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SLIDE 10

Qualidade da água
Primeiramente, é importante garantir que a água de qualidade chegue a todos os níveis
do tanque. Algumas espécies ficam na parte de baixo da estrutura, então, elas devem ter
as mesmas condições. Além disso, o ponto principal é o nível dessa água, que deve estar
nos melhores padrões para evitar riscos de contaminação causados por restos de
alimentos e fezes dos animais.
O trabalho se dá no sentido de manter essa água sempre filtrada, o que demanda
equipamentos como uma bomba e o próprio filtro. O ideal é que essa água seja
constantemente renovada, na garantia de que ali haverá sempre as melhores condições
para a criação das espécies.
O ideal é que seja feito um controle da qualidade da água, usando parâmetros básicos de
piscicultura. Qualquer descuido pode ser muito perigoso, causando desequilíbrio e a
perda das condições mínimas de criação, o que resulta na morte dos peixes.
Tamanho adequado do tanque
É sempre importante considerar o tamanho máximo que cada espécie é capaz de atingir,
já que esse deve ser o parâmetro na hora de projetar as dimensões do tanque. Do
contrário, os peixes terão dificuldade de locomoção, o que impacta, até mesmo, no
desenvolvimento da estrutura física.
Além disso, o tamanho do tanque também impacta nos hábitos alimentares dos peixes.
É importante ter o cuidado para que, no manejo, seja garantida a chegada dos alimentos
a todos que estão no tanque. Do contrário, pode haver um deficit de nutrientes, o que
também atrapalha crescimento dos peixes, podendo causar, até mesmo, a morte.
Nutrição
Assim como os demais animais, os peixes também apresentam necessidades
nutricionais que se alteram à medida que crescem. Contudo, um dos maiores cuidados
que o piscicultor deve ter é com o tipo e a granulometria das rações.
A granulometria deve respeitar a abertura de boca dos peixes, enquanto as rações
extrusadas devem ser preferenciais às peletizadas. Isso porque as extrusadas são mais
estáveis, permanecendo mais tempo na superfície da água para que os peixes as
apreendam.
Essa característica é importante, pois a degradação das proteínas presentes nas rações
polui a água, reduzindo a sua qualidade. Isso acontece porque o excesso de ração
aumenta a atividade bacteriana, o que diminui o nível de oxigênio dissolvido na água.
Aliás, é fundamental que o alimento fornecido seja balanceado e contenha os nutrientes
necessários para o desenvolvimento de cada espécie criada. A quantidade de vezes que
os peixes serão alimentados por dia também varia de acordo com a espécie e a
temperatura da água.
Porém, de modo geral, recomenda-se oferecer de 20 a 5% do peso vivo para os alevinos
de até 50 g e diminuir essa quantia aos poucos ao longo do cultivo.
Reprodução
A piscicultura também apresenta fases produtivas, sendo que a produção de alevinos
tem início já na escolha dos reprodutores e das matrizes. Quanto a essa questão, o ideal
é que ambos sejam de culturas diferentes, para evitar cruzamentos consanguíneos (que
diminuem a variabilidade genética e a resistência dos animais, além de aumentarem as
chances de desenvolverem doenças congênitas).
As larvas eclodidas das ovas devem ser separadas em um outro tanque até que os
alevinos atinjam um mês de vida. Durante a sua criação, o foco é o desenvolvimento
dos peixes, então, a sua dieta deve ser adequada visando favorecer o crescimento e o
ganho de peso para serem comercializados.
Aqui cabe lembrar que peixes maiores costumam ter mais valor no mercado, contudo,
quanto maiores forem as espécies criadas, maior será o seu custo de produção.
O período de desenvolvimento varia conforme a espécie também, sendo que as espécies
nativas cultivadas têm média de 20 a 45 dias. Caso você queira comercializá-las,
quando alacarem 3 cm já é possível.

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