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A Água, pH x GH x KH.

 Categoria: AQUARISMO DOCE - O BÁSICO  


 Publicado: Segunda, 03 Abril 2006 08:28
 Escrito por Marne Campos
 Acessos: 42568

Para que os habitantes do aquário, animais e vegetais cresçam e se desenvolvam em perfeita


harmonia alguns elementos da água merecem atenção pois grande parte do sucesso no
aquarismo dependerá deles.

Leia
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mais:A Água,
Água, pH
pH xx GH
GH xx KH.
KH.

A Água.

 Categoria: AQUARISMO DOCE - O BÁSICO  


 Publicado: Segunda, 03 Abril 2006 05:07
 Escrito por Eiti Yamasaki
 Acessos: 36767

Todos procuram saber mais sobre os peixes e de como dar melhores condições de vida a eles.
Para isso, deve-se preocupar com a água, conhecendo suas propriedades. Esse texto visa isso,
ajudar a conhecer melhor os parâmetros mais importantes da água em aquários.
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mais:A Água.
Água.

A Filtragem e os Filtros.

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 Publicado: Quarta, 11 Fevereiro 2015 00:10
 Escrito por Equipe AqOL
 Acessos: 55132

A filtragem é um dos fatores mais importantes para o sucesso dos aquários, é através dela que
sua água ficará cristalina, inodora e salubre para peixes e plantas. O devido entendimento por
parte do aquarista, a escolha dos equipamentos mais adequados e o correto dimensionamento
da filtragem são a base para um aquarismo prazeroso e recompensante pois é através dela que
reproduzimos muitos processos biológicos, quimícos e físicos que a natureza desempenha com
infinita elegância e êxito.

Leia
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mais:A Filtragem
Filtragem ee os
os Filtros.
Filtros.

A Importância da Qualidade da Ração para


Peixes.

 Categoria: AQUARISMO DOCE - O BÁSICO  


 Publicado: Quarta, 18 Setembro 2013 09:17
 Escrito por Flavia Passos
 Acessos: 4254

Ignorar a qualidade da ração oferecida aos peixes é uma falta grave cometida por aquaristas
que, diga-se de passagem, são em sua maioria iniciantes no hobby. Mas não se sintam
constrangidos com esta afirmação! Trata-se apenas de uma estatística do senso comum.

É que quando começamos não conseguimos reter informações uniformemente, pensa-se sempre
em aspectos isolados, esquecendo-se da conexão de todos os aspectos com o ecossistema
almejado. No começo nos perdemos com o procedimento correto de filtragem, depois com o
nome das plantas, depois ainda com os testes de parâmetros da água, mas nunca pensamos
em como isso tudo junto precisa estar perfeitamente harmônico.

E para este ato de "pensar como um todo" dou o nome de "inteligência aquarística". Pode
parecer estranho de começo, mas quando começamos a conectar todos os fatores e suas
influências diretas ou indiretas perante o sistema, desenvolvemos uma inteligência capaz de por
em prática o resultado desse pensamento. É quando o aquário finalmente se estabiliza e
coincidentemente muitos produtos comprados são jogados fora, porque por falta de
conhecimento adquiriu-se, mas na verdade são ineficazes ou até mesmo maléficos.

Aqui começo a falar sobre o tema, pois um dos produtos maléficos que devem ser jogados fora
assim que é desenvolvida a "inteligência aquarística" é a ração de qualidade precária e a de
quantidade inapropriada. Aproveito para comentar sobre a distribuição inadequada dos
alimentos.

Vamos por tópicos.

1- Qualidade

Uma ração de qualidade deve ser a mais fresquinha e bem acondicionada possível, com poucos
meses desde a sua data de fabricação.
Além disso, necessária é a observação quanto à composição da ração, quanto mais natural
melhor. Evite excesso de corantes, conservantes e, por outro lado, compre sempre a com
ingredientes melhores ou que tenha uma porção de nutrientes maior.

Existem rações no mercado com uma taxa de nutrientes baixíssima e acondicionamento de


produto irregular, quiçá seja a mais "em conta" do mercado e também a mais comprada,
porque muitos clientes não têm conhecimento do que estão fazendo. O barato sai bem caro,
seus peixes terão uma qualidade/expectativa de vida menor por desenvolverem um organismo
deficiente, metabolismo desregulado e, consequentemente, estarão "abertas as portas" para
todas as doenças, fruto do insuficiente sistema imunológico.

Assim, meu conselho é que deva-se procurar rações mais completas, com todos os nutrientes
advindos de alimentos naturais, sejam vivos, sejam vegetais, sejam vitaminas. Rações de
qualidade oferecem tudo isto num só potinho, por um preço deveras mais salgado, mas que
compensará na consciência tranquila quanto à qualidade de vida oferecida à fauna e à dor de
cabeça em ter que remediar depois o problema.

Outro fator importante é não manusear a ração diretamente no pote com as mãos, procurando
sempre despejar uma quantidade na tampa do recipiente e daí despejar a quantidade correta
no aquário. É que nossas mãos, assim como pinças e outros aparatos não esterilizados, contêm
milhões de microorganismos nocivos que entrarão e se proliferarão no pote da ração. Atenção a
este cuidado para a melhor conservação do produto.

E ainda, finalizo este tópico comentando a importância da variação na alimentação. Ninguém


gosta de comer a mesma coisa por dias e dias, meses e meses, assim também não os peixes.
Procure comprar do menor pote - novamente: em relação a quantidade/consumo de peixes que
você cria - pelo menos duas rações diferentes e de boa qualidade. Sempre tem uma básica e
uma especial, seja com spirulina ou com nutrientes de casca de árvore, com tubifex, com
artêmia, com mais vegetais, com mais farelos, etc. O fato é que levando para casa duas rações
com nutrientes diferentes você dará ao peixe mais opções de nutrientes e claro, um pouco mais
de felicidade também. Aqui, como tenho tempo, todo dia é um cardápio diferente e nos fins de
semana dou os alimentos especiais, que são os vivos ou os que precisam ser oferecidos
esporadicamente, como o tubifex.
Com menos tempo disponível, pode-se adotar a dieta do "dia sim dia não" e do fim de semana.
Você adapta a alimentação ao tempo que possui.

2 - Quantidade

Ração boa é aquela que oferece o melhor em menos produto e esta é uma premissa que todos
deviam ter em mente, assim como dizem que "os melhores perfumes estão nos menores
frascos". Não porque a ração mais cara não tenha a mesma quantidade da mais barata, mas
sim, por dois motivos:
a) Se ela é mais completa oferece-se menos, mas esse assunto falarei no próximo tópico e;
b) Potes menores de ração, além de mais baratos, oferecem mais segurança aos peixes. Eu
explico: muitas bactérias se formam a partir da condição inapropriada dos alimentos, seja por
descongelamento e congelamento, resfriação e requentação, umidade, manuseio e até mesmo
pelo tempo.

Um pote de ração enorme na promoção pode ser chamativo aos olhos e ao bolso, mas lembre-
se: você não tem um lago cheio de carpas para consumir toda esta ração em pouco tempo.
Talvez esta ração dure anos dentro do armário, se levar em conta a quantidade de peixes que
você cria e a quantidade de comida que consomem (porque às vezes poucos peixes gigantes
comem muito mais que muitos peixes pequenos). Então afaste-se desta tentação e escolha o
menor pote. Assim a comida será consumida no menor tempo possível, o que ajuda a bactérias
e fungos não conseguirem se fixar a tempo, no ato do "abre e fecha" diário, conservação em
local escuro e úmido e pouco manuseio das partículas de comida no fundo do pote, local
maravilhoso para uma cultura de bactérias.

Como citei, o resfriamento e requentamento de comidas vivas também são prejudiciais, a não
ser que seja feito um choque térmico. É que é justamente aí que as bactérias adormecidas se
proliferam e quando novamente resfriadas "adormecem" e quando finalmente postas para os
peixes, se proliferam de forma a infestar o aquário de bactérias felizes e prontas para atacarem
o organismo de toda a fauna. O descongelamento, idem. Evite dar, por exemplo, artêmia
congelada que você comprou mas esqueceu no carro e ela descongelou, mas que você colocou
no congelador novamente e acha que está tudo bem. Não, não está. Assim como não se deve
fazer isso com qualquer alimento para consumo humano, também não pode fazer com a
alimentação da fauna do seu aquário, pelo mesmo motivo já comentado: proliferação
exacerbada de bactérias.

3 - Distribuição

Na hora de alimentar meus peixes, penso que são humanos em escala menor. Parece loucura,
de novo, mas pense cá comigo: uma "bicada" na ração para um peixe corresponde mais ou
menos a um sanduíche. Calma, depois de rir entenda que o ser humano memoriza as coisas
muito fácil se associadas a coisas idiotas. O que você lembra mais: a frase naquele livro difícil
dos estudos ou a frase na revista Caras (ou qualquer outra revista de fofoca que você lê por
alguns segundos na fila do supermercado ou sala de espera)? A frase da revista, não é? Então
associe assim, cada bicada = um sanduíche. Assim, alimento os meus peixes com dois
sanduíches três vezes ao dia e no fim do dia eles não sentirão fome e seus corpinhos estarão
satisfeitos.

Se você come dez sanduíches uma vez só ao dia, no fim dele você estará morrendo de fome,
ficará com dor de cabeça e até pode perder os sentidos. Aposto também nisso quanto aos meus
peixes, por isso alimento três vezes ao dia em pouca quantidade.

Não adianta dez sanduíches a cada refeição. A não ser que você seja um dragão, não conseguirá
comer isso tudo e deixará as sobras que com o tempo apodrecerão. É igual no aquário: a
comida se fixa no substrato, seja lá qual for, depreciando a qualidade da água e de vida dos
peixes. É como você ter que conviver num quarto fechado com um monte de sanduíches
putrefados ao seu redor. Um terror.

Portanto, pense bem na quantidade de alimentos ofertados ao longo do dia e principalmente


ao longo dos dias. O acúmulo é o pior inimigo do aquário e qualquer um com "inteligência
aquarística" sabe muito bem disso. Lembre-se que a comida entra e sai do peixe, portanto,
mesmo que ele tenha comido, ele não tem saneamento básico. Precisamos fazer sifonagem e
TPA's constantes para satisfazê-los e, consequentemente, satisfazermo-nos.

Em resumo, evite alimentos mal acondicionados, em potes enormes, de validade curta e de


procedência duvidosa. Crie você mesmo alimentos vivos. Mesmo com pouco tempo disponível
para o hobby, existem alimentos que exigem pouquíssimos cuidados. Pesquise, assim evitar-se-
á muita dor de cabeça com doenças e mortes "inexplicáveis".
Aproveito para comentar um dado: a maioria das doenças apontadas por novos hobbystas são
justamente fruto da péssima qualidade/quantidade de alimento ofertado e conexão com o
sistema como um todo, por não se ter formado ainda a "inteligência aquarística".

Ficou com dúvidas? Então acese: A importância da qualidade da ração para peixes.

A Turma da Faxina

 Categoria: AQUARISMO DOCE - O BÁSICO  


 Publicado: Quarta, 11 Março 2015 00:05
 Escrito por Equipe AqOL
 Acessos: 3741

Planejamos um aquário. Escolhemos seu tamanho, equipamentos, hardscape "bonitinho", fauna


a ser mantida e flora. Encaramos pacientemente (ou não) o período de ciclagem, inserimos os
habitantes e, lá pelas tantas, surgem as algas e os problemas relacionados ao acúmulo de
detritos. Pôxa, mas meu filtro é bem dimensionado, a circulação está boa e não há
superpopulação, faço o quê? Ah, põe uma equipe de "peixes de limpeza" que já resolve. E é desta
maneira e por este motivo que colocamos em nosso aquário animais que nunca estiveram
previstos na montagem, inclusive muitas vezes oferecendo-lhes um ambiente nada adequado.

"A turma da faxina" como é mais conhecida, são espécies que geralmente começam pela letra C:
cascudos (incluso otos), corydoras, camarões, caramujos e comedores de algas, habitualmente
escolhidos em função de seu regime alimentar, além da forma e locais em que se alimentam.
Sobre eles colocamos a responsabilidade de manter o aquário limpo de algas, restos de ração e
matéria vegetal morta. A ideia é esta, só que não é bem assim que a coisa funciona.

As informações à seguir são genéricas mas importantes para quem quer manter seu aquário
equilibrado e livre de algas. É indicado pesquisar especificamente sobre a espécie que deseja
manter para não ter surpresas desagradáveis depois. No mínimo evita-se o susto de descobrir
que adquiriu um peixe que, quando adulto, pode ficar quase do mesmo comprimento de seu
aquário.

Cascudos.

Dos pequenos Limpa Vidro ( Otocinclus sp., cerca de 3


cm) aos Abacaxi (Pterygoplichthys pardalis, cerca de
35 cm), passando pelo lindíssimo Zebra (Hypancistrus
zebra L046, cerca de 10 cm), todos são peixes que
pertencem à ordem Siluriformes. Somente a família
Loricariidae, por exemplo, possui seis subfamílias,
mais de setenta gêneros e cerca de seiscentas e
noventa espécies conhecidas.

São conhecidos popularmente como cascudos ou


acaris e têm como características principais corpo
revestido por fileiras de placas ósseas, primeiro raio
da nadadeira dorsal duro, boca inferior e lábios em
forma de ventosa. Possuem respiração aérea
acessória. Conforme a espécie podem ser
basicamente herbívoros, basicamente carnívoros,
onívoros, necessitando ou não consumir celulose
(raspadores de madeira). Em sua maioria são
animais pacíficos com algumas poucas espécies agressivas e territorialistas.

Na média, o tamanho que varia entre 10 cm e 40 cm e distribuem-se pela América do Sul e


Central. Vivem em ambiente lótico (águas correntes ricas em oxigênio) onde se alimentam de
microrganismos existentes no limo, algas, pequenos vermes e crustáceos.

Aliás, cascudos estão sempre se alimentando. São bons ajudantes no combate a algumas
algas, mas esta não deve ser a única opção alimentar. Comerão sobras de ração de outros
peixes, embora não seja a nutrição mais adequada. Pesquise sobre a espécie que mantém,
verifique sua necessidade alimentar, ofereça rações de qualidade, legumes, vegetais. Talvez o
bichinho conclua que a comida que você proporciona seja melhor do que raspar algas e desista
do emprego de faxineiro, mas pelo menos você terá um animal bonito e saudável em seu
aquário.

Corydoras.

Também da ordem Siluriformes,


pertencem à família Callichthyidae sendo
um de seus oito gêneros e possuindo mais
de cento e sessenta espécies descritas.
Conhecidos vulgarmente como limpa-
fundo, são caracterizados pela presença
de placas ósseas em ambos os lados do
corpo, nadadeira dorsal e nadadeiras
peitorais guarnecidas com espinhos e dois
pares de barbilhões curtos no maxilar.
Possuem respiração aérea acessória
facultativa.

Encontrados em diferentes ambientes (rios, pequenos riachos, áreas pantanosas) são onívoros
com tendências carnívoras e em seu ambiente natural alimentam-se de insetos, vermes, larvas,
peixes mortos e eventualmente vegetais. Corydoras não comem algas.

O tamanho médio varia entre 2 cm a 10 cm. São bentônicos (vivem junto ao substrato),
gregários (vivem em grupo), pacíficos, apreciam a vegetação marginal densa sob a qual se
abrigam e são mais ativos durante o dia e crepúsculo. Distribuem-se pela América do Sul e
Central.

No aquário, vale a recomendação anterior: pesquise sobre a espécie que deseja manter.
Certifique-se que seu aquário tem condições de recebê-los e se não há potenciais predadores.
Da mesma forma, atenção com alimentação: não permita que vivam apenas com as sobras dos
demais habitantes. Ofereça ração própria para eles e inclua alimentos de origem animal.
Cardápio diversificado é mais saudável.

Caramujos e camarões.

Os caramujos de aquário são moluscos


gastrópodes aquáticos que possuem
carapaça ou concha. É muito comum que
venham como clandestinos em plantas
recém-adquiridas e colocadas nos
aquários. Os mais comuns são os physas,
lymnaeas, melanóides e planorbídeos.

São onívoros, alimentam-se de algas,


restos de ração, detritos vegetais e
animais mortos. Se não controlados, com
alimentação abundante e ausência de
predadores, podem se reproduzir demasiadamente e infestar o aquário, embora isso não seja
maléfico para o ambiente ou peixes. Passam o dia sobre as folhas, no fundo, sobre os vidros,
pedras e tudo o mais que tiver algas e restos de comida. Alguns são capazes de permanecer na
superfície da água em busca de ração, na hora da refeição. Sua função de "faxineiro" deve ser
respeitada e sua saúde indica a saúde da água no aquário.

Physas, lymnaeas e planorbídeos são pulmonados e com relação a reprodução são


hermafroditas capazes de autofecundação ou fecundação cruzada. Os ovos são depositados em
uma massa gelatinosa, dentro d’água, em superfícies como o vidro, tronco, rocha e folhas.

Melanóides possuem respiração branquial e reproduzem-se por partenogênese, gerando cópias


de si mesmo sem necessidade de fecundação. São noctívagos, permanecendo enterrados no
substrato durante o dia. Não põem ovos. Ampulárias e neritinas são dioicos (sexos separados),
com fecundação interna, sendo que a ampulária deposita seus ovos fora d’água.

Finalmente, falemos dos pequenos camarões


que habitam muitos aquários e de seus hábitos
alimentares. Detritívoros, algívoros e catadores,
alimentam-se de animais mortos, plantas em
decomposição, algas, sobras de ração, biofilme.
Como bom "faxineiro", busca tanto matéria
vegetal que contribui para reforçar suas cores
quanto proteínas que auxiliam seu crescimento
e reprodução. Bom lembrar que, em longo
prazo, apenas algas não são suficientes para
sustenta-los de forma satisfatória. A maior parte deles é sensível a água de baixa qualidade e
altos níveis de nitrato. Bastante vulneráveis após a ecdise, necessitam de locais seguros para
abrigarem-se.

O maior problema dos camarões em um aquário comunitário chama-se peixes. Por estar na
base da cadeia alimentar e considerando seu pequeno tamanho (camarões recém-nascidos têm
cerca de um milímetro), a predação é inevitável. Mesmo havendo vegetação densa, troncos e
pedras que proporcionem abrigo, é comum que vivam escondidos, sob estresse, inclusive tanto
o número de fêmeas ovadas quanto a quantidade de ovos diminui. Assim, seja por predação ou
menor número de descendentes, se o aquário não oferecer uma boa ambientação, com fauna
adequada, a tendência é que os camarões desapareçam do tanque.

Comedores de Algas.

Esses peixes são outra ótima


opção para quem quer se defender
da explosão de algas no aquário e
seu gosto por algas coloca tais
Ciprinídeos no rol da “Turma da
Faxina”. Mas é preciso fornecer as
condições corretas no aquário
para a sua boa atuação. Ao
mesmo tempo, como já foi dito
acima, é fundamental estudar as
espécies que se pretende criar, ou
as que o comércio de peixes oferece, para não ter surpresas desagradáveis. A solução de um
problema pode gerar outros, para dor de cabeça de muitos criadores desavisados.

Antes de apresentar as prıncipais espécies de Comedores de Algas, vale dizer que esses peixes
são bastante exigentes quanto à qualidade de água, não comem qualquer tipo de alga e
detestam o acúmulo de matéria orgânica no aquário. No meio natural, vivem em águas de
correnteza baixa ou média, sempre no meio de pedras, cascalho fino, troncos e pedras. Além de
algas, adoram pequenos vermes, crustáceos, plantas, plâncton e até alevinos de outros peixes.
Em cativeiro, se alimentados com ração em excesso não se interessarão pelas algas.

Também não são a solução completa para a limpeza do aquário, muito pelo contrário, pois até
ajudam a sujar a água como bons ciprinídeos que são. Ainda é preciso saber que não são
adequados para aquários pequenos ou sem objetos, pedras e plantas que forneçam abrigos e
esconderijos.

Crescem entre 14 cm a 28 cm, como é o caso do Comedor de Alga Chinês ( Gyrinocheilus


aymonieri), comumente vendido nas lojas de peixes ornamentais do Brasil (nas versões comum
ou albina) a baixo preço. Apesar do nome nem mesmo são da China mas dos rios do sudoeste
asiático, Tailândia, Malásia, Vietnã, etc. Tanques acima de 200 litros e com boa filtragem,
trocas de água e boa circulação são os mais indicados para esta espécie, que pode viver sozinho
ou em grupo. A medida que cresce, o Comedor de Alga Chinês vai se desinteressando das algas
além de se tornar agressivo com outros peixes tornando-se um problema para o criador, que
não sabe o que fazer com ele. Há casos relatados de predação de peixes menores e perturbação
de maiores, sendo o Comedor de Alga Chinês adulto o vilão nos aquários quando se insere
novos peixes de pequeno porte.

Uma espécie mais eficaz e agradável para a


limpeza de algas do aquário é o Comedor de
Algas Siamês (Crossocheilus siamensis), que
além da beleza não cresce demais, 15 cm no
máximo. O bom deste peixe é que come algas
verdes, filamentosas e até petecas no início da
infestação. São dóceis, mas podem se tornar
territoriais com companheiros da mesma
espécie.

Para saber se seu comedor de alga é o


verdadeiro Siamês, basta verificar a faixa negra do corpo: ela deve ir do bico até o centro da
cauda. Se a faixa acabar na base da cauda e vier junto com uma linha mais fina de cor amarelo
ouro, o peixe deve ser outro: ou uma Raposa Voadora ( Epalzeorinchus sp.) ou um Garra ( Garra
cambodgiensis), que atingem também cerca de 15 cm e geralmente são chamados de "Falso
Comedor de Alga Siamês". São vendidos nas lojas brasileiras, embora não sejam comuns em
todas as regiões. O nome “Falso” não quer dizer que sejam peixes ruins ou feios. Também
podem ajudar muito no controle de algas, mas seu comportamento será próximo dos Lábeos.
Como estes peixes, eles não se reproduzirão no aquário, o que se consegue apenas com uso de
hormônios.

Poecilídeos e Jordanelas.
Não poderíamos deixar de citar, como
exemplos de espécies limpadoras de algas
e de sobras de comida os peixes da família
dos Poecilídeos, como os Lebistes,
Espadas, Platis e Molinésias, além de um
parente da América do Norte próximo a
eles, as Jordanelas, um ciprinídeo pouco
conhecido no Brasil.

Além de bonitos e dóceis estes peixes tanto comem as algas sobre vidros e objetos quanto
limpam o substrato de restos de comida, embora eles defequem muito e não comam sobras de
ração estragada nem plantas mortas. Vale lembrar que gostam de água levemente salobra, o
que pode ser ruim para outras espécies companheiras de aquário como cascudos, tetras e
bagres, mesmo que possam viver bem em águas totalmente doces. Não crescem muito, no
máximo 10 cm a 12 cm e se reproduzem facilmente nos tanques caseiros, o que pode se
transformar em dor de cabeça para o criador que não deseja superlotar o aquário.

Em síntese, sobre estes peixes e invertebrados habitualmente considerados como equipe da


limpeza é bom lembrarmos que:

- Não são coprófagos, ou seja: nenhum deles alimenta-se de excrementos (fezes);

- Não nos desobrigam de manutenções periódicas, como TPAs e sifonagens;

- Não nos eximem de pesquisar sobre as espécies escolhidas verificando suas necessidades
(parâmetros físico-químicos da água, esconderijos, espaço, comportamento, compatibilidade
com os companheiros do aquário, necessidade de grupo, entre outras) e se nosso aquário pode
supri-las;

- Têm o direito de receber alimentação adequada a eles (apenas aquela encontrada no aquário
pode ser insuficiente tanto em quantidade como em qualidade);

- Devem ser compatíveis com os habitantes já existentes, afinal parte da turma da faxina não
precisa correr o risco de virar lanchinho da tarde e nem de tornarem-se os vilões do tanque;

- São ótimos integrantes para a fauna de qualquer aquário de água doce, por sua alegria e
beleza e não somente por causa de sua presumida função.

Este texto é uma adaptação do tópico do Fórum AqOL "A Turma da faxina. Com todo o respeito"
criado por Solange Nalenvajko (Xica) em 04/2014.

Escrito por: Katsuzo Koike e Solange Nalenvajko

Aquário sem Plantas Naturais. É Possível?

 Categoria: AQUARISMO DOCE - O BÁSICO  


 Publicado: Quarta, 12 Fevereiro 2014 07:10
 Escrito por Katsuzo Koike
 Acessos: 5578
Muitos aquaristas não gostam de colocar plantas naturais em seus tanques, e os motivos (ou
desculpas) principais são:

a) Simples negligência, por não acharem isso importante;


b) Pressa em colocar os peixes no aquário recém montado;
c) Ignorância, por não conhecerem a biologia dos aquários, nem entenderem nada de plantas
vivas, fertilização do substrato e da água, etc.;
d) Desistência: após tentativas, as plantas sempre definharam e morreram, criando algas, os
peixes do aquário comendo tudo, etc.
e) Escolha pessoal, considerando o biótopo do tanque e as espécies de peixes escolhidas para
criar.
f) Para poupar-se de trabalho e de mais gastos com plantas ornamentais e substratos férteis,
porquanto isso nem sempre é barato;
g) Não ter onde comprar plantas vivas, pois as lojas próximas não oferecem tal artigo com
qualidade, etc. (Se bem que hoje em dia, é possível pedir materiais de aquarismo, incluindo
plantas naturais em excelente estado, pela internet, em sites muito confiáveis e eficientes).

Porém a pergunta em pauta é a seguinte:

“É possível ter um aquário com água e peixes saudáveis sem recorrer ao


uso de plantas naturais?”

A resposta, para muita


gente, é positiva, e na
internet há defensores
dessa linha, que na
montagem deseus
aquários recorrem
apenas à água, pedras,
mídias, ornamentos, e
quando muito, ao uso de
plantas de plástico. De
fato, tais materiais
podem ornamentar bem um ambiente, e as lojas de aquário oferecem vários tipos de plantas
artificiais e ornamentos, em variados modelos e preços. Outro argumento de quem não recorre
a plantas vivas está na alegação de que elas “pouco influenciam” na vida do sistema, sendo
apenas uma questão “de charme e estética” ao ambiente.

Bem, não discutirei aqui os importantes papéis das plantas vivas em nossos tanques, pois isso já
tem sido muito bem explicado em outros locais, estando mais que provado que a presença de
flora traz muitos benefícios ao aquário.

Um dos grandes objetivos do aquarismo, além do impacto paisagístico-ornamental da


atividade, está em alcançar o equilíbrio biológico do sistema onde é feita a criação de peixes e
outros seres aquáticos. É isso que garante que esses seres se desenvolvam da melhor forma
possível, permanecendo adequadamente condicionados e mantidos. A título de comparação,
voltando à pergunta acima, sugiro duas questões:

“É possível um bairro ou mesmo uma cidade sem arborização?”

“Podemos viver sem alimentação de vegetais frescos, frutas e legumes?”


Claro que sim. Mas certamente, nesses casos, a qualidade de vida estará bastante prejudicada.
É isso mais ou menos o que acontece no aquário sem plantas naturais. Além do mais, ninguém
de bom senso gostaria de visitar um jardim todo de plástico, não é mesmo? Atualmente, a
presença de parques e reservas verdes em certos bairros e localidades tem valorizado muitos
imóveis em nossas cidades.

Um dos grandes aquaristas franceses, Henri Favré, defende que plantas vivas são
imprescindíveis para o bom andamento do aquário. Primeiro, porque segundo ele, um aquário
sem plantas perde cerca de 50% de chance de se estabilizar biologicamente (El Acuario, 1971,
p.144). Aqui, o equilíbrio sendo precário, o aquário necessitará constantemente da intervenção
do criador, com uso de químicos para controlar os parâmetros da água: seja porque o pH e o
DH não estabilizam, a amônia e nitritos também não caem, há pouco oxigênio na água, os
peixes estão mal, e assim por diante. Para Favré ( op. cit., p.77), “as necessidades das plantas
correspondem às necessidades dos peixes”, ocorrendo uma troca benéfica entre os seres e o
meio.

Em um aquário bem
plantado, de excelente
água, totalmente ciclado
e aclimatado,
dificilmente ocorrerão
problemas graves. As
plantas não servem
apenas para a troca de
gases (oxigênio e gás
carbônico) na água, mas
também elas se nutrem
dos dejetos dos peixes,
ajudando a manter a
qualidade da água. O
desequilíbrio biológico
leva à recorrência de
algas indesejadas, como as negras, as azuis, as filamentosas e outras, fora o perigo da água
degenerar ou ficar verde. Claro, há como reproduzir em aquário diversos biótopos de peixes
onde a ausência de plantas seja uma marca, de modo muito bem sucedido: aquários de água
salobra, para Jordanis, Gobis e outros nem precisam de plantas, como em meios estuarinos ou
de manguezal, que também não precisam. Muitas plantas não suportam tanques amazônicos
de água escura, de muita madeira e folhas, e seus peixes podem viver bem (ex: Neons e outros
tetras). Outro exemplo: ciclídeos africanos não vivem naturalmente em meios plantados, no seu
habitat natural, e sim no meio de pedras e areia; mas imagine um criador que compra peixes
herbívoros e em seu aquário apenas possui rochas? Estresse na certa para os peixes. Vale
lembrar que mesmo nesses casos de peixes que vivem bem sem plantas, ocorre deles
precisarem achar vegetação na hora de sua reprodução.

Por fim, segundo o exposto acima, não queremos dizer que nenhum aquário plantado vá passar
por problemas. As TPAs constantes, a alimentação bem dosada, a fauna bem escolhida e em
número razoável para o volume do tanque, uma boa filtragem e circulação, bem como uma
iluminação adequada serão fatores constantes e cruciais para o bom andamento de qualquer
aquário, seja ele com ou sem plantas naturais.
Ciclagem.

 Categoria: AQUARISMO DOCE - O BÁSICO  


 Publicado: Terça, 19 Outubro 2010 01:00
 Escrito por Rafael Senfft
 Acessos: 52089

Todos nós já ouvimos falar sobre a importância da ciclagem para o correto equilíbrio do
ecossistema de um aquário recém-montado. Porém muitos de nós, principalmente os mais
iniciantes, não sabem exatamente como realizar o passo-a-passo desse processo. Neste artigo
será demonstrado como deve ser feita a ciclagem de maneira correta.

A CICLAGEM

A ciclagem nada mais é do que a colonização de bactérias nitrificantes benéficas que são
responsáveis pela transformação da amônia e nitritos presentes na água. Para maiores
informações sobre a amônia, nitrito e outros componentes leia Nitrogênio, Bactérias e Ciclagem .

Imagine que um aquário recém montado não possui colônia de bactérias nitrificantes, portanto,
qualquer nível de amônia, seja gerada por restos de alimentos, ou fezes dos peixes, poderá ter
um impacto muito maior ao equilíbrio do meio.

A CICLAGEM COM PEIXES

Muitos aquaristas, mesmo nos dias de hoje, utilizam um método de ciclagem chamado de
"ciclagem com peixes", que nada mais é do que realizar esta etapa inicial da criação de colônias
de bactérias através dos excrementos liberados pelos próprios peixes, chamados muitas vezes
de “peixes cicladores”. Mas Como funciona isso?

Ao serem introduzidos em um ambiente novo, os peixes irão lançar uma carga orgânica na
água do aquário, restos de alimentos etc, forçando a criação das colônias de bactérias, seja nos
filtros ou no substrato ou decorações. Porém, durante todo o processo, os peixes estarão diante
de uma situação extremamente incômoda e perigosa, devido ao alto teor de amônia e nitrito
que estarão presentes na água, capaz de intoxicar seu sistema respiratório, levando-os à morte
rapidamente. Até que a ciclagem esteja finalizada, é correto dizer que os peixes estarão
sofrendo nesse ambiente, mesmo que, aparentemente, estejam ativos e se alimentando
adequadamente. Por isso é comum a utilização de peixes mais resistentes e baratos, como é o
caso dos platis, espadas ou molinésias, como “peixes cicladores”. Este processo de "sofrimento"
costuma durar cerca de 30 a 40 dias.

A CICLAGEM SEM PEIXES

Trata-se de um processo de ciclagem que seria o "politicamente correto", e amplamente


utilizado por aquaristas de todo o mundo, conhecido como "ciclagem sem peixes". Neste
processo, o incentivo à produção de amônia é fundamental, antes da inserção da fauna
pretendida. É este tipo de ciclagem que será abordada neste artigo.
"Se eu deixar o aquário funcionando durante 30 dias sem fauna, ele estará ciclado?"

Essa pergunta é muito comum, já que a média de tempo utilizado para a ciclagem é algo
aproximado a 30 dias. Contudo, deve-se levar em consideração as etapas do ciclo nitrificante
(amônia -> nitrito -> nitrato) para que se tenha certeza de que a ciclagem foi concluída.

1° etapa: Produção da amônia (NH3/NH4)

Primeiramente deve-se incentivar a criação de amônia no


aquário, e somente quando há amônia em quantidade
significativa é que esta primeira etapa do ciclo se inicia.
Caso o aquarista simplesmente deixe o aquário
funcionando sem adição de alguma fonte de amônia, esta
etapa poderá ser muito lenta já que a única fonte de
amônia é a que vem da água utilizada, e a decomposição
da matéria orgânica presente no cascalho, mesmo após
sua lavagem. Por isso é comum vermos aquaristas dizendo
que montaram o aquário há 20 dias e tanto os valores de
amônia quanto de nitrito se mantém em 0 ppm.

2° etapa: Transformação da amônia (NH3) em nitrito


(NO2)

Com as colônias de bactérias que consomem amônia já em número significativo, será necessário
manter essas colônias vivas, utilizando-se de uma boa oxigenação (que é conseguida com o
próprio uso do filtro do aquário) e aplicações periódicas de fontes de amônia. Com isso irão
surgir as primeiras bactérias que consomem o nitrito (NO2), produto final do consumo da
amônia pelas bactérias iniciais.

3° etapa: Transformação do nitrito (NO2) em nitrato (NO3)

Finalmente as colônias de bactérias estarão bem populadas para consumir a amônia


(NH3/NH4) que será transformada em nitrito (NO2) em quantidade significativa, para ser
consumido e transformado em nitrato (NO3); Uma substância não tão tóxica aos peixes, e uma
boa fonte de nitrogênio para as plantas (e algas!).

Passo-a-passo da ciclagem sem peixes

Material a ser utilizado no processo: Amoníaco puro (vendido em farmácias), conta-gotas e


testes de amônia e nitrito (encontrados em lojas de aquarismo).

Obs: Existem outras formas de produzir amônia no aquário além do uso de amoníaco, como é o
caso da adição de ração para peixes, restos de plantas mortas, etc, mas existem dois
inconvenientes nestes casos, que é a sujeira que irá se formar no substrato, e a demora para
que a amônia seja gerada, já que adicionando amoníaco estamos adicionando o material final.
Adicionando ração, esta ainda deverá passar pelo processo de degeneração até que se
transforme em amônia.

Passo 0: Encher o aquário de água sem cloro, contabilizando o total de litros reais
(descontando-se substrato, decorações e outros fatores). Deixar os filtros em funcionamento em
regime 24x7 (sempre ativos).

Passo 1: Adicionar 1/2 gota de amoníaco por litro de água do aquário (ex: 35 gotas para um
aquário de 70 litros reais). Faça um teste de amônia após 15 minutos, que deve marcar de 2,5 a
5 ppm de amônia. Caso não tenha atingido esta marca, aplique mais uma dose de amoníaco e
refaça o teste. Caso ultrapasse esta marca, não se preocupe, pois não há habitantes no
aquário. Por esse motivo, o passo 1 deve ser realizado sem a fauna desejada, apesar do
aquário estar todo já montado, com plantas e decorações inclusive.

Passo 2: Dois dias após ter realizado o passo 1, faça um teste de amônia e nitrito. A amônia
possivelmente ainda estará na mesma marca que no passo anterior, e o nitrito estará em 0
ppm.

Passo 3: De dois em dois dias deve-se fazer um teste de amônia para verificar se a mesma está
diminuindo. Sempre que ela atingir valores inferiores a 2,0 ppm, deve-se acrescentar a metade
de gotas de amoníaco utilizado inicialmente (ex: para um aquário de 70 litros reais, aplicar
cerca de 17 gotas). Isso quer dizer que a primeira etapa da ciclagem já está bem avançada.

Passo 4: Aproximadamente 5 dias após verificar que a amônia está diminuinfo, deve-se fazer
um teste de nitrito, que provavelmente estará batendo um pico de + ou – 2,0 ppm. Isso quer
dizer que a primeira etapa da ciclagem chegou ao fim, e a segunda já se iniciou.

Passo 5: Deve-se verificar a amônia e o nitrito a cada 2 dias, sempre adicionando porções
pequenas de amoníaco na água do aquário, para manter o "alimento" das bactérias. Assim que
os valores do teste de nitrito estiverem diminuindo, significa que a etapa 2 chegou ao fim, e a
etapa final já está em andamento.

Passo 6: Ter paciência. Dentro de pouco menos de 15 dias os valores de nitrito estarão em 0
ppm novamente. Desta forma deve-se realizar uma TPA (Troca Parcial de Água) de 50% e
introduzir a quantidade inicial de amoníaco (ex: 35 gotas para um aquário de 70 litros reais), e
esta amônia introduzida deve chegar a 0 ppm em até 24 horas. Se isso ocorrer a ciclagem
chegou ao fim, e os primeiros peixes podem ser introduzidos. Caso contrário, deve-se aguardar
mais alguns dias até que toda a colônia de bactérias esteja populada.

FATORES QUE PODEM ACELERAR O PROCESSO DE CICLAGEM

Aceleradores de Biologia

Há no mercado diversos produtos que ajudam na criação


das colônias de bactérias durante a ciclagem. Muitos
aquaristas já notaram realmente uma evolução nas etapas
devido ao uso destes produtos, mas é bom acompanhar os
resultados com testes antes de dar a ciclagem como
concluida. Deve-se seguir o processo todo, passo a passo,
até que os testes estejam de acordo com o esperado.

Utilização de matéria ciclada

Existem outras técnicas utilizadas para acelerar a biologia nos aquários novos. Uma delas é a
utilização de mídias biológicas (anéis de cerâmicas, placas ou esponjas) de um aquário que já
estava ciclado. Outra forma também é a utilização da água de aquários cujo ciclo do nitrogênio
(ciclagem) já foi concluído. Vale ressaltar aqui também que somente estas técnicas não farão
com que a ciclagem já esteja concluída. Deve-se observar todos os passos do processo até que
os níveis de nitrito e amônia estejam zerados.

Temperatura
Quanto maior a temperatura mais rápida será a ciclagem, portanto é indicado manter entre
29oC e 30 oC, inicialmente. Vale lembrar que a oxigenação é um fator necessário, e deve ter uma
atenção dedicada, já que as bactérias que queremos são aeróbicas e necessitam de boa
quantidade de oxigênio dissolvido. Isso é importante porque quanto maior a temperatura,
menor é a quantidade de oxigênio disponível.

TPAs (Trocas Parciais de Água)

Não é indicado realizar TPAs durante o processo, pois devido à renovação da água, muitas
bactérias podem ser perdidas. Diz-se que TPAs retardam o processo, mas ainda assim podem
ser feitas caso haja necessidade.

Como Escolher um Peixe Saudável!

 Categoria: AQUARISMO DOCE - O BÁSICO  


 Publicado: Quarta, 31 Agosto 2011 09:10
 Escrito por Mateus Camboim
 Acessos: 8981

A hora de irmos às lojas de aquarismo comprar os peixes é, sem sombra de dúvidas, a mais
excitante. Depois de meses planejando o aquário, comprando os equipamentos, montando-o
perfeitamente e esperando ciclar é a vez de adquirirmos os protagonistas que tanto alvejamos.

Porém algumas vezes, seja por descuido ou distração, seja por negligência ou falta de
conhecimento, acabamos por comprar peixes que estão contaminados com alguma
enfermidade, logo o caos acontece: aquele peixinho que estava doente contamina todos os
outros que estavam saudáveis e as mortes começam, algumas vezes dizimando toda a
população do aquário. Isso acaba desmotivando e até afastando os mais entusiastas desse
incrível hobby.

Mas é mais fácil do que se costuma imaginar evitar esses tipos terríveis de problemas, tomando
medidas preventivas simples e fáceis. Qualquer um é capaz de tomá-las e caso se tornassem
regras obrigatórias, o número de desastres no aquarismo seria reduzido no mínimo em 50%.
Essas medidas aplicam-se tanto para aquários que já possuem peixes quanto para os ainda
não populados.

A primeira trata-se de um conjunto de pequenas observações a serem feitas visualmente e a


segunda da obtenção de um aquário quarentena. Essas duas medidas juntas formam uma
barreira 98% segura, confiável e fácil.

Para facilitar ainda mais o entendimento, as medidas foram organizadas em vários pontos
separados e bem claros:
- Observe sempre muito bem os peixes nas
baterias de aquários de exposição, fique atento
e não deixe os detalhes para trás, eles fazem
diferença no final. Ao lado: Você identificaria o
contaminação por íctio se não observasse os
peixes com bastante cuidado?

- Se você já sabe a espécie de peixe que deseja


comprar, vá até o aquário e observe todos os
peixes nele contidos, mesmo que não sejam a
espécie pretendida, procure por peixes ativos, coloridos, com as nadadeiras abertas, escamas
brilhantes, pele lisa, respiração e comportamento normal;

- Não compre os peixes se eles estiverem com pontos brancos espalhados pelo corpo, manchas
brancas, tufos brancos como algodão, feridas/machucados/tufos na boca ou no corpo,
nadadeiras roídas, faltando escamas, pequenos vasos sanguíneos dilatados tanto pelo corpo
como pelas nadadeiras, com ânus inchado;

- Não compre o peixe se ele estiver se comportando de forma diferente do habitual, se estiver
isolado do grupo e escondido, se estiver com a barriga para dentro (em forma de arco), se
estiver com a respiração ofegante (o peixe está sempre na superfície), o peixe estar de barriga
para cima ou com ela muito inchada, acima do normal;

- Não compre o peixe logo que o lojista o trazer do atacadista, espere uns 2 a 3 dias, pois o
estresse da viagem pode disfarçar assim como pode criar algum sintoma que não existe;

- Uma dica útil é antes de comprar os peixes pedir para o lojista alimentá-los, você consegue
descobrir duas coisas importantes de uma só vez: se o peixe não se alimentar pode estar certo
de que tem algum problema e se o peixe realmente está comendo a ração (é comum os lojistas
indicarem um alimento diferente do habitual, logo quando chega em casa os peixes
simplesmente não comem) pois algumas espécies só comem alimentos vivos, por exemplo;

- Confira a presença de sistema de filtragem, seja individual por aquário ou um grande filtro
para a bateria inteira. A exposição mesmo que temporária a amônia, nitrito e nitrato pode
enfraquecer os peixes, deixando-os suscetíveis à doenças. Termostato com uma temperatura
regulada e fixa também é muito importante;

- Observe se os aquários são separados por vidros ou por apenas telas furadas, que permitem
que a mesma água circule diretamente por todos os aquários. Isso é muito arriscado porque se
um adoecer pode transmitir sua moléstia para todos os outros peixes, por estarem em contato
com a mesma água;

- Mesmo que o lojista recomendar, não aplique fungicidas, bactericidas ou parasiticidas na


água dos seus peixes, nem como medida preventiva . Isso é muitíssimo perigoso pois pode
intoxicar seus animais e também até matá-los;
- Mantenha sempre que possível um
aquário extra que sirva de quarentena,
ele não precisa ser muito grande e deve
conter sistema de filtragem com perlon e
mídias biológicas. Não coloque carvão
ativado ou purigem, pois podem absorver
possíveis medicamentos. Sempre que
comprar um peixe novo, deixe-o neste
aquário por um período de 40 até 60
dias, pois existem muitas doenças que só
se manifestam após muito tempo do
peixe contaminado. E faça isso mesmo
que seguido os passos anteriores.

Tenha sempre um aquário de quarentena. E ainda é possível transformar esse aquário em


hospital, caso algum peixe ainda assim fique doente; em maternidade, caso algum peixe venha
a se reproduzir e em depósito de água emergencial caso precise fazer uma TPA urgente ou caso
o aquário quebre, por exemplo.

Assimile essas dicas e passe a usá-las no seu dia-a-dia. Isso garantirá um aquário equilibrado
e estável, com peixes saudáveis que viverão por muitos e muitos anos, dando a seus criadores
inúmeras alegrias.

Um último recado: lembrem-se sempre, é muito melhor prevenir do que ter que remediar.

Comportamentos Estranhos dos Peixes de


Aquário.

 Categoria: AQUARISMO DOCE - O BÁSICO  


 Publicado: Quarta, 22 Julho 2015 00:05
 Escrito por Katsuzo Koike
 Acessos: 3553

Todo aquarista consciente deseja que seu aquário tenha uma vida saudável, pelo menos na
medida do possível. Uma ambientação adequada somada a boa convivência entre as espécies
do aquário é capaz de promover as lindas imagens que tanto alegram os amigos hobbistas. No
entanto, o que se nota nos fóruns e sites de aquarismo é a falta de compreensão ou experiência
de alguns criadores em reconhecer ou “ler” no comportamento de seus peixes alguns problemas
que aparentemente não tinham motivo para ocorrer, mas que de repente começam a acontecer.
Peixes parados demais, um nado irregular, agitação ou agressividade, além de outras
mudanças inesperadas de comportamento podem constituir sinais indicadores de problemas no
aquário.

Certo que cada espécie tem uma forma de se comportar no aquário em seus padrões típicos.
Sabemos da importância de conhecer as formas naturais de cada espécie agir ao nadar, ao se
alimentar, ao se esconder, ao conviver com outros peixes. Esse saber é conquistado com o
decorrer do tempo, observando determinada espécie em sua vida cotidiana. Mas o que
proponho discutir neste artigo são os comportamentos estranhos dos peixes, desde sua
chegada ao aquário, na fase de adaptação ao novo lar, até a época em que surge algum
problema como uma doença ou mesmo quando fatores diversos no ambiente alteraram a sua
postura no tanque. Reconhecer algumas posturas e comportamentos estranhos nos peixes que
criamos pode ajudar a tomarmos as medidas mais adequadas para tentar resolver as
questões.

Ocorre que nem toda postura “estranha” (na nossa ótica) é sinal de distúrbio. Não se pode
reclamar que suas piranhas estejam muito agressivas. Um amigo reclamava que seu cascudo
limpa-vidro quase não saía do lugar e por isso estaria doente. Assim, ele mexia no peixe com
uma redinha, para ele se “movimentar”. Mal sabia que repetindo isso várias vezes por dia
estava a estressar o pobre coitado. Outros não sabem que as bótias, com certa freqüência,
parecem deitar no fundo do tanque e que tal comportamento não é anormal. O Chalceus finge-
se de morto sob grande ameaça. Já vi quem questionasse por que seu peixe betta passava
horas na mesma posição no tanque. Ora, quem não sabe que bettas não são peixes ativos?

Outro colega, após comprar uma bótia modesta, achou ruim que ela quase não aparecesse no
aquário, já que ficava sempre dentro de uma pedra marinha que ele tinha. Terminou por retirar
a toca, deixando o peixe tão estressado que ele acabou saltando fora do tanque por uma
pequena fresta. Isso poderia acontecer com um lábeo frenatus também. Cito outro caso
engraçado. Um criador dizia que seus peixes mudaram de atitude de repente, estavam quietos
demais e tal... depois relatou o pequeno detalhe: há uma semana havia colocado um Oscar
albino de quinze centímetros dentro do tanque!

Portanto, analisaremos aqui certos comportamentos de distúrbio em que os peixes demonstram


uma situação crítica, estressante ou doentia, que em geral são recorrentes em muitos aquários.

Isolamento, peixe parado em um canto. Peixes que se isolam e não se mexem, se isso não
for natural para a espécie, apresentam problemas. Em geral ficam parados, ofegantes, murchos
e sem coloração viva. É normal que um animal recém colocado em um aquário muito novo (às
vezes até sem tempo de ciclagem) fique em um canto parado e sem cor. É preciso acompanhar
os parâmetros da água do tanque e sempre observar o peixe, para ver se ele muda de postura.

Por exemplo: um peixe tropical em água muito fria, tipo 18 graus ou menos, tende a se
movimentar menos. A inanição é comumente causada por presença de estresse, devido a
grandes alterações de ambiente e água, como no caso do pH, ou por problemas de presença de
cloro, pouca oxigenação e muito nitrito e amônia na água. Também a falta de tocas, para as
espécies que gostam de se esconder ou falta de companhia da mesma espécie, quando esta é de
cardume, e até deficiência alimentar. Para ilustrar, não se aconselha comprar apenas um barbo
ouro, pois este tenderá a ficar escondido, parado. O que ainda pode gerar tal comportamento é
a presença de peixes hostis ou territoriais, que terminam constrangendo os de outras espécies a
ficarem encolhidos em um canto.

Nado irregular. Alguns peixes, por natureza, possuem um nado estranho, como os Kinguios
telescópios. Mas até esses peixes podem apresentar comportamentos irregulares, por exemplo,
quando nada de cabeça para baixo ou sempre de lado. Já a posição de ponta-cabeça é normal
para o Chilodus punctatus. Nado irregular é geralmente resultado de alguma doença
bacteriana ou mesmo pela falta de nadadeiras, perdidas por doença ou por ataques de outros
peixes, que geraram ferimentos. Um tipo comum de nado irregular é quando o peixe faz
movimentos de "parafuso", girando em torno de si mesmo. Isso indica alguma doença grave,
virótica, bacteriana ou outra em estado avançado, geralmente já tendo atingido o sistema
nervoso do peixe. Dificilmente este peixe vai se recuperar, forçando o criador a pensar em
algum tipo de eutanásia, infelizmente.

Sugando ar na superfície d´água. Ora, às vezes é normal que certas espécies, como
molinésias, espadas, lebistes, kinguios e bettas fiquem assim, pelo menos na hora da refeição,
quando a ração fica boiando na superfície. Peixes como as agulhinhas também vivem na
superfície. Mas em geral, pode ocorrer que os peixes estejam assim porque o oxigênio do tanque
esteja quase no final e a qualidade da água esteja péssima. A tendência é virem a morrer em
poucas horas. Por isso, o melhor nesse caso seja retirar os habitantes para outro ambiente mais
equilibrado ou tentar uma troca parcial, de emergência, mas com água descansada de alguns
dias. A situação complica para quem, por inexperiência ou falta de espaço e possuindo apenas
um aquário em casa, é acometido por uma emergência fora de hora: as perdas serão
inevitáveis. Colocar os peixes em água que sai direto da torneira é morte certa, como sabemos.
É bom manter sempre outro tanque, pouco habitado e bem equilibrado, para certas
emergências no aquário principal. Pode levar meses, mas um belo dia o criador vai precisar
muito dele.

Peixe “se coçando” em pedras,


substrato, plantas e vidro. Também é
outro comportamento recorrente, irritando
os peixes, sobretudo provocado por
doenças parasitárias que atacam ao longo
do corpo ou nas guelras. O íctio é uma das
moléstias que causam esse
comportamento, de grande incômodo para
os peixes. E não é preciso nem que os
pontos brancos estejam visíveis para o
peixe estar com a doença. É preciso iniciar
logo algum tratamento, para evitar uma infestação maior. Fungos e até presença de cloro na
água podem levar os habitantes do aquário a se esfregarem nos objetos e plantas, como ainda
os vermes lérnea (na verdade um crustáceo), que também geram coceira e irritação nos peixes.

Peixe esfregando o bico no vidro, freneticamente. Muitas vezes, um peixe que mudou de um
ambiente maior e vai para um bem menor pode tomar essa atitude. Já vi casos de peixes
criados em grandes viveiros (tipo lagos) ou que coletados na natureza, ao passarem para
aquário, estranhar ver sua imagem no vidro. Há quem diga que um excesso de oxigenação na
água pode gerar certa excitação e o peixe fica como que querendo “furar” o vidro do aquário. Se
diminuir as borbulhas do filtro ou da bomba, esse comportamento pode acalmar.
Respiração alterada, como ofegante.
Este é outro sintoma de doença, estresse
ou má qualidade da água. Peixes ficam
muito agitados na hora de captura. É
normal, por causa da “canseira” que
sofrem. Luz muito forte ou grande
claridade incidindo sobre espécies que
gostam de locais sombrios, tendem
também a gerar essa postura estressante
por exemplo em cascudos em geral,
lábeos, dojôs, peixes albinos, entre outros.
É preciso estudar cada espécie, para
deixá-la o mais confortável possível no tanque. A falta de oxigenação é outro fator de
respiração alterada. Mas o pior são as doenças (íctio, oodinium, etc) que deixam os peixes não
apenas ofegantes, mas também sem querer comer, no fundo ou na superfície do tanque. Busque
o tratamento certo, para a situação não piorar.

Por fim, reafirmo que a experiência com peixes de aquário nos ensina a detectar os mais
variados problemas, apenas basta ter atenção redobrada com eles. Lembre-se que cada
espécie tem suas formas de reagir ao que acontece a sua volta. Por isso, fique atento ao
comportamento de seus peixes.

Dicas para Popular o Aquário

 Categoria: AQUARISMO DOCE - O BÁSICO  


 Publicado: Quinta, 11 Maio 2006 06:58
 Escrito por Magáli Otaki
 Acessos: 52774

Ultimamente tenho percebido um crescente número de novos aquaristas relatando problemas


em seus aquários como mortes e/ou doenças, algas em excesso, amônia alta, etc. Após
descrição detalhada do aquário percebemos que a maior causa é a população em excesso, ou
seja, peixes demais ou grandes para aquário pequeno, mistura de peixes com necessidades
diferentes e por aí vai...

Precisamos entender que um aquário é diferente de rios ou lagos onde há um grande volume de
água circulando. Trata-se apenas de uma “caixa” de vidro com pequeno volume de água e que
necessita de permanente vigilância através de testes específicos e observação, alimentação
controlada e adequada à espécie e população moderada.
Por esse motivo deve-se dar especial atenção ao sistema de filtragem para reduzir o risco de
acúmulo de matéria orgânica e propiciar uma boa circulação facilitando as trocas gasosas e
oxigenação do meio. Pois mesmo respeitando a quantidade máxima exigida pelas espécies em
cada aquário, o sistema pode entrar em colapso ocasionando os problemas citados acima.

A pergunta que não quer calar: Que peixes eu coloco?

Antes de sair por aí comprando todos os peixinhos que acha bonitinho pesquise um pouco. Há
diversos sites e fóruns com informações sobre espécies e dicas importantes. Se não encontrar
respostas satisfatórias, pergunte! A primeira coisa a fazer é escolher o tamanho do aquário que
melhor se encaixa no seu orçamento. Mas tenha em mente que tanques maiores são mais
estáveis, pois os parâmetros da água se tornarão menos propensos a grandes variações em
volumes maiores.

Escolhido e montado o aquário é hora de habitá-lo. Existem muitas regras e mitos sobre isso,
porém é melhor seguir uma linha de pensamento do que fazer por experimento e isso muita
gente sabe que não dá certo (uma das grandes causas de desistência do aquarismo se deve ao
fator decepção – morrem peixes, o sistema se torna incontrolável – e os mais afoitos optam por
desmontar tudo).

Mas e daí?

Pelo que tenho observado, a grande maioria de novos aquaristas tende a optar por aquários
com volumes entre 40~70 litros. Com esse volume é possível ter peixes saudáveis e por um
longo período. Mas para isso precisa escolher espécies compatíveis ao tamanho do aquário.
Geralmente se recomenda peixes pequenos – isso é evidente. Um cálculo muito empregado é a
regrinha de 1 cm de peixe (adulto) para cada litro de água.
Para peixes maiores o cálculo é diferenciado e tanto pode ser necessário um aquário de 100
litros para apenas um exemplar, como um de 500 litros para outro.
Dá certo?
Sim, pode ser uma boa maneira de começar. Mas isso não quer dizer que não se pode colocar
um ou dois peixes além do estipulado. A população máxima varia de aquário para aquário
apesar de mesmo volume.

Entre os fatores que propiciam burlar as recomendações estão:

Trocas parciais de água regulares e retirada de detritos (restos de ração, excrementos,


folhas mortas de plantas);
Plantas naturais e saudáveis;
Filtragem bem dimensionada (vazão de acordo com o tamanho do aquário, limpeza
periódica, troca de refis, filtragem biológica e mecânica)

Em contrapartida, fatores que reduzem as chances são:

Trocas de água e sifonagem pouco freqüentes;


Sem plantas naturais ou não saudáveis;
Filtragem deficiente e péssima manutenção do filtro.

Sobre o FBF – filtro biológico de fundo, aquele das placas pretas! – Ele pode até funcionar, só
faz filtragem biológica, mas em um sistema abarrotado de peixes e com manutenção precária
isso se torna perigoso a curto prazo. Além disso, há um acúmulo de detritos sob o substrato, no
meio das placas e, mesmo a água parecendo cristalina, a sujeira continua em contato com a
água, com as bactérias saprófitas transformando essa matéria orgânica em amônia, que fica
circulando na água, juntamente com nitritos e nitratos em uma escala sempre crescente.
Por isso, a recomendação é sempre para filtros externos, mais modernos e eficientes.

Quantos peixes posso colocar de cada espécie?


Assim como nós os peixes são sociáveis, isto é, vivem em grandes cardumes na natureza. Peixes
de cardumes estarão muito mais a vontade se os companheiros forem da mesma espécie.

Por isso, resista aos apelos do coração na hora que avistar aquele peixinho sozinho, no fundo
de uma bateria, em uma loja qualquer.

Evite ao máximo povoar o aquário com 1 Paulistinha ( Brachydanio rerio), 1 Neon (Paracheirodon
innesi), 1 Kinguio ( Carassius auratus), 2 Barbos Sumatra ( Capoeta tetrazona), 1 Plati
(Xiphophorus maculatus). Isso causará tristeza no indivíduo, apatia e/ou agressividade em
alguns, futuras doenças sem motivo aparente.
Ainda sobre esses exemplos eu diria que a “mistura” não é indicada por incompatibilidade entre
espécies. Kinguios são peixes de água fria, pH levemente alcalino, grandes e que necessitam um
ambiente próprio a eles e somente eles. Neons, peixes de água quente, pH ácido, que sentem
maior proteção vivendo em cardume. Barbo Sumatra e Paulistinha, peixes asiáticos, de pH
levemente ácido, requerem cuidados como todo e qualquer peixe. Apesar da fama do
Paulistinha de ser “peixe ciclador” ele também é suscetível a variações bruscas e/ou fora dos
parâmetros exigidos. Já o Barbo Sumatra pode facilmente se tornar mais agressivo se colocado
em grupo muito pequeno ou sozinho e com peixes de longas e chamativas caudas como
Kinguios, por exemplo.
O Plati é peixe de água levemente alcalina, pacífico e muito prolífero (aquários adequados
podem ficar lotados em poucos meses) também deve ser mantido nos parâmetros adequados à
espécie.

É muito mais saudável um cardume mostrando sua beleza e comportamento natural do que se
fazer as seguintes perguntas mais adiante:

- Mas porque esse peixe fica escondido atrás das plantas, nas tocas?
- E aquele outro sempre agressivo, machucando os demais?

Um mínimo de 5~6 exemplares de uma mesma espécie forma um bom cardume para peixes que
nadam pelo meio do aquário e 3~4 para peixes de fundo (Corydoras sp., por exemplo). Mas se o
tamanho do tanque permitir esse número pode aumentar significativamente. Ainda há outros
pontos a serem discutidos, mas isso fica para uma outra conversa.
Colaboração:
Ricardo Fuji

{moscomment}

Eutanásia em Peixes Ornamentais.

 Categoria: AQUARISMO DOCE - O BÁSICO  


 Publicado: Terça, 10 Julho 2012 07:10
 Escrito por Thiago Rodrigues
 Acessos: 7139

Com certeza a eutanásia ainda é um tabu, não só em seres vivos mas também em animais. Aqui
no Brasil o assunto é mais atrasado ainda. A Europa está anos luz a nossa frente quando o
assunto é biodireito e bioética.

Apenas para dar um exemplo, enquanto aqui discutimos a legalização do aborto, na Alemanha
e na Europa já se discute a obrigação de abortar, existindo inclusive ações judiciais de filhos
com sérios problemas de formação contra médicos e pais que não o abortaram e o deixaram ter
uma vida miserável e difícil. Mas vamos nos restringir ao aquarismo.

Infelizmente, assim como qualquer ser vivo, por melhores condições que tenham no aquário,
peixes adoecem. Isso faz parte do ciclo da vida. Alguns se curam e outros não, vindo a morrer.
No entanto, às vezes, esse tempo entre o estado terminal e a morte se prolonga, tornando-se
extremamente sofrido e doloroso. É nesta hora que a eutanásia ganha espaço, sugerindo que a
morte seja provocada.

O termo eutanásia vem do grego e quer dizer, em uma tradução literal, morte boa. Contudo, de
acordo com a medicina, eutanásia é a morte humanitária executada por meio de um método
que produza rápida inconsciência, levando a uma morte sem evidências de dor ou agonia.

O artigo 2º da Resolução nº 714 do Conselho Federal de Medicina Veterinária traz que:

A eutanásia deve ser indicada quando o bem-estar do animal estiver ameaçado, sendo um meio
de eliminar a dor, o distresse ou o sofrimento dos animais, os quais não podem ser aliviados por
meio de analgésicos, de sedativos ou de outros tratamentos, ou, ainda, quando o animal
constituir ameaça à saúde pública ou animal, ou for objeto de ensino ou pesquisa.

Os métodos de eutanásia se dividem em métodos químicos e físicos.

Químicos são os métodos que utilizam substâncias químicas que imediatamente provoquem a
inconsciência e a morte do animal. Já os métodos físicos causam a imediata inconsciência e
morte através de trauma físico cerebral. Os métodos físicos se subdividem em físicos
propriamente ditos e mecânicos.

O veterinário M. E. Fontes, em artigo escrito para a Revista Portuguesa de Ciência Veterinária,


traz que os melhores métodos para efetuar a eutanásia em animais devem seguir os seguintes
parâmetros: rapidez, nível de experiência do operador, eficácia, segurança para o operador e
valorização estética.

Passadas estas considerações iniciais, vamos falar um pouco sobre os métodos de eutanásia
especificamente.

O artigo 14 da já citada Resolução nº 714, do CFMV, traz os métodos inaceitáveis, que são:

I - Embolia Gasosa;
II - Traumatismo Craniano;
III - Incineração in vivo;
IV - Hidrato de Cloral (para pequenos animais) ;
V - Clorofórmio;
VI - Gás Cianídrico e Cianuretos;
VII - Descompressão;
VIII - Afogamento;
IX - Exsanguinação (sem sedação prévia) ;
X - Imersão em Formol;
XI - Bloqueadores Neuromusculares (uso isolado de nicotina, sulfato de magnésio, cloreto de
potássio e todos os curarizantes);
XII - Estricnina.

Por sua vez, os métodos recomendados e aceitos sob condições estão previstos no Anexo I da
referida norma, conforme abaixo transcrito:

Como podemos ver, os métodos recomendados pelo Conselho Federal de Medicina Veterinária
são todos químicos, baseados na injeção de altas doses de anestésicos no peixe
doente. Inviáveis estes métodos, seja por dificuldade na aquisição de material ou por falta de
capacitação, são aceitos alguns métodos físicos, como a decapitação.

Importante ressaltar que a eutanásia deve ser realizada por médico veterinário.

Todavia, pelo menos aqui no Brasil são raros os profissionais que atendem peixes ornamentais
de particulares. Existem veterinários responsáveis pelo Aquário de São Paulo, por exemplo, ou
veterinários de algumas lojas, mas dificilmente você irá encontrar um veterinário particular
para levar seu peixe, assim como você leva seu cachorro ou gato.

A falta de pessoas especializadas fez com que os aquaristas desenvolvessem técnicas de


eutanásia próprias para os peixes ornamentais, algumas cruéis e que não concordo, outras
aceitáveis.

São elas:

1) Éter : Através deste método, embebeda-se um algodão com éter e o coloca em um pote.
Após, coloca-se o peixe neste pote (sem água) e fecha-se a tampa. Rapidamente o peixe irá
apagar. Após algum tempo de exposição ao éter, o peixe irá morrer. O éter também é usado
para sedar peixes para a realização de outro método.

2) Vodka : É um método muito utilizado, indicado inclusive por veterinários. Devemos colocar o
peixe em um recipiente com água do próprio aquário. Um pote, com água suficiente para cobrir
o peixe. Após, acrescenta-se 30% de vodka. O peixe irá rapidamente deitar-se no fundo. A
respiração irá diminuir até parar.

3) Desidratação : Consiste na retirada do peixe da água, deixando-o secar ao tempo. A morte


não será instantânea e irá causar sofrimento ao peixe.

4) Congelamento : Simplesmente coloca-se o peixe em um recipiente com água que será levado
ao congelador. Assim como a desidratação, o congelamento não é instantâneo e certamente irá
causar sofrimento ao peixe.

5) Cozimento: Colocar água para ferver e quando ela estiver escaldando, jogar o peixe na água.
Dizem que a morte é imediata, mas acho muito cruel, inclusive para o aquarista.
6) Decapitação: Como o próprio nome sugere, deve-se cortar a cabeça do peixe com um único
golpe, separando-a do corpo. A morte será instantânea, contudo, não será algo agradável de
se ver. Recomenda-se sedar o peixe antes da decapitação. O éter pode ser utilizado para isso.

7) Esmagamento : Recomendado para peixes pequenos. Primeiramente o peixe deverá ser


sedado. Após, coloca-se o peixe em um plástico sobre uma superfície lisa e plana. Finalmente,
o peixe deverá ser atingido com algum instrumento pesado, como uma barra de ferro, por
exemplo. Assim como na decapitação, a morte é instantânea, no entanto, também é um
método desagradável de se ver.

8) Concussão : Método extremamente cruel pelo qual o peixe deve ser colocado em um plástico
e golpeado contra uma parede ou outra superfície dura. Recomendado para peixes grandes. Em
tese, a morte se dará por traumatismo craneoencefálico, método condenado pelo Conselho
Federal de Medicina Veterinária.

Por mais cruel que tais métodos possam parecer, eles são muito menos cruéis do que
simplesmente jogar o peixe no vaso sanitário e dar descarga, que é o que a maioria dos
aquarista faz com peixes doentes. É importante deixar bem claro que estamos falando de peixes
em estado terminal, que estão visivelmente sofrendo no aquário. Não estou sugerindo a
eutanásia para um peixe com íctio ou qualquer outra doença simples.

Lembre-se sempre que cabe a você, e somente a você, decidir se deve ou não fazer a eutanásia.
Se você não se sente preparado, não faça! Se você acha que deve lutar até o fim pela
recuperação do peixe, não faça! Se tem esperanças de que o peixe irá melhorar, não faça!

Agora se você acredita que seu peixe está sofrendo e que tudo que você podia fazer já foi feito,
bem como não tem problemas morais quanto à isso, a eutanásia é sim uma opção.

Iluminação Para Aquários - Conceitos Básicos.

 Categoria: AQUARISMO DOCE - O BÁSICO  


 Publicado: Quarta, 15 Abril 2015 00:10
 Escrito por Marcio Vargas
 Acessos: 10110

Quando a conversa entra no tema iluminação em aquários a frase mais ouvida é que devemos
manter 1 W de luz por litro de água. Essa é uma das fórmulas mais genéricas que existem no
aquarismo e deve ser seguida com muita cautela. Temos de entender primeiro qual o tipo de
lâmpada a que essa fórmula refere-se, se é tubular T8 ou T5 HO, se é fluorescente compacta,
HQI ou os recentes LEDs.

Além do tipo de lâmpada é necessário identificar o que o aquarista busca com a iluminação, se
é um aquário plantado, um aquário com plantas (sim, são diferentes e podemos abordar mais
adiante), um aquário somente de peixes ou ainda um reef (aquário marinho com corais).
Usualmente para aquários somente de peixes (no inglês, fish only) ou aquários com plantas
podemos manter uma iluminação mais simples com lâmpadas do tipo "luz do dia", essas
mesmo que usamos para iluminar a cozinha de casa, acrescentando algum tom de azul ou rosa
em aquários de água doce para realçar as cores dos peixes.
Para aquários plantados temos que
entender as necessidades das plantas,
qual espectro da luz é mais eficiente no
processo de fotossíntese e desta forma
concentrar os esforços e investimentos
na lâmpada adequada. Falando de
modo geral, sem aprofundar conceitos
ou detalhes técnicos, as plantas
aproveitam com mais eficiência os
espectros vermelhos e amarelos da luz,
desta forma podemos ter mais
lâmpadas que emitam essa frequência.

Outro ponto a considerar é a atenuação


que a água proporciona. O vermelho
atenua primeiro, até que reste apenas o
azul, por isso em aquários marinhos
com corais é necessário investir em espectros azuis, uma vez que, como os corais se encontram
no mar, em profundidades maiores que as plantas nos rios e lagos, com o passar de milhões de
anos, eles evoluíram para aproveitar melhor essa faixa.

A fauna é outro grande critério para equalizar a iluminação do aquário. Não basta comprar
lâmpadas que atendam aos demais pontos da montagem e colocar os peixes que se deseja
dentro do aquário. Ocorre que muitas espécies, como as de hábitos noturnos ou as que vivem
em tocas, preferem locais sombrios. Também há peixes que vivem em águas escurecidas por
ácido húmico ou na sombra de vegetações, preferindo pouca iluminação. É o caso dos Neons,
Acarás Bandeira, Acarás Disco entre outros. O melhor seria respeitar os níveis de claridade de
cada espécie no aquário, investigando como era a vida delas no meio natural (mesmo que nem
existam mais em meio selvagem).

Muitos amigos criadores ficam preocupados que seus peixes estejam acanhados, parados,
estressados, agressivos ou agitados, emagrecendo excessivamente ou até morrendo, sendo
encontrados mortos fora do tanque, etc. Peixes como Bótias, Labeos e Dojôs podem até
sobreviver na claridade, mas precisam de tocas para relaxar. Peixes de hábitos noturnos
também não gostam de muita claridade, como por exemplo os Gobis, Synodontis, Cobras Kulli,
Ituís e alguns Cascudos, que necessitam de tocas para passar o dia. A verdade é que quase
nenhum peixe gosta de luz forte no aquário, como se fosse um Sol ao meio dia. Ainda é
recomendado manter uma rotina de acender e apagar as luzes sempre no mesmo horário.
Deixar a claridade da manhã entrar no ambiente algum tempo antes do acender das lâmpadas
é indicado para que a claridade não seja repentina, mas gradual, ou então ir acendendo as
lâmpadas aos poucos e apagá-las da mesma forma ao final do dia.

É preciso atentar para outros fatores que


definem a iluminação como a
profundidade e o comprimento do aquário,
o substrato que se pretende usar e a cor
da água, caso dos aquários de águas mais
escuras ou cor de chá (no inglês,
blackwater). Por exemplo, quem tem
aquários com 100 cm ou mais de comprimento não precisa clarear o ambiente totalmente, pode
deixar alguma parte com pouca iluminação.
Também não se pode descuidar do perigo das algas, pois uma iluminação mal projetada
poderá trazer muita dor de cabeça com esses visitantes indesejados em suas diversas espécies,
desde as algas que deixam a água esverdeada até as filamentosas, as marrons, pretas e azuis,
como cianofíceas, entre outras.

Sobre a eficiência das lâmpadas, até pouco tempo atrás as HQIs eram imbatíveis para marinhos
por sua eficiência em reproduzir infinitas cores. Com seus filamentos de alta incandescência são
as que mais se aproximam do espectro solar, visualmente formando imagens de "bilhões de
cores", muito próximas às que visualizamos sob a luz do Sol. Porém estão perdendo espaço
para os LEDs exatamente pela falta de praticidade e pelo fato de esquentarem muito, além do
alto consumo de energia elétrica.

Os LEDs com sua praticidade e durabilidade estão cada vez mais populares. O LED RGB
basicamente trabalha com três cores (RGB de "red", "green", "blue"), as demais são obtidas com
revestimentos da pastilha do diodo luminescente com os vários tipos de fósforo em diversas
combinações o que, visualmente, permitiria destacar na imagem assim formada aos nossos
olhos, algo como "256 cores". Nos LEDs brancos, por exemplo, não há a opção de gerar cores
(apenas a branca) pois isso depende do tipo de semicondutor utilizado no diodo. A maior
vantagem dos LEDs em aquários marinhos é o fato de não esquentarem a água, dispensando
em alguns casos até mesmo o Chiller. Nos plantados os LEDs ainda engatinham, e hoje não se
tem uma opinião totalmente formada sobre como acertar na iluminação LED para aquários
plantados (estamos em 2015 e a tecnologia no aquarismo evolui muito rápido, talvez quando
você estiver lendo esse artigo, as coisas já estejam diferentes).

Quando falamos de aquários plantados as


tubulares ainda reinam absolutas por
terem um espectro mais estendido e não
esquentarem a água. Ainda dependentes
de "combinações de fósforo", permitem
visualmente formar imagens com "milhões
de cores" e mais próximas, portanto, do
que enxergamos sob o Sol. Com estes
milhões de cores, a facilidade de acesso e
o preço mais acessível em relação às
luminárias de LED, as fluorescente T5 HO (HO de High output) ainda devem ter uma vida longa
nos aquários plantados. Fluorescentes compactas (conhecidas também como lâmpadas
econômicas, aquelas lâmpadas fluorescentes que rosqueamos nos bocais tradicionais), talvez
pelas limitações impostas no PAR e espectros, são mais recomendadas para aquários de baixa
manutenção, "low tech" ou somente de peixes, pois acabam sendo um fator limitante para o
desenvolvimento de muitas plantas.

Portanto, como podemos ver de forma resumida, a iluminação ideal em um aquário depende de
diversos fatores. Os vendedores devem estar preparados para questionar o cliente no sentido de
entender qual tipo de aquário é pretendido e assim poder indicar a iluminação mais adequada,
de acordo com o desejo de investimento do aquarista e garantido que este tenha uma
experiência satisfatória com seu aquário.

Por último e não menos importante, vale ressaltar que após sua utilização, as lâmpadas não
devem ser descartadas no lixo comum. Existem pontos de descarte especializados no
tratamento dos elementos tóxicos que compõe as lâmpadas e que saberão dar um destino
adequado para eles, sem que façam mal ao meio ambiente. Aqui você pode encontrar alguns
desses locais.

Siglas:

CFL - Compact Fluorescent Lamp. Lâmpada "econômica" fluorescente comum. Não precisa de
reator externo pois o mesmo está embutido na lâmpada e pode ser rosqueada em qualquer
bocal, antigamente utilizado para lâmpadas incandescentes.

HQI - Hydrargyrum Quartz Iodide. Tipo de lâmpada com descarga de alta intensidade, de vapor
de mercúrio.

LED - Light-Emitting Diode. Diodo emissor de luz.

Lúmen - Unidade de medição de luz (espectro visível) pelo olho humano.

LUX - Unidade de intensidade de luz visível pelo olho humano. Representa a quantidade de
lúmens que incidem sobre um metro quadrado.

PAR - Photosynthetically Active Radiation . Radiação Fotosinteticamente Ativa, representa o


espectro de luz "visível" por animais ou plantas que realizam o processo de fotossíntese
(plantas, corais, algas, etc).

PL - Philips Lighting. Versão antiga dos CFL, onde as lâmpadas precisam de um reator externo.
Ainda é muito utilizada no aquarismo.

T5 - Lâmpada Tubular Fluorescente tipo T5, de 15,9mm de diâmetro (5/8 de polegada), mais
fina que o modelo T8, mais comum. Existe a versão T5 HO (High Output) muito utilizada no
aquarismo, por emitir mais lúmens por m2, em relação ao seu consumo em Watts.

T8 - Lâmpada Tubular Fluorescente tipo T8, de 25,4mm de diâmetro (1 polegada). É a lâmpada


mais comum entre as fluorescentes tubulares. Há ainda a T10, que possui o diâmetro um pouco
maior (33mm) e que também é facilmente encontrada em supermercados.

Watt - Unidade de potência ativa elétrica, equivalente a 1 VA (volt-ampere). Também


conhecida como Vátio.

Colaboração: Julio León e Katsuzo Koike.

Manutenção, o Segredo de um belo Aquário

 Categoria: AQUARISMO DOCE - O BÁSICO  


 Publicado: Segunda, 03 Abril 2006 08:39
 Escrito por Marne Campos
 Acessos: 55881

Muitos aquaristas cometem erros quando estão começando, afinal é errando que se aprende,
mas muitas vezes esses erros geram verdadeiros desastres no aquário o que faz com que muitos
desistam do hobby logo nos primeiros meses. Isso é muito triste pois deixam de desfrutar de um
dos mais belos prazeres da vida, que é o de poder reproduzir um pedacinho da natureza dentro
de casa.

Foi pensando nisto que resolvi escrever este artigo, que na verdade é uma espécie de "tabelão"
dos cuidados que devemos ter com nossos aquários para evitar situações indesejáveis e
desmistificar o mito de que aquário dá muito trabalho, principalmente na hora de limpar.
Seguindo a tabela abaixo, seu aquários sempre estará em ótimas condições e torna-se
desnecessária a errônea limpeza geral do aquário.

É claro que nem todos os cuidados foram mencionados, mas tentei ser o mais simples possível e
abranger os mais básicos, necessários para alcançar o sucesso no aquarismo, principalmente
para os iniciantes.

Intervalo Manutenção Observação


Trocas parciais de 20% de água são
indispensáveis Elas podem ser consideradas umas
das ações mais importantes para se manter um
belo aquário. Pois através da renovação da água,
é que eliminamos alguns excessos como de
nitratos e fosfatos e repomos algumas substâncias
semanal Troca parcial de água importantes. É bom deixar claro que a água nova
deve ser tratada com produtos que além de
eliminar o cloro, neutralizam metais pesados,
possuem propriedade anti-stress, etc. Bons
exemplos são Alcon Protect (nacional), Tetra
AquaSafe (importado).

O ato de sifonar o fundo do aquário, ajuda muito


na eliminação da matéria orgânica em excesso,
consequentemente diminuimos os níveis de nitratos
e fosfatos. A sifonagem deve ser feita com cuidado
em aquário de plantas naturais, tomando cuidado
para não sifonar num raio de no mínimo 5cm das
semanal Sifonagem do fundo
plantas, evitando assim que se danifiquem suas
raízes. Esse processo deve ser feito com o auxílio
de uma ferramenta apropriada para este fim, um
sifão, que é facilmente encontardos em lojas de
aquário e por preços bastante acessíveis.

Não são só os peixes que precisam de


alimentação, as plantas também precisam ser
"alimentadas", e ai entra o papel dos
condicionadores para as plantas aquáticas, eles
repoem os elementos que as plantas necessitam
Adição de fertilizantes ou para se desenvolver, como por exemplo o ferro,
semanal condicionadores líquidos tão importante para a fotossíntese. Infelismente
para as plantas* ainda não temos produtos nacionais de boa
qualidade para esse fim, então temos que
depender dos importados, entre eles recomendo,
Seachem Flourish, Seachem Flourish Iron, Tetra
Flora Pride ou Planta Min.
Mais umas vez, devemos nos preocupar com o
acúmulo de matéria orgânica que pode nos trazer
muitos problemas, então é importante que
Retirada das folhas
semanal retiremos as folhas mortas que se ainda não, logo
mortas*
entrarão em decomposição. Veja que retirar as
folhas mortas é diferente de podar as plantas.

Se aparecerem alguns pontos verdes no vidro do


aquário, não se preocupe pois é sinal que as
condições estão boas, mas isso pode se tornar
anti-estético para alguns aquaristas, então você
deverá retirá-las usando um limpador magnético
de boa qualidade vendido em lojas de aquários ou
mesmo uma esponja dessas usadas na cozinha,
mas deve ser novas e nunca ter tido contato com
Limpeza das algas que
semanal qualquer substância de limpeza. Algumas pessoas
estão no vidro
preferem só limpar o vidro dianteiro e deixar os
lateriais e posterior com um aspecto mais natural.
Se você optar pelas esponjas, tome muito cuidado,
pois algumas possuem substâncias anti-
bacterianas o que provocariam um verdadeiro
desastre se usadas no seu aquário. Um exemplo
são as da marca 3M.

É comum em aquários, principalmente os que


possuem uma dureza alta como os de africanos,
que as tampas de vidro fiquem "sujas" com uma
espécie de camada sobre os vidros, o que pode
diminuir a passagem da luz e atrapalhar o
crescimento das plantas, para isso basta passar
semanal Limpeza externa dos vidros
um pano úmido nas tampas em ambos os lados
para a remoção dessa "camada". Os vidros
dianteiro e laterais também tendem a ficar com
marcas da água queas vezes escorre, o que é
facilmente resolvido usando um pano úmido.

As vezes as plantas crescem muito e acabam


prejudicando as outras, impedindo as passagem
da luz. Nesse caso a solução é a poda, que deve
ser feita com um tesoura e tomando cuidado para
não machucar a planta. Alguns aquaristas
quinzenal
Poda das plantas* realizam a poda semanalmente, mas minhas
experiências comprovaram que a poda muito
freqüente ocasiona o enfraquecimento da planta,
provocando o raquitismo. Então recomendo
intervalos de no mínimo 15 dias a cada poda.
Algumas plantas preferem absorver seus
nutrientes pela raiz, é o caso das Echinodorus ssp.,
Cryptocoryne ssp., entre outras. Para isso, existem
produtos que fertilizam principalmente as raízes,
mensal Fertilização do solo*
normalmente são pastilhas que colocamos perto
das raízes das plantas e que fornecem parte do
seu alimento. Recomendo Tetra Hylena Crypto.

A cada dois meses é recomendável fazer um


limpeza no filtro do aquário, claro que se você
usar FBF (aquelas placas de fundo), não vai
limpá-las a cada dois meses! Refiro-me a filtros
externos e cannisters. Atenção no momento de
bimestral Manutenção dos filtros
lavar os locais de colonização de bactérias ou o
"filtro biológico", use a própria água do aquário
para não matar as bactérias tão importantes para
o funcionamento do mesmo.

Você deve trocar suas lâmpadas fluorescentes a


cada 1 ano, pois depois disso elas perdem
algumas de suas propriedades importantes para
as plantas, mas nunca troque todas de uma vez
pois isso pode causar um choque no seu aquário,
semestral Trocas das lâmpadas*
troque metade a cada 6 meses, por exemplo se
você possui 4 lâmpadas, troque 2 e só depois de 6
meses troque as outras duas. Por isso considero
essa como uma medida semestral e não anual.

* Somente necessário em aquários de plantas naturais.

{moscomment}

Não Estresse seus Peixes!

 Categoria: AQUARISMO DOCE - O BÁSICO  


 Publicado: Quarta, 13 Maio 2015 00:00
 Escrito por Equipe AqOL
 Acessos: 2153

Podemos entender por estresse qualquer condição em que o peixe torna-se incapaz de manter
um estado fisiológico e comportamental normal devido a um ou mais fatores estressantes. Um
fator estressante ou estressor é todo agente que provoca reação de estresse.

Os agentes estressores são divididos em três categorias.

Físicos. Captura, manipulação, transporte, temperatura da água, densidade populacional,


alimentação, intensidade de luz, etc.
Químicos. Amônia, nitrito, pH, presença de poluentes, concentração de oxigênio dissolvido na
água, etc.
Biológicos. Patógenos (organismos capazes de gerar doenças).
Pode ser também considerado um agente estressor algo percebido pelo peixe, como a presença
de predadores.

O estresse é um estado produzido pelo ambiente ou outros fatores que exige do peixe respostas
de adaptação que ultrapassam a faixa normal de funcionamento de seu organismo. A Síndrome
da Adaptação Geral (SAG) é um modelo que caracteriza as alterações fisiológicas e
comportamentais frente a um agente estressor e divide-se em três fases.

Reação de Alarme. Ocorre


imediatamente ao momento em
que o peixe tem o primeiro
contato com o agente estressor e
tem uma resposta endócrina
(liberação de substâncias como
adrenalina e noradrenalina)
muito rápida.

Reação de Resistência. É uma fase


de maior duração e marcada por
alterações fisiológicas
secundárias, como excessiva
liberação de cortisona e cortisol.
Estas substâncias causam imunodepressão, debilitando o peixe e comprometendo suas defesas
imunitárias. As respostas fisiológicas nesta fase são uma tentativa de ajuste do peixe frente ao
ambiente buscando um novo equilíbrio.

Reação de Exaustão. É basicamente marcada pela falha dos mecanismos de adaptação, em


função da duração e/ou severidade dos agentes estressores. O peixe fica esgotado por
sobrecarga fisiológica, excedendo seu limite físico e tornando-se propenso ao desenvolvimento
de doenças oportunistas ou a morte.

Parece complicado, mas é realmente mais simples e comum do que se imagina. Um exemplo?

O aquarista vai à loja comprar ração. Só ração. No momento em que entra, o inevitável
acontece: vai olhar as baterias e, em um expositor qualquer, vê os peixes que quer faz tempo e
nunca encontra. Alguma dúvida sobre o que acontece?

Redinha, saco plástico, os peixes


chacoalhando lá dentro até ele
voltar para casa (estressores
físicos). Já na aclimatação (só
para simplificar, vamos esquecer
da quarentena e sua importância)
o aquarista percebe que os peixes
perderam a cor, estão agitados e
com a respiração acelerada
(resposta fisiológica a um fator
estressante). No momento de
soltá-los no aquário, na maior
expectativa para vê-los nadando,
eles simplesmente se escondem (resposta comportamental a um fator estressante ). E lá fica
nosso aquarista, parado na frente do aquário, na maior frustração.

Talvez este seja o exemplo mais comum de estresse que observamos. Os peixes passaram por
uma situação de ameaça e deram respostas de adaptação, buscando um novo equilíbrio para
sua sobrevivência (homeostase). Como estes estressores (captura, transporte, inserção em
ambiente desconhecido) são de curta duração, é provável que em vinte e quatro horas os peixes
estejam adaptados, com cor e respiração normais, explorando o aquário e se alimentando. Já a
exposição crônica e prolongada a fatores estressantes acarreta alterações patológicas mais
severas como redução da capacidade reprodutiva, diminuição na taxa de crescimento e
resistência a doenças, podendo inclusive levar ao óbito.

Basicamente por desconhecimento, algumas pessoas que mantém aquário não atentam para a
importância e o cuidado de não estressar seus peixes. Na verdade, sequer imaginam o quanto
suas ações ou o próprio ambiente de casa podem contribuir para isto, levando à perdas
indesejadas e prejudicando a criação. Abaixo segue uma pequena lista das situações mais
comuns que levam os peixes ao estresse e que devem ser evitadas ou corrigidas.

- Manter o aquário em local muito agitado da casa, constantemente cheio de pessoas.

- Excesso de barulho próximo ao aquário: peixes não "escutam" como nós, mas são sensíveis a
vibrações sonoras. Bater no vidro do aquário também não é boa ideia.

- Movimentos bruscos, que costumam assustar os peixes.

- Criador (ou crianças) perseguindo os peixes com a redinha ou outro objeto qualquer.

- Deterioração da qualidade da água.

- Modificações constantes na posição de pedras, troncos, ornamentos, plantas. Depois de


colocados os peixes, seu espaço deve ser respeitado.

- Alimentos de baixa qualidade ou sempre o mesmo alimento (única ração). Oferecer alimento
demais ou de menos conforme a espécie e segundo os habitantes do aquário.

- Superlotação: muitos peixes para pouca água (inclusive peixe de grande porte em tanque
pequeno).

- Fauna incompatível: manter espécies pacíficas com outras agressivas que perseguem,
machucam, coagem ou matam.

- Manter um único exemplar de peixes que vivem em grupo, como Corydoras ssp. ou
Paracheirodon ssp. (Neons), por exemplo.
- Grandes variações de temperatura (cinco graus Celcius ou mais durante o dia) ou temperatura
fora do intervalo de conforto para a fauna (muito quente ou muito frio).

- Grande diferença nos parâmetros da água entre o aquário da loja e o de casa, ou parâmetros
(em casa) impróprios para a espécie comprada: por exemplo, peixes de águas ácidas e moles
colocados em água dura e alcalina.

- Iluminação muito potente, sem o oferecimento de áreas de sombra ou recursos que


minimizem a claridade.

- Utilização de filtro, bomba submersa ou cortina de bolhas que provoquem muita correnteza
ou turbulência, quando a fauna reconhecidamente prefere água calma.

- Falta de plantas para oferecer abrigo e de tocas para peixes que gostam de se esconder,
principalmente os de hábitos noturnos.

- Coluna d’água rasa demais para peixes que necessitam de certa profundidade (manter acarás
bandeira em aquário com 30 cm de coluna d’água quando precisam de pelo menos 40 cm,
sendo o melhor 50 cm a 60 cm).

- Forçar os peixes a "aparecer" no aquário, seja com a mão ou algum objeto, fazendo-os sair de
tocas e esconderijos, expondo-os sem necessidade.

- Inserir os peixes em aquário sem ciclagem.

- Usar água com cloro e metais pesados.

O que todo aquarista quer é ter um belo tanque para poder aliviar o próprio estresse diário.
Porém, ele precisa deixar a contemplação agradável e acostumar-se a atentar para o que
ocorre em seu tanque. Evitando ou corrigindo os pontos citados, haverá com certeza uma
grande queda de estresse no aquário. Peixes estressados perdem suas cores, mudam o padrão
de natação, não se alimentam, vivem parados, assustados, escondidos, adoecem com
facilidade e chegam a morrer. Como sempre é bom lembrar, peixe não é brinquedo. Cuide bem
dos seus!

Escrito por: Katsuzo Koike e Solange Nalenvajko

Nitrogênio, Bactérias e Ciclagem

 Categoria: AQUARISMO DOCE - O BÁSICO  


 Publicado: Sexta, 19 Maio 2006 14:23
 Escrito por Délmer Ramirez
 Acessos: 43218

NITROGÊNIO ( nitrogen ): símbolo N. Um elemento incolor e gasoso que pertence ao grupo 15 da


tabela periódica. Ocorre no ar e é um constituinte essencial de proteínas e de ácidos nucléicos
nos seres vivos. O nitrogênio é obtido para fins industriais por destilação fracionada de ar
líquido. O elemento é usado para produzir amônia.

AMÔNIA (ammonia): o gás de odor pungente, amônia, tira seu nome dos amoníacos,
adoradores do deus egípcio Amom, os quais, como os covardes de anos mais recentes, usavam
sal volátil (cloreto de amônio) nos seus rituais.
A amônia é um dos produtos químicos mais importantes, pois dá início à cadeia de produção
industrial de alimentos.
A amônia é um gás incolor e inflamável, nas condições normais. Dissolve-se prontamente em
água, pois forma pontes de hidrogênio com as moléculas de água. Essa alta solubilidade
contribui para a nossa percepção do seu odor, já que a amônia é capaz de dissolver facilmente
no meio aquoso que reveste o epitélio olfativo do nariz.

Leia
Leia mais:Nitrogênio,
mais:Nitrogênio, Bactérias
Bactérias ee Ciclagem
Ciclagem

O Aquarismo.

 Categoria: AQUARISMO DOCE - O BÁSICO  


 Publicado: Domingo, 02 Abril 2006 22:37
 Escrito por Airton Tamashiro
 Acessos: 30745

Este texto é uma adaptação de um e-mail do aquarista e fotógrafo Airton Tamashiro, o e-mail
foi de tal impacto sobre os aquaristas, por sua simplicidade e competencia que acabou virando
um artigo. Vale a pena ser lido tanto pelos iniciantes como pelos mais experientes no hobby.

Leia
Leia mais:O
mais:O Aquarismo.
Aquarismo.

O Perigo do Cloro na Água dos Aquários.

 Categoria: AQUARISMO DOCE - O BÁSICO  


 Publicado: Sábado, 22 Junho 2013 20:59
 Escrito por Katsuzo Koike
 Acessos: 17118

Não há como saber com exatidão essa estatística, mas o primeiro impacto que a maioria dos
aquaristas iniciantes sofre diz respeito à perda de peixes causada por água nova da torneira. É
a velha história: na loja de aquários, diante da beleza de tantas espécies de peixes e plantas, as
crianças, jovens e até adultos se entusiasmam e terminam comprando o que bem lhes apetece.
Em seguida, vem o maior erro: a compra do aquário e dos materiais juntamente com alguns
peixes em um saquinho.

Embora haja vendedores que orientam bem as pessoas inexperientes no aquarismo, muitos
deles ainda confundem os clientes, não passam detalhes importantes, e até vendem
substâncias anti-cloro junto com as outras coisas, a fim de minimizar os prejuízos, como se isso
resolvesse tudo. Ora, a ansiedade do aquarista novato é tanta que ele não vê a hora de chegar
em casa, arrumar o aquário, enchê-lo de água e colocar os peixes dentro.

Infelizmente, a água usada naquele aquário novo é a da torneira mesmo, ou do chuveiro, o que
dá na mesma. Muitos não sabem, mas essa “água nova da torneira” é altamente venenosa
para os pequenos peixes.

O perigo é que as águas


tratadas das cidades recebem
certa quantidade de cloro
para matar as bactérias ruins
e tratar a matéria orgânica
da água (por exemplo,
servindo de desinfetante para
os coliformes fecais). Claro,
existe um índice mínimo de
cloro indicado pelo Governo
para as águas serem
chamadas de “tratadas”, mas para além disso, as quantidades variam muito. Segundo informa
o site da SABESP, companhia de água de São Paulo: “O cloro é um agente bactericida. É
adicionado durante o tratamento, com o objetivo de eliminar bactérias e outros micro-
organismos que podem estar presentes na água. O produto entregue ao consumidor deve
conter, de acordo com o Ministério da Saúde, uma concentração mínima de 0,2 mg/l
(miligramas por litro) de cloro residual”. O valor máximo de cloro residual tolerado na água
para consumo no Brasil é de 2,0 a 5,0 mg/L. Mas não é tão incomum que algumas cidades
estejam consumindo águas com bem mais cloro que isso, sendo perceptível pelo odor,
coloração turva azulada, irritação dos olhos e garganta, além da pele e mucosas. A substância
clorada geralmente utilizada para a esterilização da água é o Hipoclorito de Sódio (NaClO), que
é também o principal agente presente na Lixívia ou Água sanitária, para lavagem e
branqueamento de roupas, por exemplo.

O problema é que cada cidade de nosso país tem uma diferença em quantidade de cloro
residual nas suas águas. Isso depende da qualidade da água de seus reservatórios: quanto mais
poluída ou suja a água for, mais cloro é adicionado. Em seu tratamento, a água ainda recebe
cal e flúor, além de cloro. Por isso, nem sempre os anti-cloro colocados nos aquários recém-
montados funcionam a contento, pelo menos na quantidade indicada na bula.

Muita gente não sabe que o cloro é injetado na água na forma de


gás liquefeito, e portanto, capaz de evaporar para a atmosfera com
o passar do tempo. Por isso, a água da torneira descansada por
dois ou três dias terá praticamente eliminado o seu cloro.

Ás vezes pequenos detalhes na manutenção do aquário farão toda


diferença: no momento da TPA, muitos utilizam água direto da
torneira. Mesmo que seja utilizado algum condicionador nessa água,
o cloro não será totalmente eliminado. Ainda assim, essas
substâncias podem retirar maior parte do cloro, mas deixam a
amônia, mortal para os peixes. Uma solução, caso use água direto da torneira, é não passar de
10% no volume da troca, para os efeitos serem minorados. Sob efeito de cloro, os peixes ficam
apáticos, ofegantes, com nado irregular, às vezes na superfície da água, ou parados no fundo
do aquário.

Realmente, o cloro na água tratada não só reage com outros materiais, quanto existe em
outras formas, como as cloraminas, substâncias que se formam da reação da amônia e cloro,
na água. A adição de amônia em água onde haja cloro livre gera as cloraminas (mono-, di- e
tri-cloraminas, sendo esta última menos fatal aos seres vivos), perigosas para a biologia do
aquário.

A título de curiosidade, poucos sites revelam que as cloraminas são mais estáveis que o cloro
gasoso, permanecendo um bom tempo ativas na água. Por isso, é bom o aquarista avisado
pesquisar a qualidade da água abastecida em sua região, a fim de não ter surpresas
indesejáveis quando for condicionar a água para uso em aquários. Um meio eficaz de eliminar
cloraminas é o uso de um filtro com carvão ativado (no caso de água para beber, usar um filtro
de ozônio); segundo as fontes, as cloraminas não alteram o pH da água, produzem poucos
compostos orgânicos e deixam odor e sabor da água menos agressivos que os do cloro puro
(até seus efeitos sobre os seres humanos são mais leves, diferente do cloro livre - daí seu uso
cada vez maior pelas companhias de tratamento e saneamento de água).

Bem, se o nosso aquarista vivesse próximo a um ribeirão ou fonte de águas límpidas, e enchesse
o se aquário com essa água, 99% dos acidentes de mortandade de peixes não ocorreriam, pois
a chance de adaptação em água natural e viva é bem maior, para os seres aquáticos. Mas
sabemos que quase ninguém mais mora perto de riachos e fontes limpos. E até nossos rios,
lagoas e barragens estão poluídos e infectados.

Os conselhos que posso deixar aqui, para os amigos aquaristas iniciantes são:

a) Não coloque os peixes em água de torneira recém colhida, se não quiser perdê-los;

b) Não confie sempre em substâncias desclorificantes, por respeito à vida dos peixes;

c) Deixe o seu aquário ciclando por uns 10 a 20 dias, cheio, montado e sem peixes, e com tudo
funcionando, do filtro, bomba à iluminação. As plantas já podem estar no aquário nesse
período, pois ajudam a biologia do sistema equilibrar. Paciência aqui é o segredo.

d) Sempre tenha um depósito limpo, tampado, com água descansada, pronta para uso. Será
importante por causa das trocas parciais necessárias.

No final das contas, a maior ameaça no aquarismo é a falta de informação sobre a vida
aquática, a qualidade da água, os peixes, seus hábitos e sua manutenção adequada.

pH, Entenda Mais Sobre Ele.

 Categoria: AQUARISMO DOCE - O BÁSICO  


 Publicado: Segunda, 03 Abril 2006 08:23
 Escrito por Fabrício Fraga
 Acessos: 42133
O pH é o potencial de hidrogênio, a grosso modo seria o "balanço" entre os íons H e os íons OH
presentes na água. O pH 7 é neutro, ou seja, a quantidade de cargas H é equivalente à
quantidade de cargas OH. Quando há mais íons H do que OH, o pH é ácido, do contrário,
alcalino. O pH é uma escala logarítmica, o que significa que um ponto de pH significa 10 vezes
mais acidez ou alcalinidade.

Leia
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mais:pH, Entenda
Entenda Mais
Mais Sobre
Sobre Ele.
Ele.

Preparando um Aquário para Betta - Passo a


Passo

 Categoria: AQUARISMO DOCE - O BÁSICO  


 Publicado: Quinta, 14 Abril 2016 22:12
 Escrito por Julio León
 Acessos: 1804

Geralmente compramos o nosso primeiro betta para nos servir de pet fish, ou seja, um único
peixe de estimação para dar atenção e aprender mais do hobby. É lógico que queremos criar um
lar adequado para ele, porém a maioria dos petshops e algumas lojas de aquarismo nos
vendem a ideia que o betta pode viver em um recipiente de 1 litro. Nesse artigo veremos como
criar, passo a passo, um lar adequado e bonito para nosso amigo aquático.

Este artigo apresenta um aquário exemplo para meu uso pessoal (ganhei um betta e queria
fazer um aquário bem didático e legal para ele). Decidi que ele seria plantado (já que eu gosto
muito de plantas e ele também), e de baixa manutenção (não tenho tanto tempo para manter o
aquário).

O artigo tem os seguintes tópicos:

1. Escolha do aquário (dimensões, vidro, o valor de ter o aquário customizado, etc).


2. Hardscape
3. Substrato
4. Plantio
5. Filtragem

Escolha do Aquário

Para poder escolher um bom aquário, temos que considerar o espaço que temos em casa. É
bom lembrar que:

O peixe precisa de espaço para nadar. É o equivalente a um cachorro; precisa de um quintal


ou espaço para correr e andar.
Um aquário precisa de um volume mínimo de água para manter os parâmetros físico-
químicos (temperatura, pH, amônia etc) estáveis. Parâmetros não estáveis podem causar
doenças e até a morte do nosso peixe. Para um betta, pessoalmente recomendo um
mínimo de 15 litros de água.
Considerando esses dois pontos e o espaço que temos nesse exemplo, escolhi um aquário de
35cmx25cmx20cm (Comprimento x Largura x Altura).

Isso dá 17 litros brutos de água, que depois de montado dará uns 15 litros
aproximadamente.
O aquário é baixo por minha preferência na hora de plantar e distribuir a iluminação.
O perfil de 35x25cm com apenas 20cm de altura dá uma sensação de que o aquário é
realmente maior do que é. Podem escolher também tamanhos mais tradicionais como
30x25x25cm, ou 40x30x30cm.
Finalmente, o aquário estará ao lado do meu computador.

A figura abaixo mostra a posição inicial do aquário, com o tipo de iluminação que escolhi (uma
luminária de gancho que já tinha, com uma lâmpada fluorescente compacta de 15W).

Hardscape

Hardscape é uma palavra bonita para "decoração". A decoração ou paisagem "dura" vem a ser o
que colocamos no aquário para dar estrutura: troncos, rochas, enfeites, etc. Há algumas regras
de percepção visual (psicológicas) que nos dão a sensação de harmonia. No exemplo, eu utilizo
troncos comumente comprados em lojas de aquarismo e petshops (aroeira e goiabeira) que
afundam sem problema (é preciso testá-los antes num balde para saber se irão boiar ou não).
Depois dos troncos, algumas rochas pequenas irão ajudar a dar uma sensação de naturalidade
à paisagem.

É importante saber que não é obrigatório que o aquário seja plantado. Alguns aquários tipo
biótopo (representação de um habitat natural) não tem plantas e apenas arranjos de troncos e
rochas.
Começamos utilizando um tronco base numa posição agradável.

Seguimos com um segundo tronco, um pouco menor, para dar uma estrutura mais natural. O
espaço entre os troncos será importante na fase de plantio.

<
Colocamos um terceiro tronco para ter uma estrutura completa

Aproveitamos para ver outros ângulos e avaliar nosso hardscape.


Como não gostei do leiaute, decidi testar novas posições e retirar alguns dos troncos. Usei
pequenas caixas de suporte (que depois serão retiradas) para ter uma noção de altura.

Adicionamos as rochas e nosso hardscape está quase pronto. É bom tirar uma foto nesse
momento, pois colocando o substrato podemos realizar alterações para nos adequarmos com a
altura, e vamos precisar lembrar as posições que mais nos agradaram.

Substrato
Aqui temos que decidir se queremos um aquário plantado (densamente), um aquário com
plantas (poucas plantas para enfeitar) ou um aquário apenas de hardscape (ou plantas
artificiais). Todas as opções são válidas, a escolha é sua dependendo do que você mais gosta e
tenha tempo para manter. No meu caso, eu quis um aquário plantado com a maioria das
plantas de baixa manutenção.

Uma vez escolhido o tipo de aquário, podemos escolher o substrato preferido. No caso dos
aquários com plantas artificiais ou sem plantas, iremos procurar um substrato inerte (que não
reage nem tem nutrientes). Já com aquários plantados temos duas opções:

Utilizar um substrato fértil (não inerte) para fornecer nutrientes. Iremos precisar cobrir esse
substrato com uma camada maior de substrato inerte, pois o substrato fértil não deve ficar
em contato com a coluna d'agua. Um bom substrato fértil industrializado, na minha
opinião, é o Aquamazon Natural Soil.
Utilizar um tipo de substrato fértil industrializado que pode ficar em contato com a coluna
d'agua (método preferido). Substratos desse tipo são, por exemplo, ADA Aqua Soil
Amazonia ou MBreda Amazonia.

Nesse exemplo, eu utilizei o método antigo (húmus de minhoca tratado e laterita) para
substrato fértil, pois eu já tinha sobrando e queria acabar com eles. Não recomendo esse
método; dá muito trabalho para tratar o húmus e considero substratos como Aquamazon
Natural Soil muito melhores. Em alguns casos, já usei MBreda Amazonia e ADA Aqua Soil
Amazonia e gostei muito deles; em especial, pois é só colocar e já funciona sem medo de
vazamentos na coluna d'agua.

Laterita e húmus de minhoca tratado. Recomendo MUITO a utilização de substratos


industrializados, ao invés do material que utilizei.
Colocando a laterita. No caso de substrato industrializado, a distribuição da laterita na foto é
equivalente ao do ADA Power Sand, por exemplo.

Para aplicarmos substratos tipo areia e pó, eu utilizo uma jarra de 1 litro de plástico. Com isso
teremos controle de quanto colocamos em cada lugar do aquário.
A utilização de um pincel/trincha de tinta é útil para espalhar o substrato de forma suave.
Reparem que deixamos as bordas sem substrato fértil (apenas um detalhe estético) de forma
que o substrato inerte irá cobrir tudo, não mostrando as camadas desde a vista frontal.

Já na hora do substrato inerte temos várias opções no mercado. Podemos escolher cascalho
colorido (não recomendo, liberam tinta no aquário e pode ser nocivo para o nosso peixe),
cascalho de rio, areia branca, areia de filtro de piscina, de construção, de rio, e areia preta
(industrializada). No meu caso, eu gostei muito do visual da areia preta (MBreda Blackblue) e foi
a que eu escolhi. Usei um pote completo de 6KG para esse projeto.
Para colocar a areia e não enterrar o hardscape, precisei tirar o tronco grande enquanto
acomodava o resto do hardscape. Por isso foi importante tirar a foto da ideia do hardscape
antes de colocar o substrato. Reparem que usei aquele pote de plástico para dar um suporte
estrutural ao tronco principal. O pote ficará escondido na areia.

Um destaque do substrato pelo lado direito.


Não tenha medo de usar muito substrato para criar altura na parte de trás. Isso irá nos dar
uma perspectiva de profundidade muito importante no leiaute. Nesse caso coloquei até 13cm
de altura.
Na frente, apenas 2cm de substrato foram necessários. Cada caso vai variar de acordo com o
leiaute.
Dica:
Utilizar o substrato alto na parte de trás nos dá um bom leiaute com profundidade. Porém, com
o peso d'agua e o tempo, esse substrato irá escorregar pela gravidade. Para evitar isto, eu
utilizo suportes de substrato, feitos de plástico (aquele de pastas plásticas encontradas nas
papelarias).

Cortamos a pasta em superfícies que possam nos ajudar, e medimos mais ou menos a altura
que iremos segurar com o suporte.
Preparamos o suporte cortando com uma tesoura.

Finalmente enterramos o suporte na areia. Isso evitará que o efeito da gravidade altere nosso
leiaute no tempo.

Pronto! Agora o aquário está pronto para ser preenchido com água, se não formos colocar
plantas. No meu caso, é vital colocar plantas pois gosto demais e já as tinha de um outro
aquário. A seguir, o processo de plantio.
Plantio

Antes de começar o processo de plantio, é importante preparar as plantas que iremos utilizar.
Depois de comprar as plantas (ou ganhar) e trazê-las para casa, é importante remover o
material que vem nelas, cortar as raízes pequenas e preparar os caules para o plantio.

Preparando Staurogyne repens.

Já com as plantas prontas, eu gosto de molhar o substrato utilizando um borrifador (não


precisa ser como o da figura). A ideia é molhar o substrato o suficiente (que tenhamos uma
coluna d'agua pequena, de 1cm acima do substrato frontal) para começar a plantar. Usamos o
borrifador para não mexer no substrato e perder nosso leiaute.
Borrifador de pressão.

Plantando as Staurogyne repens.

Além das Staurogyne repens, eu gosto muito da planta Anubias barteri "Nana". Ela é uma planta
muito resistente, que precisa de pouca iluminação e tem crescimento lento. Ela é ótima para
lugares de sombra, e para preencher o espaço entre as rochas e troncos. Também é muito
bonita quando presa a troncos, como se fosse uma árvore.
Anubias barteri "Nana" presa ao tronco usando os arames que vem nas embalagens de pão de
forma.

Foto de perspectiva. Reparem que as Anubias estão nos vãos das rochas e troncos.
Completando a vegetação no fundo com Cryptocoryne sp.

É bom tirar uma fotografia durante o plantio para ver se estamos tendo o resultado esperado
(e se gostamos dele).

Finalmente, não queria que o tronco ficasse totalmente visível e sem plantas. Aproveitei para
colocar Musgo de Java (Taxiphyllum barbieri) nele. Usei Super Bonder para colar pequenas
moitas no tronco. Não se preocupem, só a parte de contato do musgo irá morrer, mas o resto
vive e cresce.
Moitas de musgo.
Filtragem

Já com o aquário pronto e plantado, temos que pensar no que o nosso peixe irá precisar. Um
filtro sempre é bem-vindo; ele irá processar os resíduos orgânicos e outros químicos nocivos
para o nosso betta. Eu escolhi uma opção boa e barata; o filtro de esponja. No meu caso, eu já
tinha ele em outro aquário (e já estava ciclado).

Se quiser aprender mais sobre filtros e filtragem, recomendo esse artigo ( A Filtragem e os
Filtros).
Filtro de Esponja. Precisa de uma bomba de ar (compressor) para funcionar.

Estamos prontos! É a hora de encher o aquário com água. PORÉM, não é tão simples. Se não
fizermos com cuidado, podemos estragar todo nosso esforço. Para isso, temos que tomar
algumas precauções.

A ideia é evitar que a água venha com muita força e mexa no substrato. Para isso, podemos
usar alguns recipientes que possam diminuir o impacto d'agua, como pequenos pratos. Eu gosto
de usar um recipiente como aqueles "porta-xampus" para o banheiro, pois tem ventosas (útil
para fixar no aquário) e muitos furos onde a água pode sair sem acumular pressão.
Suporte para encher o aquário.

No início tive que usar um suporte menor (criadeira de ovovivíparos), pois o tronco não deixava
o suporte de xampu na base do aquário.

Resultados

Já com tudo em ordem, podemos curtir o resultado. Se o filtro for novo, é ideal esperar 30 dias
antes de colocar o peixe. Porém, muitos não têm esse luxo de tempo (o peixe já está em casa).
Nesse caso, podemos colocar o peixe, mas trocando a água constantemente.

Independente se temos ou não filtro, se tivermos um aquário com substrato fértil recomendo o
seguinte esquema de troca parcial de água (TPA) para as primeiras 3 semanas:

Semana 1: 50% da água todos os dias.


Semana 2: 50% da água a cada dois dias.
Semana 3: 50% da água duas vezes por semana.

Depois da terceira semana, podemos seguir a rotina de TPA mais conveniente para nós. No meu
caso, será uma TPA de 30% a cada 15 dias (baixa manutenção). Como só temos um peixe, a
produção de carga orgânica é baixa e podemos manter essa rotina.

Um lar feliz para nosso amigo


Meu betta Goku curtindo o novo lar.

Primeiro Aquário. Vamos Montar o Nosso?

 Categoria: AQUARISMO DOCE - O BÁSICO  


 Publicado: Sexta, 15 Setembro 2006 20:02
 Escrito por Eduardo Gerhardt
 Acessos: 140065

Devemos começar falando que após adquirir um peixe você estará levando para casa um ser
vivo que requer cuidados como qualquer outro animal de estimação. Este é o primeiro passo
para quem está começando no hobby, saber o tamanho da responsabilidade que se tem ao
adquirir um peixe pois, afinal de contas, muitas vezes estamos retirando o mesmo de seu
habitat natural e o mínimo que podemos fazer é dar a ele uma qualidade de vida digna e por
mais que se faça, nunca será a mesma que na natureza. Então, proporcionar um lugar onde ele
possa crescer e até quem sabe procriar é o mínimo que devemos fazer. Para tal precisamos ter
em mente que um aquário bem montando e estabilizado dificilmente trará problemas futuros, a
menos que haja descuido do próprio aquarista.

Vamos falar resumidamente sobre equipamentos, testes e cuidados básicos para iniciantes, mas
que são fundamentais para se obter sucesso desde a primeira montagem.

Filtro. É o equipamento mais importante, pois é ele que realiza a filtragem mecânica, química e
biológica do aquário. Este tem que ser bem escolhido. Dê preferência para filtros em que caibam
uma boa quantidade de materiais filtrantes. Se preferir, pode-se montar um.

O recomendado é que o filtro circule no mínimo cinco vezes o volume de água do aquário.
Esqueça o uso do famoso FBF (Filtro Biológico de Fundo), aquelas placas pretas sob o cascalho.
Com o passar do tempo ele passa a ser mais um causador de problemas do que propriamente
um filtro biológico. Este é um equipamento ultrapassado no aquarismo e mesmo que ainda
haja pessoas que defendam seu uso (principalmente vendedores mal informados) é um método
que deve ser definitivamente descartado.

Os materiais filtrantes que costumam usar nos filtros são os seguintes:

- Perlon. Onde ficam retidas as partículas em suspensão na água, realizando assim a filtragem
mecânica.

- Cerâmica. É onde vai ficar a grande concentração da colônia de bactérias, realizando a


filtragem biológica, muito importante. Pode-se também usar outros tipos de materiais não tão
comuns (como fibras) para fixação de bactérias.

- Carvão Ativado: É onde será feita a filtragem química da água. Algumas pessoas utilizam
removedores de amônia, de fosfatos, de nitratos, etc, mas o mais comum é o carvão ativo. Em
aquários bem montados esta filtragem pode ser dispensada.

Uma recomendação muito importante é de nunca desligar o filtro. Lembre-se que a colônia de
bactérias só pode ficar algumas horas sem oxigenação, muito tempo sem oxigênio tende a
fragilizar e até matar toda a colônia. Vale lembrar que nunca se deve deixar o filtro ligado sem
água dentro, pois ele poderá queimar por super-aquecimento.

Aquecedor com termostato. Indispensável para quem mora em regiões onde a temperatura
costuma cair bastante, principalmente à noite. Este nada mais faz do que manter a água do
aquário em uma temperatura constante. Por exemplo, se você regular ele em 25º e a
temperatura da água cair para 24º ele aciona sozinho e faz a água voltar para os 25º.

Mudanças muito bruscas de temperatura serão prejudiciais para os peixes, por isso a
necessidade do uso deste equipamento. Mesmo assim é recomendado ter um termômetro para
acompanhar a temperatura em caso de uma possível “pane” do termostato.

O ideal é que a temperatura fique entre 23º a 27ºC, esse é o recomendado, mas claro que varia
de espécie para espécie. Dê uma pesquisada sobre a espécie que vai adquirir e veja a
temperatura recomendada para a mesma. Já adiantando, nunca deixe a temperatura acima
dos 30ºC e nem abaixo dos 20ºC para peixes tropicais. Faça a escolha do aquecedor seguindo a
formula de 1Watt/litro. Por exemplo, se o aquário tiver 80 litros escolha um aquecedor de 80W
ou o valor mais próximo disso.

Você nunca deve ligar o aquecedor fora do aquário e mesmo se estiver dentro, o recomendado
é que tire da tomada e deixe esfriar com a temperatura da água para somente depois retirá-lo.
O choque térmico pode causar a quebra do vidro de proteção do equipamento.

O aquecedor somente aquece a água, não resfria. Para isso pode-se usar métodos mais baratos
como ventoinhas próximas à superfície ou equipamentos mais sofisticados como um chiller, que
tanto pode aquecer como resfriar a água, muito importante em aquários com invertebrados, já
que nestes a água deve se manter entre 20º e 25ºC, coisa quase impossível em regiões
tropicais.

Iluminação. Depende muito do tipo de aquário. Um plantado, por exemplo, requer uma
iluminação maior que um aquário somente de peixes devido aos cuidados que se deve ter com
as plantas. A grosso modo, é recomendado 1 Watt/litro. A grande maioria dos iniciantes no
hobby aderem às plantas de plástico em seu primeiro aquário, então a iluminação não será um
grande problema, podendo ter como “regra”:

Para plantados 1 Watt/litro e não plantados 0,3 Watt/litro.

Para calcular o volume de água do aquário basta multiplicar o comprimento pela altura, pela
largura e com todos valores em centímetros, dividir o resultado por mil. Deste modo, se obterá
o resultado em litros.

A iluminação não deve ser forte, pois deixa os peixes estressados e tira o seu brilho e cor. O
período de iluminação do aquário deve ser de 10 a 12 horas diárias. Coordene também o
período em que a lâmpada vai ficar acesa e mantenha sempre o mesmo horário. Escolha, por
exemplo, ligar as 7:00h e apagar as 19:00h, período de 12 horas. Faça todos os dias o mesmo
horário para os peixes adquirirem uma noção de “dia e noite”. Podemos também usar um
temporizador que fará essa função de acender e apagar as luzes no mesmo horário,
automaticamente.

Lembre-se que os peixes dormem apesar de não ter pálpebras, não se engane, eles dormem
sim.

Decoração. Deve-se ter cuidado ao adquirir a decoração do aquário, pois muitas pedras/rochas
têm o poder de alterar o pH da água. Neste caso, procure comprar pedras neutras, ou seja, que
não interferem no pH da água. As pedras têm o poder de alcalinizar a água, mas nunca
acidificar. O que faz esse efeito de acidificar normalmente são os troncos, que também fazem
parte da decoração.
Falando em troncos, este também é um dos erros mais comuns de quem está começando. Por
verem troncos nos aquários acabam colocando qualquer madeira sem saber que alguns soltam
substâncias tóxicas na água e mesmo os que são considerados “ideais” ainda assim precisam
passar por um tratamento, assunto para outro artigo.

Conchas do mar devem ser descartadas pois aumentam muito o pH, exceto se for manter, por
exemplo, ciclideos africanos que requerem um pH muito elevado.

Cuidado também para não colocar nada pontudo no aquário, pois os peixes certamente vão se
machucar nessas pontas.

Quando colocar a decoração, procure fazer tocas ou esconderijos para os peixes. Quando os
mesmos estiverem estressados um esconderijo será de grande serventia, sem contar que tocas
são excelentes para peixes com hábitos noturnos.

Você nunca deve utilizar aqueles cascalhos coloridos, eles soltam tinta e também podem
estressar os peixes. O cascalho deve ser muito bem lavado e preferencialmente fervido antes de
ser introduzido no aquário. É valido também colocar um fundo no aquário para esconder toda a
"bagulhada" que fica atrás como o filtro externo, fios, etc. Pode-se usar aqueles fundos com
paisagens, papel contact ou cartolinas.

Comprando os peixes. Quando comprar os peixes dê preferência para aqueles que têm uma
coloração normal, nem muito clara, nem muito escura. Se algum deles estiver com um
comportamento diferente dos demais como estar quieto no fundo, ou nadando na superfície
(exceto para espécies com esses hábitos), não o leve, certamente este peixe está com algum
problema. Algumas espécies somente com o passar do dedo no aquário acompanham seu dedo
achando que vão ganhar comida.

Dê preferência para lojas com boa reputação, nessas lojas os peixes costumam ter um
tratamento melhor e conseqüentemente são mais saudáveis.

Tenha cuidado ao adquirir seus peixes para ver se são compatíveis entre si (isso inclui
principalmente ao fator do pH) e se vão se adaptar com o tamanho do seu aquário. Um dos
maiores mitos do nosso hobby é exatamente este, “quanto maior o aquário mais o peixe cresce”.
Isso é história de gente desinformada, um peixe irá crescer independentemente do tamanho do
aquário, e se colocado em um aquário menor do que o recomendado pode sofrer de graves
problemas como estresse constante, atrofiamento e até morte.

Não compre peixes além do que o seu aquário comporta. Dê uma boa pesquisada em
quais/quantos peixes você poderá colocar em seu aquário, do contrário terá diversos
problemas. Um exemplo clássico são níveis elevadíssimos de amônia que é um composto
extremamente tóxico para os peixes, podendo levá-los facilmente a morte.

Se comprar peixes de aquários diferentes, peça para o lojista colocar em saquinhos separados.
É interessante também que se coloque/enrole o saquinho em algo escuro diminuindo assim o
estresse do animal na viagem até em casa.

Introduzindo os peixes no aquário. Para isto o aquário deve estar devidamente ciclado e
adaptado para receber seus novos habitantes. Nunca monte um aquário e logo em seguida
coloque os peixes. O período de ciclagem geralmente é em torno de 30 a 40 dias. Neste período,
deve-se acompanhar os níveis de amônia, nitritos e nitratos, que devem aumentar. Quando a
amônia e nitrito caírem a zero depois de terem subido, aí sim, o aquário está pronto para
receber os habitantes. Mas cuidado, os peixes devem ser colocados aos poucos para que a
colônia de bactérias se adeque ao aumento da carga biológica.

Quando colocar os peixes no aquário deixe o saquinho boiando na água por uns 15 minutos
para os peixes se adaptarem à temperatura do aquário, após, coloque um pouco da água do
aquário no saquinho. Faça isso em intervalos de 5 minutos até completar 15 minutos. Este
procedimento é feito para os peixes se acostumarem com os fatores químicos da água do
aquário, após isto pode-se então colocar os peixes.

Não coloque a água do saquinho no aquário, jogue-a fora. E não se assuste se no início os
peixes ficarem quietos no fundo, se escondendo, ou não se alimentarem. É normal que fiquem
assim devido à mudança. Podem também perder sua coloração, mas após terem se adaptado
ao aquário recuperam sua cor normal.

Alimentação. Um dos problemas dos iniciantes é o excesso de comida. Quando alimentar os


peixes, coloque apenas o suficiente para ser consumido em até cinco segundos, espere-os
comer e coloque mais um pouco. Quando observar que a procura por comida diminuiu, já está
na hora de parar de alimentá-los. Fazendo este procedimento evita-se restos de comida que
resultaria em matéria orgânica em excesso, algas, turvamento da água, etc.

Procure variar a alimentação dos peixes, não se limite a oferecer sempre a mesma ração. Peixes
comem praticamente de tudo, então, a necessidade de variar. Tente sempre oferecer rações de
boa qualidade.

Procure também oferecer-lhes alimentos vivos uma vez por semana como por exemplo
artêmias ou enquitréias, pois são ótimas para complementar sua dieta.
No calor, os peixes costumam comer mais.

Nunca alimente seus peixes à noite com as lâmpadas apagadas a não ser com rações
específicas no caso da manutenção de peixes de fundo. Procure (assim como a iluminação)
definir um horário fixo para alimentá-los, sendo que de duas a três vezes por dia já está ótimo.

Cuidado para não deixar o pote de comida aberto ou perto do calor das lâmpadas.

Atente para o fato de que um alimento velho perde suas características nutritivas. Sempre que
comprar uma ração observe a data de fabricação. Caso esteja velha, descarte sua compra.

Não ofereça aos peixes rações de má qualidade, migalhas de pão ou bolachas.

Manutenção. Outro fator muito importante para se obter sucesso com um aquário. As
manutenções devem ser seguidas a risca principalmente em aquários pequenos. É aí que entra
mais um dos mitos do hobby: “Aquário pequeno dá menos trabalho que um grande”. Isso está
extremamente errado, um aquário grande é muito mais estável que um pequeno. Em um
aquário pequeno os fatores químicos e físicos da água tendem a variar muito. Então não se
deixe enganar: um aquário grande dá menos trabalho que um pequeno e a chance de obter
sucesso é muito maior do que com um de pequeno porte.

Como os fatores da água tendem a variar principalmente em aquários pequenos, deve-se


sempre ter em mãos alguns testes. Os principais são testes de amônia, nitrito e pH, e estes
devem ser observados constantemente. Outro produto que se deve ter em mãos é o anticloro.
Muita gente perde seus peixes por não saber que não se pode colocar água da torneira
diretamente no aquário sem antes eliminar o cloro existente nela. Se caso usar condicionadores
de água o uso do anti-cloro torna-se desnecessário, pois este produto além de neutralizar os
metais pesados também elimina o cloro e outros compostos nocivos.

Faça tpas (trocas parciais de água) semanais sifonando bem o fundo do aquário. Isto serve para
retirar todo o acúmulo de matéria orgânica que fica no substrato. Troque de 30% a 40%,
repondo água nos mesmos parâmetros de pH e temperatura da água do aquário,
preferencialmente uma água tratada com condicionadores e descansada. Em aquários grandes
pode-se fazer esse procedimento de 15 em 15 dias.

NUNCA deve-se lavar o aquário. No momento em que se faz isso o ciclo que se criou acaba se
“quebrando”, matando toda a colônia de bactérias e voltando a estaca zero. O filtro deve estar
sempre limpo e a troca dos elementos filtrantes físico e químico deve ser realizada sempre que
necessário. Nunca troque os elementos da filtragem biológica, esta deve ser somente lavada
com a própria água do aquário e sem esfregar muito.

Cuidados. Alguns cuidados parecem besteira, mas devem ser seguidos. Um dos mais
importantes é que se você já tem um aquário ciclado e habitado, quando comprar peixes ou
plantas estes têm que passar por uma quarentena evitando assim transmitir doenças,
protozoários, vírus, bactérias e etc para o aquário. Para os peixes deve-se ter um aquário de
quarentena e para as plantas pode-se deixá-las em bacias ou garrafas cortadas.

Outro cuidado muito importante é, após detectar um peixe doente, ele deve ser retirado do
aquário principal e medicado em aquário hospital. Não use remédios no aquário principal, isso
pode prejudicar a colônia de bactérias, alterar o pH e etc.

Procure escolher primeiro os peixes que se vai criar para somente depois comprar o aquário,
assim fica mais fácil comprar/adequar o aquário para os habitantes e as chances de se obter
sucesso aumentam ainda mais.

Colocar a mão dentro do aquário deve ser evitado a menos que seja de extrema necessidade.

A injeção de CO2 deve ser realizada somente se for um aquário plantado, mesmo assim é
necessário pesquisar sobre as plantas que pretende adquirir para ter certeza que as mesmas
necessitam deste procedimento.

Não monte seu aquário perto de janelas ou lugares onde haja luz solar ou muita claridade.

Evite colocar peixes que nadam rápido em aquários pequenos. Todo aquário deve ter uma
placa de isopor embaixo dele, isso anula as pequenas imperfeições da superfície onde o aquário
se encontra.

Bater no vidro do aquário é ruim, os peixes costumam se assustar e acabam se machucando.


Cuidado com choques externos no vidro.

Peixes de diferentes portes não devem ser mantidos no mesmo aquário, pois os menores podem
ser devorados.

Muita movimentação na água por conseqüência do sistema de filtragem pode estressar os


peixes.

Removedores de amônia devem ser usados somente quando estiver tendo problemas com esse
composto.

Quantidade de Peixes. Minha Visão Pessoal.

 Categoria: AQUARISMO DOCE - O BÁSICO  


 Publicado: Sexta, 19 Outubro 2012 07:10
 Escrito por Mateus Camboim
 Acessos: 11651

Uma das dúvidas mais frequentes quando se fala em aquarismo é até que ponto se pode
povoar um aquário? Essa dúvida não é exclusiva dos iniciantes, mas sim de todos que cultivam
esse hobby. Então como determinar um valor exato, quando se trata de um assunto que pode
definir o sucesso ou o fracasso de uma montagem? Realmente não é fácil e vários pontos devem
ser considerados.

Muitos aquários são montados perfeitamente, com todos os equipamentos necessários e


adequados, todos os testes, condicionadores, substrato, decoração etc, mas logo após inseridos
os peixes, o caos acontece: mortes prematuras, peixes com o corpo machucado, nadadeiras
corroídas, peixes escondidos, peixes com cor apática, súbito aumento dos compostos
nitrogenados, queda brusca de pH. Porém, nem sempre os sintomas são tão visíveis, podendo
agir de forma muito mais sutil: os peixes, simplesmente não atingem seu tamanho máximo, por
exemplo. Tornam-se mais agressivos do que o normal e esperado.

Diversos aquaristas dizem que é uma decisão pessoal que cabe apenas ao próprio dono ter o
bom senso de saber onde parar e quando. Porém, como definir o bom senso, principalmente pra
quem está começando, portanto deslumbrado com as inúmeras espécies, cheias de cor e
movimento? Por isso, que desenvolvi essa coluna, não para restringir e criar regras para a
quantidade de peixes, mas para dar um ponto de partida que mostre uma maneira fácil e
segura de iniciar a escolha dos habitantes do aquário.

Vamos desmistificar algumas coisas:

"Peixes crescem de acordo com o tamanho do aquário."

Geralmente o que vemos são peixes atrofiados, seja por limitação dos movimentos seja por
envenenamento lento e contínuo por nitrato.

"Basta seguir a regra de 1cm/litro."

Então se eu pegar um Oscar de 35cm posso colocá-lo em um aquário com volume de uns
35/40 litros? Não. O que deve ser levado em conta é a espécie que se pretende criar (tamanho,
comportamento, capacidade de produzir dejetos, etc);

"Vou comprar um peixe mesmo assim, quando ele crescer demais eu comprarei outro aquário."

Quem dera isso realmente acontecesse. Sabemos que, pelo menos a maioria de nós não temos
condições financeiras de ficar trocando de aquário a cada 6 meses... Além do fato de que
qualquer mudança estressa tanto os peixes como o aquarista.

"Mas eu conheço um amigo que mantém peixes grandes em aquários pequenos e eles estão muito
bem há um anos e poucos meses"

Outro ponto importante, é que as pessoas esquecem que a maioria dos peixes ornamentais vive
muito, geralmente as espécies que tem a menor expectativa de vida vivem em média 2 ou 3
anos. Alguns vão de 8 à 12 anos, e existem outras que ultrapassam facilmente 20 anos. Então
para um peixe que vive mais de 10 anos, o que significam 12 meses? Veja quantos anos a
montagem deste seu amigo se mantém sem mortes e com peixes saudáveis e vigorosos.

Logo após refletirmos sobre os fatos acima, sempre devemos nos aprofundar ainda mais: então
não é possível manter um grande número de peixes em um aquário considerado pequeno para
suportar tal fauna? Não necessariamente. É possível montar e manter de 30, 40 ou 50 litros
com mais de 10 ou 15 peixes, saudáveis e ativos. Claro que vai variar de espécie para espécie.
Devemos levar em conta outros aspectos além dos simplesmente técnicos (restritos à medidas e
volumes):

- Estabilidade do Sistema: poucos peixes, que não excedam o adequado recomendável


garantem uma maior estabilidade do sistema como um todo (parâmetros mais duradouros e
alterações mais fáceis de serem percebidas e se necessário, corrigidas à tempo). Assim a
manutenção fica facilitada, evitando transtornos. Porém, não quer dizer que todo o aquário com
peixes à mais vai ficar desestabilizado, e aí que entra o bom senso: Manter uns à mais pode ser
perfeitamente possível, dependendo da espécie. Principalmente com os menores como Tetras,
Poecilídeos, Dânios, Barbos e Rásboras que não ultrapassem os 5 cm.

- Maior espaço livre para nadar: os peixes dessa forma conseguem realizar “passeios”
completos, exercitando ao máximo seus músculos e suas nadadeiras. Garante também um
pleno desenvolvimento do peixe, que pode atingir e até superar o tamanho esperado. Mais uma
vez devemos pensar e observar se os peixes estão conseguindo nadar livremente, sem
impecílios. Caso perceba que já não é possível ao peixe nadar sem ter que desviar toda hora dos
outros, hora de diminuir a população.

- Tempo para descobrir


novas espécies: quando
se é iniciante (e quando
não se é também), é
muito fácil acharmos
aquele peixe, o nosso
preferido. Então logo o
compramos em grande
quantidade. Porém,
passado algum tempo,
surge na loja outra
espécie que nos encanta,
mas não poderemos
comprar porque o
aquário já está lotado daquele peixe que adquirimos primeiramente. E é por isso que ao
comprarmos aos poucos os habitantes, damos tempo para que eventuais descobertas
apareçam e possamos então adquirí-las, à nossa vontade. Porém, esse ponto está mais
relacionado à ansiedade e à falta de pesquisa mesmo, melhor sempre procurar por informações
sobre quais peixes gostamos mais.

Primeiramente, devemos levar em conta apenas o tamanho do peixe já adulto, mesmo que
ainda seja alevino. Também devemos levar em conta um acréscimo de 20 à 30% de água extra,
afinal o aquário geralmente recebe substrato, equipamentos e demais itens que ocupam
espaço.

Em segundo, as características dos peixes. Kinguios, por exemplo, são muito sujões, poluem
rapidamente a água. Então não devemos colocar muitos em um aquário, sempre através de
uma regrinha que vem dando resultados bem positivos: de 100 à 150 litros de água para o
primeiro Kinguio e de 40 à 60 litros à mais para cada um adicionado. Nesse caso o tamanho e a
carga orgânica produzida por eles foram levados em conta.

Claro que como foi dito antes cada caso é um caso e é possível abrir exceções de acordo com
situação. Cabe ao aquarista avaliar, baseado no que aprendeu sobre aquarismo responsável o
que pode ser alterado.

Quanto maior é um aquário, maior a capacidade de abrigar um grande número de peixes. No


caso do Óscar (Astronotus ocelattus), para cada peixe o cálculo exige 280 litros, logo para um
grupo de 5 seriam necessários 1.400 litros certo? Não!!! É possível manter perfeitamente bem e
com conforto 5 peixes desta espécie em aquários com mais de 700 litros aproximadamente,
talvez um pouco menos.

As medidas do tanque também devem ser observadas, para espécies altas como Acarás
Bandeira (Pterophyllum scalare) e Acarás Disco ( Symphysodon aequifasciatus), mais vale um
aquário alto do que um muito comprido. Para espécies muito ativas como Paulistinhas (Danio
rerio) e Barbos, por exemplo, vale muito mais um aquário comprido e baixinho do que o
contrário. Nestes casos separados nota-se que o volume é importante, mas as dimensões são
mais ainda e devem ser levadas em consideração na hora da escolha das espécies.

Percebe-se como é importante dar uma base ao aquarista para que à partir desse ponto ele
possa raciocinar e descobrir como popular corretamente um aquário. Aquarismo consciente e
responsável deve ser sempre a prioridade, sobrepondo-se aos simples desejos e caprichos do
praticante do Hobby. Não é correto superpopular um tanque só porque você queria levar um
exemplar de cada espécie que viu na loja, pondo em risco o bem-estar físico do animal,
estressando-o e muitas vezes ceifando sua vida muito antes do que seria o ideal.

Assim como também não é correto adotar a quantidade que usamos em aquários plantados,
que parece ser uma tendência "chata". Como no aquário plantado o principal são as plantas, os
peixes exercem função secundária, então sempre estarão em número muito baixo. Muitos
aquaristas tomam esse conceito para aquários comuns. Um aquário comum, sem muitas
plantas e com poucos peixes é realmente uma coisa muito, mas muito sem graça.

O dia em que eu for obrigado a manter no meu aquário de 70 litros apenas 8 ou 10 peixinhos
minúsculos, abandono o aquarismo e vou procurar outro hobby.

Repito mais uma vez: o que escrevi não tem como função impor algo à ninguém, e sim servir
como esteio para que seja possível chegar à um resultado satisfatório: um aquário bonito, com
peixes na medida, sadios e que vivam muito, proporcionando inúmeras alegrias e descobertas
ao aquarista.

Pensem bem antes de escolher a fauna que povoará por muitos anos seu aquário!

Quanto Tempo Vive um Peixe no Aquário?

 Categoria: AQUARISMO DOCE - O BÁSICO  


 Publicado: Segunda, 31 Janeiro 2011 11:00
 Escrito por Katsuzo Koike
 Acessos: 62705

Muitos aquaristas já se questionaram sobre o tempo de vida dos peixes que criam. O pior é que
grande parte das fichas de peixes ornamentais não traz essa informação. Curiosidade à parte, o
ciclo de vida dos peixes de aquário depende de muitas variáveis, além, claro, das características
de cada espécie.
Leia
Leia mais:Quanto
mais:Quanto Tempo
Tempo Vive
Vive um
um Peixe
Peixe no
no Aquário?
Aquário?

Quarentena, Entenda a sua Importância!

 Categoria: AQUARISMO DOCE - O BÁSICO  


 Publicado: Segunda, 03 Abril 2006 08:42
 Escrito por Eiti Yamasaki
 Acessos: 4251
Todo peixe é susceptível a doenças e adquirem-nas com certa facilidade em aquário, devido ao
tamanho extremamente reduzido desse ambiente. Peixes saudáveis já apresentam maior
resistência natural contra diversos seres invasores. Porém, quando sob certas circunstâncias,
essa resistência cai e é nesse momento que seu organismo fica exposto a diversos agentes
etiológicos que só estavam esperando por uma oportunidade como esta.

Transporte, variação nos parâmetros da água, má qualidade da água, incompatibilidade de


peixes, entre outros, estressam os peixes, baixando assim, sua resistência natural. Nos aquários
das lojas, na maioria das vezes, os peixes sofrem de pelo menos 2 desses fatores, e estão
sempre muito estressados, por isso estão bem susceptíveis a contrariar diversos tipos de
doenças.

Devido a isso que não podemos introduzí-los diretamente em nossos aquários, estabilizados e
livres de parasitas. Antes de introduzí-los, devemos dar um período para que possíveis doenças
se manifestem antes e assim, possamos tratá-los, se preciso. Esse período é chamado de
quarentena e o aquário onde se passa esse período, chamamos de aquário-quarentena (AQ).

Como o peixe permanecerá por um tempo considerável nesse aquário (mínimo de 6 semanas),
devemos ter todo o equipamento necessário para a manutenção dos peixes. Filtros,
aquecedores... A única diferença do AQ para o aquário principal (AP), é a falta de ornamentos,
substratos, etc. Isso, para facilitar sua manutenção e limpeza. Ele também não deve ser muito
pequeno (pelo menos 50 litros, para peixes pequenos-médios).

Um dos problemas dos aquários de quarentena, é que normalmente não ficam funcionando
direto (são desmontados na ausência de peixes). Por isso, não costuma ter as bactérias
benéficas em quantidade significativa (essas bactérias começam a fazer efeito a partir de 6
semanas. O aquário só estabiliza em aproximadamente 6 meses), assim, toda a amônia
formada não pode prosseguir no ciclo do nitrogênio e resultar em nitrato que não é tão tóxicos
aos peixes. Uma característica das bactérias, é que se fixam em qualquer superfície de contato
no aquário. Usamos cerâmicas e outros objetos porosos para sua fixação, para que haja maior
superfície de contato onde as bactérias possam se fixar. Assim, em menor volume, tem-se um
maior número de bactérias. Para que haja uma formação rápida de uma colônia de bactérias no
AQ, basta então transferir as bactérias do AP (já estabilizado) para o AQ. Para transferir,
podemos usar os elementos filtrantes do AP, no AQ. Não precisa nem usá-los, basta "lavá-los"
dentro da água do AQ, que no meio das "sujeiras", haverá milhões de bactérias benéficas, que se
fixarão no seu filtro, outra forma é manter um filtro de esponjas no AP, para que quando
preciso, tenha uma boa quantidade de bactérias para transferir para o AP, mesmo assim,
lembre-se que ainda não há a quantidade de bactérias necessárias, que só com o tempo se
formarão, mas dessa forma já se evitaremos possíveis desastres.

Durante a quarentena, os peixes devem ser observados atentamente, diariamente. Procure


manter a rotina e tipo de alimentação, temperatura, pH, etc, semelhantes aos do AP, para que
já possam ir se acostumando. Esse período também é bom, para o fortalecimento dos peixes, já
que na maioria das vezes, chegam fracos da loja. Mesmo que nada de anormal aconteça nas
primeiras semanas, deve-se aguardar o período mínimo, já que há ciclos de parasitas que
levam várias semanas e por isso, podem demorar a se manifestar.

Caso apareça algum sintoma, é preciso diagnosticar rapidamente e iniciar o tratamento.


Quanto antes começar o tratamento, maiores são as chances de recuperação. O peixe deve ser
tratado nesse mesmo aquário, que chamaremos agora de aquário-hospital (AH).

No AH, os parâmetros da água já não precisam ser iguais aos do AP, mas sim, ideais para o
combate à doença, principalmente com relação à temperatura. A limpeza do aquário também
deve ser feita com mais freqüência e é recomendável aumentar a oxigenação do aquário, ou
seja, no AH, é necessário cuidado especial para com a qualidade da água, que é um fator
determinante para o sucesso de qualquer tratamento, aliás, manter a qualidade da água é o
melhor tratamento profilático contra doenças.

Tendo a certeza de que o peixe está totalmente curado, voltamos ao período de recuperação –
quarentena (pelo menos mais duas semanas após a cura), mas num estágio mais avançado,
onde se inicia o processo de introdução do peixe ao AP.

No entanto, mesmo após a quarentena, é preciso ter atenção aos peixes novos. Todos os peixes
interagem com uma grande quantidade de microorganismos, incluindo alguns agentes
etiológicos, porém, esta população é controlada e não consegue afetar o peixe, devido a um
fator já discutido, sua resistência natural. O problema é que essa resistência é diferente em
cada peixe e não sabemos como os microorganismos dos peixes do AP, interagirão com os
peixes novos, a recíproca também é válida, então a quarentena não garante total sucesso na
introdução de novos peixes, mas já ajuda bastante pois estes não estarão introduzindo novos
agentes etiológicos no AP, ou pelo menos não tantos como estariam sem a quarentena.
Aquaristas mais exigentes chegam a, no final da quarentena, introduzir dois peixes do AP no AQ
e observar as suas reações na presença dos microorganismos presentes nos peixes novos que já
estavam no AQ, evitando assim expor todo o sistema já estabilizado que existe no AP.

O processo de adaptação para o AP, consiste em realizar trocas parciais, usando a água do AP
como a de reposição. Se os parâmetros das águas dos 2 aquários não estiverem muito
diferentes, a transferência pode ser feita no mesmo dia. Do contrário, é melhor fazer no dia
seguinte.

Seguindo todo esse processo, dificilmente terá problemas com peixes recém chegados ao AP. O
risco de doenças também é muito menor. Lembre-se, todo peixe carrega consigo, bactérias e
outros microorganismos, e muitos deles poderiam fazer mal a ele, mas num aquário
estabilizado, sob condições ideais, dificilmente irão causar problemas. Somente quando há
condições para o desenvolvimento desses seres, é que conseguirão vencer o sistema
imunológico dos peixes. Por isso devemos sempre manter o aquário em boas condições.

Enfim, o aquário de quarentena, não é um artigo opcional, ou de luxo. É um básico do


aquarismo, que deve ser considerado um equipamento integrante do aquário principal assim
como um filtro ou aquecedor, por exemplo. Sem ele, arriscamos a vida de toda a população do
aquário.

Como dizem, é melhor prevenir, que remediar!

Testes para Aquários de Água Doce.

 Categoria: AQUARISMO DOCE - O BÁSICO  


 Publicado: Quarta, 20 Fevereiro 2013 00:10
 Escrito por Thiago Benedicto
 Acessos: 10475

Teste de pH (Acidez)
O que significa o valor de pH?
O valor de pH ou o "grau de acidez"
indica em que medida uma água é
ácida ou básica (alcalina). Esta é uma
medida para a concentração dos
componentes ácidos ou básicos numa
solução aquosa. A água pura reage de
forma neutra e possui o valor de pH 7.
Se, as partículas ácidas dominarem,
então o valor de pH desce para menos
de 7. Se, ao contrário, os componentes
alcalinos estiverem em maioria, então
o valor de pH sobe para mais de 7.

Qual é o melhor valor de pH?


Nos aquários de água doce, o melhor
valor de pH para a maioria dos peixes fica entre 5.8 e 7.2. Muitos organismos reagem de forma
altamente sensível a grandes oscilações do valor de pH. Devem-se evitar descidas e subidas
bruscas.

Teste de GH (Dureza)

O que significa dureza de carbonatos?


A dureza total GH indica-nos a quantidade de sais de magnésio e cálcio dissolvidos na água. Se
a quantidade destes sais for pequena, dizemos que a água é mole; se a quantidade for grande,
dizemos que a água é dura. Na maior parte das vezes, a indicação é dada em graus de dureza
alemã (ºdH), sendo 1º dH equivalente a 10 mg de óxido de cálcio dissolvido num litro de água.
A concentração destes sais na água influência as funções orgânicas dos peixes e das plantas.

Qual é o melhor valor para a dureza total?


Isso depende dos tipos de peixes. Muitas espécies africanas (por exemplo APHYOSEMION) e
asiáticas (por exemplo TRICOGASTER) suportam bem a água dura. Os sul-americanos, pelo
contrário, precisam de água mole para se sentirem bem. Uma dureza de 3-10ºdH é
considerada uma dureza muito boa para os aquários de água doce. Pesquise qual a dureza
correta para os seus peixes.

Teste de KH (Alcalinidade)

O que significa KH?


KH ou reserva alcalina é a quantidade de íons de carbonato hidrogenado dissolvido na água do
aquário. Sua quantidade está intimamente ligada com o valor de pH, onde os carbonatos
hidrogenados assumem uma função de tampão impedindo que haja variações repentinas de pH.

Teste de Nitrito/Nitrato

Qual o significado do valores de nitritos e de nitratos?


Os ions de nitrito(NO2-) e de nitrato(NO3-) resultam do processo de nitrificação, que se inicia
com a formação de amônia e termina com a formação de nitrato que poderá ser absorvido
pelas plantas ou algas do aquário. A formação de nitritos (tóxico) constitui uma etapa
intermediária do processo de nitrificação altamente tóxica para os peixes e moluscos. O seu
efeito fisiológico consite em impedir que as moléculas de hemoglobina contidas nos glóbulos
vermelhos do sangue fixem o oxigênio, impedindo assim a respiração celular com a consequente
morte dos tecidos celulares pela falta de oxigênio. Normalmente o ion de nitrito (tóxico)
formado a partir do ion de amônia é rapidamente oxidado pelas bactérias nitrificantes,
formando um ion de nitrato comparativamente não tóxico. Se o processo de oxidação pelas
bactérias for inibido, como por exemplo a introdução de novo material filtrante, pode ocorrer
um aumento desfavorável de concentração de nitritos(tóxico).

O nitrato constitui a etapa final da nitrificação e exerce um efeito tóxico menor nos peixes e
moluscos, porém ainda prejudicial para os corais vivos marinhos em concentração alta. A
concentração de nitratos no aquário resulta em primeira instância das proteínas existentes dos
restos de alimentos, assim como dos excrementos e dos processos de decomposição orgânica.
Normalmente as concentrações de nitratos existentes no aquário não tem efeitos tóxicos. Porém
nos aquários de água salgada se existirem concentrações muito elevadas de nitratos, podem
resultar num crescimento menor, nulo e até a morte dos corais mais sensíveis. Outro problema
será o aparecimento e crescimento de algas indesejáveis.

Quais valores de nitritos podem ser considerados seguros?


Para água doce geralmente as concentrações seguras oscilam normalmente entre 0.02 e 0.10
mg/litro de nitritos, muito embora não devam exceder os 0.05 mg/l.

Quais valores de nitratos podem ser considerados perigosos?


Geralmente para água doce as concentrações ótimas de nitratos situam-se abaixo de 20 mg/l.
Tendo em conta o tipo e densidade de ocupação de animais, concentrações de até 80 mg/l
poderão ser toleradas. Contudo concentrações superiores a 100 mg/l devem ser evitadas. Neste
contexto tem de ser tido em conta o papel dos nitratos como nutrientes para plantas e a
importância de um ótimo potencial redox. As plantas em bom estado frequêntemente estão
associadas a valores de nitratos muito elevados devido às plantas não poderem utilizar esta
fonte de nitrogênio em condições de potencial redox muito alto.

Teste de Amônia/Amônio

O que significa concentração total de amônia?


O ion de amônia resulta da mineralização do azoto (nitrogênio). O azoto ligado organicamente
nos restos de comida e nos excrementos (por exemplo: proteínas) é transformado pelas
bactérias que separam albumina, sendo libertado sob a forma de ions inorgânicos de amônio
NH4+ e amoníaco NH3-. Para valores de pH inferiores a 7.0 predominam os ions de amônia,
enquanto que para valores de pH superiores a 7.0 predomina cada vez mais o amoníaco.

O amônio é muito perigoso na medida em que afeta severamente o processo respiratório.


Penetra facilmente nas células, fazendo subir o pH e bloqueando as funções vitais. As plantas
aquáticas usam o ion de amônio como fonte de azoto. Num aquário saudável e bem
estabelecido, os ions de amônio oxidam-se rapidamente, convertendo-se em nitritos em
seguida em nitratos, por ação de bactérias nitrificantes. Se esta cadeia do processo for
quebrada, pode ocorrer uma subida repentina da concentração de ions amônio.
Qual concentração de amônia é inócua?
No que diz respeito a água doce e pH ácido ou levemente alcalino, em condições normais, 0,1
mg/l é tido como uma concentração total de amônia normal, não devendo ser ultrapassado o
limite máximo de 0,5 mg/l.

Quinta 4 Agosto 2016

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