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A DOUTRINA DOS SETE RAIOS

A Doutrina dos Sete Raios nos foi proposta pela Espiritualidade


como um meio condutor dos rituais e ensinamentos praticados em "A
CENTELHA DIVINA", metodizando-os em torno da analogia entre a Criação
Divina e o Arco-Íris, o qual reflete o espectro total de luzes perceptíveis ao
Ser Humano.

No arco-íris há sete cores principais, das quais originam-se todas as


outras colorações e tonalidades e, por conseguinte, tudo o que o olho
humano pode enxergar. Simbolicamente, portanto, toda a Criação
(perceptível ao Ser Humano), compreendendo a natureza, as vibrações e
mesmo os Orixás (imanências divinas), são representados por conjunto de
cores, já que também são perceptíveis aos nossos sentidos.

Cada uma das sete cores, bem como suas combinações,


correlaciona-se, simbolicamente, portanto a:

- Vibrações
- Sentimentos
- Elementos da Natureza
- Atividades humanas
- Orixás

O conjunto dessas características reflete, assim, a totalidade das


irradiações divinas ou, em outras palavras, tudo o que é originado de Deus.

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CONCEITOS BÁSICOS

Para entender a base de A CENTELHA e a Doutrina dos Sete Raios,


é preciso conhecer o símbolo que a representa:
O símbolo da CENTELHA não é apenas um logo. É um sinal magístico
de grande potência, pois concentra a representação de todas as vibrações
irradiadas de Deus, e que podem ser utilizadas através de evocações e
mentalizações. Por isso, o uso deste símbolo no dia a dia, em
concentrações, mentalizações e mesmo na forma de acessórios (pingentes,
por exemplo) movimenta vibrações positivas estimulando a defesa
espiritual, a atração de bons fluidos e o desenvolvimento de capacidades
parapsíquicas.

No centro do símbolo há um triângulo branco. Este triângulo representa


Deus em sua tríplice manifestação, mesmo considerando diversas correntes
espirituais, como segue:

 Pai, Filho e Espírito Santo para o Cristianismo


 Brahman, Shiva e Vishnu para o Hinduísmo
 Guaracy, Yaci e Rudá para os povos indígenas
 Zâmbi, Oxalá e Orunmilá (ou Ifá) para as tradições africanas

Há ainda diversas outras correntes religiosas que atribuem face trina a


Deus, em alusão aos poderes Gerante (ou fecundador), gestante (ou
fecundado) e gerado. As correntes africanistas ainda classificam esses três
poderes com a denominação de AXÉ (o poder dinâmico), ABÁ (o poder de
ordenar o Axé) e IWA (o poder de existir).

O branco escolhido para representar o Triângulo Divino simboliza a


fonte de tudo o que há, uma vez que todas as outras cores presentes no
arco-íris, misturadas em iguais proporções, formam a cor branca.

Sendo assim, embora qualquer tipo de representação de Deus fique


aquém da sua real natureza, utilizamos o triângulo branco para retratar a
potencialidade e a personalidade do Criador, de acordo com a capacidade
de entendimento humano.

Do triângulo branco, partem sete raios brancos que representam


justamente a essência de Deus sendo irradiada, criando a partir de si todas
as outras cores e, simbolicamente, tudo o que o ser humano pode perceber.

Cada um dos sete raios brancos centraliza e dá origem a uma cor e,


consigo a um conjunto de características a ela relacionadas, representando
tudo o que há na natureza, nas atividades humanas, nos sentimentos e na
espiritualidade, conforme demonstrado a seguir:

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OS SETE RAIOS E SUAS VIBRAÇÕES


O primeiro conjunto de vibrações acontece na transição entre o
invisível (simbolizado pelo negro, ou a ausência de cor) e o visível (o
vermelho, primeira faixa do espectro visível humano). Nessa faixa
transitória, rege Exu.

EXU: Rege sobre a paixão e os desejos / vontade. É aquele que traz o


movimento inicial e o começo de qualquer coisa. É o primeiro impulso, a
primeira centelha de qualquer fogo. Atua ainda sobre a sexualidade,
comunicação e negociações, e é o responsável pelos primeiros passos em
qualquer caminhada. Rege nas encruzilhadas, como ponto inicial de novos
caminhos. Situa-se na transição entre o oculto (simbolizado pela cor preta)
e o visível (simbolizado pela cor vermelha, primeiro raio do espectro visível
humano). Esta vibração pode ser evocada em auxílio ao início de qualquer
coisa (emprego, romance, mudanças, etc).

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VERMELHO – A FORÇA
Elemento: FOGO

O VERMELHO é a cor do fogo, a cor que traz movimento, impulso e


iniciativa. Refere-se também às paixões, à sexualidade e à FORÇA. Possui
relação com o chakra básico. Simbolicamente, representa não apenas o
primeiro passo de cada caminhada, como também a ação do próprio
caminhar.

Essa faixa vibratória é regida por Ogum mas, inseridos nela,


encontram-se os seguintes Orixás, regendo sobre os elementos e
atividades a seguir:

OGUM: Rege sobre a determinação e a luta para se atingir os objetivos. É


aquele que impulsiona durante qualquer caminhada. É o fogo que inflama a
vontade para que supere todos os obstáculos do caminho, auxiliando a
vencer demandas espirituais e materiais. Atua sobre o psiquismo humano,
estimulando o movimento, a ação e, havendo necessidade, a violência. É o
vermelho propriamente dito, a cor da atividade e do sangue que dá a vida.
Rege também sobre o elemento ferro, presente tanto no sangue -
impedindo a anemia e apatia -, quanto na natureza. Essa vibração pode ser
evocada em auxílio à abertura de caminhos, impulsão à frente, superação
de desânimo e vencimento de obstáculos. Sua cor é o vermelho vivo.

XANGÔ: Rege sobre o fogo propriamente dito e também sobre a justiça,


que garante ao caminhante o caminho reto e seguro. É o legislador, aquele
de caráter sólido e incorruptível. Sua personalidade forte e inflexível
assemelha-se à rocha, regendo também sobre pedreiras, coriscos,
meteoros e trovões. Na Umbanda, sua cor é o marrom, mas também possui
associação ao vermelho devido às vibrações do fogo que governa. Essa
vibração pode ser evocada em auxílio a questões judiciais e busca por
solidez profissional, espiritual e material.

Na transição da faixa vermelha para a faixa seguinte, a laranja, há um


conjunto de vibrações intermediárias que possuem características tanto de
uma quanto da outra. Esse conjunto de vibrações é regido pelo Orixá
abaixo:

OBÁ: Rege sobre o fogo (elemento do raio vermelho) e o ar (elemento do


próximo raio). Possui características semelhantes a Ogum, como a
determinação, a luta e a força de vontade, e também características
similares às de Iansã, Orixá das tempestades. Obá é, portanto, o fogo que
não se apaga, posto que alimentado pelo vento. Daí sua regência sobre
vibrações de obstinação, persistência, valor e honra (que não se submete
ao domínio de ninguém). Essa vibração pode ser evocada em auxílio à
persistência, extinguindo o desânimo que impede conquistas da vida. Na
Umbanda, as cores de sua guia são o vermelho e o laranja intercalados.

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LARANJA – A CORAGEM
Elemento: AR

O LARANJA possui relação com o chakra do baço e, por ser uma cor
obtida da fusão entre o vermelho (força) e o amarelo (mente/consciência),
representa a conjugação dessas duas qualidades, resultando
em CORAGEM; afinal, não há coragem sem que haja força e consciência
combinadas de acordo com uma das três proporções abaixo:

 Pouca força e muita consciência: Nesse caso, a pessoa não é forte, mas
acaba sendo encorajada pela sua consciência, que lhe impulsiona e lhe dá
a certeza da vitória;
 Mesmo nível de força e consciência: A pessoa é forte e tem certeza da
vitória. Não há fonte maior de coragem que esta.
 Muita força e pouca consciência: Nesse caso, o excesso de força e
impulso compensam a falta de consciência, estimulando a coragem
mesmo quando a pessoa deveria ser mais cautelosa.

Os Orixás que possuem afinidade com esta faixa vibratória são


bastante ativos e transmitem vibrações de coragem e valentia, enfrentando
– e mesmo comandando – até eguns (que vivem no Mundo Mental).
IANSÃ: Rege sobre o ar. É o próprio ar em movimento, gerando vendavais
e tempestades. Governando vibrações tão ativas, atua também sobre
vibrações de coragem, volúpia e força, o que lhe confere afinidade com os
Orixás da faixa vermelha (Exu, Ogum e Xangô).
É o Orixá que comanda os eguns, aproximando-se, também, de Xapanã.
Sua cor é o coral propriamente dito.

As vibrações desse raio podem ser evocadas em auxílio ao


fortalecimento da coragem e em pedidos para afastar eguns, auxiliando em
processos desobsessivos.

Sob as vibrações de Iansã, atuam as vibrações dos Baianos,


trazendo ousadia, alegria e propósito.

Na transição da faixa laranja para a faixa seguinte, a amarela, há um


conjunto de vibrações intermediárias que possuem características tanto de
uma quanto da outra. Esse conjunto de vibrações é regido pelo Orixá
abaixo:

EWÁ: Rege sobre o ar (elemento do raio laranja) e sobre o mundo mental


(que é o elemento do próximo raio). Possui características semelhantes a
Iansã, como a coragem e o controle sobre eguns, e também características
similares ao Povo do Oriente, o regente da faixa vibratória amarela. Ewá
rege sobre tudo o que não pode ser percebido pelos cinco sentidos, mas
pode ser imaginado ou idealizado pela mente, sendo, portanto, o Orixá dos
mistérios, do oculto, e também da inspiração e das artes. Rege ainda sobre
as nuvens, névoas e neblinas, que encobrem a visão, impedindo o
conhecimento do que está adiante. Por governar o desconhecido, rege
também sobre a morte e sobre os eguns, desligando a consciência das
pessoas no momento do desencarne. Quando Ewá não quer, não há morte,
pois a consciência não apagará. Esta característica lhe atribui grande
afinidade não só com Xapanã, mas também com Oxumarê, o Orixá que
rege todos os ciclos da natureza. A vibração de Ewá pode ser evocada em
auxílio à intuição, à comunicação mediúnica, em pedidos para afastar eguns
e Iku, a morte. Na Umbanda, as cores de sua guia são o vermelho
intercalado com o amarelo.

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AMARELO – A CONSCIÊNCIA
Elemento: MENTAL

O AMARELO possui relação com o chakra umbilical e é a cor da


CONSCIÊNCIA, da sabedoria e da busca pelo auto-aperfeiçoamento. Essa
faixa vibratória possui grande correlação com as atividades mentais, daí a
representação das auréolas douradas dos santos, ao redor de sua cabeça,
indicando sua inteligência e discernimento.

Dentro da faixa vibratória amarela há a linha de trabalho abaixo


citada, que é a regente dessa faixa, e que atua sobre as seguintes
vibrações:

POVO DO ORIENTE: Rege sobre o mundo mental. É a vibração que irradia


sobre as intenções de promoção de reforma íntima, fortalecimento da
consciência, aprendizado e superação de paixões, vibrando também sobre
a roda cíclica das reencarnações e do karma. Facilita a reflexão, a calma e
a meditação.

As vibrações desse raio podem ser evocadas para facilitar o desapego


e as boas intenções em função do aniquilamento do ego. A cor específica
do Povo do Oriente é o amarelo ouro.

Sob as vibrações do Povo do Oriente, atuam as vibrações do Povo


Cigano, favorecendo as mudanças de rumo e a solução de problemas
causados por mentalizações negativas e magias.

Na transição da faixa amarela para a faixa seguinte, a verde, há um


conjunto de vibrações intermediárias que possuem características tanto de
uma quanto da outra. Esse conjunto de vibrações é regido pelo Orixá
abaixo:

IROCO: Rege sobre a mente (elemento do raio amarelo) e sobre as matas


(elemento do próximo raio). Sua regência sobre a mente se dá pela
contagem do tempo, sua principal representação, e que nada mais é que a
interpretação criada pela mente da sucessão dos fatos que observa. A
correlação de Iroco com a mata origina-se da sua personificação na
Gameleira Branca, demonstrando a longevidade da árvore em relação à
condição humana. Rege também sobre mudanças climáticas e sequências
cronológicas. A vibração de Iroco pode ser evocada em auxílio à solução de
problemas que só o tempo pode resolver. Na Umbanda, todas as cores
podem ser utilizadas na confecção da guia de Iroco.

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VERDE – O AUXÍLIO
Elemento: MATAS

O VERDE possui relação com o chakra cardíaco e é o resultado da


fusão das cores amarelo (Mente) e azul (Amor). Onde há amor com
consciência (mente), há o desejo de auxiliar, de ajudar, de prover e de
curar. Por isso, o verde é a cor do AUXÍLIO, seja ele em termos materiais,
com a provisão de recursos necessários à vida, quanto em termos de
saúde, com a aplicação de remédios.

Dentro dessa faixa vibratória encontram-se as vibrações das matas,


pois nelas são encontradas as plantas e os animais, que são fontes de
recursos tanto para a manutenção da vida quanto da saúde; as plantas por
serem as bases dos remédios e os animais pela alimentação.

Dentro da faixa vibratória verde há os Orixás abaixo citados, atuando


sobre as seguintes vibrações:

OSSÂIN: Rege sobre a mata, atuando diretamente sobre a vegetação, suas


vibrações e propriedades energéticas e materiais, irradiando sobre a
formação de todos os remédios para a cura espiritual ou orgânica. A
vibração de Ossâin pode ser evocada em auxílio à saúde, quando se deseja
extrair o maior potencial curativo de alguma erva através do uso de chás e
remédios em geral, e também quando se deseja a purificação, o descarrego
ou o equilíbrio energético com o uso de folhas em banhos, sacudimentos,
etc. Na Umbanda, as cores da guia de Ossâin são o verde intercalado com
o branco.

OXÓSSI: Rege sobre a mata, atuando sobre a fauna e o equilíbrio do


ecossistema. Suas vibrações promovem a fartura e a saúde, visto que
representa o caçador que busca o alimento (caça) para o sustento e bem-
estar da comunidade. Vibra também sobre o trabalho, visto ser este o meio
de provisão da família nos dias atuais. Irradia sobre vibrações de
responsabilidade e razão.

As vibrações desse raio podem ser evocadas em auxílio à saúde, à


prosperidade, ao trabalho do dia a dia e ao extermínio da miséria. Oxóssi é
o Orixá regente dessa faixa, e a sua cor é o verde propriamente dito.

Sob as vibrações de Ossâin e Oxóssi, atuam as vibrações dos


Caboclos, Caboclas e Boiadeiros trazendo auxílio através da medicina
natural e estimulando o desenvolvimento de racionalidade e da
responsabilidade.

Na transição da faixa verde para a faixa seguinte, a azul, há um


conjunto de vibrações intermediárias que possuem características tanto de
uma quanto da outra. Esse conjunto de vibrações é regido pelo Orixá
abaixo:

LOGUNEDÉ: Rege sobre a mata (elemento do raio verde) e sobre as águas


(elemento do próximo raio). Sua regência sobre a mata lhe proporciona
características semelhantes ao Orixá Oxóssi, bem como sobre as vibrações
regidas pelo caçador. Sua regência sobre as águas lhe confere vibrações
similares à Oxum, como emoções, sentimentos, intuição e prosperidade.
Rege também sobre a juventude, precocidade e alegria. Essa vibração pode
ser evocada em auxílio ao socorro financeiro e à conquista de alegrias e
jovialidade. Na Umbanda, as cores da guia de Logunedé são o verde e o
azul intercalados.

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AZUL – O AMOR
Elemento: ÁGUA

O AZUL possui relação com o chakra laríngeo e é a cor do AMOR,


dos sentimentos, da ternura e da fraternidade. Reflete também a calma e a
compreensão, sendo frequentemente utilizado para tranquilizar ambientes e
pessoas.

Dentro dessa faixa vibratória encontram-se as vibrações das águas,


simbolicamente o elemento ligado à feminilidade, aos sentimentos e à
Oxum.

OXUM: Rege sobre a água, especificamente a doce, como rios, cachoeiras


e cascatas. Regendo sobre água, rege também sobre gestação e órgãos
genitais femininos. Irradia vibrações de amor, doçura, calma, intuição e
também de prosperidade. Oxum é o Orixá regente dessa faixa vibratória, a
qual pode ser evocada em auxílio à dificuldade de engravidar, à gestações
difíceis, à solução de problemas genitais femininos, à busca de afeto e à
solução de dificuldades financeiras. Na Umbanda, as cores da guia de
Oxum são o azul e branco intercalados.

Na transição da faixa azul para a faixa seguinte, a índigo, há um


conjunto de vibrações intermediárias que possuem características tanto de
uma quanto da outra. Esse conjunto de vibrações é regido pelo Orixá
abaixo:

IBEJI: Rege sobre as águas, já que vibra sobre pureza de sentimentos.


Este tipo de regência lhe atribui características próximas tanto da faixa azul
quanto da faixa índigo, que é a faixa da Criação. Representa o princípio do
crescimento, de algo que já foi gerado e que tende a se desenvolver. Por
isso, rege também sobre locais na natureza onde há elementos em
crescimento, como jardins (flores e sementes), filhotes de animais e mesmo
crianças. Essa vibração pode ser evocada em auxílio ao desenvolvimento
de qualquer projeto que esteja passando por dificuldades, ou para encontrar
soluções imediatas para questões difíceis. Na Umbanda, a cor da guia de
Ibeji é o cor de rosa. Em alguns casos, pode-se aceitar a intercalação com o
azul.
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ÍNDIGO – A CRIAÇÃO
Elemento: ÁGUA

O ÍNDIGO possui relação com o chakra frontal e é a cor da


CRIAÇÃO, já que é o resultado da mistura do azul (amor) com o lilás
(doação). Onde há doação com amor, há criação. Reflete também as
idealizações, a sensibilidade mediúnica e a clarividência.

Dentro dessa faixa vibratória encontram-se as vibrações das águas,


tal qual na faixa azul, porém agora, dinamizadas pela doação do lilás. Se o
azul gera pelo amor, o índigo cria o que foi gerado. É portanto, a faixa que
representa a maternidade, a família e o cuidado com os demais.

Dentro da faixa vibratória índigo há o Orixá abaixo citado, atuando


sobre as seguintes vibrações:

IEMANJÁ: Rege sobre a água, especificamente a salgada, das praias e


oceanos. Regendo sobre água, rege sobre emoções, porém com mais
referências ao “criar” que o observado na faixa azul. Irradia vibrações de
amor, doçura, educação, atenção, carinho, cuidado e maternidade. Iemanjá
é o Orixá regente dessa faixa vibratória, a qual pode ser evocada em auxílio
às desavenças familiares e em auxílio ao equilíbrio espiritual, já que
Iemanjá é considerada a mãe de todos os Orixás, por ser no mar, o
repositório de todas as vibrações da natureza. Auxilia também no
apaziguamento de quizilas e distúrbios energéticos. Na Umbanda, a guia de
Iemanjá é confeccionada com contas transparentes, mas a do Povo do Mar
em geral é feita com contas índigo.

Sob as vibrações de Iemanjá, atuam as vibrações dos Marinheiros,


favorecendo o descarrego de emoções aprisionadas e a busca por novos
portos-seguros que possibilitem o crescimento.

Na transição da faixa índigo para a faixa seguinte, a lilás, há um


conjunto de vibrações intermediárias que possuem características tanto de
uma quanto da outra. Esse conjunto de vibrações é regido pelo Orixá
abaixo:

NANÃ: Rege sobre a água (elemento do raio índigo) e sobre a terra


(elemento do próximo raio). Com essa regência, vibra também sobre lamas,
pântanos e locais de águas paradas. Simboliza o final do “Criar” e o começo
da aplicação do que foi aprendido durante a vida. Por isso, representa a
senioridade e a sabedoria. Suas vibrações aproximam-se da morte, por ser
este o momento em que tudo o que deveria ter sido aprendido já passou.
Auxilia na absorção de conhecimentos, na cura de doenças e no trato com
eguns. Na Umbanda, a guia de Nanã é roxa.

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LILÁS – A DOAÇÃO
Elemento: TERRA

O LILÁS possui relação com o chakra coronário e é a cor da


DOAÇÃO, já que é o resultado da mistura do azul (amor) com o vermelho
(força). Onde há amor e força, há amor em atividade: doação! Reflete
também a espiritualidade em sua mais nobre interpretação: ativa e pura.

Nessa faixa vibratória encontram-se as vibrações da terra, elemento


que, simbolicamente, doa de si os nutrientes para que haja vida vegetal e
animal. É, também, por isso, elemento transformador.

Dentro da faixa vibratória lilás há o Orixá abaixo citado, atuando sobre


as seguintes vibrações:

XAPANÃ: Rege sobre a terra e sobre todas as transformações ocorridas


com sua ação, desde a decomposição dos corpos, até a transformação de
suas substâncias em nutrientes para novos organismos. Suas vibrações
atuam também sobre o desencarne, as doenças, a libertação do espírito do
corpo e a transmutação do material em espiritual. Possui grande ascensão
sobre eguns. É o Orixá que comanda essa faixa vibratória, cujas irradiações
podem ser utilizadas em casos de doença, morte iminente e afastamento de
eguns. A cor da guia de Xapanã na Umbanda é o preto, vermelho e branco.

Sob as vibrações de Xapanã, atuam as vibrações dos Pretos-Velhos


e das Santas Almas Benditas, favorecendo a elucidação do espírito e a
solução de processos obsessivos.

Na transição da faixa lilás para a faixa seguinte, a branca, há um


conjunto de vibrações intermediárias que possuem características tanto de
uma quanto da outra. Esse conjunto de vibrações é regido pelo Orixá
abaixo:

OXUMARÊ: Este Orixá liga a terra ao céu através de um de seus símbolos


(o arco-íris), que anuncia a bonança após a tempestade. É também
representado pela cobra que rasteja sobre a terra e que troca
periodicamente de pele, permitindo o seu crescimento e renovação, sendo,
por isso, o Orixá responsável por todas as transformações e ciclos da
natureza, desde as estações do ano até o movimento dos astros. Não há,
portanto, nada no mundo material que não esteja sob sua regência, o que o
liga também ao conceito de “plenitude”. Suas vibrações podem ser
evocadas para dar dinamismo a situações estagnadas ou para trazer
mudanças radicais em vários aspectos da vida, incluindo a financeira. Na
Umbanda, a cor de sua guia é o verde e amarelo ou pode ser
confeccionada com as sete cores do arco-íris.

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BRANCO – A PLENITUDE
Elemento: MUNDO MATERIAL

O BRANCO possui relação com todos os chakras combinados e em


perfeita harmonia, e é a cor da PLENITUDE, já que é o resultado da mistura
das sete cores antecessoras. Onde há força, coragem, consciência, auxílio,
amor, criação e doação em proporções iguais, ou seja, em harmonia, há
plenitude! Reflete também a fé e a paz.

Nessa faixa vibratória encontram-se as vibrações de todo o mundo


material, de toda a Criação Divina, em abundância e plenitude.

Dentro da faixa vibratória branca há o Orixá abaixo citado, atuando


sobre as seguintes vibrações:

OXALÁ: Rege sobre toda a Criação, por ser, justamente, a potência


criadora por natureza. Suas vibrações transmitem paz, fé, harmonia,
espiritualidade e tudo o que possa ser considerado elevado. É o Orixá
regente dessa faixa vibratória, a qual pode ser evocada em casos de
atribulações materiais ou espirituais, falta de fé ou necessidade de socorro e
misericórdia. Sua guia na Umbanda é feita de contas brancas leitosas. No
símbolo da CENTELHA é representado pelo triângulo branco, o ponto de
partida de todas as outras vibrações.

Sob as vibrações de Oxalá, atuam as vibrações de Simiromba, o


“Mensageiro de Oxalá”, favorecendo os sentimentos de humildade, fé e
caridade.

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AS VIBRAÇÕES

Uma vez conhecendo-se as vibrações contidas em cada cor, as


mesmas podem ser evocadas na medida da necessidade, através de
irradiações e mentalizações.

Desejando-se o auxílio para obtenção de algo novo, como um


emprego, por exemplo, pode-se evocar as vibrações de Exu, que se situam
no início do espectro visível (transição do preto para o vermelho), trazendo
novidades. Desejando-se a melhora de uma situação financeira, evoca-se
as vibrações da faixa verde, especificamente a de Oxóssi, o que provê a
fartura, e assim por diante.

Essa teoria é uma das bases dos trabalhos realizados pela


CENTELHA, sendo o pilar fundamental das reuniões da COR.

Resumidamente, na tabela abaixo estão as descrições das faixas


vibratórias, seus regentes, elementos e irradiações:

Conceitos Básicos / Os Sete Raios e suas


Vibrações / Vermelho / Laranja / Amarelo / Verde / Azul / Índigo / Lilás
/ Branco / As Vibrações / Mentalização para Captação das Vibrações
dos Sete Raios
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MENTALIZAÇÃO PARA CAPTAÇÃO DAS VIBRAÇÕES DOS SETE


RAIOS

Da Potência Criadora da tríplice face de Deus


Que se faça a Luz! A luz que cria, purifica e fortalece!
Que sejam irradiadas sobre mim todas as vibrações divinas!

Que na transição para o primeiro raio, as vibrações de Exu desfaçam todos


os feitiços que há sobre mim, que me tragam facilidade de comunicação,
sorte, proteção e novos caminhos e oportunidades materiais e espirituais
nessa encruzilhada da vida onde me encontro!

Da Potência Criadora da tríplice face de Deus


Que seja irradiado o primeiro raio!
Que da Luz Vermelha irradiem-se as vibrações de Ogum e Xangô!
Que as vibrações de Ogum rompam todos os obstáculos de meu caminho,
que me tragam vitórias nas demandas materiais e espirituais, e me deem a
resistência do aço e o sentido do ânimo nas lutas da vida!
Que as vibrações de Xangô me deem a plena noção do equilíbrio e
impeçam qualquer tipo de injustiça em minha vida material ou espiritual.
Que me deem força e tornem minhas decisões sólidas como a rocha!

Que na transição para o próximo raio, as vibrações de Obá irradiem sobre


mim, trazendo-me persistência e determinação, valor, força de vontade e
confiança! Que eu seja resistente como o escudo e certeiro como a lança
em todas as lutas de minha vida!

Da Potência Criadora da tríplice face de Deus


Que seja irradiado o segundo raio!
Que da Luz laranja irradiem-se as vibrações de Iansã!
Que as vibrações de Iansã me deem coragem e fúria para enfrentar os
vendavais da vida. Que me tragam alegria e espontaneidade, e que afastem
de mim eguns e espíritos obsessores!
Que na vibração de Iansã, possam os Baianos me trazer alegria e firmeza
nas decisões, para que, como eles, eu seja expansivo quando puder, e
arretado quando necessário!

Que na transição para o próximo raio, irradiem-se as vibrações de Ewá


sobre mim, trazendo-me inspiração para encontrar soluções e aguçando
minha intuição e mediunidade. Que Ewá retire as névoas que encobrem
minha visão, me impedindo de enxergar a beleza da vida e que afaste de
mim a morte e os eguns!

Da Potência Criadora da tríplice face de Deus


Que seja irradiado o terceiro raio!
Que da Luz amarela irradiem-se as vibrações do Povo do Oriente!
Que as vibrações do Povo do Oriente irradiem sobre mim, trazendo-me
novas reflexões e estimulando-me a mudança de padrões mentais. Que me
coloquem em contato com minha paz interior, fazendo brilhar o sol dourado
que há em mim, e que me facilitem a reforma íntima, me ajudando a vencer
o ego!
Que na vibração do Povo do Oriente, possa o Povo Cigano me auxiliar nas
mudanças de que preciso, sejam elas materiais ou espirituais, e que me
protejam das magias e mentalizações lançadas contra mim!

Que na transição para o próximo raio, Iroco irradie sobre mim suas
vibrações, ensinando-me a ter paciência e a aprender com o tempo,
tornando-me resistente como a gameleira branca, e fazendo com que nunca
me falte tempo para a conclusão de minhas ações.

Da Potência Criadora da tríplice face de Deus


Que seja irradiado o quarto raio!
Que da Luz verde irradiem-se as vibrações de Ossâin e de Oxóssi!
Que as vibrações de Ossâin possibilitem-me a cura material e espiritual
através dos remédios feitos com suas ervas. Que me deem a perfeita noção
de meu papel na natureza, e que me provejam de tanta vitalidade e viço
quanto as plantas das florestas!
Que as vibrações de Oxóssi me transformem em bom caçador nas selvas
da vida, não me deixando faltar condições de prover tudo o que for
necessário para o meu sustento e o de minha família! Que me tragam
prosperidade, bons trabalhos, fartura de alimentos, abundância de saúde e
recursos materiais e espirituais!
Que nas vibrações de Oxóssi e Ossâin, possam os Caboclos, Caboclas e
Boiadeiros me ajudar a ter o sentido da responsabilidade e a firmeza de
caráter, sem perder a brandura e a razão!

Que na transição para o próximo raio, irradiem-se sobre mim as vibrações


de Logunedé, tornando-me maleável como as águas do rio e próspero como
a floresta. Que me tragam alegria e jovialidade, e atraiam para mim o brilho
da vida e a prosperidade!

Da Potência Criadora da tríplice face de Deus


Que seja irradiado o quinto raio!
Que da Luz azul irradiem-se as vibrações de Oxum!
Que as vibrações de Oxum me cubram com o brilho do seu ouro. Que
encham meu coração somente de bons sentimentos. Que fortaleçam meus
vínculos afetivos. Que façam com que eu possa gerar, gestar e criar com
perfeição tudo o que eu quiser. Que me façam paciente e maleável como a
água, para que eu aprenda a contornar todos os obstáculos.

Que na transição para o próximo raio, irradiem-se sobre mim as vibrações


de Ibêji, me proporcionando pureza de pensamentos, e fazendo florescer
nos jardins de minha vida novos motivos de felicidade, solucionando os
casos mais difíceis!

Da Potência Criadora da tríplice face de Deus


Que seja irradiado o sexto raio!
Que da Luz índigo irradiem-se as vibrações de Iemanjá!
Que as vibrações de Iemanjá irradiem ao meu redor os sentimentos de
afeto e união. Que fortaleçam os laços que unem a minha família e que me
unem aos meus amigos. Que me banhem com as mais puras energias,
cristalinas como a água do mar, trazendo-me equilíbrio e levando para o
fundo do oceano todas as negatividades que possa haver sobre mim.
Que na vibração de Iemanjá, possam os Marinheiros me auxiliar a navegar
nos mares da vida, encontrando sempre novos rumos e portos seguros,
ajudando-me a abandonar maus sentimentos e emoções que tanto me
fazem mal!

Que na transição para o próximo raio, irradiem-se sobre mim as vibrações


de Nanã, trazendo-me sabedoria e discernimento. Que me auxiliem a retirar
das lamas da vida os tesouros que engrandecem o espírito. Que afastem de
mim as doenças, os eguns e a morte!

Da Potência Criadora da tríplice face de Deus


Que seja irradiado o sétimo raio!
Que da Luz lilás irradiem-se as vibrações de Xapanã!
Que as vibrações de Xapanã tragam-me a cura para meus males físicos e
espirituais. Que sanem minhas dores e cicatrizem minhas chagas! Que me
auxiliem a me libertar do materialismo e a me ligar mais à espiritualidade!
Que afastem de mim as doenças, as pragas, a morte e os eguns!
Que na vibração de Xapanã, possam os Pretos-Velhos e as Santas Almas
Benditas me socorrer sempre que necessário, e me auxiliar a encontrar
novos entendimentos espirituais, com humildade, paciência e fé! Que me
auxiliem a me libertar da ignorância e a vencer processos obsessivos!

Que na transição para a Luz Divina, irradiem-se sobre mim as vibrações de


Oxumarê, banhando-me com as potências irradiadas de todos os raios e de
todas as cores, trazendo movimento constante à minha vida e fazendo com
que sejam finalizadas todas as situações que me prendem ao passado e à
estagnação. Que me tragam as mudanças de que preciso e que, nesse
momento, façam brilhar sobre mim o arco-íris anunciando o fim da
tempestade e o começo da bonança!

Da Potência Criadora da tríplice face de Deus


Que seja irradiada a Luz Divina!
Que da Luz branca, cristalina e imaculada, irradiem-se as vibrações das três
faces de Deus! Que brilhem incessantemente sobre mim e sobre minha vida
a luminosidade de OBATALÁ, de OXALÁ e de ODUDÚWA, enchendo-me
de Paz, Amor e Fé!
Que na vibração divina, eu seja irradiado pela consciência de SIMIROMBA,
fazendo-me ver os verdadeiros valores da existência, libertando-me dos
vícios do ego e estimulando em mim a vivência em Ágape!
Que eu seja limpo e purificado de todas as maldades e negatividades!
Que eu seja protegido pelo amor do Criador contra pensamentos, magias,
feitiços, invejas ou qualquer coisa que possa atentar contra meu bem-estar!
Que eu esteja cada vez mais fortalecido no crescimento espiritual!
Que nunca me falte amparo e nem a orientação!
E que refuljam eterna e incessantemente sobre mim as bênçãos do Criador!

Que Olodumare me abençoe!

Que Zâmbi me abençoe!

E que desperte e brilhe cada vez mais a CENTELHA DIVINA que há em


mim!

Que assim seja! Que assim seja! Que assim seja!


Axé! Axé! Axé!

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