Você está na página 1de 2

Epidemiologia:

A síndrome nefrótica (SN) é uma das mais comuns doenças renais pediátricas,
sendo sua incidência em torno de 2-7 casos em 100.000 crianças por ano e a
prevalência de 16 casos por 100.000 crianças. ³.. O pico de apresentação da
SN é aos 2 anos de idade e 70%-80% dos casos ocorrem em crianças com
menos de 6 anos. Estudos prospectivos em crianças com a primeira
manifestação de SN em países como Holanda, Austrália e Nova Zelândia
mostraram uma incidência de 1,12-1,9/100.000 crianças até 16 anos. A
incidência é mais alta em crianças asiáticas, afro americanas e árabes. Em
crianças do norte da Inglaterra, a incidência é de 7,4/100.000 crianças/ano para
crianças sul-asiáticas, comparado com 1,6 para crianças não asiáticas.5

Diversas complicações sistêmicas são associadas a SN. Embora a


fisiopatologia destas ainda não seja completamente entendida, acredita-se que
seja resultado da superprodução de proteínas hepáticas e da perda de
proteínas de baixo peso molecular na urina. Crianças com SN têm um risco
elevado à trombose, em destaque a de seios venosos cerebrais (TSVC), pois
apesar de desconhecida a incidência desta afecção acompanhada da SN,
acredita-se estar entre 4,7 e 6% de todos os casos de TSVC. Por acometer
mais freqüentemente o sistema nervoso superficial, tem maior dificuldade a se
diagnosticar, sugerindo a incidência de 0,67 casos por 100 mil crianças/ano. ¹.

Em crianças, a síndrome nefrótica primária ou idiopática (SNI) representa 90%


dos casos diagnosticados antes dos 10 anos de idade e 50% dos que se
apresentam após essa idade. Apesar de menos freqüente, a avaliação inicial
deve afastar a presença de causas secundárias, como doenças sistêmicas,
infecções, neoplasias e uso de medicamentos. ²

De acordo com dados epidemiológicos, uma criança entre seis mil desenvolve
SN. Tendo em vista que a maior parte de afetados são meninos
correspondendo a uma proporção de 1,8% a mais em relação a meninas. A
Associação Internacional para o Estudo de Doenças Renais (AIER) relatou 471
crianças com SN, dos quais 78,1% com SN primário responderam à
corticoterapia e destes 91,8% tiveram histologia de mudanças mínimas.4

Cerca de 60% a 80% das crianças com síndrome nefrótica corticossensível


apresentará um ou mais episódios de descompensação, e 60% delas terão
mais de 5 episódios de recaída. Para essas crianças, o prognóstico a longo
prazo é geralmente bom, e a maioria das crianças diminui o número de
recaídas com o passar dos anos. Já para pacientes com síndrome nefrótica
refratária ao tratamento, a progressão para a doença renal crônica é
inevitável.6 É importante destacar que em pacientes com mais de 8 anos,
quando a possibilidade de Síndrome nefrótica por lesões mínimas (SNLM) é
menor, pode-se optar pelo tratamento inicial para avaliar sensibilidade a
corticosteróides ou biopsiá-los inicialmente.²

Slid:

 Dados epidemiológicos no mundo


 Incidência em crianças
 Complicações sistêmicas

1. http://www.revista.unifeso.edu.br/index.php/cadernosdemedicinaunifeso/article/vie
w/954/447
2. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/sas/2012/prt0459_21_05_2012.html
3. https://www.repositorio.ufs.br/bitstream/riufs/8023/2/Fernanda_Almeida_Amaral_G
rossl.pdf
4. https://www.dominiodelasciencias.com/ojs/index.php/es/article/view/70/62
5. http://conitec.gov.br/images/Relatorios/2018/Relatorio_PCDT_Sindrome_Nefrotica.p
df
6. https://www.hospitalinfantilsabara.org.br/sintomas-doencas-tratamentos/sindrome-
nefrotica/

Você também pode gostar