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Argumentos Éticos
Argumentos Éticos
1-Se devemos proibir as drogas pela possibilidade de o usuário cometer algum crime,
devemos, também, proibir aviões pela possibilidade do piloto o derrubar, e assim matar
pessoas inocentes.
2-Sim. A ética diz o que é certo ou errado, apontando a validez das ações. Ela serve para
resolver conflitos e mostrar o que pode ou não ser feito.
depois:
Argumentos éticos:
as drogas são tratadas com quase unanimidade entre a população como um dos maiores
problemas que acometem o nosso mundo e por isso devemos proibi-las e combatê-las. Mas
será realmente que proibir o comércio de drogas é o certo? Vamos entender:
Primeiramente, é necessário definir o motivo de uma lei existir. A ética deve dizer o que é
certo ou errado, apontando a validez das ações, tendo em vista resolver conflitos. Toda lei
deve ter bases éticas. Crimes são violações de propriedades, portanto, é impossível cometer
um crime contra si mesmo, pois o próprio conceito de propriedade pressupõe o uso exclusivo
que o proprietário tem de seus bens para o que quiser, desde que não viole propriedades
alheias. Por exemplo, eu comer comidas gordurosas, ou qualquer outra coisa que faça mal
apenas a mim, não pode ser considerado um crime. Meu corpo, minhas regras (a vida aí
dentro não faz parte do seu corpo, feminista).
Os usuários decidiram usar a substância por vontade própria, usando a razão. Caso alguém
tenha sido forçado a usar, configura-se violação de propriedade, um crime. Mas não vem ao
caso. A grande verdade é que as pessoas escolhem usar drogas, seja lá por quais motivos, mas
escolhem. Como mises brilhantemente nos mostra, nós sempre agimos com a convicção de
que essa ação nos levará a um estado mais confortável. Se ela realmente nos levará a isso é
irrelevante, o que importa é a convicção. Assim acontecem as trocas voluntárias. O usuário
tem a convicção que a droga o levará até um estado mais confortável, e o comerciante possui
o mesmo pensamento com o dinheiro. O mesmo acontece quando vamos comprar algum bem
no supermercado. Os clientes daquele mercado valorizam mais os produtos do que o dinheiro,
e o supermercado o oposto. Uma troca voluntária nunca é antiética, pois é voluntária (bem
complexo), não é forçada. A propriedade de ninguém está sendo violada com essa troca.
Alguns podem alegar que os drogados acabam perdendo a capacidade de usar a razão, que
viram zumbis. Na verdade, não é bem assim que funciona. Isso depende do quão destrutiva e
perversa é a droga que ele usa, mas nem mesmo o temido crack causa esse efeito. Mas ainda
que todas as drogas tirassem a capacidade de usar a razão, o usuário ainda usou a razão na
hora de escolher usar a droga pela primeira vez. E se o dano físico ou mental sofrido pelo
usuário fosse um critério para apoiar a proibição, teríamos que proibir todo o tipo de comida
gordurosa, serviços arriscados, livros que o estado considera ruins. Teríamos que tirar a
liberdade de escolha das pessoas. Lembremo-nos que causar mal ao próprio corpo não pode
ser considerado crime. Meu corpo, minhas regras x2.