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09/10/2019

II PERÍODO – ISULPAR – 2019

AULA 07:

HERMENÊUTICA
CONSTITUCIONAL

PROF. KAROLINE S. JAMBERSI

DIFERENÇAS TERMINOLÓGICAS

§ Teoria científica da arte de


interpretar
§ Interpretar: buscar o alcance e
sentido da norma jurídica,
procurando significado dos
termos jurídicos.
§ Aplicar: resultado da
interpretação.
§ Integrar: técnica para preencher
lacunas de uma norma jurídica
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A interpretação é uma tradução da língua


do constituinte para a aplicação da
Constituição.

Operação intelectual na qual há uma


postura diferenciada do intérprete.

§ A interpretação
constitucional compreende
um ordenamento com
coerência unidade e
completude.
§ Quem interpreta?
§ Como interpreta?

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Doutrina Legislador

Adm.
Julgador
Público

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Extensiva

Declarativa

+ = Restritiva

-
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Literal - palavras

Lógica – ordem racional

Sistemática – ordenamento jurídico

Teleológica – finalidade da lei

Histórica – quando surgiu a lei

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§ Características do
ordenamento jurídico:
§ Unidade Hierarquia
§ Coerência
§ Completude

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Critério cronológico: Qual norma jurídica foi editada por último?

Critério hierárquico: Qual norma jurídica possui grau hierárquico


superior?

Critério da especialidade: Qual das normas em conflito trata do tema


de modo específico?

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§ A interpretação como
operação lógica
§
§ Premissa Maior Várias Leis

§ Premissa Menor Fatos CRÍTICAS...


§ Conclusão Sentença

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Con l u ç ão
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Crítica a visão clássica...

• Princípios
• Normas programáticas
• Agigantamento da tarefa do intérprete
• Mutação constitucional
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§ Os problemas do Direito não


seguem uma lógica exata.
§ Topoi – ponto de vista
§ Retorno a Aristóteles e a retórica.
§ “técnica de pensar problemas” –
como agir diante dos problemas?
§ Diferentes pontos de vista
§ Característica indutiva: cada caso é
um problema
§ Sistema aberto, argumentativo,
retórico e racional
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§ O Direito não se adequa


perfeitamente a lógica formal.
§ O raciocínio jurídico é engajado
em seu contexto seja econômico,
político, ideológico, social ou
cultural. Assim o julgador deve
levar em consideração além das
partes, a opinião pública. A
legalidade pura e estrita, sem um
sentido ou contexto seria um
mito jurídico.

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Richard Rorty

Método de argumentação que determina:

Que se analise o contexto das normas gerais e


precedentes sobre o caso em particular

Se defina com clareza as consequências desejadas


pela comunidade política O,
TEXT E
CON ÊNCIAS
Que os princípios éticos, jurídicos e morais venham SEQU DOS
a ser mobilizados no processo de fazer um juízo. CON IGAÇÃOTES.
MIT CEDEN
PRE
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§ Leitura moral do Direto –


como separar um juízo
jurídico de um juízo
moral?
§ O Direito realiza valores
e expectativas de justiça,
por isso os casos mais
difíceis devem utilizar os
princípios.

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§ A melhor interpretação possível para o caso se


guiando com duas regras:
Regra de conveniência: o juiz deverá fazer um
levantamento dos casos relativos à situação a ser
decidida, bem como na constatação empírica dos
argumentos cabíveis
Regra de valor: o juiz deverá escolher um valor de
justiça para orientar o processo de seleção dos
argumentos a serem acolhidos de acordo com a moral
política, expectativas asseguradas pelo conjunto social.

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IA:
ONTRÁR
ÃO C MO
REAÇ IN ALIS
ORIG

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§ Surge nos Estados Unidos que compreendia


duas formas de interpretar a Constituição:

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§ Robert Heron Bork – a vontade dos pais fundadores.


§O originalismo parte de uma perspectiva histórica que desce
no tempo para investigar o ambiente que originou a
constituição e saber sobre quais eram as configurações
políticas, econômicas e sociais da norma constitucional que
motivaram os constituintes.

§ Busca reduzir o subjetivismo.

§ Teorpolítico: nasce para combater a jurisprudência


progressista.
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ORIENTAÇÕESPARA A
INTERPRETAÇÃO
CONSTITUCIONAL

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§ Uso
da interpretação
comum
§ Uso da interpretação
sistemática
§ Conciliação e integração
§ Nãodesprezar o texto da
constituição
§ Poderes fieis à constituição

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§ Unidade da Constituição
§ Efeito integrador
§ Concordância
§ Conformidade com a
Constituição
§ Máxima efetividade da
PRINCÍPIOS Constituição
§ Presunção de
constitucionalidade das leis
§ Supremacia da Constituição
§ Razoabilidade
§ Proporcionalidade

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§ Unidade da Constituição

§ Ela é um todo harmônico, onde


um dispositivo não pode
suprimir o outro. Devendo os
dispositivos serem
compatibilizados de modo a
manter a unidade da CF.

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§ Efeito integrador

§ O intérprete deve
manter a integridade
social e política da
CF, para não colocar
em risco a
estabilidade das
instituições.

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§ Concordância prática ou
harmonização

§ Visa a compatibilidade
entre direitos
fundamentais em
conflito, considerando
que são vagos.

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§ Conformidade com a
Constituição - justeza

§ O intérprete não pode mudar as


competências definidas na
Constituição Federal.

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§ Máxima efetividade

§ Extrair de cada dispositivo sua


maior eficácia possível.
§ Agravo regimental no Recurso
extraordinário n. 639.337.

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§ Força Normativa da
Constituição

§ Garantir a maior efetividade,


longevidade e permanência
da Constituição.

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§ Supremacia da Constituição

§ Interpretara Lei de acordo com a


Constituição e não o oposto.

§ Interpretação conforme à
Constituição

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§ Razoabilidade

§ Invalidade de atos do
poder público que não
sejam razoáveis.

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§ Proporcionalidade

§ Verificar a constitucionalidade das


leis e atos normativos que limitam
normas constitucionais definidoras de
diretos fundamentais:
§ 1) Adequação
§ 2) Necessidade
§ 3) Proporcionalidade (em sentido
estrito)

§ Lei 13.301/2016

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ATIVIDADE NA
PRÓXIMA AULA

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