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FIBONACCI – ESTA FANTÁSTICA FERRAMENTA

Por Alberto Mengozzi (Menalbi) – menalbi@ig.com.br


Em: 09 de janeiro de 2004.
Última revisão em: 14 de janeiro de 2004.

“Tudo deve ser apresentado da maneira mais simples possível, porém


não mais simples do que isso”.

Albert Einstein

INTRODUÇÃO

O objetivo desse artigo é trazer até você, ou quem sabe agregar ao seu
atual conhecimento, conceitos operacionais desta - que eu considero -
fantástica ferramenta de trabalho para analises gráficas, as linhas de
retrações e expansões de Fibonacci.

Não pense você que aqui encontrará a solução para suas operações que
não tenham dado o resultado esperado, mas com certeza irá lhe forne-
cer mais algumas balas para o seu fuzil e, poder enfrentar a batalha de
maneira menos desigual. Conseguirá ter maior clareza dos momentos
certos e, também porque determinado trade não deu o resultado pre-
tendido.

Estou partindo do principio de que você tenha um mínimo conhecimento


de analise técnica, para poder melhor observar as idéias aqui explana-
das. Tipo, médias móveis, pivôs e linhas de expansões e retrações. Ba-
sicamente é isso que iremos utilizar ao longo do nosso artigo.

Como todos nós, também os grandes operadores de mercado são movi-


dos por medo e ganância e, conseguindo identificar essas regiões, te-
remos maiores chances de obter bons resultados. Para explicar isso eu
gosto de usar uma metáfora, imagine o estouro de uma boiada, se con-
seguirmos estar do meio para frente, mais próximos dos lideres. Quan-
do surgir algum obstáculo que promova a inversão do movimento, con-
seguiremos perceber com maior rapidez.

Para isso eu gosto de usar uma média móvel no gráfico de volume, isto
me dá um balizamento do mercado e, me dá uma melhor clareza se o
movimento que está acontecendo é simplesmente uma retração ou re-
almente um movimento de tendência no gráfico em questão.
É obvio que está técnica que apresentaremos aqui, ou qualquer outra
técnica, não tem sentido nenhum se não tivermos disciplina e controle
emocional na hora de operar. Mas não tenha dúvida que o domínio des-
ta ou qualquer outra técnica, minimiza, e muito, as questões do trade
emocional.

Os conceitos aplicados aqui são válidos para qualquer tipo de mercado


(gráficos), tipo, ações, opções, índices, moedas, etc.

Neste estudo utilizamos um gráfico de opções, mais pelo fato de que


em apenas um dia, abrangemos uma gama muito boa de situações. Mas
faço uma advertência aqui, não opere opções, a menos que você
esteja muito bem habituado com o mercado e seja bastante experiente.
Mesmo assim eu particularmente considero um mercado extremamente
difícil e que necessita de respostas ágeis.

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ções do conteúdo e impressão. Mas nada impede de você distri-
bui-lo livremente, se assim achar conveniente.

Antes de começar o estudo propriamente dito, gostaria que você dedi-


casse um pouco de atenção e concentração nas páginas seguintes, pois
trata de um assunto que julgo importante. Está de uma maneira con-
densada, mas creio que deva dar uma idéia de como devemos dirigir o
nosso comportamento.
APRENDER, DESAPRENDER E REAPRENDER.

Pode ser que para alguns se trate de uma nova informação, e sempre
que nos deparamos com uma nova informação teremos duas possibili-
dades:

1. Distorce-la e procurar encaixar em suas VELHAS CATEGORIAS.


2. Deixar a nova informação se organizar por si mesma.

A que sempre escolhemos é tentar encaixar essa nova informação em


nossas velhas categorias: “Não é isso como...” ou “Isso me lembra
a...”. É natural enlaçar algo novo com algo que já conhecemos e ao que
estamos acostumados. Tentamos organizar esta nova informação dan-
do-lhes um significado mais familiar. A familiaridade nos faz sentir me-
nos inseguros e com maior previsibilidade. Sentimos que temos algum
controle e quanto mais controle tiver menos medo teremos. Esta é a
chave. Tenderemos compulsivamente a organizar a nova informação
que nos chega. Portanto, procure utilizar a segunda opção e deixe que
com o tempo ela se organize.

Embora só possamos aprender conscientemente uma pequena parcela


das informações que o mundo nos oferece, percebemos e reagimos in-
conscientemente a muitas outras coisas.

Uma forma de aprender é dominar conscientemente pequenos segmen-


tos de comportamento e reuni-los em seguimentos cada vez maiores,
de modo a torna-los habituais e inconscientes. Criamos hábitos para
podermos prestar atenção a outras coisas.

A aprendizagem é uma habilidade que se divide em quatro está-


gios:

1. Incompetência inconsciente. Não sabemos fazer algo, e não


sabemos que não sabemos. Se alguém nunca dirigiu carro
não tem a mínima idéia do que isso significa.

2. Incompetência consciente. Então a pessoa começa a apren-


der a dirigir e logo descobre as suas limitações. Aprende
conscientemente a trocar as marchas, pisar na embreagem,
freio, etc... e toda sua atenção volta-se para isso, mas a
pessoa ainda não é competente e dirige apenas nas ruas de
menor movimento.

3. Competência consciente. Podemos dirigir, mas precisamos


de muita concentração. Aprendemos a técnica, mas ainda
precisamos de muita concentração.
4. E por fim, a competência inconsciente. E este é nosso obje-
tivo. Todos os pequenos padrões que aprendemos com tan-
to esforço juntam-se numa harmônica unidade de compor-
tamento. E, a partir de então, podemos admirar a paisa-
gem, ouvir rádio e conversar enquanto dirigimos. Nossa
mente consciente estabelece o objetivo e deixa que a in-
consciente cuide dele, liberando a atenção para outras coi-
sas.

Após um treinamento exaustivo, conseguimos atingir o quarto estágio e


formar hábitos. Neste ponto, a habilidade tornou-se inconsciente. Entre-
tanto, os hábitos nem sempre são a maneira mais eficiente de levar a
cabo uma tarefa. Nossas crenças e conhecimentos acumulados no de-
correr de nossas vidas acabam filtrando e nos fazendo perder algumas
informações que são essenciais para chegarmos à competência incons-
ciente.

Se fosse apresentada de uma maneira condensada como se obter con-


sistência no mercado financeiro, uma pessoa só precisa ter em mente
três coisas.

1. Saber o que quer. Ter uma idéia clara do objetivo desejado em


qualquer situação. Precisamos saber o resultado que queremos
atingir. Se não soubermos para onde estamos indo, fica mais
difícil chegar lá.

2. Estar alerta e receptiva para observar o que está conseguindo.


Uma parte importante é o treinamento da percepção sensorial,
onde colocar nossa atenção e como modificar e ampliar nossos
filtros (crenças, baseadas nos nossos conhecimentos) para po-
dermos observar coisas que não percebíamos anteriormente.

3. Ter flexibilidade para continuar mudando até conseguir o que


deseja. Você precisa ter a sensibilidade para observar se o que
está fazendo o está levando a obter o que deseja. Caso contrá-
rio, se não estiver dando resultado, faça outra coisa, qualquer
outra coisa. É preciso ouvir, ver e sentir o que está acontecen-
do e ter uma ampla gama de respostas.

Se você só fizer aquilo que sempre fez, só obterá aquilo que


sempre obteve. Se o que você está fazendo não está dando re-
sultado, faça outra coisa.
Vamos ver na pratica como funciona essa técnica. Suponha que você
vai fazer um passeio de carro com a família. Decide-se aonde se quer
ir; este é o objetivo inicial. Começa-se a dirigir observando o caminho,
percepção sensorial. Compara-se o caminho tomado com o local aonde
se deseja chegar e, caso o caminho esteja errado, muda-se o rumo, fle-
xibilidade. Este ciclo é repetido até que se chegue ao destino final.

Em seguida estabelece-se o próximo objetivo. Muito raramente há um


caminho claro e direto até o ponto aonde se quer chegar.

“Pode me dizer, por favor, que caminho devo pegar?”


“Depende de para onde você quer ir, - disse o gato”.
“Não me importa muito onde... , - disse Alice”.
“Então não importa o caminho que você peque, - respondeu o gato.”

Lewis Carroll

Agora sim, vamos iniciar a apresentação do estudo. Espero que de al-


guma forma ele possa lhe acrescentar algum conhecimento.

Obs.: Caso você tenha algum conhecimento a mais, sobre o tema, e


gostaria de me participar para ser adicionado ao mesmo, desde já fico
muito grato.

“Que a estrada suba ao seu encontro. Que o vento sempre sopre em


suas costas. Que o sol brilhe quente em seu rosto, que as chuvas caiam
em seus campos, e até nos encontrarmos de novo... que Deus o tenha
suave na palma de sua mão.”

- Antiga bênção irlandesa.


Objeto desse estudo

Gráfico da Opção Telemar A 48 – valor de exercício R$ 46,98 – venci-


mento do exercício 19-01-2004.

O gráfico abaixo é de 15 minutos e abrange do dia 07-01-2004 ao dia


09-01-2004.

Nosso interesse está no estudo do movimento do dia 08 de janeiro, que


está delimitado no gráfico pelas setas azuis.

O retângulo vermelho que destaca o que chamaremos de Fig. 1, realça


o final do movimento do dia 07 e o início do dia 08 (objeto do nosso es-
tudo), com o qual procuraremos definir o movimento inicial do ativo.

Como daria muito trabalho eliminar do gráfico os candles do futuro (dia


08), eu peço que você use sua imaginação na próxima figura e faça de
conta que não existe o primeiro candle do dia 08, para que possamos ir
caminhando com a evolução do mercado (probabilisticamente).

Muito bem, vamos então iniciar o nosso estudo. Procurarei ser o mais
claro possível, para que até os menos habituados com os princípios aqui
descritos consigam visualizar o que está sendo exposto.
Gráfico de 15 minutos.
Como falei acima procure imaginar que o
mercado não abriu, portanto não temos
ainda no gráfico o ponto 3 (1,08).

Pela máxima (1,37) ponto 1 e mínima


(0,72) ponto 2 (do dia 07) traçamos as
linhas de retrações demarcadas no gráfico
pelas linhas tracejadas azuis (23,6% -
38,2% - 50.0% e 61,8%), raramente
eu marco a retração de 76,4%.

Seguindo o mercado:
No primeiro candle 3, o mercado abriu
acima da linha de retração de 50%
(1,08), tentou subir não teve força e pa-
rou na linha de retração de 38,2% (1,13),
voltou a cair fazendo uma mínima (0,98)
– somente a título de curiosidade essa
mínima parou próxima da linha de retra-
ção de 61,8%, mas eu não olho para isso
-; as cotações subiram novamente e fe-
chou o primeiro candle dos 15 minutos
abaixo da linha de retração de 50,0% (1,02). Com essas observações
acima descritas e olhando a configuração das médias móveis curtas,
que agulharam para baixo, penso não ser a famosa agulhada do DI-
DI, mas já é um sinal que me desperta atenção.

O próximo candle já um candle forte de queda e com volume, mais um


sinal dentro de minha observações, que pode realmente estar configu-
rando um movimento de queda.

Observações importantes:
• Eu não opero por gráfico de 15 minutos, utilizo-os para ter uma
idéia maior da amplitude do movimento.

• Meus sinais operacionais obtenho no gráfico de 1 minuto, em op-


ções com alto grau de liquides, como as da Telemar e próximas
ao dinheiro.

• Note como a média móvel vermelha segurou o mercado, mas eu


não utilizo isso como parâmetro, pois não domino essa técnica,
nem sei se tem fundamento isso, só que alguns a utilizam.

• Não citarei os nomes dos candles, pois não faz parte do meu co-
nhecimento.
Gráfico de 1 minuto.

Continuando com a observação


do dia anterior (07) mas agora
com o gráfico de 1 minuto, ve-
mos que o mercado montou um
pivô de alta, fez a sua retração
entre 50.0% e 38.2%; rompeu
para cima e ficou trabalhando
acima da linha de 100.0% até o
final do dia.

Obs.: vamos fazer uma pausa


neste momento para responder
uma famosa pergunta sobre es-
ta, que eu considero fantástica,
ferramenta que é o fibonacci.

Pergunta: mas como você sabe


que aí montou um pivô de alta?

Resposta: eu realmente não sei.


Mas olhando o gráfico do dia 07,
que não é objetivo de nosso es-
tudo, você verá que essa mínima foi construída numa região de fibo-
nacci, expansão de 161,8% que pode ser verificado na Fig. 4, no ponto
4. Logo, probabilisticamente, como não teve força de continuar a que-
da, o mercado armou a retração, isso significa dizer que ele teria que
voltar pelo menos a 61,8%; isso já foi explicado na Fig. 1. Nesta retra-
ção que o mercado terá que fazer arma um pivô de alta. Os preços
não sobem e não caem sem antes armar um pivô. Isto é basica-
mente uma regra infalível, em algum tempo gráfico ele arma um pivô,
antes de fazer o movimento.

Muito bem, voltando ao nosso estudo, o mercado abriu no dia 08 acima


da expansão de 200.0% e próxima da expansão de 261.8%; GAP de
alta.

Vale aqui mais uma pausa, normalmente eu vejo declarações do pesso-


al dizendo, abriu em GAP de alta ou de baixa, vai ter que vir fechar o
GAP antes de continuar o movimento, eu não tenho embasamento téc-
nico para operar os GAP’s, portando deixo-os de lado.

O que eu considero importante aí nesse momento, é os preços terem


atingido a expansão de 261,8%; embora contrariando alguns, eu gosto
de definir essa região como final de ciclo do pivô.
Mas que seja bem claro, isso não significa que eu deva vender nesse
ponto, no máximo zerar minha posição. E isso só deve ser feito respei-
tando outras observações gráficas.

No decorrer do artigo, iremos entender porque eu gosto de definir ciclos


para o fibonacci. A escolha do final de ciclo em 261,8% é uma escolha
minha para o gráfico de opções. Como por exemplo no FOREX, eu gos-
to muito de utilizar o final do ciclo em 161,8%.

No gráfico abaixo (Fig. 3), temos o comportamento dos preços de todo


o dia 08. Este tempo gráfico é de 1 minuto.

Nele a gente consegue observar o comportamento das médias móveis,


o comportamento do volume, no volume eu mantenho também uma
média móvel (atrasada), para ter uma visualização melhor do compor-
tamento do volume.

Note que entre as 12:15 horas até as 14:10 horas, o volume veio de-
crescendo com os preços entrando em congestão. Horário de almoço?
Concordo, pegou parte do horário de almoço, mas observe como o vo-
lume cresceu rapidamente pouco antes do retorno do almoço e os pre-
ços subiram rapidamente, criando um novo patamar de negociação, ou
seja, mais alto. Uma nova acumulação, com o volume de negócios cain-
do, isso visto pela media do volume, depois uma nova puxada no volu-
me e os preços voltam a subir.

Eu procuro ver esse tipo de movimento de uma maneira simples, ou


seja, os preços sobem e caem com volume, se os preços subirem ou
caírem sem volume me da a entender que o mercado está somente
cumprindo suas retrações normais e a maioria não está querendo se
desfazer de suas posições anteriores.
Gráfico de 1 minuto.

Voltamos ao dia anterior (07), eu quero saber onde o mercado pode ir,
então traço o fibonacci do pivô 1-2-3, representado na Fig. 4, já sa-
bemos que o mercado parou no ponto 4, região do 161,8%, expansão
do fibonacci, fez a retração, como já descrito acima, na abertura do
mercado do dia 08, que está marcada pela linha vertical vermelha.

Mas o importante aqui é mencionar que eu uso a expansão de 200.0%


como um objetivo de realização de lucros, sempre observando outras
variáveis, como médias móveis, volume, etc.

Neste caso especifico, iremos nos deparar com um outro fibo nesta re-
gião a expansão de 161,8%, que está representado na Fig. 6. Quando
acontece de ter mais de um fibo na mesma região, seja ele, de expan-
são ou retração, eu entendo que a região fica com grande propensão à
reversão do movimento.

Bem, podemos prosseguir, agora iremos mais especificamente estudar


os movimentos do dia 08, que são os nossos movimentos operacionais,
descritos na próxima figura.
Gráfico de 1 minuto.

Bem vamos acei-


tar como verda-
deiro o pivô for-
mado pelos pon-
tos 1-2-3, não
vou transcrever
novamente aqui
o que devemos
observar, médias
móveis, agulha-
da, força do mo-
vimento com
aumento de vo-
lume, etc. Em
algum momento
deste pivô eu
procuro entrar
vendendo.

Vamos apenas
acompanhar o movimento, primeira região de objetivo, expansão de
161,8%; passou direto e com volume, médias móveis curtas agulhadas,
vamos então observar nosso segundo objetivo, 200,0%; parou no pon-
to 4, OPA, parou nos 200.0% - o que devo fazer, zerar a posição, virar
a mão, ficar vendido? Poderíamos até zerar nessa região se estivermos
contentes com o lucro obtido na operação, virar a mão, ou seja, ficar
comprado, NUNCA. Pelo menos para mim, é dificílimo virar a mão, eu
realmente não consigo. E depois tem outra o mercado não reverte em
movimentos significativos, inversões, sem antes trabalhar a região. Os
grandes operadores de mercado também são movidos por medo e ga-
nância, e levam tempo para aceitarem que estão do lado errado.

E depois tem outra, meu objetivo é um pivô maior que está definido na
Fig. 4 (200.0%). Vamos continuar observando o nosso movimento da
Fig. 5, no ponto 4 começou a subir e a média do volume caiu, de re-
pente os preços começaram a cair, o volume aumentou e as médias
móveis curtas agulharam, passaram um pouco do meu terceiro objetivo
(261,8%), mas nenhum sinal ainda de que o movimento de queda ter-
minaria, pelo menos por enquanto.

Então passo o ponto 2 do meu pivô para o ponto 4, e construímos num


novo pivô, pois como já disse, chegou o final de ciclo deste pivô, ele a-
tingiu o 261.8%. Este novo pivô está demarcado no gráfico abaixo.
Gráfico de 1 minuto.
Aqui está monta-
do o novo pivô
que seguiremos
daqui para frente.

Note que os pre-


ços só consegui-
ram chegar até a
linha de retração
de 61.8%, ponto
3, não teve força
de ir até a de
50.0%, o que
demonstra força
no movimento de
queda.

Atingiu o primeiro
objetivo desse
pivô, a linha de expansão de 161,8%, determinando o ponto 4.

Observe onde ficou marcada no gráfico a linha de expansão de 161,8%.


Lembra-se do gráfico da Fig. 4, é nessa região que está marcado o
nosso objetivo de 200.0%. Portanto, região para se realizar lucros.

Região para entrar comprando, ou seja, ficar comprado? Pode ser que
não, mas quando a gente se habitua a observar as configurações da
médias móveis, etc e tal. Devemos dobrar a nossa concentração no
mercado, nesse momento.

Para isso eu costumo olhar melhor o livro de oferta, compras e vendas,


e procurar sentir qual o lado que está mais forte. Olho também de ma-
neira despreocupada o gráfico do Índice Futuro. Com o tempo a gente
vai se habituando com essas observações e fazendo de maneira auto-
mática.

Apenas uma curiosidade de um fato interessante que ocorreu durante


esses três dias que fiquei coletando informações da TNLPA48, para es-
crever esse artigo, em momento algum eu abrir o gráfico da Telemar
(TNLP4), creio ter sido simplesmente uma obra do acaso, não se trata
de mérito nenhum, mas realmente, fiquei tão concentrado nos gráficos
da opção que não senti falta de olhar os gráficos da Telemar.

Isto me deu maior clareza no que me ensinaram, aceitei como verdade


e venho a algum tempo procurando aperfeiçoar. Os gráficos falam
com a gente, basta saber escuta-los.
Gráfico de 1 minuto.

Na figura acima vemos o mercado fazendo uma nova mínima ponto 1,


logo em seguido os preços sobem, marcando o ponto 2, para depois
retrair marcando o ponto 3; onde supostamente teríamos um pivô de
alta.

Interessante notar como o volume vem diminuindo com os preços en-


trando num mercado lateral, congestionamento, região de redecisão do
movimento, podendo ser uma distribuição ou acumulação, não sabemos
realmente antes de acontecer, mas podemos ter uma idéia.

A confirmação da alta ocorreu com o aumento significativo do volume,


dos preços e o rompimento da cabeça do pivô, ponto 2.

Após o rompimento do pivô, os preços subiram até o nosso primeiro ob-


jetivo 161,8%; ponto 4, fez uma retração e seguiu para o nosso se-
gundo objetivo 200.0%; que poderia ser de fechamento de posição,
mas vamos adiante, ele passou um pouco esta região e fez uma nova
máxima, anotada no gráfico como ponto 5, na Fig. 8, logo abaixo, ve-
remos o porque deste ponto 5. Novamente o mercado fez a retração,
que poderíamos traça-la a partir do ponto 1 até o ponto 5. Feita a re-
tração os preços continuaram subindo até atingir o nosso final de ciclo
do pivô 261,8%; ponto 6.

Iremos demonstrar mais abaixo que esse ponto 6, é coincidente com


outra linha de fibo, portanto esta região ganha força para fazer um mo-
vimento contrário ao anterior.
Gráfico de 15 minutos.

Este gráfico é para de-


monstrar porque o pon-
to 5 do gráfico anterior,
Fig. 7, ficou no vazio.

Note como o ponto 3


desse gráfico parou
exatamente na linha de
retração 61,8% e depois
caiu.

Observe como é impor-


tante estar atento tanto
às retrações quanto as
expansões.

Vale aqui uma observa-


ção importante, todas
as vezes que o mercado
fizer um topo ou fundo
nós encontraremos uma
linha de Fibonacci, e
muito provavelmente o mercado estará seguindo ela.

Treine essa técnica de localizar expansões e retrações de Fibonacci e


você notará que o mercado (gráfico) ficará mais claro aos seus olhos.
Experimente-o em vários tempos gráficos, em papeis, opções, índices,
etc. Esse treinamento irá ajudá-lo a criar uma habilidade de como o
mercado se move e de poder prever, com uma pequena margem de er-
ros, qual o próximo movimento do ativo que você está verificando.

Vamos dar continuidade ao nosso estudo na página seguinte.


Gráfico de 1 minuto.

Como vimos na Fig. 7, o nosso ponto 6 determinava o final do ciclo da-


quele pivô, correto?

Mas não temos como saber se o movimento de alta acabou, ok? Mesmo
porque o volume continuou alto e as médias móveis estão ainda com
configuração de alta. Portanto montamos um novo pivô, maior,
representado na Fig. 9, pelos pontos 1-2-3.

Os preços, realmente, continuaram subindo mas não atingiu nosso pri-


meiro objetivo 161,8%, ponto 4, antes mesmo de chegar lá ele já fez a
retração, porque? Veremos a resposta no próximo gráfico da Fig. 10.
Gráfico de 15 minutos.

Aqui consegui-
mos verificar
que mais uma
vez uma linha
de Fibonacci foi
respeitada pelo
movimento do
mercado.

Esse nosso pon-


to 1 ocorreu
exatamente em
cima da linha
de retração de
38.2%. Esse
ponto é o mes-
mo que o ponto
4 da figura an-
terior (Fig. 9)

Agora que você está um pouco mais familiarizado com expan-


sões e retrações de Fibonacci, relembraremos algumas observa-
ções desse nosso estudo, de como eu vejo essa ferramenta.

• Não devemos utilizar as linhas de Fibonacci como pontos de com-


pra ou de venda de um ativo.

• Nas regiões de retrações ou expansões é onde devemos aumentar


nossa atenção.

• É uma ferramenta excelente para determinar objetivos de lucro.

• É mais simples montar uma estratégia.

• Você sabe de onde veio (entrou no trade), sabe para onde quer ir
(objetivo) e sabe onde está sua porta de saída (stop) se tudo der
errado.
Gráfico de 1 minuto.

Estamos chegando ao final do nosso dia de operação e objeto do nosso


estudo.

Não se esqueça de que ainda estamos seguindo o pivô montado na Fig.


9.

Mas deixamos montado aqui, quem sabe, um outro possível pivô de al-
ta, quando o ciclo do pivô anterior for concluído. Mas o que está me in-
teressando no momento é a retração da mínima, ponto 1 com a máxi-
ma, ponto 2, assinalada no gráfico como ponto 3, os preços voltaram
até a linha de Fibonacci de retração de 50.0%.

Um dado interessante a ser ressaltado, note que nesta retração como o


volume caiu, ou seja, indicando que o movimento de alta continua for-
te, logo podemos esperar que aquele pivô da Fig. 9 deva ser concluído.

E por fim vamos ver o detalhe dessa retração, ponto 2 até o ponto 3,
no gráfico da figura abaixo, Fig. 12.
Gráfico de 1 minuto.

O objetivo deste grá-


fico na realidade foi
de mostrar a retração
que houve da máxi-
ma, linha de 0.0%
com a mínima, linha
de 100.0%.

Realçando o que ha-


víamos comentado
antes, que todo esse
movimento aconte-
ceu com o volume
em queda, só subin-
do no final do pre-
gão.

Mas o que gostaria


que você notasse
também é a seta
vermelha no gráfico,
mostrando que ali
ocorreu um pivô de
queda que rebateu o mercado para fazer essa mínima.

Finalizando.

Quero agradecer aos que tiveram paciência de ler este artigo até o final,
eu imagino o trabalho que deu, ficar acompanhando os gráficos nas fi-
guras e ao mesmo tempo ler as minhas explicações no texto.
Não tenho o domínio da escrita, mas procurei ser o mais claro possível,
até para os mais leigos, que nunca ouviram falar de Fibonacci. Confesso
que no final estava exausto e ansioso para acabá-lo e devo ter passado
por cima de algumas observações importantes que deveriam ser salien-
tadas. Com o passar do tempo espero ir adquirindo mais conhecimento
e poder ir revisando esse documento e acrescentando novas informa-
ções que julgar serem boas.

Valeu, que a boa sorte esteja com você e bons negócios. (Menalbi)

Se um artista, um lenhador e um botânico passearem pela mes-


ma floresta, suas experiências serão muito diferentes. Cada um
observará aquilo que lhe interessa.

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