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UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES


DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE

Fonte:
09/11/2015 | 17h15
Nálbia de A. Santos
Agosto/2019
20 ANOS DE GOVERNANÇA CORPORATIVA
NO BRASIL
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SOBRE O CASO
GRUPO X - 2012

O império de Eike Batista começou a ruir em 2012, quando


suas empresas deixaram de cumprir metas. No ano seguinte,
a petroleira OGX comunicou ao mercado que cessaria a
exploração de algumas áreas da bacia de Campos, o que
derreteu o preço das ações. Em 1º de outubro, a OGX
confirmou um calote de US$ 44,5 milhões a credores
estrangeiros. Hoje, a maior parte do que restou das
empresas X está nas mãos de credores. Leia mais sobre o
caso Foto: Mario Anzuoni/Reuter
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Pesquisa Recente da Association of
Certified Fraud Examiners (ACFE)

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Fonte: https://s3-us-west-2.amazonaws.com/acfepublic/2018-report-to-the-nations.pdf.
Fonte: https://s3-us-west-2.amazonaws.com/acfepublic/2018-report-to-the-nations.pdf.
▪ 10ª edição do maior estudo global sobre fraude ocupacional
▪ 2.690 casos reais de fraude ocupacional
▪ Dados de 125 países
▪ 23 principais categorias da indústria incluídas
▪ Explora os custos, esquemas, vítimas e perpetradores de
fraude

▪ O Relatório de 2018 para as Nações baseia-se nos resultados


do Global Fraud Survey da ACFE 2017 , uma pesquisa online de
Certified Fraud Examiners realizada de julho de 2017 a outubro
de 2017.

Fonte: https://s3-us-west-2.amazonaws.com/acfepublic/2018-report-to-the-nations.pdf. 16
▪ Solicitou-se aos entrevistados que fornecessem informações sobre
o maior caso de fraude que haviam investigado cumpriu os quatro
critérios seguintes:
▪ O caso deve ter envolvido fraude ocupacional.
▪ A investigação deve ter ocorrido entre janeiro de 2016 e
o tempo de participação da pesquisa.
▪ A investigação deve estar completa no momento da
participação da pesquisa.
▪ O entrevistado deve estar razoavelmente seguro de que o (s)
autor (es) foi (foram) identificado (s).

▪ Os entrevistados foram apresentados a 76 perguntas sobre os


detalhes do caso de fraude, incluindo informações sobre o
perpetrador, a organização da vítima e os métodos de fraude
empregados, bem como as tendências de fraude em geral. Depois
de concluir a pesquisa pela primeira vez, os entrevistados tiveram
a opção de enviar informações sobre um segundo caso
investigado. Recebemos 7.232 respostas totais à pesquisa, das
quais 2.690 foram utilizáveis para fins do relatório.
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Fonte: https://s3-us-west-2.amazonaws.com/acfepublic/2018-report-to-the-nations.pdf.
COMO FRAUDES OCUPACIONAIS SÃO COMETIDAS

Fonte: https://s3-us-west-2.amazonaws.com/acfepublic/2018-report-to-the-nations.pdf. 18
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COMO FRAUDES OCUPACIONAIS SÃO COMETIDAS

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Fonte: https://s3-us-west-2.amazonaws.com/acfepublic/2018-report-to-the-nations.pdf
COMO FRAUDES OCUPACIONAIS SÃO COMETIDAS

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Fonte: https://s3-us-west-2.amazonaws.com/acfepublic/2018-report-to-the-nations.pdf
COMO FRAUDES OCUPACIONAIS SÃO COMETIDAS

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COMO FRAUDES OCUPACIONAIS SÃO COMETIDAS

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Fonte:https://s3-us-west-2.amazonaws.com/acfepublic/2018-report-to-the-nations.pdf
COMO FRAUDES OCUPACIONAIS SÃO COMETIDAS

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Fonte: https://s3-us-west-2.amazonaws.com/acfepublic/2018-report-to-the-nations.pdf
COMO FRAUDES OCUPACIONAIS SÃO COMETIDAS

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Fonte:https://s3-us-west-2.amazonaws.com/acfepublic/2018-report-to-the-nations.pdf
SUB ESQUEMAS DE APROPRIAÇÃO INDEVIDA DE ATIVOS

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Fonte:https://s3-us-west-2.amazonaws.com/acfepublic/2018-report-to-the-nations.pdf
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Fonte: https://s3-us-west-2.amazonaws.com/acfepublic/2018-report-to-the-nations.pdf
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(CFC/IFAC, 2010).
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Fonte:https://s3-us-west-2.amazonaws.com/acfepublic/2018-report-to-the-nations.pdf
▪ O chama sua atenção a respeito desses escândalos?

▪ Na sua opinião:
▪ Qual é o papel e nível de responsabilidade dos responsáveis pela Governança
Coorporativa dessas empresas?

▪ Qual é o papel e nível de responsabilidade do profissional da contabilidade


dessas empresas?

▪ Qual é o papel e nível de responsabilidade do profissional de auditoria dessas


empresas?
▪ Segundo a Association of Certified Fraud Examiners
(ACFE) o triângulo de fraude é um modelo que pode
explicar os fatores que fazem com que alguém cometa
fraude ocupacional.

▪ Esse modelo consiste em três componentes que, em


conjunto, levam a comportamentos fraudulentos

Fonte: http://www.acfe.com/fraud-triangle.aspx

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Donald Cressey há mais de cinquenta anos, no que denominou como o modelo do triangulo da
fraude (1953, "Other People´s Money: A Study in the Social Psychology of Embezzlement",
Glencoe, Free Press, Illinois).
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▪ Em 1950, o Ph.D. Donald R. Cressey entrevistou 250 criminosos por um
período de cinco meses e cujo comportamento atendeu a dois
critérios: (1) a pessoa deveria ter aceitado um cargo, emprego ou
função de confiança, e (2) ele deve ter violado essa confiança.

▪ Cressey descobriu que três fatores sempre estavam presentes


quando os entrevistados relataram a violação da confiança recebida, e
assim foi capaz de concluir que essas pessoas:
▪ 1) se perceberam tendo algum problema financeiro que não era
passível de ser compartilhado com outra pessoa de seu meio ou
convívio;
▪ 2) tinham conhecimento ou consciência de que este problema
poderia ser resolvido secretamente por violação da posição de
confiança financeira recebida, e
▪ 3) foram capazes de racionalizar a sua própria conduta, de modo que
lhes permitiram ajustar a sua concepção de si mesmos como
confiáveis.

https://politicaspublicasecidadania.wordpress.com/2013/07/22/o-triangulo-da-fraude-de-cressey-e-a-maracutaia-na-
administracao-publica-e-como-tudo-acontece/
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▪ Os três fatores eram então problema financeiro não
compartilhável, oportunidade de cometer uma violação de
confiança e racionalização por parte do infrator, de modo que o
mesmo ficasse com a “consciência tranquila” mesmo após cometer o
ato fraudulento.
▪ Ele dividiu os problemas financeiros não-compartilháveis em seis
categorias:
▪ dificuldade em pagar dívidas, problemas resultantes de falhas
pessoais, reversões de negócios (falhas de negócio incontroláveis,
como a inflação ou a recessão), o isolamento físico (o violador de
confiança é isolado das pessoas que poderiam ajudá-lo), ganho
de status (ter padrão de vida além daquilo que seus meios podem
proporcionar), e as relações empregador-empregado (tratamento
injusto do empregador).
▪ Assim, o problema financeiro não-compartilhável se transformou em
um conceito mais abrangente, que foi chamado de “pressão”.

https://politicaspublicasecidadania.wordpress.com/2013/07/22/o-triangulo-da-fraude-de-cressey-e-a-maracutaia-na-
administracao-publica-e-como-tudo-acontece/
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Wells, J. T., 2005. Principles of fraud examination. Hoboken, New York: John Wiley and Sons.
https://politicaspublicasecidadania.wordpress.com/2013/07/22/o-triangulo-da-fraude-de-cressey-e-a-
maracutaia-na-administracao-publica-e-como-tudo-acontece/ 35
▪ Após sofrer críticas e sugestões de alguns pesquisadores, que
sugeriram um quarto elemento chamado “capacidade do fraudador”,
transformando o triângulo em um “diamante”.

▪ Por exemplo, Wolfe e Hermanson acreditavam que muitas fraudes


seriam impossíveis de terem ocorrido sem ter uma pessoa certa com
as capacidades adequadas de execução dos detalhes da fraude. Os
autores então sugeriram quatro características observáveis para
cometer uma fraude, que iriam estar dentro da categoria
“capacidade”, que seriam:

https://politicaspublicasecidadania.wordpress.com/2013/07/22/o-triangulo-da-fraude-de-cressey-e-a-maracutaia-na-
administracao-publica-e-como-tudo-acontece/
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▪ (1) posição de autoridade ou função hierárquica dentro da
organização,

▪ (2) capacidade de compreender e explorar e burlar os sistemas de


contabilidade e as fraquezas de controle interno,

▪ (3) confiança que o fraudador não será detectado, ou se for ele sairá
da situação com facilidade, e

▪ (4) a capacidade de lidar com o estresse criado dentro de uma boa


pessoa quando o fraudador comete o ato reprovável.

https://politicaspublicasecidadania.wordpress.com/2013/07/22/o-triangulo-da-fraude-de-cressey-e-a-maracutaia-na-
administracao-publica-e-como-tudo-acontece/
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▪ OS ESCÂNDALOS FINANCEIROS OCORRIDOS,
RECENTEMENTE, NÃO FORAM SIMPLES FRAUDES E SIM
UMA QUESTÃO DE DETERIORAÇÃO DA ÉTICA
EMPRESARIAL.

▪ “SE A LEI FOSSE CUMPRIDA A ÉTICA ESTARIA


RESGUARDADA”JOSÉ GABRIEL ASSIS DE ALMEIDA
▪ Aumento no uso dos seguintes procedimentos:

▪ Reservas especiais para administrar o lucro.

▪ Reconhecimento impróprio de receitas.

▪ Contabilidade criativa de fusões e aquisições que não refletia


a realidade econômica.

▪ Uso crescente de remuneração baseada em opções de


compra de ações, criando pressão cada vez maior para que
fossem alcançadas as metas de lucro.

(GRAMLING, RITTENBERG, JOHNSTONE, 2012 citando as declarações do presidente da Securities and Exchange 39
Comission (SEC), do final da década de 1990, Arthur Levitt.).
▪ Alguns procedimentos analíticos estavam sendo utilizados
incorretamente em lugar de testes diretos de saldos de contas.

▪ As empresas de auditoria não estavam avaliando plenamente o


controle interno ou aplicando procedimentos substantivos para
lidar com deficiências de controle.

▪ A documentação de auditoria, especialmente em relação ao


planejamento, não atingia os padrões profissionais aceitáveis.

▪ Os auditores estavam ignorando sinais de fraude, entre outros


problemas.

▪ Os auditores não estavam dando alertas suficientes aos


investidores sobre empresas que poderiam não ser capazes de
continuar operando normalmente.

(GRAMLING, RITTENBERG, JOHNSTONE, 2012 citando estudo do Conselho de Supervisão de Companhias 40


Abertas americano.).
▪ Estruturas societárias excessivamente complexas.

▪ Falta de aderência da estrutura legal à administrativa.

▪ Falta de envolvimento do conselho de administração na


comunicação com os auditores.

▪ Ausência de apoio da alta administração à importância a


auditoria – inexistência de orientação do topo.

(GRAMLING, RITTENBERG, JOHNSTONE, 2012 citando o relatório da CFO magazine, denominado de “Common
Auditing Screw-ups: a new survey collects Big Four auditors’ honest appraisals of their clients’ shortcomings”, de 08
de março de 2008). 41
▪ Delegação da relação de auditoria a um nível muito baixo
da estrutura da empresa.

▪ Ninguém é realmente responsável por uma auditoria anual


eficiente.

▪ Não conseguir o apoio da função financeira em todo o


grupo para que a parte da empresa seja cumprida.

▪ Os clientes se preocupam apenas com os honorários e não


com os resultados.
(GRAMLING, RITTENBERG, JOHNSTONE, 2012 citando o relatório da CFO magazine, denominado de “Common
Auditing Screw-ups: a new survey collects Big Four auditors’ honest appraisals of their clients’ shortcomings”, de 08 42
de março de 2008).
▪ Crença de que uma auditoria é um produto não
diferenciado.

▪ Insuficiência de pesquisa realizada ou documentada


acerca dos julgamentos feitos sobre as demonstrações
financeiras do grupo.

▪ Documentação inadequada do “processo de raciocínio”


para se chegar a certas estimativas e julgamentos
inerentes à elaboração das demonstrações financeiras.

(GRAMLING, RITTENBERG, JOHNSTONE, 2012 citando o relatório da CFO magazine, denominado de “Common
Auditing Screw-ups: a new survey collects Big Four auditors’ honest appraisals of their clients’ shortcomings”, de 08
de março de 2008). 43
▪ ASSOCIATION OF CERTIFIED FRAUD EXAMINERS (ACFE). Report to the Nations on
Occupational Fraud and Abuse 2018 - Global Fraud Study. Disponível em: <https://s3-us-
west-2.amazonaws.com/acfepublic/2018-report-to-the-nations.pdf> . Acesso em:
17/08/2018.
▪ ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Auditoria: um curso moderno e completo. – 5. ed. – São Paulo:
Atlas, 1996. p. 24-29
▪ BOYNTON, William C.; JOHNSON, Raymond N.; KELL, Walter G. Auditoria. Tradução José
Evaristo dos Santos. São Paulo: Atlas, 2002.
▪ Estadão. Os maiores escandalos corporativos do seculo 21.Disponível em:
https://economia.estadao.com.br/galerias/geral,os-maiores-escandalos-corporativos-do-
seculo-21,22419 Acesso em: 09/08/2017
▪ GRAMLING, Audrey A.; RITTENBERG, Larry E.; JOHNSTONE, Karla M. Auditoria. Tradução
Antônio Zoratto Sanvicente. São Paulo: Cengage Learning, 2012.
▪ CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. INTERNATIONAL FEDERATION OF
ACCOUNTANTS (IFAC). Guia de utilização de Auditoria em Auditorias de Entidades de
Pequeno e Médio Portes: conceitos básicos. 2 ed. Volume 1, outubro de 2010.
▪ EY. Fraude e corrupção corporativas, consequências pessoais. 14ª Pesquisa Global sobre
Fraude.http://www.ey.com/Publication/vwLUAssetsPI/fraud_survey/$FILE/PB_Fraud_Surve
y_PT.pdf
▪ INSTITUTO BRASILEIRO DE GOVERNANÇA CORPORATIVA (IBGC). Guia de Orientação
para Melhores Práticas de Comitês de Auditoria. Coordenação: Roberto Lamb e João Verner
Juenemann. São Paulo, SP: IBGC, 2009 (série de cadernos de Govança Corporativa, 7).

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