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Direito Penal I – Tempo e espaço da Lei Penal Fabíola Kocemba

causa extintiva de punibilidade (art. 107, III, CP);


1. ÂMBITO TEMPORAL DA LEI PENAL
ou, se como lex mitior favorece de qualquer modo
 Embora a lei penal exista desde a sua o réu, é sempre retroativa (art. 2º, parágrafo
promulgação, só será obrigatória com a único, CP);
publicação oficial;  Se anterior, continua a geral efeitos após ter sido
 A vigência é, pois, uma qualidade relativa ao lapso revogada, isto é, seus efeitos perduram no tempo,
temporal de atuação da norma jurídica. Em vigor, ainda que cessada sua vigência formal (princípio
passa a surtir efeitos no presente e para o futuro; da ultratividade);
 Recebe a denominação de vacatio legis o período  Dispõe o artigo 2º do Código Penal: “ninguém
de tempo entre sua publicação oficial e o início da pode ser punido por fato que a lei posterior deixa
vigência; de considerar crime, cessando em virtude dela a
 “salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar execução e os efeitos penais da sentença
em todo o País 45 dias depois de oficialmente condenatória. Parágrafo único. A lei posterior, que
publicada” (art. 1º, LINDB); de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se
 O término da vigência formal ocorre com a perda aos fatos anteriores, ainda que decididos por
de obrigatoriedade da lei por meio de sua sentença condenatória transitada em julgado.”;
revogação total (ab-rogação) ou parcial  A lei penal mais benéfica é a única que tem extra-
(derrogação) feita por outra, de forma expressa atividade: é retroativa quando posterior e
ou tácita; ultrativa quando anterior;
 A ordem jurídica não permanece imutável no  Da sucessão de leis no tempo podem ser extraídas
tempo: enquanto umas leis se extinguem, outras as seguintes hipóteses:
surgem para regular as transformações sociais. 1) A lei posterior (lei nova) incrimina fato não previsto na
anterior – vale o princípio da irretroatividade;
5.1 IRRETROATIVIDADE E RETROATIVIDADE DA 2) A lei posterior desiscrimina fato anteriormente
LEI PENAL FAVORÁVEL punível – vale o princípio da retroatividade favorável
(abolitio criminis);
 O conflito temporal de normas pressupõe uma
3) A lei posterior pune o mesmo fato mais gravemente
sequência de leis penais e rege-se pelo princípio
que a anterior (novatio legis in pejus) – vale o princípio
constitucional da irretroatividade (art. 5º, XL, CF),
da ultratividade; e
com a aplicação da lei vigente no momento da
4) A lei posterior beneficia de qualquer forma o agente
prática do fato punível – tempus regitactum –,
(novatio legis in mellius) – vale o princípio da
afirmando-se a anterioridade da lei penal e a
retroatividade favorável.
exigência de segurança jurídica;
 Ninguém pode ser sancionado penalmente em 5.2 LEI EXCEPCIONAL OU TEMPORÁRIA E LEI
relação a um fato que na época de sua realização PENAL EM BRANCO
era irrelevante para o Direito Penal;
 Como exceção à regra da não retroatividade  Art. 3º, CP – “a lei excepcional ou temporária,
desfavorável, emerge o princípio da embora decorrido o período de sua duração ou
retroatividade da lei benéfica, com base não só cessadas as circunstâncias que a determinaram,
em razões humanitárias (humanitatis causa), de aplica-se ao fato praticado durante a sua vigência”
liberdade (favor libertatis), de justiça, de equidade  A primeira – lei excepcional – é aquela que visa
ou de igualdade de tratamento, mas, sobretudo, atender situações excepcionais que, de
considerando que a pena mais leve da lei nova é anormalidade social ou de emergência (estado de
justa e a mais severa da lei revogada é sítio, calamidade pública, grave crise econômica),
desnecessária; não fixando prazo de sua vigência, quer dizer, tem
 Se lei posterior (lei nova) deixa de considerar eficácia enquanto perdurar o fato que a motivou;
infração penal fato incriminado pela lei anterior,  A lei temporária prevê formalmente o período de
dá lugar à abolitio criminis (art. 2º, caput, CP) – tempo de sua vigência, ou seja, delimita de
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antemão o lapso temporal em que estará em  De conformidade com a lei brasileira, “considera-
vigor. Exige duas condicionantes: situação se praticado o crime no momento da ação ou
transitória de emergência e termo de vigência; omissão, ainda que outro seja o momento do
 A lei excepcional e a temporária ou transitória têm resultado” (art. 4º, CP);
em comum o regime específico da ultratividade  A teoria da ação ou da atividade é a acolhida,
gravosa, em razão da finalidade perseguida: sendo o tempo da infração penal tanto o da ação
aplicam-se ao fato realizado durante sua vigência, como o da omissão, independentemente do
embora decorrido o período de sua duração ou momento do evento, salvo para a prescrição e
cessadas as circunstâncias que as determinaram decadência (arts. 111 e 103, CP);
(art. 3º, CP);  a) delito permanente – a conduta se prolonga no
 Assim, a lei posterior não tem o condão de revogá- tempo pela vontade do agente e o tempo do
las; o que na verdade ocorre é uma crime é o de sua duração (art. 148 – sequestro e
autorrevogação – prevista pela própria lei cárcere privado);
excepcional ou temporária. Não tem a  b) delito habitual – como o anterior, mas com a
virtualidade de regular novas hipóteses, sendo caracterização da habitualidade – prática
que sua vigência se fundamenta na solução de um repetitiva de atos (art. 229 – estabelecimento
conflito atual e não do passado; para exploração sexual);
 Por outro lado, a lei penal em branco, como já  c) delito continuado – formado por uma
mencionado, é aquela que necessita de pluralidade de atos delitivos, mas legalmente
complementação de ato normativo diverso que valorados como um só delito para efeito de
também passa ter natureza penal. Está sanção (art. 71): o tempo do crime é o da prática
subordinada às regras gerais que disciplinam a de cada ação ou omissão. Deve ser observado aqui
sucessão de lei penais no tempo: irretroatividade o princípio do tempus regit actum;
da lei mais severa e retroatividade da lei mais  d) delito omissivo – o que importa é o último
benigna. Nesse caso, a lei penal em branco tem instante em que o agente ainda podia realizar a
por objetivo garantir a obediência da norma ação obrigada (crime omissivo próprio) ou a ação
complementar; adequada para impedir o resultado (crime
 No entanto, quando a lei penal em branco omissivo impróprio);
objetiva assegurar o efeito regulador do elemento  e) concurso de pessoas – o decisivo é o momento
integrador temporal contido em outro dispositivo de cada uma das condutas individualmente
legal – efeito de regulação das normas de consideradas.
referência (o injusto no momento do fato), mas
não em relação às próprias normas – aplica-se o 6. ÂMBITO ESPACIAL DA LEI PENAL
critério da ultratividade;
 Designa-se o conjunto de normas de Direito
5.3 TEMPO DO CRIME interno referente aos limites de aplicação da lei
penal no espaço;
 Teorias:  Cada Estado é soberano para delimitar seu
1) Teoria da atividade ou da ação – considera-se próprio poder punitivo, em observância às regras
o delito realizada com a ação ou a omissão do de Direito Internacional;
agente;  Quando um delito ofende interesses de mais de
2) Teoria do resultado ou do evento – o um Estado que confere a si o direito de puni-lo,
momento da prática do crime é aquele em surge o Direito Penal Internacional, como o ramo
que ocorreu o efeito; do DP que regula o complexo de problemas penais
3) Teoria mista ou unitária – o tempo do delito é que se apresentam no plano internacional, de
considerado tanto o da ação como o do modo a prevenir e resolver conflitos que surjam
resultado. entre várias soberanias.
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6.1 PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS praticado no estrangeiro e contra estrangeiro
(competência do iudex deprehensionis). Assim,
 a) princípio da territorialidade – aplica-se a lei consagra-se o entendimento de que
penal aos fatos puníveis praticados no território determinadas condutas delitivas afetam valores
nacional, independentemente da nacionalidade essenciais da ordem comunitária internacional,
do agente, do ofendido ou do bem jurídico lesado. como autênticos crimes societas generis humani
É justificado pela tese da soberania territorial, (ex., delitos de genocídio, terrorismo, pirataria
segundo a qual a lei penal é territorial porque se aérea, tráfico de drogas). Afirma-se, então, o
aplica no espaço em que se exercita a soberania postulado de comunidade de interesses entre os
do Estado; Estados. A competência aqui é aferida pelo
 art. 5º, caput, CP – “aplica-se a lei brasileira, sem critério da prevenção;
prejuízo de convenções, tratados e regras de  e) princípio da representação, da bandeira ou do
direito internacional, ao crime cometido no pavilhão – aplica-se a lei do Estado em que está
território nacional; registrada a embarcação ou aeronave, ou cuja
 b) princípio real, de defesa ou da proteção de bandeira ostenta, quando o delito ocorre no
interesses – aplica-se a lei penal do Estado titular estrangeiro e aí não é julgado (ex., art. 7.º, II, c,
do bem jurídico lesado ou ameaçado, onde quer CP).
que o delito tenha sido cometido e qualquer que
seja a nacionalidade do seu autor. Devem ser 6.2 CONCEITO DE TERRITÓRIO NACIONAL
objeto de tutela exclusivamente bens ou
 é o âmbito espacial sujeito ao poder soberano do
interesses estatais, coletivos ou comunitários e
Estado;
não de ordem individual (ex.: art. 7º, I, CP);
 o território nacional – efetivo ou real –
 c) princípio da nacionalidade ou da personalidade
compreende:
– aplica-se a lei penal do país de origem do agente,
onde quer que ele se encontre (ex.: art. 7º, II, b,  a superfície terrestre (solo e subsolo);
CP). Decompõe-se em: personalidade ativa e  as águas territoriais (fluviais, lacustres e
passiva – caso a lei aplicada seja da nacionalidade marítimas); e o
do sujeito ativo ou passivo da infração penal. Tem  espaço aéreo correspondente.
aplicação subsidiária para evitar a impunidade de  Entendem-se, ainda, como sendo território
delitos perpetrados em país estrangeiro por nacional – por extensão ou flutuante – as
nacionais de outro Estado (aut dedere aut punire), embarcações e as aeronaves, por força de uma
porque na maioria dos países vige a regra da não ficção jurídica;
extradição dos seus cidadãos. Daí a precisa  “Art. 5º, § 1º - para os efeitos penais, consideram-
assertiva de que a consequência natural da se como extensão do território nacional as
ampliação do poder punitivo em razão desse embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza
princípio é a proteção que o Estado confere a seus pública ou a serviço do governo brasileiro onde
súditos ante o jus puniendí estrangeiro. Diante da quer que se encontrem, bem como as aeronaves
alternativa de punir ou entregar ao Estado e as embarcações brasileiras, mercantes ou de
legitimado para a punição, o princípio da propriedade privada, que se achem,
personalidade dá preferência à primeira opção; respectivamente, no espaço aéreo
 d) princípio da universalidade ou da justiça correspondente ou em alto-mar. § 2º - é também
mundial – aplica-se a lei nacional a todos os fatos aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a
puníveis, sem levar em conta o lugar do delito, a bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras
nacionalidade de seu autor ou do bem jurídico de propriedade privada, achando-se aquelas em
atingido (art. 7.0, II, a, CP). Constitui-se em um pouso no território nacional ou em voo no espaço
expoente do ideal de uma justiça penal universal, aéreo correspondente, e estas em porto ou mar
sob a base do imperativo de justiça-eliminação da territorial do Brasil”;
impunidade-, ainda que o delito tenha sido
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6.3 LUGAR DO DELITO 6.4 EXTRATERRITORIALIDADE

 A lei penal brasileira, com fundamento no  As hipóteses de aplicação extraterritorial da lei


princípio da territorialidade, tem incidência sobre penal brasileira estão previstas no art. 7º e
todas as infrações penais cometidas no território constituem exceções ao princípio geral do art. 5º;
nacional;  a) extraterritorialidade incondicionada – aplica-se
 a) teoria da ação ou da atividade – lugar do delito a lei brasileira sem nenhuma condicionante (art.
é aquele em que se realizou a ação ou omissão 7º, I, CP), ainda que o agente tenha sido julgado
típica; no estrangeiro (art. 7º, §1º, CP), com fundamento
 b) teoria do resultado ou do efeito – lugar do delito nos princípios de defesa (art. 7º, I, a, b, e c, CP) e
é aquele em que ocorreu o evento ou o resultado; da universalidade (art. 7º, I, d, CP);
 c) teoria da intenção – lugar do delito é aquele em  b) extraterritorialidade condicionada – aplica-se a
que deve ocorrer o resultado, segundo a intenção lei brasileira quando satisfeitos os requisitos que
do autor; se seguem:
 d) teoria do efeito intermédio ou do efeito mais 1) “nos casos do inciso I o agente é punido
próximo – lugar do delito é aquele em que a segundo a lei brasileira, ainda que absolvido
energia movimentada pela atuação do agente ou condenado no estrangeiro (art. 7º, §1º,
alcança a vítima ou o bem jurídico; CP);
 e) teoria da ação a distância ou da longa mão – 2) “Nos casos do inciso II, a aplicação da lei penal
lugar do delito é aquele em que se verificou o ato brasileira depende do concurso das seguintes
executivo; condições:
 f) teoria limitado da ubiquidade – lugar do delito a) entrar o agente no território nacional;
tanto pode ser o da ação como o do resultado; b) ser o fato punível também no país em que
 g) teoria pura da ubiquidade, mista ou unitária – foi praticado;
lugar do delito tanto pode ser o da conduta como c) estar o crime incluído entre aqueles pelos
o do resultado ou o lugar do bem jurídico atingido. quais a lei brasileira autoriza a extradição;
 Esta última é a teoria adotada pela lei pátria: d) não ter sido o agente absolvido no
“considera-se praticado o crime no lugar em que estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena;
ocorreu a ação ou a omissão, no todo ou em parte, e) não ter sido o agente perdoado no
bem como onde se produziu ou deveria produzir- estrangeiro ou, por outro motivo, não estar
se o resultado” (art. 6º, CP); extinta a punibilidade, segundo a lei mais
 Com a adoção da teoria mista, evita-se o favorável” (art. 7º, §2º, CP, com base nos
inconveniente dos conflitos negativos de princípios da justiça universal (art. 7º, II, a,
jurisdição (o Estado em que ocorreu o resultado CP), da personalidade (art. 7º, II, b, CP), da
adotando a teoria da ação e vice-versa) e bandeira (art. 7º, II, c, CP) e da defesa (art. 7º,
soluciona-se a questão do crime a distância, em §3º, CP).
que a ação e o resultado realizam-se em lugares
6.5 EXTRADIÇÃO
diversos;
 Art. 8º CP – “a pena cumprida no estrangeiro  A noção de extradição diz respeito ao Direito
atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo Penal por relacionar-se com a aplicação ou o
crime, quando diversas vezes, ou nela [e putada, exercício efetivo do jus puniendi do Estado; ao
quando idênticas”. Direito Internacional Público, porque supõe ou
implica relações entre os Estados, com o fim de
repressão à criminalidade;
 A extradição consiste no ato pelo qual um Estado
entrega um indivíduo acusado de fato delituoso
ou já condenado como criminoso à justiça de
outro Estado, competente para julgá-lo e puni-lo;
Direito Penal I – Tempo e espaço da Lei Penal Fabíola Kocemba
 A extradição pode ser: a) ativa: exerce-se em processo extradicional. A lei brasileira dispõe: não
relação ao Estado que a reclama; b) passiva: diz se concederá a extradição quando o Brasil for
respeito ao Estado que a concede; c) voluntária: competente, segundo suas leis, para julgar o
quando o extraditando consente em sua crime imputado ao extraditando; deve-se
extradição; d) imposta: quando o extraditando a computar o tempo de prisão que, no Brasil, foi
ela se opõe; e) instrutória: o pedido de extradição imposta por força da extradição (arts. 77, III; 91, II,
objetiva submeter o sujeito a processo penal; O EE, respectivamente); e g) princípio da
executória: destina-se a obrigar o sujeito ao reciprocidade: a extradição poderá ser concedida
cumprimento da pena imposta. Já pela quando o governo requerente se fundamentar em
reextradição, o Estado que obteve a extradição tratado, ou quando prometer ao Brasil a
(requerente) torna-se requerido por um terceiro reciprocidade (art. 76, EE). As condições para a
Estado, que solicita a entrega da pessoa concessão da extradição vêm enumeradas no art.
extraditada; 77 e no art. 78 do EE.
 Os princípios informativos da extradição são os
seguintes: a) princípio da legalidade: como toda 6.6 DEPORTAÇÃO E EXPULSÃO
matéria penal, a extradição também vem  A deportação e a expulsão são medidas
informada pelo princípio da legalidade: não se compulsórias administrativas de polícia com a
concederá a extradição sem lei anterior que finalidade comum de obrigar o estrangeiro a
definir o delito e a pena relativos àquela -Nullum deixar o território nacional;
crimen sine lege, nulla traditio sine lege; b)
 Consiste a deportação na saída obrigatória do
princípio da especialidade: geralmente previsto estrangeiro para o país de sua nacionalidade ou
nos tratados e convênios, por esse princípio o procedência ou para outro que consinta em
extraditado não pode ser julgado por fato diverso
recebê-lo, realizando-se por procedimento
do que tenha motivado sua extradição. Não pode policial sumário (art. 58, caput e parágrafo único,
ser o extraditando preso nem processado por EE). Verifica-se a deportação nos casos de entrada
fatos anteriores ao pedido (art. 91, l, EE); c)
ou estada irregular de estrangeiro, isto é, do
princípio da identidade ou da idoneidade: não se clandestino (art. 5 7, EE). O deportado pode
concederá a extradição quando o fato que a reingressar no território nacional sob certas
motivar não for tido como delito no Brasil ou no condições;
Estado requerente (art. 77, II, EE). Por essa
 Ocorre a expulsão quando o estrangeiro atentar,
exigência, o fato pelo qual se concede a extradição
de qualquer forma, "contra a segurança nacional,
deve estar consagrado como delito pela lei dos
a ordem política ou social, a tranquilidade ou
Estados contratantes, ainda que com
moralidade pública e a economia popular, ou cujo
denominação distinta; d) princípio da comutação:
procedimento o torne nocivo à conveniência e aos
prevê a comutação em pena privativa de
interesses nacionais" (art. 65, caput, EE). Sua
liberdade, a pena corporal ou de morte,
principal consequência é a de impedir a volta do
ressalvados, quanto à última, os casos em que a
estrangeiro ao território nacional;
lei brasileira permitir sua aplicação (art. 91, III, EE);
 A expulsão não é pena, mas medida preventiva de
e) princípio da jurisdicionalidade: não se
polícia.
concederá a extradição quando o extraditando
houver de responder, no Estado requerente,
perante Tribunal ou juízo de exceção (art. 77, VIII,
EE). Vigora aqui o princípio do juiz natural: não
haverá juízo ou tribunal de exceção (art. 5 .º,
XXXVII, CF); O princípio non bis in idem: a
extradição não será concedida quando o
extraditando já tenha sido julgado (ou esteja
sendo) pelos mesmos fatos que forem objeto do

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