ou presença de informações desnecessárias);
 Minutas de despacho ferroviário ilegíveis;
 Ausência de minutas de despacho ferroviário;
 Inconsistências nos despachos de carga em lotação de outras ferrovias
(ALL – América Latina Logística e FCA – Ferrovia Centro Atlântica);
 Inconsistências entre a minuta de despacho ferroviário, as notas fiscais
e os vagões;
 Impossibilidade de conferência da minuta de despacho ferroviário com
as notas fiscais e com os vagões, em algumas estações em função da
característica do transporte, por exemplo, container vem fechado e não existe
possibilidade de conferir a mercadoria transportada;
 Processo extremamente artesanal, centrado nas mãos dos Agentes de
Estação;
 Grande volume de digitação, com inúmeras possibilidades de erro;
 Interrupção constante das atividades de faturamento;
 Ambiente de trabalho das estações desfavorável ao processo de
faturamento;
 Conflito faturamento x produção diária;
 Mão-de-obra disponível nem sempre suficiente para atender
adequadamente todas as demandas;
 Falta de atenção por parte dos Agentes de Estação;
 Fluxos não-cadastrados;
 Fluxos com vigência vencida;
 Autorização para faturamento em outros fluxos;
 Fluxos mal cadastrados no Sislog;
 Clientes sem informação sobre o número dos fluxos;
 Maior grau de complexidade no faturamento de containers, em função
da diversidade das cargas, com clientes diferentes, o que gera a necessidade de
realizar vários despachos para um mesmo trem;
 Equipamentos (computadores) obsoletos e rede lenta.
Após esta etapa, foi montado o diagrama de Ishikawa para facilitar a visualização
das causas e diferenciar qual a fonte de cada causa em (matéria-prima, máquina,
medida, mão-de-obra, meio-ambiente, método).
Com essa diferenciação foi montado o diagrama de Pareto, e após essa
montagem, foi utilizado a ferramenta 5W2H para montar o plano de ação.

2. Referências

Grimaldi R, Mancuso JH. Qualidade Total. Folha de SP e sebrae, 17/04/1994, 6° e 7°


fascículos.

NÓBREGA, Maria de Magdala; NETO, David Lopes; DOS SANTOS, Sérgio Ribeiro. Uso da
Técnica de Brainstorming Para Tomada de Decisões na Equipe de Enfermagem de Saúde
Pública. Revista Brasileira de Enfermagem. 1997.

HOLANDA, Mariana de Almeida; PINTO, Ana Carla Bittencourt Reis Fernandes.


Utilização do Diagrama d Ishikawa e Brainstorming Para Solução do Problema de
Assertividade de Estoque em uma Indústria da Região Metropolitana de Recife.
Universidade Federal de Pernambuco. 2009.

https://www.siteware.com.br/metodologias/como-fazer-brainstorming-passo-a-passo/
******REFERENCIAR OS AUTORES CITADOS NO TEXTO.

https://rockcontent.com/blog/brainstorming/

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