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Olá!
Até breve!
Fabiano Pereira
fabianopereira@pontodosconcursos.com.br
“Por vezes sentimos que aquilo que fazemos não é senão uma
gota de água no mar. Mas o mar seria menor se lhe faltasse uma
gota”.
2. Órgãos Públicos
3. Centralização e descentralização
2. Órgãos públicos
Assim, deve ficar bem claro que a União resolveu criar centros
especializados de competências (órgãos públicos) para facilitar o alcance
de seus objetivos, estabelecidos expressamente no artigo 2º da CF/1988.
Gerencia do Programa de
Educação Fiscal – Geref
6ª) Não têm capacidade para representar em juízo a pessoa jurídica que
integram;
2.6. Classificação
3. Centralização e descentralização
É válido destacar que, por ser uma autarquia, o IBAMA será uma pessoa
jurídica de Direito Público, ou seja, terá personalidade jurídica própria e,
portanto, estará apto a contrair direitos e obrigações em seu próprio nome.
“XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a
instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação,
cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua
atuação”.
1. Criada pelo jurista alemão Otto Gierke, a teoria do órgão declara que a o
Estado manifesta a sua vontade através de seus órgãos, que são compostos de
agentes públicos. Sendo assim, a vontade do órgão é imputada à pessoa
jurídica a cuja estrutura está integrado, o que se convencionou denominar de
imputação volitiva;
2.1. Autarquias
2.1.1. Conceito
Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de Direito Privado
com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando
necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no
registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo.
2.1.5. Patrimônio
O patrimônio de uma autarquia é constituído por bens móveis e imóveis,
que são considerados integralmente bens públicos, não existindo participação
da iniciativa privada em sua constituição.
a) Servidores Públicos
O texto original do artigo 39 da Constituição Federal de 1988 estabelecia
que a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deveriam
estabelecer, no âmbito de sua competência, regime jurídico único (apenas
estatutário, celetista ou outro regime legal) para os servidores da
administração pública direta, das autarquias e das fundações públicas.
Sendo assim, com a suspensão, pelo STF, da alteração que havia sido
efetuada pela emenda constitucional nº 19, voltou a vigorar no Brasil o
famoso regime jurídico único.
b) Dirigentes
Além dos servidores públicos, ainda fazem parte do quadro de pessoal
das autarquias os seus respectivos dirigentes, que serão escolhidos na forma
da lei instituidora ou dos respectivos estatutos.
O professor José dos Santos Carvalho Filho, com a clareza que lhe é
peculiar, afirma que “em virtude da autonomia de que são titulares, na forma
do art. 18, da CF, cada uma das pessoas federativas tem competência para
instituir suas próprias autarquias, que ficarão vinculadas à respectiva
Administração Direta. Todavia, não são admissíveis autarquias
interestaduais e intermunicipais. Se há interesse de Estados e de
Municípios para executar serviços comuns, devem os interessados, por si
mesmos ou por pessoas descentralizadas, como é o caso de autarquias,
celebrar convênios ou consórcios administrativos, constituindo essa forma de
cooperação a gestão associada prevista no art. 241 da Constituição, tudo, é
óbvio, dentro do âmbito das respectivas competências constitucionais. Esta é
que deve ser a solução, e não a criação de autarquia única (ou outra pessoa
descentralizada) para interesse de diversos entes. Semelhante hipótese
provocaria deformação no sistema de administração direta e indireta, segundo
o qual cada pessoa descentralizada é vinculada apenas ao ente federativo
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PACOTE PREPARATÓRIO PARA O MPU – TÉCNICO/ADMINISTRAÇÃO
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responsável por sua instituição, e não simultaneamente a várias pessoas
federativas. Inexiste, por conseguinte, vinculação pluripessoal.
2.3.2. Classificação
a) Criação de subsidiárias
Nos termos do inciso XX, artigo 37, da Constituição Federal, depende de
autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias das empresas
estatais, assim como a participação de qualquer delas em empresa privada.
Para a criação de subsidiárias, não existe a necessidade de lei específica,
mas somente autorização legislativa (qualquer espécie legislativa). Além
disso, nos termos constitucionais, a autorização legislativa tem que ser
concedida em cada caso, ou seja, a cada criação de uma nova subsidiária.
Contudo, apesar de o texto constitucional ser expresso ao afirmar a
necessidade de autorização legislativa para cada caso, o Supremo Tribunal
Federal, no julgamento da ADI 1649, decidiu que a autorização legislativa
específica para a criação de empresas subsidiárias é dispensável nos casos
em que a lei autorizativa de criação da sociedade de economia mista ou
empresa pública matriz também previu a eventual formação das subsidiárias.
2.3.6. Licitação
O inciso III, § 1º, artigo 173, da CF/88, afirma expressamente que a lei
estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de
economia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de
produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo
sobre licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações,
observados os princípios da administração pública.
2.3.8. Falência
Consta expressamente no inciso I, artigo 2º, da Lei 11.101/2005 (que
regula a recuperação judicial, a extrajudicial e a falência do empresário e da
sociedade empresária), que não se aplicam às empresas públicas e às
sociedades de economia mista as regras gerais sobre a falência,
independentemente de explorarem atividade econômica ou prestarem serviços
públicos.
2.3.10. Patrimônio
O patrimônio da empresa pública e da sociedade de economia mista é
constituído, inicialmente, mediante transferência efetuada pelo ente político
criador (União, Estados, Municípios e Distrito Federal).
Enquanto integravam o patrimônio das citadas entidades políticas, os
bens eram considerados públicos. Todavia, a partir do momento que são
transferidos para o patrimônio das empresas estatais assumem a característica
de bens privados e, portanto, não gozam dos atributos da
imprescritibilidade, impenhorabilidade e alienabilidade condicionada.
Todavia, é necessário ficar atento ao entendimento do Supremo
Tribunal Federal quanto às empresas públicas e sociedades de
economia mista que prestam serviços públicos em regime de
exclusividade (monopólio). Nesse caso, os respectivos bens das
entidades serão considerados públicos, conforme se constata na
decisão proferida pelo STF em 2003:
a) Foro judicial
Nos termos do inciso I, artigo 109, da Constituição Federal de 1988, as
causas em que a empresa pública federal for interessada na condição de
autora, ré, assistente ou oponente, exceto as de falência, as de acidentes de
trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho, tramitarão na
justiça federal comum. Entretanto, nos casos de empresas públicas
estaduais ou municipais, as causas deverão tramitar na justiça estadual.
As sociedades de economia mista não gozam dessa prerrogativa e,
portanto, todas as ações judiciais em que for autora, ré, assistente ou
oponente, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à
Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho, tramitarão na justiça estadual,
independentemente de serem entidades federais, estaduais ou municipais.
Nos termos da Súmula n° 517 do Supremo Tribunal Federal “as
sociedades de economia mista só têm foro na Justiça Federal quando a
União intervém, como assistente ou opoente”.
c) Capital
As empresas públicas são constituídas por capital exclusivamente
estatal (público). O capital deve pertencer integralmente a entidades da
Administração Direta (União, Estados, Municípios e Distrito Federal) ou
Indireta (outras empresas públicas, autarquias, fundações públicas e
sociedades de economia mista), sendo vedada a participação de particulares
na integralização do capital.
Para que uma empresa pública seja considerada federal, é necessário
que a maioria do capital votante esteja sob o domínio da União. Nesses
termos, podemos considerar como federal uma empresa pública em que 60%
do capital votante pertença à União (mais da metade), 20% a um Estado, 10%
a uma sociedade de economia mista e 10% a um Município.
Por outro lado, as sociedades de economia mista são instituídas
mediante a integralização de capital proveniente do Poder Público e iniciativa
privada (particulares). É o denominado “capital misto”.
Para responder às questões do CESPE: As empresas públicas e as
sociedades de economia mista são constituídas por capital público e privado,
com participação majoritária do poder público (Auditor Interno/AUGE-MG
2009/CESPE). Assertiva incorreta.
O inciso III, artigo 5º, do Decreto-Lei 200/67, estabelece que, para ser
configurada como federal, a maioria das ações com direito a voto da sociedade
de economia mista deve pertencer à União.
2. Somente por lei específica poderá ser criada uma autarquia, seja ela
federal, estadual, municipal ou distrital;
10. As fundações públicas de Direito Público são criadas por lei e as fundações
públicas de Direito Privado tem a sua criação autorizada por lei;
3. Agências reguladoras
2. Contrato de gestão
O contrato de gestão tem origem na França e foi muito utilizado por
diversos países europeus, após a Segunda Guerra Mundial, com o objetivo de
introduzir na Administração Pública uma atuação visando à busca por
resultados.
O contrato de gestão, também denominado acordo-programa, está
intimamente relacionado com o princípio da eficiência, que deve servir de
parâmetro para toda a Administração Pública.
Segundo Peter Drucker, o contrato de gestão é um método de
planejamento e avaliação baseado em fatores quantitativos, pelo qual
superiores e subordinados elegem áreas prioritárias, estabelecem resultados a
serem alcançados, dimensionam as respectivas contribuições (metas) e
procedem ao acompanhamento sistemático do desempenho.
Sendo assim, deve ficar bem claro que o principal objetivo do contrato
de gestão é aumentar a autonomia gerencial, orçamentária e financeira de
órgãos e entidades públicos, facilitando assim o alcance de suas finalidades
previstas em lei.
3.4. Características
Analisando-se as questões de concursos públicos aplicadas pelas bancas
examinadoras nos últimos anos, bem como o entendimento dos principais
doutrinadores do país, é possível apontar as seguintes características inerentes
às agências reguladoras:
3.5.1. Dirigentes
62. Considere que um estado crie, por meio de lei, uma nova entidade
que receba a titularidade e o poder de execução de ações de
saneamento público. Nessa situação, configura-se a descentralização
administrativa efetivada por meio de outorga.
Na descentralização por outorga, uma entidade política (União,
Estados, DF e Municípios) cria ou autoriza a criação (em ambos os casos
através de lei específica) de entidades administrativas (autarquias,
fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista) que
receberão a titularidade e a responsabilidade pela execução de uma
determinada atividade administrativa.
Por outro lado, na descentralização por delegação uma entidade
política (União, Estados, DF e Municípios) ou administrativa, através de
contrato administrativo ou ato unilateral, transfere somente o exercício
de determinada atividade administrativa a uma pessoa física ou jurídica,
que já atuava anteriormente no mercado.
Perceba que na outorga ocorre a transferência da titularidade e da
execução do serviço, enquanto na delegação ocorre apenas a transferência da
execução, pois a titularidade do serviço permanece com o ente estatal.
Assertiva correta.
14. A autarquia é uma pessoa jurídica criada somente por lei específica
para executar funções descentralizadas típicas do Estado.
62. Considere que um estado crie, por meio de lei, uma nova entidade
que receba a titularidade e o poder de execução de ações de
saneamento público. Nessa situação, configura-se a descentralização
administrativa efetivada por meio de outorga.
GABARITO
01.E 02.E 03.X 04.E 05.E 06.E 07.E 08.C 09.E 10.C
11.C 12.E 13.E 14.C 15.E 16.E 17.E 18.E 19.C 20.E
21.C 22.C 23.E 24.E 25.C 26.E 27.E 28.E 29.E 30.E
31.C 32.C 33.E 34.C 35.E 36.E 37.E 38.E 39.C 40.E
41.C 42.E 43.E 44.E 45.C 46.E 47.E 48.E 49.E 50.E
51.X 52.E 53.E 54.E 55.E 56.E 57.C 58.E 59.E 60.C
61.E 62.C 63.E 64.C 65.E 66.X 67.E 68.C 69.C 70.E