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Introdução ............................................................................................................................................... 1
Classificação Institucional ....................................................................................................................... 3
Estrutura Programática (Programa de Trabalho) .................................................................................... 8
Classificação Funcional .......................................................................................................................... 11
Classificação por Natureza de Despesa ................................................................................................. 13
Referências ............................................................................................................................................ 16
Leitura Complementar 2 – Módulo 2
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Introdução
Existem outras classificações de despesa. Conforme argumenta Albuquerque,
Medeiros e Feijó (2008, p. 290), o governo classifica suas despesas segundo determinados
critérios, os quais são definidos com o objetivo de atender às necessidades de informação
demandadas pelos agentes públicos ou por qualquer cidadão que participe do processo
orçamentário em qualquer de suas etapas, bem como pela sociedade organizada. A
classificação da despesa no governo tem por finalidade permitir respostas a perguntas tais
como:
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elementos, temos ainda: “por que é feito?” (problema a resolver); “para quem é
feito?” (público-alvo); “quais os resultados esperados?” (indicadores). A ação
orçamentária e seus elementos vão indicar por sua vez: “como fazer?”; “o que é feito?”
(descrição); “para que é feito?” (finalidade); “como é feito?” (forma de
implementação); “quais as fases?” (etapas); “qual o resultado?” (produto); e “qual sua
localização espacial ou abrangência geográfica?” (localizador de gastos).
• Classificação por Natureza de Despesa: a despesa por natureza responde às seguintes
indagações: “qual o efeito econômico da realização da despesa?” (categoria
econômica); “em qual classe de gasto será realizada a despesa?” (grupo de natureza
de despesa); “qual a estratégia para realização da despesa?” (modalidade de
aplicação); “quais insumos se pretende utilizar ou adquirir?” (elemento de despesa);
• Classificação Funcional: responde à indagação “em que área” de ação governamental
a despesa será realizada?
A figura a seguir mostra a inter-relação que existe entre essas diferentes classificações
de despesa:
Estrutura
Institucional
Programática
Natureza de
Funcional
Despesa
Fonte: Conteudista
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Classificação Institucional
Segundo Albuquerque, Medeiros e Feijó (2008, p. 291), a classificação institucional
agrupa as despesas conforme as instituições autorizadas a realizá-las, relacionando os órgãos
da administração pública direta ou indireta responsáveis pela dotação aprovada.
Poderes da União
(Executivo, Legislativo e
Judiciário)
Esta classificação considera, inicialmente, a
divisão dos Três Poderes da União. Cada um dos
Órgãos Poderes é dividido em três tipos de instituições:
os órgãos, subdivididos em unidades
orçamentárias, que, por sua vez, são
Unidades Orçamentárias
subdivididas em unidades administrativas.
Ressalta-se que as unidades administrativas não
constam da codificação dessa classificação.
Unidades Administrativas
Fonte: Conteudista
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Ministério da
Órgão Educação
(26000)
Unidade Fundação
Universidade de FNDE* (26298)
Orçamentária Brasília (26271)
Unidade Hospital
Universitário de
Editora da
Universidade de
Colégio Militar
do Rio de Janeiro
Administrativa Brasília (154106) Brasília (154078) (160292)
Fonte: Conteudista
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• Se for usada predominantemente, impede uma visão global das finalidades dos gastos
do governo em termos de funções a cumprir;
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Depois, cada setorial orçamentária de cada órgão, de cada PARA SABER MAIS:
um dos Poderes, encaminha as propostas setoriais para o órgão Uma vez feita a consolidação,
com os devidos ajustes e
central do sistema de orçamento e gestão, para nova cortes orçamentários, surge o
projeto de lei orçamentária.
consolidação. No âmbito do governo federal, todas as propostas Esse projeto deverá ser
submetido ao presidente da
orçamentárias, antes de serem encaminhadas ao Congresso República, que fará o
encaminhamento do projeto
Nacional, serão consolidadas pela Secretaria de Orçamento ao Congresso Nacional, por
meio de mensagem.
Federal/Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão
(SOF/MPOG), e o Poder Legislativo receberá uma Mensagem do Presidente da República com
o Projeto de Lei do Orçamento Anual, que reúne a proposta de orçamento de todos os Poderes
da União e do Ministério Público.
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Note que toda a ação corresponde a uma única subfunção, que poderá ser combinada
com qualquer função em razão da competência do órgão responsável pela ação
(ALBUQUERQUE, MEDEIROS e FEIJÓ, 2008, p. 295).
Como podemos fazer uma associação entre classificação de estrutura programática de
despesa e o ciclo orçamentário? Ao estabelecer as prioridades e metas da Administração
Pública federal, a LDO elege, entre centenas de programas (que são conjuntos articulados de
ações) aprovados no PPA, aqueles que terão prioridade de execução sobre os demais, além
de estabelecer a meta física para o exercício financeiro, conforme ilustrado na figura a seguir.
Por exemplo, se o PPA estabelece a meta de construção de 100 mil unidades habitacionais
(casas) em quatro anos, a LDO priorizará o projeto, estabelecendo, por exemplo, a meta de
construção de 25 mil casas.
Programa 1
(ações 1 a
Programa 2 n)
(ações 1 a
n)
Programa 3
(ações 1 a
n)
Fonte: Conteudista
O governo não pode gastar o valor arrecadado sem pensar no que precisa fazer no
futuro e nos compromissos já assumidos, pois podem faltar recursos para programas e ações
importantes. É por meio dos programas que o governo atua para alcançar seus objetivos. Por
exemplo, tudo o que se faz em educação pode ser agrupado em um programa. Dentro do
programa, o dinheiro é distribuído para ações, que, como o nome indica, significa o que será
feito. Por exemplo, o Fundo de Financiamento Estudantil (FIES) é um programa governamental
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Classificação Funcional
Caso você queira ter acesso à integra do texto da Portaria MOG nº 42/1999, acesse:
<http://www3.tesouro.gov.br/legislacao/download/contabilidade/portaria42.pdf>.
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A função representa o maior nível de agregação das despesas das diversas áreas do
setor público. Por exemplo: Agricultura, Educação, Saúde, Segurança Pública, etc. A
subfunção, por sua vez, representa uma partição da função, agregando determinado
subconjunto de despesas do setor público. A subfunção identifica a natureza básica das ações
que se aglutinam em torno das funções, e pode ser combinada com funções diferentes
daquelas a que está relacionada. Por exemplo, Defesa Sanitária Vegetal, Colonização, Ensino
Fundamental, Assistência Hospitalar e Ambulatorial.
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O total das despesas classificadas em uma função é igual ao total das despesas sob
responsabilidade do(s) órgão(s) cuja competência é típica daquela função. Por exemplo, total
da despesa do Ministério da Educação na função Educação.
Já o total das despesas em prol de uma função é igual ao total das despesas, sob
responsabilidade de qualquer órgão da administração, classificadas em uma das subfunções
típicas daquela função. Por exemplo: total das despesas classificadas nas seguintes
subfunções: 361 – Ensino Fundamental; 362 – Ensino Médio; 363 – Ensino Profissional; 364 –
Ensino Superior; 365 – Educação Infantil; 366 – Educação de Jovens e Adultos; 367 – Educação
Especial.
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De acordo com a Lei nº 4.320/1964 (Lei de finanças públicas), em seu artigo 12, a
despesa será classificada nas seguintes duas categorias econômicas:
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• Despesas Correntes:
o Pessoal e Encargos Sociais: despesas de natureza salarial decorrentes do efetivo
exercício de cargo, emprego ou função de confiança no setor público, do pagamento
dos proventos de aposentadorias, reformas e pensões, das obrigações trabalhistas de
responsabilidade do empregador, incidentes sobre a folha de salários, bem como
soldo, gratificações, indenizações regulares e eventuais, exceto diárias, e adicionais,
previstos na estrutura remuneratória dos militares das Forças Armadas;
o Juros e Encargos da Dívida: despesas com o pagamento de juros, comissões e outros
encargos de operações de crédito internas e externas contratadas, bem como da dívida
pública mobiliária federal;
o Outras Despesas Correntes: despesas com aquisição de material de consumo,
pagamento de serviços prestados por pessoa física sem vínculo empregatício ou pessoa
jurídica, independentemente da forma contratual, e outras da categoria econômica
“despesas correntes” não classificáveis nos grupos anteriores.
• Despesas de Capital:
o Investimentos: são despesas relativas ao planejamento e à execução de obras
públicas, inclusive as destinadas à aquisição de imóveis necessários à realização destas
últimas, bem como para os programas especiais de trabalho, aquisição de instalações,
equipamentos e material permanente, e a constituição ou aumento de capital social
de empresas que não sejam de caráter comercial ou financeiro. Vale salientar que o
pagamento de pessoal contratado para a execução de obras, desde que não faça parte
do quadro de funcionários do governo, também é classificado como investimentos;
o Inversões Financeiras: são dotações destinadas a aquisições de imóveis ou de bens de
capital já em utilização na economia; aquisição de títulos representativos do capital de
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Referências
ALBUQUERQUE, C.; MEDEIROS, M.; FEIJÓ, P. H. Gestão das finanças públicas – fundamentos e
práticas de planejamento, orçamento e administração financeira com responsabilidade fiscal. 2ª
edição. Brasília: 2008.
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