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A aula foi iniciada com uma pergunta aberta ao público, esta pergunta que dá
título à aula, ao que se seguiram algumas respostas que não são necessárias ser
expostas aqui. O segundo momento da exposição da profa. Ana Luísa partiu de uma
pergunta aberta sobre qual seria a área de estudos dos esqueletos humanos. Ao que
se seguiu a apresentação da Antropologia Biológica, sua área de atuação, sendo
expostas as possibilidades de estudos sobre os homens a partir da sua estrutura
óssea. De forma sintética, podemos dizer que o estudo dos esqueletos humanos pode
elucidar questões a respeitos dos modos de vida das sociedades e das ocupações
dos seus indivíduos, pode nos revelar, a partir de especificidades nesses esqueletos,
toda uma série acontecimentos culturais, naturais e acidentais que tenham recaído
sobre o exemplar analisado.
Dando outro salto temporal, Ana Luísa passa à exploração de alguns achados
relativos à Idade Média, sempre em Portugal, onde a professora destaca os
enterramentos. Como o desenvolvimento histórico da região ibérica aponta, aí podem
ser encontrados enterramentos de diferentes povos; os explorados por Ana Luísa são
os enterramentos de povos mulçumanos, para a época em que os árabes dominaram
a região, de cristãos e judeus, cada tipo com suas especificidades, ainda resguardem
algumas semelhanças, como no casos dos judeus e cristãos. Para este período outros
fatores podem contribuir para a identificação e diferenciação dos enterramentos, como
relíquias enterradas com os corpos, broches, moedas, instrumentos bélicos e etc.
Por fim, a professora passa à Idade Moderna, até o marco temporal de 200
anos antes do presente. As análises apresentadas para esse período servem-se do
que foi anteriormente exposto. Com ressalva à cronologia relativa, um dos episódios
interessantes abordados por Ana Luísa é respeitante à identificação de esqueletos de
pessoas mortas durante a Inquisição, onde, no exemplo apresentado, as análises
revelam enterramentos não-rituais ou explicitamente punitivos. E neste ponto o
historiador pode se propor um diálogo frutífero com a antropologia biológico e a
arqueologia, seja de forma complementar à pesquisa histórica, seja por uma
espirituosidade macabra do historiador, que queira revelar questões relacionados às
“vítimas” da inquisição e às formas que morreram.