Suplemento III - Tratamento e prevenção Outubro de 2010 / Brasília – DF
O Suplemento divulgado no dia 04/10/2010 pelo Ministério da Saúde faz referência a
prevençãoEm síntese, está demonstrado que o uso da TARV e a CV sanguínea não detectável reduzem o risco de transmissão sexual do HIV entre casais heterossexuais sorodiscordantes. Entretanto, com as evidências atualmente disponíveis, não é possível afirmar que esse risco esteja completamente eliminado. Em gestações planejadas, com intervenções adequadas e realizadas no momento oportuno, o risco de transmissão vertical do HIV pode ser reduzido para menos de 1%. Medidas de redução de risco de transmissão sexual do HIV entre casais sorodiscordantes, o cenário em que o homem é soropositivo e a parceira, soronegativa: • Homem em uso de TARV, com boa adesão ao tratamento; • Supressão máxima da replicação viral (pelo menos duas quantificações de CV com resultado indetectável, nos últimos seis meses)*; • Exceto quando for realizada a lavagem de esperma • Preferencialmente, condição imunológica estável; • Ausência de coinfecções ativas; • Ausência de infecções do trato genital; • Estabilidade clínica e ausência de infecções oportunistas ativas; • Profilaxia pré e/ou pós-exposição sexual, quando pertinente. Medidas de redução de risco de transmissão sexual do HIV entre casais sorodiscordantes, o cenário em que a mulher é soropositiva e o parceiro, soronegativo: • Caso a mulher soropositiva esteja em uso de TARV, deve haver boa adesão ao tratamento, com esquema seguro para gestação (evitar efavirenz) e carga viral com resultado não detectável, nos últimos seis meses; • Preferencialmente, LT-CD4+ acima de 200 células/mm3; • Ausência de coinfecções ativas; • Ausência de infecções do trato genital; • Estabilidade clínica e ausência de infecções oportunistas ativas. • • Medidas de redução de risco de transmissão de patógenos entre casais soroconcordantes: • Uso de TARV com boa adesão ao tratamento; • Supressão máxima da replicação viral (pelo menos duas quantificações de CV com resultado indetectável nos últimos seis meses); • No caso da mulher, que a contagem LT-CD4+ esteja acima de 200 células/mm3 e, no do homem, que a condição imunológica seja preferencialmente estável; • Avaliação e adequação da TARV da mulher (não teratogênica); • Ausência de coinfecções ativas; • Ausência de infecções do trato genital; • Estabilidade clínica e ausência de infecções oportunistas ativas.
A abordagem na situação de urgência é distinta daquela realizada no seguimento, já que a
profilaxia antirretroviral deve ser iniciada o mais precocemente possível, idealmente nas primeiras 2 horas5 após a exposição, tendo como limite as 72 horas subsequentes. Não é recomendado o início da profilaxia pós-exposição (PEP) caso a pessoa exposta chegue ao atendimento após 72 horas da ocorrência. Deve-se realizar sempre a testagem para HIV, VHB, VHC e sífilis (VDRL), visando definir se ocorreu transmissão prévia desses agravos. A profilaxia antirretroviral deve ser iniciada, idealmente, nas primeiras 2 horas ou no limite das 72 horas após a exposição; via de regra, recomenda-se que seja estruturada com zidovudina (AZT) + lamivudina (3TC) + tenofovir (TDF). Alternativamente, pode o TDF ser substituído por lopinavir/ritornavir (LPV/r).