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REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE

MINISTÉRIO DA INDÚSTRIA E COMÉRCIO

Política e Estratégia Industrial 2016-2025

Maputo, Maio de 2016


Índice
03.05.2016

Índice
Sumário Executivo .................................................................................................................... 5
1. Introdução ....................................................................................................................... 13
1.1. Enquadramento ..................................................................................................................................... 13

2. Caracterização do Sector Industrial .................................................................................. 16


2.1. Empresas do Sector Industrial por Dimensão............................................................................................. 16
2.2. Indústrias de Maior Peso ......................................................................................................................... 17
2.3. Distribuição das Indústrias por Província ................................................................................................... 17
2.4. Volume da Negócios ............................................................................................................................... 18
2.5. Investimento no Sector Industrial ............................................................................................................. 19
2.6. Análise das Exportações e Importações .................................................................................................... 19
2.6.1. Exportações ............................................................................................................................. 20
2.6.2. Importações ............................................................................................................................. 22
2.7. Análise SWOT da Indústria....................................................................................................................... 24

3. Política Industrial ............................................................................................................ 27


3.1. Visão ..................................................................................................................................................... 27
3.2. Missão ................................................................................................................................................... 27
3.3. Objectivos ............................................................................................................................................. 27
3.4. Pilares de Aposta Estratégica ................................................................................................................... 28
3.5. Indústrias Prioritárias .............................................................................................................................. 33
3.5.1. Variáveis Consideradas na Definição das Indústrias Prioritárias ................................................... 33
3.5.2. Indústrias Classificadas Como Prioritárias .................................................................................. 34
3.5.3. Alinhamento das Indústrias Prioritárias com as Variáveis Determinantes e os Pilares de Aposta Estratégica
35
3.5.4. Impacto do Gás na Definição das Indústrias Prioritárias .............................................................. 39

4. Estratégia para o Desenvolvimento Industrial .................................................................. 40


4.1. Programas Estratégicos por Pilares .......................................................................................................... 40

5. Medidas de Estímulo para o Desenvolvimento Industrial ................................................. 50


5.1. Incentivo ao Investimento em Infra-estruturas para o Desenvolvimento Industrial Através de Parcerias Público Privadas
51
5.2. Promoção de Acesso ao Financiamento .................................................................................................... 52
5.3. Preferência de Produtos Nacionais nas Compras do Governo ...................................................................... 53
5.4. Incentivos e Simplificação de Procedimentos do Investimento no Sector Industrial ....................................... 55
5.5. Incentivos Fiscais e Aduaneiros ................................................................................................................ 56

6. Plano de Implementação ................................................................................................. 59

Índice de Tabelas
Tabela 1:Classificação das empresas industriais por dimensão, 2015 .................................. 16
Tabela 2:Distribuição Geográfica das Indústrias .................................................................... 18
Tabela 3: Investimento Aprovado pelo CPI ........................................................................... 19
Tabela 4:Enquadramento das Indústrias Prioritárias nos Pilares .......................................... 35
Tabela 5:Programas Estratégicos Por Pilares ........................................................................ 41
Tabela 6: Incentivos ao Investimento em Infra-estruturas para o Desenvolvimento Industrial Através de
PPP......................................................................................................................................... 51
Tabela 7: Promoção de Acesso Ao Financiamento ................................................................ 52
Tabela 8: Preferência de Produtos Nacionais nas Compras do Governo .............................. 53
Tabela 9: Incentivo e Simplificação de Procedimentos do Investimento no Sector Industrial 55
Tabela 10: Incentivos Fiscais e Aduaneiros .................................................................................. 56
Tabela 11: Plano de Implementação ...................................................................................... 59
Índice de Gráficos
Gráfico 1: Evolução do PIB % (2007-2015) ........................................................................... 15
Gráfico 2: Principais Sectores Industriais de Moçambique .................................................... 17
Gráfico 3: Evolução do Volume de Negócio MZN (2009-2015) ............................................. 18
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Índice
03.05.2016

Gráfico 4: Evolução das Exportações e Importações, Milhões de USD ................................ 20


Gráfico 5: Exportações 2015 .................................................................................................. 20
Gráfico 6: Principais Destinos das exportações em 2015 ...................................................... 22
Gráfico 7: Importações 2015 .................................................................................................. 22
Gráfico 8: Países de Origem das Importações 2015 ............................................................. 23

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Abreviaturas
04.05.2016

Abreviaturas

AGOA The African Growth and Opportunity Act


AIMO Associação Industrial de Moçambique
ANE Administração Nacional de Estradas
ASGI-SA Growth Acceleration Initiative
AT Autoridade Tributária de Moçambique
B-BBEE Broad Based Black Economic Empowerment
BM Banco de Moçambique
CNDI Comité Nacional de Desenvolvimento Industrial
CPI Centro de Promoção de Investimento
CSIR O Conselho de Pesquisa Científica e Industrial
CTA Confederação das Associações Económicas de Moçambique
DNI Direcção Nacional da Indústria
DTI Departamento de Indústria e Comércio
EBAS Iniciativa de Tudo Menos Armas
EMAN Estratégia para a Melhoria do Ambiente de Negócio
EMIA Export Marketing and Investment Assistence
ENDE Estratégia Nacional de Desenvolvimento
EU European Union
GAZEDA Gabinete de Zonas Económicas de Desenvolvimento Acelerado
ICM Instituto de Cereais de Moçambique
IDC Industrial Development Corporation
IDE Investimento Directo Estrangeiro
INE Instituto Nacional de Estatísticas
INNOQ Instituto Nacional de Normalização e Qualidade
IPAP Plano de Acção da Política Industrial
IPDI Instituto de Promoção do Desenvolvimento Industrial
IPEME Instituto para a Promocao das Pequenas e Médias Empresas
MEDH Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano
MEF Ministério de Economia e Finanças
MIC Ministério da Indústria e Comércio
MOD Mão-de-obra
MOPHRH Ministério das Obras Públicas e Habitação, Recursos Hídricos
MP Matéria-prima
NIPF Política Nacional da Indústria
PACDE Projecto de Apoio a Competitividade e Desenvolvimento Empresarial
PARPA Plano de Acção para a Redução da Pobreza Absoluta
PEI Política e Estratégia Industrial
PIB Produto Interno Bruto
PME’s Pequenas e Médias Empresas
SADC Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral

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Abreviaturas
04.05.2016

SAPP The Southern African Power Pool


SWOT Strengths (Forças), Weaknesses (Fraquezas), Opportunities (Oportunidades) e Threats (Ameaças)
Tons Toneladas
UA União Africana
EU União Europeia
USD Dólar Americano
ZEE Zona Económica Especial
ZFI Zona Franca Industrial

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Sumário Executivo
03.05.2016

Sumário Executivo

Enquadramento

O Programa Quinquenal do Governo para 2015-2019 considera a indústria como um factor determinante na transformação
estrutural e aumento da competitividade da economia nacional e define os seguintes objectivos de desenvolvimento do
sector:

► Promoção da industrialização orientada para a modernização da economia e aumento das exportações;

► Promoção da cadeia de valor dos produtos primários nacionais, assegurando a integração do conteúdo local;

► Promoção do emprego e melhoria da produtividade e competitividade;

► Melhoria do ambientre de negócios.

Por outro lado, a Estratégia Nacional do Desenvolvimento (ENDE) 2015-2035 considera como via para o país alcançar a
prosperidade, sustentabilidade, competitividade e bem-estar a transformação estrutural da economia apostando na
industrialização. A nível da SADC o desenvolvimento industrial foi colocado no centro da agenda de integração para o
desenvolvimento da Região.

O Governo aprovou a Política e Estratégia Industrial, através da resolução nº 38/2007 de 18 de Dezembro, desde a sua
aprovação, muitas actividades foram realizadas, tendo contribuído para impulsionar o sector industrial mas prevalecem
ainda desafios.

A possibilidade de exploração de recursos naturais, como o gás, carvão, minério de ferro, calcário, areias pesadas, grafite,
cobre, pedras preciosas e semipreciosas, de entre outros, abre novas perspectivas para o desenvolvimento industrial.

É neste âmbito que o Governo em parceria com o Sector Privado decidiram rever a actual PEI com vista a adequá-la à
dinâmica de desenvolvimento actual e endereçar os desafios do Sector Industrial de forma a alinha-los com os objectivos do
Governo para este Sector.

Diagnóstico do Sector Industrial

O sector industrial moçambicano é composto fundamentalmente por empresas de Micro e Pequena dimensão que
correspondem a mais de 90% do mercado industrial. As Micro-indústrias correspondem a 63% do sector, as Pequenas 31%,
as Médias 3% e as Grandes os remanescentes 3%.

Relativamente a postos de emprego gerados pela indústria, apesar das Micro-empresas apresentarem-se em maior número
são as que menos empregam, sendo as Grandes empresas responsáveis pelo emprego de 71%, seguindo-se as Pequenas
empresas com 16%, as Médias com 8% e finalmente as Micro com 6%.

No que se refere ao volume de negócios, as Grande empresas contribuem com 69% do volume de negócios, seguindo-se as
Micro-empresas com 21%, as Médias com 5% e as Pequenas empresas com apenas 4% da produção.
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Sumário Executivo
03.05.2016

As indústrias que mais contribuem na produção do sector industrial moçambicano são a Metalúrgica (35%), Alimentar
(25%), Bebidas (13%), Minerais Não-metálicos (10%), Tabaco (8%), e as outras indústrias com 9%. Cerca de 55% das
indústrias do país estão localizadas na Cidade e Provincia de Maputo e de Sofala.

As empresas industriais asseguram actualmente cerca de 70.792 postos de empregos, dos 62.485 existentes em 2009. Em
relação ao número de empresas indústrias de 2009 a 2015, a variação foi de 3%, tendo passado de 2.709 para 2.785
número de empresas do ramo industrial.

Em termos de financiamento o sector da Indústria é o quarto maior destinatário do crédito bancário. Um aspecto digno de
realce é que a maior parte do crédito bancário vai para áreas não produtivas (habitação e consumo), uma situação que
compromete o desenvolvimento económico do país.

A análise da situação actual do sector industrial moçambicano revela existência de constrangimentos de nível estrutural
para o desenvolvimento da actividade industrial no território moçambicano e na região austral que foram levados em conta
na elaboração da PEI 2015, nomeadamente:

► Reduzido nível de infra-estruturas adequadas que geram o encarecimento dos custos operacionais, caracterizados
por condições de acesso precárias a alguns mercados, preço de transporte praticado relativamente alto;

► Fraco acesso a financiamento bancário, caracterizado por elevadas taxas de juro, inexistência de linhas de crédito
específicas para o ramo industrial e instituições bancárias orientadas para financiamento da indústria;

► Reduzido nível de força de trabalho com qualificações adequadas e a existente é onerosa;

► Deficiência no fornecimento de energia eléctrica e água e com custos elevados comparativamente aos países da
região;

► Apesar da existência das ZEEs e as ZFIs, o sistema fiscal é pouco atractivo devido as altas taxas de cobrança
existentes comparativamente aos países da região, bem como a prevalência de taxas aduaneiras elevadas e
demora no desalfandegamento dos produtos e custos portuários elevados.

Por outro lado, o país possui grande potencial agrícola (milho, arroz, mandioca, oleaginosas), pecuário, recursos florestais,
energéticos, minerais (carvão, calcário, ferro, arreias pesadas, gás, grafite, cobre, pedras preciosas e semipreciosas),
recursos hídricos e pesqueiros que podem contribuir significativamente para o desenvolvimento da indústria nacional.

Política Industrial

A Política Industrial é o conjunto de princípios, medidas e actividades que visam contribuir para o desenvolvimento
económico e social, através do aumento da produção, produtividade e qualidade da produção industrial, baseada em
iniciativas industriais, usando recursos naturais, numa base sustentada e tecnologias que promovam o emprego,
privilegiando o aumento da oferta de bens de consumo e meios de produção.

Visão

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Sumário Executivo
03.05.2016

Ser uma indústria de relevo e altamente competitiva no contexto global e que permita a criação de capacidades humanas,
institucionais e tecnológicas e a satisfação da demanda interna e externa através da valorização da produção nacional e
maior integração regional.

Missão
Promover o desenvolvimento industrial através da formulação e implementação de estratégias sub- sectoriais,
regulamentações da actividade industrial, criação de quadro institucional adequado e outras acções que contribuam para o
crescimento e transformação qualitativa da economia.

Objectivos
O objectivo geral da Política e Estratégia Industrial é tornar a indústria o principal veículo para o alcance da prosperidade e
bem-estar do país através da geração da maior parte de postos de emprego, produção e contribuição na valorização de
recursos naturais, mais especificamente:

1. Aumentar a produção industrial, através de maior atracção do investimento para o sector, desenvolvimento de
economias de escala na produção industrial e maior acesso ao mercado interno e externo das empresas do ramo;

2. Aumentar a contribuição no emprego do Sector, através da aposta nas indústrias de mão-de-obra intensiva e
aposta nas Micro, Pequenas e Médias Empresas;

3. Contribuir para a melhoria da balança comercial, apostando nas indústrias com potencial para substituição das
importações e das exportações;

4. Expandir a cadeia de valor e o valor acrescentado dos produtos industrias através da maior utilização de matéria-
prima nacional;

5. Promover maior conteúdo local na produção industrial, através de maiores ligações económicas a montante e a
jusante das empresas do sector.

Pilares de Aposta Estratégica para o Desenvolvimento da Indústria


São propostos os seguintes pilares de aposta estratégica para o desenvolvimento da indústria:

► Pilar 1: Infra- Estruturas para o Desenvolvimento Económico;

► Pilar 2: Desenvolvimento do Capital Humano;

► Pilar 3: Capacitação do Empresariado e Protecção da Indústria Nacional;

► Pilar 4: Acesso à Financiamento Adequado;

► Pilar 5: Promoção de Ligações Empresariais;

► Pilar 6: Incentivos ao Investimento no Sector Industrial;

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► Pilar 7: Inovação, Acesso a Tecnologia, Pesquisa e Desenvolvimento;

► Pilar 8: Definição de um Modelo Institucional Adequado para a Promoção do Desenvolvimento Industrial.

Indústrias Prioritárias
Consideram-se prioritárias as indústrias que se enquadram nos objectivos estratégicos do país e com implementação de
acções específicas e alocação de recursos que podem desenvolver com relativa rapidez e contribuir para que o sector
responda aos desafios que lhes são impostos. Para a definição das indústrias prioritárias foram consideradas as seguintes
variáveis:

1. Prioridade Nacional: Considera-se prioridade nacional toda indústria que endereça os principais problemas do
país e que se encontra plasmada nos documentos de orientação do Governo e as Estratégias Sectoriais;

2. Potencial para Criação de Ligações Económicas a Montante e a Jusante: São indústrias com maior conteúdo local,
isto é, o valor agregado do produto (matéria-prima, mão-de-obra, equipamentos e serviços) tem origem no
mercado interno;

3. Proveniência da matéria-prima: Indústria que utiliza insumos maioritariamente produzidas no país. Considerou-se
também o potencial de substituição das matérias-primas que são actualmente importadas por outras produzidas
localmente;

4. Geração de Emprego: Foram consideradas indústrias de mão-de-obra intensiva;

5. Potencial para substituição de importações: Indústrias cujos produtos são de grande consumo no mercado
nacional e são maioritariamente importados mas com grande potencialidade de se produzir internamente;

6. Contributo no Nível de Produção Actual: Fazem parte deste grupo, aquelas indústrias que actualmente tem um
contributo significativo no nível de produção industrial, por conseguinte o país tem experiência na sua
implementação;

7. Facilidade de implementação/implantação: Foram consideradas indústrias que não requerem grandes volumes de
investimentos, usam uma tecnologia relativamente simples e o país já possui infra-estruturas adequadas para a
sua implantação, produz a matéria-prima utilizada e não consome muita energia;

8. Potencial de exportação: Facilidade de penetração no mercado internacional, devido a originalidade do produto


(matéria-prima abundante em poucos países ou nos países maiores consumidores do produto final), existência de
acordos e tratados (por exemplo: AGOA,EBAS) de facilidade de colocação.

Na base das variáveis referidas as indústrias de maior prioridade para o país são:

► Alimentar e Agro- Indústria;

► Vestuário, Têxtil e Calçado;

► Minerais não Metálicos;


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► Metalurgia e Fabricação de Produtos Metálicos;

► Processamento de Madeira e Mobiliário;

► Química, Borracha e Plásticos;

► Papel e Impressão.

Assim, os esforços de desenvolvimento industrial durante a vigência da PEI deverão ser concentrados neste grupo de
indústrias. As restantes indústrias irão se beneficiar das iniciativas gerais para a promoção do desenvolvimento económico
do país.

Estratégia para o Desenvolvimento Industrial

A estratégia de desenvolvimento industrial consiste na decomposição de acções para materializar a política industrial,
através da definição de programas específicos para cada pilar de aposta estratégica com vista a sua concretização. Assim
para cada pilar de aposta estratégica definida pela política industrial, foram definidos e explicados um conjunto de
programas e indicadas as entidades chave para a implementação a nível ministerial, considerando as seguintes variáveis
determinantes: principais produtos, principais matérias-primas e sua respectiva localização geográfica.

Alinhamento das Indústrias Prioritárias com as Variáveis Determinantes e os Pilares de


Aposta Estratégica
A Política Industrial elegeu um conjunto de indústrias consideradas prioritárias e é sobre elas que deverão ser orientados os
esforços para o desenvolvimento do sector industrial na perspectiva de definição de prioridades.

Assim, para cada indústria prioritária está definido o esforço que deverá ser realizado por pilar para assegurar o seu
desenvolvimento.

A concretização das metas de cada pilar de aposta estratégica se efectivará, através de projectos institucionais (programas)
e definição das respectivas estratégias de implementação. A tabela seguinte apresenta os programas estratégicos por
pilares.
Programas Estratégicos Por Pilares

# Pilar Programa

Consolidar o Projecto dos Parques Industriais em Curso

Consolidar a Estratégias dos Corredores de Desenvolvimento

1. Infra-estruturas Consolidar a Estratégia de Desenvolvimento Integrado dos Sistemas de


Transportes

Consolidar o Programa das ZFI

2. Desenvolvimento do Capital Formação Acelerada dos Técnicos das Empresas Industriais

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Programas Estratégicos Por Pilares

# Pilar Programa

Humano
Consolidar o Programa Integrado da Reforma da Educação Profissional

Criação de Fundo de Desenvolvimento do Capital Humano

Pesquisa, Atracção, Formação e Orientação de Talentos

Apoio na Implementação de Sistemas de Gestão de Qualidade e Respectiva


Certificação
Capacitação das Empresas do
Sector e Protecção da Indústria
3. Promoção de Maior Conteúdo Local dos Produtos Industriais
Nacional

Acesso Privilegiado às Oportunidades de Fornecimento ao Estado e aos


Megaprojectos

Alargar o âmbito de actuação do Banco Nacional do Investimento

Acesso à Financiamento
4. Adequado Criação de Linhas de Crédito para Financiamento da Indústria

Acordos junto da Banca Comercial para o Desenvolvimento de Produtos de


Crédito para Indústria

Mapeamento das Ofertas das Empresas Industriais e Criação do Banco de Dados


Promoção de Ligações
5. Empresariais Incubação de Empresas do Sector Industrial

Facilitação de Informação e Acesso ao Mercado Local

Consolidar a Estratégia de Promoção do Investimento Privado em Moçambique

Incentivos ao Investimento no Aprofundar as Reformas para Melhoria de Ambiente de Negócio


6.
Sector Industrial
Desenvolver e Propor um Pacote de Incentivos Específicos para Investimentos na
Indústria

Promover o Acesso a Novas Tecnologias de Produção

Inovação, Acesso a Tecnologia, Assegurar a Criação de Centros de Pesquisa e Desenvolvimento Industrial

7. Pesquisa e Desenvolvimento Estabelecimento de Parcerias e Transferência de Conhecimento para Criação de


Empresas de Novos Seguimentos Industriais

Introdução de Extensionistas Industriais para as MPME do Sector Industrial

Definição de um Modelo Reestruturação e Capacitação da DNI


8.
Institucional Adequado para a Reestruturação do IPEME e Definição do Modelo de Relacionamento deste com a

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Programas Estratégicos Por Pilares

# Pilar Programa

Promoção do Desenvolvimento DNI


Industrial
Criação de uma Plataforma de Coordenação Multissectorial para o Desenvolvimento
Industrial

Criação de uma Plataforma de Coordenação Governo-Sector Privado para o


Desenvolvimento Industrial

Medidas de Estímulo para o Desenvolvimento Industrial

As medidas de estimulo aqui propostas, visam assegurar a geração de impactos rápidos (quick wins) no
desenvolvimento industrial criando a dinâmica necessária no sector, mobilizando a comunidade empresarial a
aumentar os investimentos na indústria, expandir a produção, emprego e o arranque do ciclo da transformação
estrutural da economia.

A proposta resulta de uma avaliação combinada entre os resultados de diagnóstico e a análise comparativa de
medidas de estímulo para o desenvolvimento da Indústria com base em experiências internacionais, avaliando a
natureza e tipos de incentivos industriais fornecidos e resultados alcançados.

As medidas de estímulo para o desenvolvimento industrial proposta são as seguintes:

1) Incentivo ao Investimento em Infra-estruturas para o Desenvolvimento Industrial através de Parcerias Público


Privadas: visa assegurar a existência de infra-estruturas adequadas para o desenvolvimento industrial;

2) Promoção de Acesso ao Financiamento: visa assegurar maior disponibilidade de recursos financeiros às


empresas e investidores através de medidas complementares de mitigação do risco;

3) Preferência de Produtos Nacionais nas Compras do Governo: visa a expansão do mercado dos produtos
nacionais, estimulando o aumento da produção industrial, emprego e receitas fiscais através da aquisição de
produtos nacionais pelo Estado;

4) Incentivos e Simplificação de Procedimentos do Investimento no Sector Industrial: Tem como objectivo


principal aumentar o investimento no sector industrial através da revisão do actual pacote de incentivos ao
investimento;

5) Incentivos Fiscais e Aduaneiros: Destina-se à protecção da indústria nacional através da redução da


competição dos produtos importados e promoção da produção interna, atrair investimentos para províncias
com baixo nível de industrialização, de entre outros.

Plano de Implementação

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O plano de implementação da PEI representa um conjunto de acções específicas a serem desenvolvidas com vista a
estimular o desenvolvimento da indústria nos próximos 10 anos e está estruturado em três períodos temporais de acordo
com os Pilares de Aposta Estratégica, designadamente curto, médio e longo prazo.

No período 2016-2019, deverão ser desenvolvidas actividades que possam ser articuladas juntamente com o Programa
Quinquenal do Governo, de forma a alinhar as acções de desenvolvimento Industrial com as do Governo, na qualidade de
promotor do desenvolvimento industrial em Moçambique. O último período, correspondente ao período de longo prazo de
2020-2025, deverá ser efectuado uma avaliação de Meio-termo à Estratégia Industrial de forma a identificar e ajustar o
plano de implementação.

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1. Introdução

1.1. Enquadramento

O Programa Quinquenal do Governo para 2015-2019 considera a indústria como um dos factores determinantes nas acções
de combate a pobreza e desenvolvimento económico. Define como principais objectivos de desenvolvimento do sector:

► Promoção da industrialização orientada para a modernização da economia e aumento das exportações;

► Promoção da cadeia de valor dos produtos primários nacionais, assegurando a integração do conteúdo local;

► Promoção do emprego e melhoraria da produtividade e competitividade;

► Melhoria do Ambiente de Negócios.

Por outro lado a Estratégia Nacional do Desenvolvimento (ENDE) 2015-2035, apresenta como visão, um país seguro,
próspero, sustentável, competitivo, assente numa economia industrializada, com um rendimento médio que garante uma
redistribuição da riqueza e um bem-estar social.

A ENDE define que a industrialização deve constituir um factor de força para novas dinâmicas económicas, aumento da
produção e produtividade e competitividade económica do país, através da criação de novas capacidades e padrões de
desenvolvimento económico permitindo a craiação de ligações mais sólidas e eficientes na economia como um todo.

A nível da SADC o desenvolvimento industrial foi colocado no centro da agenda de integração para o desenvolvimento da
Região, através do reconhecimento que o desenvolvimento da indústria transformadora constitui o catalizador para a
diversificação das suas economias, desenvolvimento de capacidades produtivas e a criação de emprego, com vista a reduzir
a pobreza e lançar a economia numa trajectória de crescimento mais assinalável.

As empresas industriais asseguram actualmente cerca de 70.792 postos de empregos dos 62.485 existentes em 2009. Em
relação ao número de empresas indústrias de 2009 a 2015, a variação foi de 3%, tendo passado de 2.709 para 2.785
empresas de ramo industriail. A contribuição do sector da indústria no PIB tem vindo a decrescer, tendo passado de 12,9%
em 2007 no ano de aprovação da PEI 2007 para 9% em 2015, se posicionando em terceiro lugar nos sectores de actividade
que mais contribuíram para o PIB em 2015 e um crescimento de 4.6%, num ranking liderado pelo sector da agricultura.

O Governo aprovou a Política e Estratégia Industrial, através da resolução nº 38/2007 de 18 de Dezembro, a qual define as
grandes linhas de orientação do desenvolvimento industrial no País.

Desde a aprovação da PEI em 2007, muitas actividades foram realizadas, tendo contribuído para impulsionar o sector
industrial, com enfoque para a aprovação das estratégias seguintes:

► Desenvolvimento do sector têxtil e confecções;

► Melhoria do ambiente de negócios.

Foi também criado o Instituto de Pequenas e Médias Empresas (IPEME) que visa principalmente apoiar as Micro Pequenas e
Medias Empresas (MPMEs).

Não obstante os esforços que têm sido realizados para o desenvolvimento da indústria, prevalecem ainda muitos desafios e
a maioria deles tinham sido apontados a quando da aprovação da PEI em 2007, designadamente:

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Introdução
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► Insuficiência de força de trabalho com qualificações adequadas;

► Baixos níveis de acesso ao financiamento;

► Dependência em matérias-primas importadas;

► Falta de credibilidade dos seus produtos;

► Necessidade de melhoria de Infra-estruturas;

► Baixo valor acrescentado e consequentemente falta de acesso aos benefícios aduaneiros para Indústria
Transformadora.

Por outro lado, a descoberta de recursos naturais, como o gás, carvão, grafite, minério de ferro, calcário, de entre outros,
abre novas perspectivas para o desenvolvimento industrial, se forem desenvolvidas estratégias alinhadas com este cenário e
que permitam a captação e capitalização das oportunidades geradas por este factor.

A existência de vários documentos de orientação estratégica aprovados pelo Governo de sectores chave, como por exemplo,
Economia e Finanças, Agricultura, Recursos Minerais e Energia, Transportes e Comunicações, Pescas constitui alicerces
essenciais para planificar o desenvolvimento da indústria.

É neste âmbito que o Governo em parceria com o Sector Privado decidiram rever a Política e Estratégia Industrial (PEI),
aprovada em 2007, com vista a adequá-la à dinâmica de desenvolvimento actual e endereçar os desafios do Sector
Industrial de forma a alinhar com os objectivos do Governo para o sector.

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Introdução
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Quadro Macroeconómico

Dados divulgados pelo Fundo Monetário Internacional, indicam que a taxa de crescimento em Moçambique tem
sido uma das mais robustas da África Sub-Sahariana, situando-se numa média de 7% por ano, conforme
apresentado no gráfico seguinte.

Gráfico 1: Evolução do PIB % (2007-2015)

7,2
8
6,6
7,3 7,1 7,4
7 6,8 7
6,8
7,1 6,3
6
5,7
5,5 5,4 5,5
5,6
5 4,9 4,9 Moçambique
África Sub -Sahariana
4

3 2,9

0
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Fonte: IMF World Economic Outlook Database

O crescimento económico do país tem sido impulsionado pelo crescimento dos sectores de energia, recursos
naturais, recuperação dos sectores da agricultura e das pescas. A indústria transformadora constituiu o segundo
sector que mais contribuiu para o PIB nos últimos 10 anos com uma participação de 13.5%, antecedido da
agricultura com uma participação média de 23.3%. Os sectores de comércio e serviços de transportes e
comunicações contribuíram com 10.9% e 10.5%, respectivamente.

Grandes oportunidades na logística do gás natural e mineração têm atraído investimentos fortes e
impulsionaram a actividade económica no geral, em 33% de crescimento composto em projectos desde 2007.
Neste sentido, Moçambique recebeu 2,4% do total do Investimento Directo Estrangeiro (IDE) em novos projectos
realizados em África e 5% do capital investido desde 2007.

Em 2014 o crescimento do PIB moçambicano foi de 7,2% e em 2015 6,6%, liderado pelo aumento da produção
de carvão, investimentos em infra-estruturas em curso e início do investimento para o processamento de gás
natural liquefeito. A existência de grandes depósitos de carvão e reservas de gás natural coloca Moçambique
numa posição privilegiada para atracção do IDE.

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04.05.2016

2. Caracterização do Sector Industrial

2.1. Empresas do Sector Industrial por Dimensão

O Sector Industrial moçambicano é composto por duas mil e setecentos e oitenta e cinco empresas (2.785)
distribuídas em Grandes, Médias, Pequenas e Micro empresas, conforme apresentado na tabela seguinte:

Tabela 1:Classificação das empresas industriais por dimensão, 2015

Descrição Grande Média Pequena Micro Total


Número de Empresas 89 77 851 1.768 2.785
Peso 3% 3% 31% 63% 100%
Número de Pessoal em serviço 50.078 5.484 11.223 4.007 70.792
Peso 71% 8% 16% 6% 100%
Volume de Negócio 90.598.032.812 7.139.081.593 5.568.892.863 27.497.608.319 130.803.615.586
Peso 69% 5% 4% 21% 100%

Fonte: INE, 2015

Com base na tabela é possível constatar que o Sector industrial Moçambicano é composto fundamentalmente
por empresas de Micro e Pequena dimensão que correspondem a mais de 90% do parque industrial. As Micro-
indústrias correspondem a 63% do sector, as Pequenas 31%, as Médias 3% e as Grandes os remanescentes 3%.

Relativamente a postos de emprego gerados pela indústria, apesar das Micro-empresas apresentarem-se em
maior número são as que menos empregam, sendo as Grandes empresas responsáveis pelo emprego de 71%,
seguindo-se as Pequenas empresas com 16%, as Médias com 8% e finalmente as Micro com 6%.

No que se refere ao volume de negócios, as Grande empresas contribuem com 69% do volume de negócios,
seguindo-se as micro-empresas com 21%, as Médias com 5% e as Pequenas empresas com apenas 4%.

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2.2. Indústrias de Maior Peso

Os sectores que mais contribuíram na produção industrial moçambicana foram a Metalúrgica, Alimentar, de Bebidas, de
Tabaco e Minerais Não-metálicos.

A contribuição de cada sector industrial no ano de 2015 é apresentada no gráfico seguinte:

Gráfico 2: Principais Sectores Industriais de Moçambique

9%
Metalúrgica Base (Mozal e Midal)
8%
35% Indústria Alimentar

10% Indústria de bebidas

Mineriais N/Metálicos (Cimento)


13%
Indústria de Tabaco

25% Outras Empresas

Fonte: DNI

Com base no gráfico é possível observar que a Indústria Metalúrgica é o maior do sector com uma contribuição de 35%,
seguindo-se a Indústria Alimentar com 25%, Indústria de Bebidas com 13%, Indústria de Minerais Não-Metálicos com 10%,
Indústria de Tabaco com 8%, e as outras indústrias com 9%.

2.3. Distribuição das Indústrias por Província

A análise a tabela seguinte permite constatar que as Províncias e Cidade de Maputo e de Sofala compõem mais da metade
do total das indústrias do país, em cerca de 56% o que denota elevado nível de concentração industrial nos principais
centros urbanos.

Por outro lado, é notório o baixo nível de diversificação das indústrias apresentando maior diversidade nas Províncias de
maior concentração industrial. Dado o potencial agrário do país, as indústrias Alimentar e de Bebidas encontram-se
instaladas na generalidade das Províncias do país e as restantes distribuídas consoante a ocorrência dos recursos naturais
e minerais.

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Tabela 2:Distribuição Geográfica das Indústrias

Nº Total de
Província Principais Indústrias
Indústrias
%

Metalúrgica, Alimentar, Bebidas,


Maputo Cidade e Província 1.021 37%
Têxtil, Minerais Não-Metálicos

Química, Alimentar, Bebidas,


Sofala 543 19%
Tabaco, Minerais Não-Metálicos

Manica Alimentar e Bebidas 335 12%

Alimentar, Têxtil, Química,


Nampula 193 7%
Bebidas, Minerais Não-Metálicos

Alimentar e Minerais Não-


Gaza 190 7%
Metálicos

Alimentar, Met alúrgica, Minerais


Inhambane 112 4%
Não-Metálicos

Tete Alimentar, Bebidas 112 4%

Niassa Alimentar e de Mobiliário 112 4%

Cabo Delgado Alimentar 95 3%

Zambézia Alimentar e Bebidas 72 3%

Total 2.785 100%

Fonte: INE

2.4. Volume da Negócios

A evolução do volume de produção industrial em milhões de Meticais ao longo de período de 2009 a 2015 é apresentada no
gráfico seguinte:

Gráfico 3: Evolução do Volume de Negócio MZN (2009-2015)

140.000.000.000

120.000.000.000

100.000.000.000

80.000.000.000

60.000.000.000

40.000.000.000

20.000.000.000

-
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Fonte: INE
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Dados do gráfico demonstram que as industriais registaram um volume de negócios no valor de 130.803 milhões de
Meticais em 2015 contra os 87.858 milhões de Meticais em 2009, o que corresponde a um crescimento na ordem de 49%,
sendo os principais contribuintes, a Indústria Metalúrgica de Base com 35% e a Indústria Alimentar com 25%.

2.5. Investimento no Sector Industrial

O volume do investimento realizado no sector industrial1 a avaliar pelos projectos aprovados pelo Centro de Promoção de
Investimentos está apresentado na tabela seguinte:

Tabela 3: Investimento Aprovado pelo CPI

Fonte: CPI

A tendência de investimentos no sector industrial é crescente, tendo-se verificado um aumento significativo em 2013, na
ordem de 38% e cerca de 36% em 2015, superando os anos anteriores. Durante o período em análise, a estabilidade da
moeda nacional até inicio de 2015, os programas de coordenação multi-sectorial e as potencialidades naturais e minerais
do país contribuíram para o crescimento do IDE, impulsionando o desenvolvimento do sector industrial nacional e da
economia no geral.

O IDE no país situou-se em cerca de 990 milhões de dólares em 2015, sendo os principais investidores internacionais a
Espanha com 32%, seguido da China com 18%, Emirates Arabés 10%, Portugal 9% e África do Sul 9%, tendo a Província e
Cidade de Maputo absorvido cerca de 69% do investimento estrangeiro.

2.6. Análise das Exportações e Importações

Durante o período de 2009 a 2015 as exportações corresponderam a cerca de 48% das importações efectuadas.
Visivelmente, o crescimento das importações tem superado as exportações, tendo crescido a uma taxa de 101% contra os
59% das exportações que sempre foram inferiores as importações, conforme ilustrado no gráfico a seguir:

1
Volume Total de Investimento aprovado pelo CPI
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Gráfico 4: Evolução das Exportações e Importações, Milhões de USD

12.000.000,00

10.000.000,00

8.000.000,00
Valor rm 100 USD

6.000.000,00

4.000.000,00

2.000.000,00

-
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Exportações 2.147.183,33 2.333.250,12 3.604.203,14 3.855.538,40 4.023.718,96 3.916.400,00 3.413.300,00
Importações 3.764.206,67 3.863.669,30 6.312.159,20 8.687.970,28 10.099.134,3 7.951.700,00 7.576.600,00

Fonte: INE

2.6.1. Exportações

No período de 2009 a 2015 as principais exportações do país foram o Alumínio, Carvão, Electricidade, Gás e Minérios com
uma contribuição de 60% do total das exportações e os remanescentes 40% representados pelo Tabaco, Madeira, Açúcar,
Castanha de Cajú, Farinha, Camarão dentre outros, conforme o gráfico seguinte:

Gráfico 5: Exportações 2015

26,6%

23,9%

11,0%
9,9%
8,0% 7,5%

4,7%
4,0%
1,4% 1,3%
0,6% 0,1% 0,6% 0,1%

Fonte: INE, BM

O cenário apresentado no gráfico deve-se particularmente aos seguintes factores:


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► Durante o período de 2014 e 2015, devido a queda do preço do Alumínio no mercado internacional, as receitas
totais de exportação reduziram em 13,68% para um valor total 908.300 milhões de dólares;

► O nível de exportação de energia eléctrica em 2015 apresentou uma diminuição de 4,59% tendo se estabelecido
em 38.700 milhões de dólares;

► O Carvão mostrou-se como um dos principais produtos exportados atingindo em 2013, cerca de USD 503 milhões,
mais 16% que em 2012, mas de 2014 a 2015 teve uma diminuição na ordem dos 23,52% devido a queda do seu
preço a nível internacional;

► As principais exportações tradicionais são o Tabaco, o Açúcar, o Algodão e as Madeiras, resultado da expansão
dos campos de cultivo nas Províncias de Maputo e Nampula.

De um modo geral, as exportações em Moçambique são dominadas pelas exportações dos grandes projectos de exploração
mineira e de energia eléctrica. No período de 2006 a 2011 a África do Sul era o destino preferencial dos produtos
moçambicanos, absorvendo em média 36% das exportações passando actualmente para segunda posição com 20,9%.

Após esse período os Países Baixos, a Índia, a Singapura e a China tornaram-se os destinos preferenciais de exportações em
Moçambique conforme ilustrado no gráfico seguinte.

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Gráfico 6: Principais Destinos das exportações em 2015

27,9%
26,1%

20,9%

9,4%

4,2% 3,9%
2,6% 2,5% 1,7%
0,9%

Fonte:INE

2.6.2. Importações

Em 2015 o nível de importações estabeleceu-se em 7.576.600,00 milhões de dólares, influenciados pelas importações dos
mega-projectos devido aos investimentos feitos para instalação e/ou expansão das unidades de exploração.

Os principais produtos importados em 2015 são apresentados no gráfico seguinte:

Gráfico 7: Importações 2015

49,8%

20,6%

7,3%
5,6%
4,3% 3,2% 3,7%
2,4% 1,2%
1,0% 0,4% 0,5%

Fonte: INE

Com base no gráfico é possível constatar que os principais produtos importados foram os equipamentos industriais e
ferramentas (maquinaria), representando 20,6% do total das importações, automoveis, equivalentes a 7,3%, gasóleo
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absorvendo 5,6% das importações, cereais com 4,3% das importações e os remanescentes 62,2% distribuídos entre
energia eléctrica, gasolina, cimento hidráulico entre outros.

O país apresenta altos volumes de importação de outros produtos, destacando-se a importação de material de construção
(excluindo cimento), têxteis, mariscos, tractores agrícolas, pneus, adubos, papel, cereais e medicamentos, para dar
respostas aos défices internos agravados com as cheias que vem assolando o país (2010 e 2013). Destaca-se também
aceleração na importação de cimento numa fasquia acima do dobro a partir de 2011, em resposta a crescente demanda,
por um lado, pela dinâmica empreendida na área de infra-estruturas públicas e privadas (BM, 2013).

Os principais países de importação são a África do Sul, a China, os Países Baixos, Portugal e Emirados Arabes Unidos,
conforme ilustrado no gráfico seguinte.

Gráfico 8: Países de Origem das Importações 2015

31,4%

22,9%

11,5%
7,4%
4,7% 4,5% 4,2% 3,5% 3,2% 2,0% 1,7% 1,6% 1,3%

Fonte: INE

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2.7. Análise SWOT da Indústria

Para assegurar que a PEI assente no conhecimento objectivo da realidade do sector foi realizada uma análise dos pontos
fortes, fracos, oportunidades e ameaças da indústria (análise FOFA), conforme apresentada a seguir:

+ FORÇAS

► Existência de fábricas de pequena e micro dimensão nas zonas rurais (moinhos de martelo, carpintarias, máquinas
de descasque de arroz, prensas de óleo, produção de licores à base de frutas, etc.) distribuídas, principalmente,
nas zonas de maior produção que com maior acesso ao financiamento e tecnologia podem dar maior contributo na
produção e emprego;
► Em um dos maiores sectores em termos de contribuição no PIB, pelo que merece toda a atenção na definição de
políticas e estratégias de desenvolvimento;
► Existência de algumas indústrias que estão a experimentar um desenvolvimento assinalável (açúcar, materiais de
construção) o que pode proporcionar uma base de experiência a ser replicada;
► Aprovação de leis fiscais de incentivo aos novos investimentos (isenção de direitos aduaneiros sobre os
equipamentos importados).

- FRAQUEZAS

► Dependência em matérias-primas importadas;


► Reduzida força de trabalho com qualificações adequadas;
► Fraca qualidade e défice de infra-estruturas: Rede eléctrica, estradas, linhas férreas, água e logisticos;
► Baixo valor acrescentado e dificuldades por parte do sector privado, para aceder aos benefícios decorrentes do
Diploma Ministerial 99/2003 sobre Benefícios Aduaneiros para Industria Transformadora;
► Fornecimento irregular de água e energia eléctrica;
► Tecnologia desactualizada, obsolescência dos equipamentos e falta de peças sobressalentes;
► Baixa competitividades dos seus produtos;
► Insuficiência de indústrias de embalagens;
► Baixos padrões de qualidade dos seus produtos;
► Falta de acesso ao financiamento em volume e em condições adequadas;
► Dificuldades no aprovisionamento de matérias-primas e outros insumos aliados ao processo de importação;
► Capacidade de Intervenção limitada em acções de promoção do desenvolvimento industrial;
► Burocratização dos processos administrativos na abertura e gestão de negócios;
► Taxas portuárias elevadas comparativamente aos países da região;
► Fraca coordenação multi-sectorial.

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OPORTUNIDADES

► Aprovação da Estratégia Nacional de Desenvolvimento que preconiza a industrialização como a principal via
para alcançar a visão de prosperidade e competitividade nacional;
► Existência de matérias-primas ou condições básicas para a actividade industrial;
► Existência de estratégias de desenvolvimento de alguns sectores da indústria (têxteis, caju e algodão);
► Aprovada da Lei de Educação Profissional para potenciar a existência de técnicos qualificados;
► Descoberta e início de exploração de recursos naturais que pode catalisar o investimento na área industrial e
surgimento de indústrias da cadeia de valor do gás e do carvão;
► Oportunidade de acesso a mercados internacionais via acordos que permitem acesso preferencial aos produtos
de países menos desenvolvidos (EBAS e AGOA);
► Existência de projectos de infra-estruturas (parques industriais, linhas férreas e portos) que podem contribuir
para o desenvolvimento industrial;
► Exposição internacional do país, devido a existência de recursos energéticos estratégicos o que pode contribuir
para a atracção de investimentos para o sector industrial e alargamento das infra-estruturas socioeconómicas
básicas;
► Existência da vontade política em apostar na indústria para combate da pobreza e do desemprego;
► Medidas governamentais para a melhoria do ambiente de negócios;
► Desenvolvimento de zonas francas económicas e industriais para atracção de investimento industrial em regiões
e sectores com potencial para actividades industrial que são pouco explorados;
► Contribuição para o crescimento económico do país através de instalação e/ou desenvolvimento de industrias,
criação de postos de emprego e melhoria do nível de vida.

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AMEAÇAS

► Entrada livre de concorrentes provenientes da Região Austral (incluindo a África do Sul, uma potência africana)
através da implementação do Protocolo Comercial da SADC;
► Encarecimento e escassez de mão-de-obra qualificada, devido ao aumento da procura das mesmas
qualificações pela indústria extractiva;
► Elevado índice de contrabando e contrafacção de produtos.

A análise da situação actual do sector industrial moçambicano revela existirem constrangimentos de nível estrutural para o
desenvolvimento da actividade industrial no território moçambicano e na região austral que devem ser levados em conta na
elaboração da PEI 2015, nomeadamente:

► Reduzido nível de infra-estruturas adequadas que geram o encarecimento dos custos operacionais, caracterizados
por condições de acesso precárias a alguns mercados, preço de transporte praticado relativamente alto;
► Fraco acesso ao financiamento bancário, caracterizado por elevadas taxas de juro, inexistência de linhas de crédito
específicas para o ramo industrial e instituições bancárias orientadas para financiamento da indústria;
► Reduzido nível de força de trabalho com qualificações adequadas e a existente é onerosa;
► Deficiência no fornecimento de energia eléctrica e água;
► Apesar da existência das ZEEs e as ZFIs, o sistema fiscal é pouco atractivo devido as altas taxas de cobrança
existentes comparativamente aos países da região, bem como a prevalência de taxas aduaneiras elevadas e
demora no desalfandegamento dos produtos e custos portuários elevados.

Por outro lado, o país possui grande potencial agrícola (milho, arroz, mandioca, trigo, oleaginosas), pecuário, recursos
florestais, energéticos, minerais (carvão, calcário, areias pesadas, gás, grafite, cobre, pedras preciosas e semipreciosas),
recursos hídricos e recursos pesqueiros que podem contribuir significativamente para o desenvolvimento da indústria
nacional.

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3. Política Industrial
A Política Industrial é um conjunto de princípios, medidas e actividades que visam contribuir para o desenvolvimento
económico e social, através do aumento e diversificação da produção, produtividade e qualidade da produção industrial,
baseada em iniciativas industriais, usando recursos naturais, numa base sustentada e tecnologias que promovam o
emprego, privilegiando o aumento da oferta de bens de consumo e meios de produção.

3.1. Visão

Ser um sector industrial de relevo, altamente competitivo no contexto global, que permita a criação de capacidades
humanas, institucionais, tecnológicas e satisfação da demanda interna e externa, através da valorização da produção
nacional e maior integração regional.

3.2. Missão

Promover o desenvolvimento industrial através da formulação e implementação de estratégias sub- sectoriais,


regulamentações da actividade industrial, criação de quadro institucional adequado e outras acções que contribuam para o
crescimento e transformação qualitativa da economia.

3.3. Objectivos

O objectivo geral da Política Industrial é tornar a indústria o principal veículo para o alcance da prosperidade e bem-estar do
país através da geração da maior parte de postos de emprego, produção e contribuição na valorização de recursos naturais,
mais especificamente:

1. Aumentar a produção industrial, através de maior atracção do investimento para o sector, desenvolvimento de
economias de escala na produção industrial e maior acesso ao mercado interno e externo das empresas do ramo;

2. Aumentar a contribuição no emprego do sector, através da aposta nas indústrias de mão-de-obra intensiva e aposta
nas Micro, Pequenas e Médias Empresas;

3. Contribuir para a melhoria da balança comercial, apostando nas indústrias com potencial para substituição das
importações e das exportações;

4. Expandir a cadeia de valor e o valor acrescentado dos produtos industrias através da maior utilização de matéria-
prima nacional;

5. Promover maior conteúdo local na produção industrial, através de maiores ligações económicas a montante e a
jusante das empresas do sector.

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3.4. Pilares de Aposta Estratégica

Com vista a atingir os objectivos da Politica Industrial, foram seleccionados Pilares da Aposta Estratégica sobre os quais
recairão as acções do Governo e do sector Privado.

Os Pilares aqui propostos visam responder aos aspectos identificados no diagnóstico do sector industrial, designadamente:

► Capitalizar os pontos fortes e oportunidades;

► Responder às ameaças e minimizar os pontos fracos.

Assim são propostos os seguintes pilares de aposta estratégica para o desenvolvimento da indústria:

Figura 1: Pilares da Aposta Estratégica param o Desenvolvimento da Indústria

1 Infra- Estruturas para o Desenvolvimento Económico

2 Desenvolvimento do Capital Humano

3 Capacitação do Empresariado e Protecção da Indústria Nacional

Pilares de 4 Acesso à Financiamento Adequado


Aposta
5 Promoção de Ligações Empresariais
Estratégica

6 Incentivos ao Investimento no Sector Industrial

7 Inovação, Acesso a Tecnologia, Pesquisa e Desenvolvimento

Definição de um Modelo Institucional Adequado para a Promoção do


8
Desenvolvimento Industrial

Para a materialização dos objectivos do desenvolvimento industrial será necessário elaborar programas específicos para
cada Pilar da Aposta Estratégica.

A seguir apresenta-se a descrição detalhada de cada um dos pilares em termos de justificativa da escolha, objectivo,
desafios e oportunidades estratégicas.

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Pilar 1: Infra- Estruturas para o Desenvolvimento Económico

Estudos recentes sobre a economia nacional no geral e da indústria em especial


apresentam a questão das infra-estruturas como um dos maiores entraves para o seu
desenvolvimento. Das auscultações aos stakeholders este factor foi também
considerado como dos mais importantes para a dinamização do investimento no sector
industrial.
Justificativa O desenvolvimento de infra-estruturas é fundamental para o desenvolvimento da
indústria nacional e poderá contribuir para o seguinte:
► Aumento da competitividade da produção industrial;

► Incentivo ao investimento no sector industrial;

► Geração de ligações empresariais domésticas.

Assegurar a existência de infra-estruturas para a viabilização de projectos industriais,


Objectivo tais como, parques industriais, estradas, linhas férreas, rede eléctrica, água, portos, de
entre outros.

► Assegurar a existência de uma equipa multissectorial para infra-estruturas;

► Sistematizar a informação dos projectos de infra-estruturas existentes;


Desafios e Oportunidades ► Preparar uma base de dados dos projectos de desenvolvimento industrial e de
Estratégicas
oportunidades de investimento no sector industrial;
► Avaliar o défice de infra-estruturas a curto, médio e longo prazo;

► Definir uma estratégia integrada para suprir o défice de infra-estruturas.

Pilar 2: Desenvolvimento do Capital Humano

A disponibilidade limitada da mão-de-obra com as qualificações adequadas é referida


em muitos estudos e relatórios do sector industrial e há unanimidade sobre este
problema entre as empresas deste sector;.
Justificativa
Esforços para o desenvolvimento do Capital Humano estão a ser realizados, por
exemplo, a aprovação da Lei sobre Educação Profissional, mas é preciso desenvolver
planos específicos para a indústria para que este sector possa tirar partido desta
oportunidade.
Alinhar os programas de formação técnico profissional com a estratégia de
Objectivo
desenvolvimento industrial.
► Definir as competências chave para os recursos humanos das indústrias
prioritárias;

► Analisar o programa de reforma do ensino técnico profissional e identificar os


aspectos que carecem de alinhamento e aprimoramento para assegurar o
Desafios e Oportunidades desenvolvimento das indústrias prioritárias;
Estratégicas
► Definir os mecanismos de colaboração, através de programas específicos, com a
ANEP para que o ensino técnico-profissional e formação profissional possa
beneficiar mais a industrialização do país;

► Definir uma estratégia de formação técnico profissional em linha com a


implementação da PEI.

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Pilar 3: Capacitação do Empresariado e Protecção da Indústria Nacional

Estudos recentes revelam que existem muitas fraquezas na gestão das empresas do
sector industrial. Esta situação pode inviabilizar todos os esforços que possam ser
desenvolvidos para impulsionar o desenvolvimento do sector, uma vez que os principais
Justificativa actores não poderão capitalizar as oportunidades de crescimento que serão criadas. Por
outro lado, é importante criar condições, acompanhadas com implementação de
programas específicos, para que as empresas possam atingir níveis de competitividade
equiparáveis aos da região. Este pilar constitui um dos alicerces fundamentais, para
assegurar o sucesso dos outros aqui propostos.
► Assegurar a consolidação e crescimento de uma classe empresarial nacional do
sector industrial, com especial enfoque no empreendedorismo jovem e

Objectivos aproveitamento das oportunidades de ligações empresariais (linkages);

► Permitir que a indústria nacional tenha tempo para atingir os níveis de eficiência
adequados para competir com indústrias mais avançadas.

► Analisar o défice de competências técnicas e de gestão dos gestores e


empresários do sector industrial;

► Conceber uma estratégia de acesso a tecnologias e know-how sobre processos


de produção das empresas industriais;
► Reforçar a capacidade actual do Instituto para a Promoção de Pequenas e
Médias Empresas (IPEME) para que tenha uma área especifica para o apoio as
Desafios e Oportunidades
Estratégicas PME’s do sector industrial;
► Definir um plano de acções para revitalização das empresas do sector industrial;

► Definir uma estratégia de identificação, capacitação e capitalização de jovens


empreendedores do sector industrial;

► Conceber uma estratégia de garantia de qualidade dos produtos industriais


moçambicanos;

► Definir uma estratégia integrada de protecção da indústria nacional.

Pilar 4: Acesso à Financiamento Adequado

O sector industrial é o segundo que mais contribui para o PIB, entretanto recebe apenas
7,9% do crédito bancário, sendo pelo conseguinte o quinto destinatário do
financiamento disponibilizado pelos bancos nacionais. Por outro lado, não existem
Justificativa linhas de crédito ou produtos bancários específicos para a indústria;
Os empresários do sector queixam-se da falta de acesso, custos elevados, prazos e
montantes reduzidos do financiamento bancário, daí haver necessidade da mobilização
de recursos para o financiamento da indústria em condições que se ajustem às
características do sector.
Assegurar a disponibilidade de recursos financeiros em condições adequadas
Objectivos (condições de acesso, volume, custo e prazos) para financiar o investimento na
indústria.

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Pilar 4: Acesso à Financiamento Adequado

Avaliar as diversas opções para aumentar a disponibilidade de recursos financeiros em


condições adequadas para financiar a indústria nacional, designadamente:
► Banco de desenvolvimento industrial;

Fundo de garantia;
Desafios e Oportunidades

Estratégicas ► Linhas de crédito ou produtos bancários específicos para a indústria;

► Definir as condições de financiamento compatíveis com investimentos na


indústria;

► Definir uma estratégia de mobilização de fundos;

► Definir as condições de acesso ao financiamento.

Pilar 5: Promoção de Ligações Empresariais

A promoção das ligações empresariais constituem um mecanismo para a melhoria do


Justificativa acesso a mercados das empresas do sector industrial, com enfoque nos megaprojectos,
redução da dependência em matérias-primas importadas (por exemplo, ligação
indústria com a agricultura).

Desenvolver um mercado interno para a indústria nacional e contribuir para um maior


Objectivos efeito multiplicador dos investimentos.

► Definir planos de acções e programas de ligações empresariais com foco na


indústria que envolver diferentes actores, nomeadamente, o Governo, sector
privado, instituições financeiras e académicas;

Assegurar a criação de um comité de coordenação das acções de ligações


Desafios e Oportunidades

Estratégicas empresariais;
► Promover as oportunidades de negócios identificadas junto do empresariado
nacional;

► Promover as oportunidades proporcionadas pelos grandes projectos para as


pequenas e médias empresas com foco no sector industrial.

Pilar 6: Incentivos ao Investimento no Sector Industrial

Não obstante o país já ter aprovado e implementado desde a independência duas


Políticas e Estratégias Industriais, o sector ainda enfrenta os mesmos problemas, baixa
Justificativa competitividade, equipamento obsoleto, falta de credibilidade dos seus produtos, de
entre outros. Alguns desses problemas resultam do baixo nível de investimento no
sector (a indústria situou-se entre o quarto e quinto maior destino do investimento
nacional e estrangeiro nos últimos cinco anos).
Desenvolver esforços para o aumento do investimento nacional e estrangeiro na
Objectivos indústria, contribuindo para aumento do peso da indústria no desenvolvimento do país,
emprego e combate a pobreza.

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Pilar 6: Incentivos ao Investimento no Sector Industrial

► Sistematizar os factores que limitam o desenvolvimento da indústria associados


a políticas, legislação inadequada;
► Conceber um pacote de incentivos para o investimento na indústria e avaliar o
Desafios e Oportunidades impacto nas metas de desenvolvimento do país (emprego, receitas fiscais,
Estratégicas
balança comercial, entre outros) a curto, médio e longo prazo;

► Promover a discussão multissectorial, incluindo o sector privado do pacote de


incentivos do investimento no sector industrial;

► Apresentar a proposta de incentivos ao Governo para a sua aprovação.

Pilar 7: Inovação, Acesso a Tecnologia, Pesquisa e Desenvolvimento

As vantagens competitivas da indústria e sua sustentabilidade a médio e longo prazo só


Justificativa são possíveis com investimento na inovação, aplicação da tecnologia adequada,
pesquisa e desenvolvimento. Este pilar pode ser a base para promover a
competitividade da nossa indústria.

Criar bases para melhoria da competitividade e desenvolvimento sustentável da indústria


Objectivos com base no conhecimento científico.

► Analisar com as instituições de ensino e de pesquisa nacionais os factores que


limitam as suas actividades e a transferência do conhecimento desenvolvido para
a produção;
► Identificar os sectores da indústria que a médio e longo prazo podem apresentar
vantagens competitivas caso se invista num maior conhecimento e melhor
utilização dos recursos internos;

Estabelecer parcerias para a transferência do conhecimento da pesquisa


Desafios e Oportunidades

Estratégicas aplicada para o desenvolvimento industrial, com foco para soluções de baixo
custo e fácil implementação;

► Estabelecer uma plataforma institucional que assegura o aproveitamento


integrado dos resultados da pesquisa na área de produção industrial;
► Definir uma estratégia integrada de pesquisa e desenvolvimento e o processo
transferência de tecnologias para a produção industrial;

► Definir o pacote de recursos necessários para a implementação da estratégia


integrada de pesquisa e desenvolvimento.

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Pilar 8: Definição de um Modelo Institucional Adequado para a Promoção do Desenvolvimento Industrial

No âmbito da implementação da PEI 2007, foi criado o IPEME mas o diagnóstico do


sector identificou que esta instituição não tem uma área específica para assistir as
Justificativa MPME´s do sector industrial. Por outro lado, a actual estrutura da DNI não permite
atender as exigências para a implementação da nova PEI (advocacia, mobilização de
recursos, coordenação com o sector privado e outros sectores, monitoria e avaliação da
implementação de programas, dar assistência aos empresários do sector, de entre
outras acções) dada a dinâmica actual que o país apresenta;
Assegurar a implementação adequada dos programas da PEI duma forma integrada
Objectivos com participação de todos os actores chave a nível nacional e o desenvolvimento
contínuo da indústria.

► Identificar as acções a serem desenvolvidas pelas diferentes instituições públicas


e privadas no âmbito da implementação da PEI;
► Avaliar o papel desempenhado pela DNI e IPEME na promoção do
desenvolvimento da indústria;

Analisar a amplitude das actividades dos programas da implementação da PEI;


Desafios e Oportunidades

Estratégicas ► Analisar o enquadramento dos programas da implementação da PEI nas


atribuições da DNI e do IPEME;

► Definir uma plataforma multissectorial para a implementação da PEI;

► Avaliar a possibilidade da reestruturação da DNI e IPEME de forma alinhada com


as necessidades da implementação da PEI ou a criação de uma instituição
vocacionada na promoção do desenvolvimento industrial.

3.5. Indústrias Prioritárias

Consideram-se prioritárias as indústrias que se enquadram nos objectivos estratégicos do país e que cuja a implementação
de acções específicas e alocação de recursos podem desenvolver-se com relativa rapidez e contribuírem para que o sector
industrial responda aos desafios que lhe são impostos.

3.5.1. Variáveis Consideradas na Definição das Indústrias Prioritárias

Para definição das indústrias prioritárias foram seleccionadas alguns subsectores da base de dados de 2013 da DNI, para a
análise de um conjunto de variáveis, designadamente:

► Prioridade nacional;

► Potencial para criação de ligações económicas a montante e a jusante;

► Proveniência da matéria-prima;

► Geração de emprego;

► Substituição de importações;

► Contributo no nível de produção actual;


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► Facilidade de implementação;

► Potencial de exportação.

3.5.2. Indústrias Classificadas Como Prioritárias

Para a classificação das indústrias prioritárias foi aplicado um processo de pontuação e ponderação que resultou na
selecção seguintes indústrias de maior prioridade para o país:

► Alimentar e Agro- Indústria;

► Vestuário, Têxtil e Calçado;

► Minerais não metálicos;

► Metalúrgia e Fabricação de Produtos Metálicos;

► Processamento de Madeira e Mobiliário;

► Química, Borracha e Plásticos;

► Papel e Impressão.

Assim, os esforços de desenvolvimento industrial durante a vigência da PEI deverão ser concentrados neste grupo de
indústrias. As restantes indústrias irão se beneficiar das iniciativas gerais para a promoção do desenvolvimento económico
do país.

O sucesso das indústrias prioritárias depende fundamentalmente do alinhamento e harmonização dos vários instrumentos
sectoriais uma vez que as propostas apresentadas na PEI se enquadram no âmbito das estratégias e planos sectoriais
aprovados.

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3.5.3. Alinhamento das Indústrias Prioritárias com as Variáveis Determinantes e os Pilares de Aposta Estratégica

A Política Industrial definiu um conjunto de indústrias consideradas prioritárias e é sobre as mesmas que deverão ser orientados os esforços para o desenvolvimento do sector industrial. A seguir
apresenta-se um alinhamento dos pilares com as indústrias prioritárias.

Tabela 4:Enquadramento das Indústrias Prioritárias nos Pilares

Definição de um Modelo
Infra-Estruturas para o Inovação, Acesso a Acesso à Incentivos ao
Desenvolvimento do Capital Capacitação do Empresariado e Promoção de Ligações Institucional Adequado para
Principais Matérias- Localização Desenvolvimento Tecnologia, Pesquisa e Financiamento Investimento no Sector
Sub - sector Principais Produtos Humano Protecção da Indústria Nacional Empresariais a Promoção do
Primas Geográfica2 Económico Desenvolvimento Adequado Industrial
Desenvolvimento Industrial

Farinhas e massas Milho, soja, mandioca e


alimentares trigo
(1) Regadios; (1) Formação em gestão, com
Arroz Arroz bruto Empresas do Sector de (1) Incentivos na compra
foco para competências na Modelo de coordenação
(2) Campos de (1) Novas Tecnologias de agricultura, prestação de de matéria-prima local;
área industrial; claro e simples entre os
Oleaginosas (Amendoim, experimentação; Produção; serviços na área da
Agrónomos, especialidades Empréstimos para (2) Redução/isenção de sectores de Agricultura e
Óleo alimentar gergelim, soja, (2) Políticas de protecção de indústria, pecuária,
no sector de Química, (2) Equipamentos; agricultura e agro- direitos na importação Segurança Alimentar, Terra e
Alimentar e macadâmia) Ocorre em todo o (3) Estradas, linhas produtos cujos níveis de hotelaria e turismo,
férreas, portos com Tecnologia de Alimentos, indústria em volume, de equipamentos; Desenvolvimento Rural
Agro- Indústria país (3) Parcerias para produção satisfazem parte metalomecânica,
Fruta e vegetais foco para a Nutrição, Extensionistas custo, prazo ,Industria e Comércio
Fruta e vegetais transferência de significativa da procura química, gráfica, (3) Condições de
processados cabotagem Agrários e Industriais apropriado ,Economia e Finanças,
conhecimento ( know doméstica embalagem, (papel financiamento
marítima; Ciências, Tecnologia e
Carnes (bovina e de how) plástico, metálico e vidro) específicas para
Gado bovino e aves (3) Controlo de qualidade dos Ensino Superior
aves) (4) Água e energia. e mega projectos, investimento.
produtos.
Milho, soja, peixe e
Ração animal
derivados de frango
(1) Desenvolvimento de
(1) Formação em gestão, com instrumentos de
foco para competências na Empresa do sector de facilitação de acesso ao Modelo de coordenação
(1) Técnicos de produção
Tecidos, linha de área industrial; agricultura, prestação de mercado interno dos claro e simples entre os
têxtil e fiação;
costura, sacaria, 1. Estradas, linhas serviços na área de produtores nacionais sectores de Agricultura e
Nampula, Cabo férreas, portos (2) Estilistas; (2) Apoio no acesso a (revisão do
roupas para diversos Fibra de algodão, fibra (1) Equipamentos; Empréstimos em agricultura, pecuária e Segurança Alimentar, Terra e
Têxtil Delgado, Niassa, com foco para a mercados externos Regulamento de
fins (com enfoque : de sisal, polietileno e (3) Alfaiates profissionais; volume, custo, prazo indústria, hotelaria e Desenvolvimento Rural,
Vestuário, e Sofala e Manica cabotagem (2) Novas tecnologias procurement) e externo;
fardamentos militares, curtumes, pano-cru, (3) Políticas específicas de apropriado para a turismo, saúde, Industria e Comércio ,
Calçado marítima (4) Técnicos de de produção.
hospitalares, tecido protecção da indústria; actividade educação, defesa e (2) Incentivos fiscais na Saúde, Educação e
escolares, fabris, roupa manutenção e segurança, empresas do Desenvolvimento Humano,
2. Energia e água (4) Incentivos fiscais; compra de matéria-
hospitalar), calçado assistência técnica aos sector de químicos Recursos Minerais e Energia
prima local);
equipamentos. (5) Controlo de qualidade dos (tintas);. e Economia e Finanças
produtos. (3) Redução/isenção de
direitos na importação
de equipamentos e

2
Com base na localização da MP

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Definição de um Modelo
Infra-Estruturas para o Inovação, Acesso a Acesso à Incentivos ao
Desenvolvimento do Capital Capacitação do Empresariado e Promoção de Ligações Institucional Adequado para
Principais Matérias- Localização Desenvolvimento Tecnologia, Pesquisa e Financiamento Investimento no Sector
Sub - sector Principais Produtos Humano Protecção da Indústria Nacional Empresariais a Promoção do
Primas Geográfica2 Económico Desenvolvimento Adequado Industrial
Desenvolvimento Industrial

matéria-prima;
(4) Redução/isenção de
obrigações fiscais no
uso de matéria-prima
local;
(5) Redução/isenção de
encargos fiscais nos
investimentos ligados a
revitalização das
indústrias paralisadas
do sector.
(1) Redução de imposto na
construção de Infra-
estruturas (IRPC);
(2) Redução de imposto
sobre produção mineira
(1) O Governo poderá manter os para fins industriais;
actuais benefícios que oferece,
Maputo, (3) Redução/isenção de Modelo de coordenação
tais como isenções e reduções
Cinzas de carvão Tete, direitos na importação claro e simples entre os
Indústria implantada mas nas taxas aduaneiras na Empresas do sector de
e calcário, argila, Nampula, 1. Estradas, Linhas Empréstimos em de equipamentos e sectores de Obras Públicas,
Cimento, vidro, Especialidades no sector de que carece de importação de matérias-primas construção, prestação de
Minerais não gesso e dióxido Niassa, férreas Portos; volume, custo, prazo matéria-prima; Habitação e Recursos
produtos cerâmicos, química, electrotecnia, modernização da sua para indústrias; serviços na área
Metálicos de silício. Zambézia apropriado para a Hídricos, Indústria e
cal e gesso, 2. Água e energia. geologia e mecânica tecnologia para aumentar industrial, mineral, (4) Redução/isenção de
e Manica (2) Controlo de qualidade dos actividade Comércio, Recursos
os seus níveis de produção. embalagens e bebidas. obrigações fiscais no
produtos; Minerais e Energia, Terra e
uso de matéria-prima
Ambiente
(3) Aplicação de medidas de local;
salvaguarda.
(5) Redução/isenção de
encargos fiscais nos
investimentos ligados a
revitalização das
indústrias paralisadas
do sector.
(1) Redução de imposto na
(1) Incentivos fiscais; Empresas de construção, construção de Infra-
Produção de ferro, aço
prestação de serviços, estruturas (IRPC); Modelo de coordenação
e alumínio (cabos Minério de ferro, (2) Aplicação de medidas de
Maputo, Tete, Técnicos da área de gestão metalomecânica, sector claro e simples entre os
Metalurgia e eléctricos, lingotes, alumina, carvão 1. Estradas, Linhas Apoio na renovação de salvaguarda; Empréstimos em (2) Redução de imposto
Nampula, industrial, química, de fabricação de sectores de Obras Públicas
Fabricação de mobiliário metálico térmico, carvão férreas Portos equipamentos das volume, custo, prazo sobre produção mineira
Niassa, metalurgia, mecânica, (3) Controlo de qualidade; produtos metálicos, Habitação e Recursos
Produtos escolar, hospitalar e coqueficável, empresas com apropriado para a para fins industriais;
Zambeze e 2. Água e energia electrotecnia, manutenção e fabricação de Hídricos, Indústria e
Metálicos doméstico, chapas e perfis de equipamento obsoleto (4) Preferência local para o actividade
Manica assistência técnica equipamento eléctricos, (3) Redução/isenção de Comércio, Recursos
automóveis, ferro, aço e alumínio fornecimento dos produtos automóveis, materiais de direitos na importação minerais e energia
locomotivas) ao Estado construção de equipamentos e
matéria – prima.
Serração de madeira , (1) Incentivos fiscais na (1) Imposição de Modelo de coordenação
obras de madeira e importação de Sobretaxas na claro e simples entre os
Mobilização de recursos
mobiliário diverso Zambézia, Niassa, Extensionistas industriais, equipamentos; Empresas de todos os exportação de Madeira; Ministérios: de Terra
Infra-estruturas básicas: para acesso a novas Empréstimos em
Processament (escolar, hospitalar, Nampula, Manica designer de imóveis, sectores, saúde ,
(2) Desenvolvimento de Ambiente e Desenvolvimento
Madeira Serrada, perfis vias de acesso tecnologias de produção, (2) Melhoria das técnicas de volume, custo, prazo
o de Madeira e escritório e doméstico) e Cabo Delgado carpinteiros, profissionais de educação, construção, Rural, Agricultura e
de ferro e aço adequadas, energia e com foco para pequenos acabamentos; apropriado para a instrumentos de
Mobiliário artes e ofícios e outras prestação de serviços, Segurança Alimentar,
água. equipamentos para actividade facilitação de acesso ao
especialidades (3) Controlo de qualidade dos pescas Educação e
melhoria dos acabamentos mercado dos
produtos; Desenvolvimento Humano,
produtores nacionais
(4) Preferência local para o (revisão do regulamento Saúde e Indústria e

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Infra-Estruturas para o Inovação, Acesso a Acesso à Incentivos ao
Desenvolvimento do Capital Capacitação do Empresariado e Promoção de Ligações Institucional Adequado para
Principais Matérias- Localização Desenvolvimento Tecnologia, Pesquisa e Financiamento Investimento no Sector
Sub - sector Principais Produtos Humano Protecção da Indústria Nacional Empresariais a Promoção do
Primas Geográfica2 Económico Desenvolvimento Adequado Industrial
Desenvolvimento Industrial

fornecimento dos produtos de procurement); Comercio


ao Estado;
(3) Redução/isenção de
(5) Aplicação de medidas de direitos na importação
salvaguarda. de equipamentos
(4) Redução/ isenção de
obrigações fiscais no
uso de matéria prima
local.
(1) Desenvolvimento de
instrumentos de
facilitação de acesso ao
mercado dos
produtores nacionais
(revisão do regulamento
de procurement);
(2) Redução de imposto na
Definição de organismos de
Criar condições logísticas Empresas do sector de construção de Infra-
apoio, desenvolvimento e
Metanol, GPL, GTL e para a exploração de agricultura (fertilizantes), estruturas (IRPC);
Cabo Delgado, Mobilização de Recursos monitoria das indústrias
fertilizantes, matérias-primas, Especialidades no sector de 1. Apoio na formação; Empréstimos em fortalecimento da cadeia
Química, Tete, Nampula e para Acesso à tecnologia e (3) Redução de imposto deste ramo, industria e
detergentes, tintas, Gás natural, carvão, produção industrial, Química, electrotecnia e volume, custo, prazo de valor dentro do agro-
Borracha e Inhambane promoção de parcerias 2. Controlo de qualidade dos sobre produção mineira comercio, agricultura,
vernizes, produtos areias pesadas laboratórios químicos e gestão industrial, mecânica, apropriado para a processamento, têxtil
Plásticos para transferência de produtos. para fins industriais; pescas, saúde, defesa.
plásticos, borracha, respectivo escoamento Engenharia de petróleos actividade fabricação de produtos
conhecimento (know how) Trabalho, recursos minerais
cosméticos (Estradas, linhas férreas, farmacêuticos, artigos de (4) Redução/isenção de
e energia e outras
portos, energia e água) borracha e plásticos direitos na importação
instituições relevantes
de equipamentos e
matéria-prima;
(5) Redução/isenção de
encargos fiscais nos
investimentos ligados a
revitalização das
indústrias paralisados
no sector

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Definição de um Modelo
Infra-Estruturas para o Inovação, Acesso a Acesso à Incentivos ao
Desenvolvimento do Capital Capacitação do Empresariado e Promoção de Ligações Institucional Adequado para
Principais Matérias- Localização Desenvolvimento Tecnologia, Pesquisa e Financiamento Investimento no Sector
Sub - sector Principais Produtos Humano Protecção da Indústria Nacional Empresariais a Promoção do
Primas Geográfica2 Económico Desenvolvimento Adequado Industrial
Desenvolvimento Industrial

(1) Desenvolvimento de
instrumentos de
facilitação de acesso ao
(1) Formação em gestão, com mercado dos
foco para competências na área produtores nacionais Modelo de coordenação
Campos de Silvicultura e industrial; (revisão da lei de claro e simples entre os
de reflorestamento ; Criar
Mobilização de Recursos (2) Políticas de protecção de Empresas do sector de
procurement); Ministério da Terra e
Zambézia, condições logísticas para Desenvolvimento Rural,
para Acesso a Novas produtos cujos níveis de floresta , química, (2) Redução/isenção de
Niassa, a exploração de produção satisfazem parte Empréstimos em Agricultura e Segurança
Papel diverso, Especialidades no sector de Tecnologias e alimentos, bebidas, direitos na importação
Papel e matérias-primas significativa da procura volume, custo, prazo Alimentar, Saúde, Educação
cartolina, livros, Polpa de papel e papel Nampula, Manica Química, engenharia Equipamentos de saúde, educação, de equipamentos e
Impressão produção industrial, doméstica; apropriado para a e Desenvolvimento Humano,
embalagens e Cabo Delgado florestal e Industrial, Produção, Parcerias para publicidade e marketing, matéria-prima e
laboratórios químicos e actividade Ciência e Tecnologia, Ensino
transferência de (3) Incentivos fiscais e aduaneiros editoras e livrarias e empresas que reciclam
respectivo escoamento Superior e Técnico
conhecimento know how nas importações de matérias- mega projectos papel;
(Estradas, linhas férreas, Profissional, Indústria e
portos, energia) primas complementares; (3) Redução/isenção de Comércio e Economia e
(4) Controlo de qualidade dos encargos fiscais nos Finanças
produtos; investimentos ligados a
revitalização das
indústrias paralisados
no sector.

Assim, para cada indústria prioritária está definido o esforço que deverá ser realizado por pilar para assegurar o seu desenvolvimento.

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3.5.4. Impacto do Gás na Definição das Indústrias Prioritárias

Moçambique tem um enorme potencial energético, o que proporciona condições favoráveis para a satisfação não apenas
das suas necessidades domésticas bem como da região da África Austral e não só. Com efeito, as recentes descobertas de
gás natural, colocam Moçambique numa posição bastante privilegiada, na região e no mundo.

O enorme potencial que o gás natural, através dos seus inúmeros derivados possui quando processado, fornece importantes
matérias-primas para o desenvolvimento agro-industrial e a produção de combustíveis líquidos, petroquímica e
electricidade.

A abundância deste recurso e a localização geográfica privilegiada de Moçambique propicia a instalação de várias
indústrias.

O uso do gás na indústria nacional e noutros sectores, em combinação com outros recursos energéticos existentes no país
vai reduzir a longo prazo a dependência de Moçambique em relação aos derivados do petróleo importados dos quais
depende, em grande medida, a economia nacional.

Este cenário trará um grande impacto no nível do desenvolvimento industrial do país. A presente Política e Estratégia
Industrial, toma em consideração este factor, olhando para os projectos de investimento do sector industrial previstos no
Plano Director do Gás aprovado pelo Governo em 2014.

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4. Estratégia para o Desenvolvimento Industrial


A estratégia de desenvolvimento industrial consiste na decomposição de acções para materializar a política industrial,
através da definição de programas específicos para cada pilar de aposta estratégica com vista a sua concretização. Assim
para cada pilar de aposta estratégica definida pela política industrial, foram definidos e explicados um conjunto de
programas considerando as seguintes variáveis determinantes: principais produtos, principais matérias-primas e sua
respectiva localização geográfica.

4.1. Programas Estratégicos por Pilares

A concretização das metas de cada pilar de aposta estratégica se efectivará através de projectos institucionais (programas)
e definição das respectivas estratégias de implementação. A tabela seguinte apresenta os programas estratégicos por
pilares.

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Tabela 5:Programas Estratégicos Por Pilares

# Programas
Pilar Indicadores
Designação Justificativa e Racional do Programa

► Este programa deve assegurar que todos os projectos de


implantação de parques industriais estejam alinhados com a ► Projecto aprovado;
PEI e todos os actores chave relevantes (Instituições do
Governo e Sector Privado) estejam a ser envolvidos e a ► Mobilizado o financiamento para os dois (2) parques
participar activamente no processo; industriais (Moatize e Mocuba);

► Considerando que já estão a ser envidados esforços para a ► Iniciada a Implantação de parques industriais nos
solução do problema de falta de infra-estruturas para o locais definidos pelo projecto;
Consolidar o Projecto dos Parques
desenvolvimento da indústria, pretende-se capitalizar a Nível de produção das empresas indústrias nos
Industriais ►
estratégia aprovada e integrar na estratégia do Parques Indústrias;
desenvolvimento da Indústria;
► Postos de emprego criados pelas empresas
► Por outro lado, deve se garantir a promoção dos parques industriais nos Parques Industriais;
industriais, atracção dos investidores e financiamentos para
projectos industriais em linha com outros programas previstos ► Volume das Exportações das Empresas dos Parques
na PEI, para assegurar que as infra-estruturas tenham um Indústrias.
impacto rápido no desenvolvimento industrial.
Infra-estruturas para o
1. Desenvolvimento
Económico ► Os corredores de desenvolvimento constituem um forte ► Infra-estruturas chave para o desenvolvimento
incentivo ao investimento das infra-estruturas a si industrial ao longo dos Corredores de
associadas. A PEI pretende capitalizar esta estratégia em Desenvolvimento:
coordenação com as instituições governamentais relevantes
• KM de Estrada reabilitados ou construídos;
através da promoção do investimento em projectos
industriais nos corredores de desenvolvimento; • KM de Linhas Férreas reabilitados ou
construídas;
Consolidar a Estratégia dos ► Na perspectiva da PEI, deve-se identificar projectos
Corredores de Desenvolvimento adicionais nos Corredores de Desenvolvimento que possam • Portos Melhorados reabilitados ou
dar maior ímpeto ao desenvolvimento industrial. construídos.
► Número das empresas industriais nos Corredores de
Desenvolvimento;
► Produção das empresas indústriais nos Corredores
de Desenvolvimento;
► Número de postos de emprego Criado pelas
empresas industriais nos Corredores de

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# Programas
Pilar Indicadores
Designação Justificativa e Racional do Programa

Desenvolvimento;
► Volume das Exportações das Empresas dos
Corredores de Desenvolvimento.

► Um sistema integrado de transportes, proporciona a ► Infra-Estruturas de Transportes e Comunicações


Consolidar a Estratégia de plataforma logística para o desenvolvimento da indústria, relevantes para o desenvolvimento criadas.
Desenvolvimento Integrado dos pelo que, o objectivo da integração desta estratégia visa
Sistemas de Transportes assegurar e influenciar que os projectos a si associados irão
contribuir para a dinamização do desenvolvimento industrial.

► O Gabinete de Zonas Económicas de Desenvolvimento ► Número de empresas industriais nas ZFIs;


Acelerado (GAZEDA) tem estado a criar Zonas Francas
Nível de Produção Industrial nas ZFIs
Industriais (ZFIs) que tem contribuído para a implantação de

projectos industriais; ► Número de postos de emprego criado pelas


empresas industriais nas ZFIs;
Consolidar o Programa das ZFI ► Pretende-se que a criação destas ZFIs esteja sempre alinhada
com a PEI, para evitar a duplicação de esforços e facilitar a ► Volume das exportações das empresas dos ZFIs.
mensuração dos resultados;
► O Plano de Implementação da PEI deve incluir a criação das
ZFI em coordenação com o MEF (GAZEDA) e MOPHRH.

► O objectivo é identificar o défice de competências dos


profissionais da área industrial e estruturar um plano de ► Número de pacotes de formação desenhados;
formação acelerado e assegurar “quick wins“;
► Número de técnicos formados;
Formação Acelerada dos Técnicos ► A formação acelerada deverá abranger também novos
das Empresas Industriais subsectores da indústria passíveis de introduzir sem ► Melhoria da produtividade;
Desenvolvimento do Capital
necessidade de grandes investimentos; Número de técnicos absorvidos por indústria
2. Humano ►

► Este programa poderá ser implementado através do INEFP e prioritária.


outros centros de formação existentes no país.

► O MCTES está a implementar o Programa Integrado de Número de programas de Educação Profissional


Consolidar o Programa da Reforma

Reforma da Educação Profissional através da ANEP e orientados para Indústria;
da Educação Profissional recentemente foi aprovada a Lei de Educação Profissional,
pretende-se com este programa assegurar que o ensino ► Número de graduados do Ensino Técnico Profissional

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MIC – Ministério da Industria e Comércio
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Estratégia para o Desenvolvimento Industrial
03.05.2016

# Programas
Pilar Indicadores
Designação Justificativa e Racional do Programa

técnico-profissional tenha orientação suficiente para a com competências relevantes para o


Indústria; desenvolvimento da indústria.
► Será importante assegurar que os projectos existentes na
ANEP estão alinhados como a PEI para minimizar a
duplicação de esforços e dispersão de recursos.

► O Fundo de Desenvolvimento do Capital Humano servirá para ► Aprovado o Fundo de Desenvolvimento Capital
materializar outros programas deste pilar. A principal fonte de Humano;
recursos poderá ser uma taxa sobre os salários de
Número de projectos de Formação na Área Industrial
Criação do Fundo de Trabalhadores Estrangeiros;

Financiados;
Desenvolvimento do Capital
A gestão do Fundo poderá ser confiada institucionalmente à
Humano para o sector industrial

Número de empresas industriais que canalizam 1%
entidade governamental que será responsável pela

da folha de salários para formação e capacitação
implementação da PEI em parceria com o Sector Privado.
dos seus recursos humanos;
► Número de beneficiários das Acções de Formação na
Área Industrial financiados.

► É importante assegurar que o Sector da Indústria (a nível do ► Número de programas de atracção de talentos;
Governo e do Sector Privado) disponha de quadros
Nível de cobertura territorial dos Programas de
qualificados e com visão estratégica para o desenvolvimento

Pesquisa, Atracção, Formação e Atracção de Talentos;


industrial. Os talentos identificados poderão ter a orientação
Orientação de Talentos de empreendedores ou de técnicos; ► Número de talentos identificados formados e
enquadrados nas empresas.
► O processo de identificação deverá ser em parceria com as
instituições de ensino.

► A implementação dos sistemas de gestão de qualidade e a


certificação das empresas do sector industrial poderão ser ► Aprovação do Programa de Apoio na Implementação
Capacitação das Empresas um factor importante para aumentar o acesso ao mercado, de Sistemas de Gestão de Qualidade e Respectiva
do Sector e Protecção da Implementação de Sistemas de sobretudo na cadeia de valor dos megaprojectos pelo grau de Certificação;
3. Indústria Nacional Gestão de Qualidade e Certificação exigência que estes tem para com os seus fornecedores; Número de empresas certificadas;
de Empresas Industriais

► Este programa pode contribuir para reduzir a fraca qualidade ► Variação do volume de negócio das empresas
dos produtos das nossas empresas do sector industrial; certificadas.
► O MIC, através do Instituto Nacional de Normalização e

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# Programas
Pilar Indicadores
Designação Justificativa e Racional do Programa

Qualidade deverá desenvolver um projecto específico para o


efeito.

► O aumento do conteúdo local dos produtos manufacturados


para além de assegurar a retenção dos recursos financeiros
no país aumenta a possibilidade das empresas do sector
beneficiarem dos incentivos fiscais disponíveis à luz da ► Variação do valor acrescentado médio da indústria;
legislação em vigor;
► Volume de transacções entre megaprojectos e
► A implementação deste programa deve ser feita duma forma empresas industriais;
Promonão do Conteúdo Local dos integrada e com carácter multissectorial. Requer a
Produtos Industriais Volume de transacções entre o Estado e as empresas
importação de tecnologias para a transformação de recursos

industriais;
naturais existentes e incorporação como matéria-prima
noutras indústrias ou alargamento da cadeia de valor. Para ► Volume de matéria-prima local absorvida pela
uma melhor monitoria dos resultados, dever-se-á desenhar indústria.
projectos para as indústrias tradicionais e os associados a
exploração dos recursos naturais, como gás, carvão, de entre
outros.

► O acesso ao mercado é um aspecto chave para o incentivo ao


investimento no sector e desenvolvimento da indústria. O
Estado e os megaprojectos como grandes consumidores de ► Volume de transacções entre megaprojectos
Promoção do Acesso Privelegiado bens e serviços podem dar um grande contributo neste empresas industriais;
às Oportunidades de Fornecimento sentido;
ao Estado e aos Megaprojectos ► Volume de transacções entre o Estados e as
► Por outro lado este programa representa um contributo para o empresas industriais.
reforço das ligações empresariais que por sua vez aumenta o
efeito multiplicador dos projectos industriais.

► A existência duma instituição financeira vocacionada ao


financiamento de projectos industriais visa responder à
Acesso à Financiamento Programa para assegurar o carência de crédito em condições que se ajustam às ► Volume de Crédito concedido;
4. Adequado financiamento ao sector da características da actividade industrial em termos de volume, ► Número de empresas do Sector Industrial
indústria prazos, taxas de juro, de entre outras condições; beneficiárias de crédito.
► A fonte de financiamento da instituição poderá incluir
receitas provenientes da exploração de recursos minerais,

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# Programas
Pilar Indicadores
Designação Justificativa e Racional do Programa

capitais privados e investimento do Estado;


► O modelo institucional a adoptar deverá privilegiar a
resolução dos problemas de acesso ao financiamento de
forma sustentável.

► A solução do acesso ao financiamento para as empresas do ► Número de Linhas de Crédito;


sector industrial não será resolvido unicamente pela criação
do Banco de Desenvolvimento Industrial ou Fundo de ► Volume de Crédito concedido à empresas industriais
Fomento Industrial. Assim poder-se-á mobilizar fundos para a através das linhas de crédito;
Criação de Linhas de Crédito para criação de linhas de crédito sob gestão de bancos comerciais ► Número de Empresas beneficiárias das Linhas de
Financiamento da Industria em que estes possam também contribuir com os seus Crédito;
recursos como uma combinação de esforços para a solução
do problema; ► Taxa de Juro média das Linhas de Crédito Vs média
do Sistema Bancário Nacional;
► Neste programa o Estado poderá assumir parte ou a
totalidade do risco de crédito. ► Taxa de Crédito em Risco das Linhas de Crédito.

► Pretende-se com este programa chamar as instituições ► Produto financeiros criados orientados para o sector
Acordos junto da Banca Comercial financeiras para contribuírem para o desenvolvimento da industrial;
para o Desenvolvimento de indústria, desenvolvendo produtos de créditos orientado para
Produtos de Crédito para Indústria Número de Empresas beneficiários dos produtos
as necessidades das empresas do sector.

financeiros criados orientados para sector industrial.

► Uma das limitações para incrementar as ligações


empresariais é a falta de informação sobre os produtos e
serviços oferecidos localmente, assim pretende-se a Criação
do Banco de Dados, manutenção e difusão da informação; Criação de banco de dados das empresas
Promoção de Ligações Programa de ligações empresariais ►

Mapeamento das Ofertas das Esta deverá estar disponível para o público através do Página industriais;
5. Empresariais ►
Empresas Industriais e Criação do de Internet do MIC e da CTA; ► Evolução da diversificação da oferta de produtos
Banco de Dados industriais.
► Para além de promover as ligações empresariais este
programa irá contribuir para o aumento de acesso ao
mercado das empresas do sector industrial, através da maior
divulgação dos seus produtos.

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# Programas
Pilar Indicadores
Designação Justificativa e Racional do Programa

► Na base de um processo de identificação e sistematização da ► Aprovação do projecto de incubação de empresas


informação das necessidades de produtos e serviços do industriais;
mercado o programa irá promover a incubação e capacitação
Empresas industriais incubadas;
de micro e médias empresas do sector industrial;

Incubação de Empresas do Sector
Industrial Nível de cobertura territorial do projecto;
Os recursos para o financiamento do programa poderão ser


para a Criação de Fundo de Desenvolvimento Capital ► Volume de produção das empresas incubadas;
Humano.
► Número de postos de emprego gerados.

► Pretende-se com este programa recolher e difundir ► Volume de transacções entre empresas do sector
informação sobre as oportunidades de negócio entre as industrial e dos outros sectores;
empresas do sector industrial, nos megaprojectos e no
Aprovação do Programa de Promoção de
Estado;

Investimento para o Sector Industrial;
Facilitação de Informação e Acesso ► A instituição responsável pela implementação da PEI deverá
ao Mercado Local Aprovação do Pacote de Incentivos Específicos para
envidar esforço de partilha de informação sobre as

Investimentos na Indústria;
oportunidades existentes e definir uma plataforma de
difusão. ► Volume de investimentos realizado na Indústria
aprovado pelo Programa de Promoção de
Investimento para o Sector Industrial.

► O MEF, através do CPI, aprovou o Plano Estratégico de ► Aprovação do Programa de Promoção de


Promoção de Investimento Privado em Moçambique e Investimento para o Sector Industrial;
pretende-se consolidar este documento e capitalizar as linhas
Consolidar a Estratégia de Promoção Aprovação do Pacote de Incentivos Específicos para
de orientação estratégicas relevantes para o Sector Industrial.

do Investimento Privado em Investimentos na Indústria;
Moçambique
Incentivos ao Investimento ► Volume de Investimentos Realizado na Indústria
6. no Sector Industrial aprovado pelo Programa de Promoção de
Investimento para o Sector Industrial.

► O ambiente de negócio é uma variável chave para o aumento ► Aprovação de Indicadores da Avaliação do Ambiente
Consolidar a Estratégia de Melhoria do investimento, crescimento e desenvolvimento de projectos de Negócios Específico para a Indústria;
de Ambiente de Negócios industriais implantadas através de políticas e programas que
Número de avaliações realizada por ano;
concorram para um melhor ambiente, nos últimos anos.

► Evolução de Indicadores da Avaliação de Ambiente

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Estratégia para o Desenvolvimento Industrial
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# Programas
Pilar Indicadores
Designação Justificativa e Racional do Programa

de Negócios Específico para a Indústria.

► Existem alguns incentivos para o investimento no sector ► Aprovação do pacote de incentivos ao investimento
Revisão do Pacote de Incentivos industrial, mas excluindo os das ZFIs a maioria é genérica e no sector industrial;
Específicos para Investimentos na para que a industrialização ganhe a dinâmica que se pretende
Industria Aumento do volume de investimentos no sector
é preciso que se defina um pacote de incentivos específicos.

industrial em níveis maiores que os actuais.

► Definir políticas que facilitem o acesso ao financiamento de ► Aprovação do Programa e Orçamento para a
baixo custo e incentivos para à aquisição de meios produtivos Promoção do Acesso a Novas Tecnologias de
Promoção do Acesso à Novas e tecnológicos avançados através de financiadores internos Produção;
Tecnologias de Produção ou externos.
► Projectos de Acesso a Tecnologias Aprovados e
Financiados.

► Massificar os centros de pesquisa e de desenvolvimento ► Centros de Pesquisa e Desenvolvimento Industrial


industrial devidamente apetrechados com equipamentos e apetrechados ou criados;
metodologias de pesquisa modernas e pessoal altamente
Número de Projectos de Produção Industrial
qualificado.

Inovadores Implementados;
Inovação, Acesso a Criação de Centros de Pesquisa e ► Volume de Produção resultante da implementação
Tecnologia, Pesquisa e Desenvolvimento Industrial de Projectos de Produção Industrial Inovadores
7. Desenvolvimento implementados;
► Postos de Emprego resultante da implementação de
Projectos de Produção Industrial Inovadores
Implementados.

► Criar parcerias público-privado com enfoque na ► Número de Projectos de Transferência de


disponibilização de serviços tecnológicos de apoio às MPME Conhecimento para Criação de Empresas de Novos
Estabelecimento de Parcerias e inovadoras em seguimentos novos industriais; Seguimentos Industriais implementados;
Transferência de Conhecimento para
O MCTES, através de incubadoras tecnológicas, desenhar Número de Empresas de novos seguimentos
Criação de Empresas de Novos
► ►
programas específicos de apoio em matérias de serviços industriais criados;
Seguimentos Industriais
tecnológicos e qualidade da gestão empresarial virados ao
Volume de Produção de novos seguimentos
desenvolvimento de ideias inovadoras com vista ao alcance

industriais

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Estratégia para o Desenvolvimento Industrial
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# Programas
Pilar Indicadores
Designação Justificativa e Racional do Programa

do desenvolvimento industrial a nível nacional. Postos de Emprego gerados por novos seguimentos
industriais.

► Desenvolver cursos direccionados à automatização dos ► Aprovação da Introdução de Extensionistas


processos produtivos e gestão industrial com recurso aos Industriais para as MPME;
meios tecnológicos modernos e de baixo custo;
Introdução de Extensionistas ► Número de Extensionistas Industriais;
Industriais para as MPME do Sector ► As entidades implementadoras devem criar parcerias de
Nível de cobertura territorial dos Serviços dos
aplicação de fundos sectoriais virados à capacitação de

Industrial Extensionistas Industriais;
técnicos Extensionistas especializados em desenvolvimento
industrial para alavancar as MPME; ► Índice de Satisfação dos MPME do sector industrial
com os Serviços dos Extensionistas Industriais.

► Desenvolver um conjunto de mecanismos que permitam


maior coordenação da DNI em forma de cascata, desde a
Direcção Nacional, passando pelas Direcções Provinciais até
aos Serviços Distritais;
Flexibilizar a comunicação dentro do MIC obedecendo a
Restruturaçãoda e Capacitação da Índice de Satisfação dos Operadores do ramo

hierarquia na vertical, isto é, desde a base até ao topo e na

DNI industrial
horizontal com os outros sectores, entre as unidades
orgânicas do mesmo nível;
Definição de um Modelo
Institucional Adequado ► Dotar a DNI e os seus respectivos órgãos provinciais e
para a Promoção do distritais de meios de trabalho flexíveis e modernos de forma
8. a responder a crescente demanda processual;
Desenvolvimento Industrial

► O MIC deverá criar medidas que garantam um suporte mais ► Criação de uma Área Específica no IPEME para
efectivo e sustentável aos operadores e investidores Desenvolver, implementar e atender MPME do sector
industriais, pelo IPEME; industrial;
Reestruturação do IPEME e Definição
Melhorar/simplificar a tramitação de processos entre ambos Aprovação do Modelo de Relacionamento entre
do Modelo de Relacionamento deste
► ►
órgãos por forma a dinamizar o desenvolvimento industrial IPEME, INNOQ, DNI em matéria de promoção do
com a DNI
nacional; desenvolvimento Industrial
► Definir o modelo de relacionamento MIC, DNI, IPEME e
INNOQ.

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Estratégia para o Desenvolvimento Industrial
03.05.2016

# Programas
Pilar Indicadores
Designação Justificativa e Racional do Programa

► Promover relações de coordenação e envolvimento entre os ► Aprovação da Plataforma de Coordenação


diferentes sectores económicos, sob a gestão de uma Multissectorial para o Desenvolvimento Industrial;
plataforma de coordenação única a todos os níveis
Índice de Satisfação dos Operadores Industriais com
Criação de uma Plataforma de hierárquicos, que concorram para o desenvolvimento

a resposta das questões transversais para o
Coordenação Multissectorial para o industrial.
desenvolvimento industrial;
Desenvolvimento Industrial
► Assinatura de Memorandum de Entendimento entre
as diferentes entidades governamentais envolvidas
no desenvolvimento industrial.

► Definir o modelo de coordenação e articulação contínua entre ► Aprovação da Criação de uma Plataforma de
o Governo e Sector Privado assegurando que cada uma das Coordenação Governo-Sector Privado para o
partes está ao corrente dos projectos em curso, através da Desenvolvimento Industrial;
troca de informação formal;
► TORs da Plataforma de Coordenação Governo-Sector
Criação de uma Plataforma de ► Assegurar a integração do Sector Privado na monitoria da Privado para o Desenvolvimento Industrial;
Coordenação Governo-Sector Privado implementação da PEI.
► Índice de Satisfação dos Operadores Industriais com
para o Desenvolvimento Industrial a Plataforma de Coordenação Governo-Sector
Privado o para o Desenvolvimento Industrial;
► Assinatura de Memorandum de Entendimento entre
as diferentes entidades públicas e privadas,
envolvidas no desenvolvimento industrial.

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Medidas de Estímulo para o Desenvolvimento Industrial
04.05.2016

5. Medidas de Estímulo para o Desenvolvimento Industrial


As medidas de estimulo aqui propostas, visam assegurar a geração de impactos rápidos (quick wins) no desenvolvimento
industrial criando a dinâmica necessária no sector, mobilizando a comunidade empresarial a aumentar os investimentos na
indústria, expandir a produção, emprego e o arranque do ciclo da transformação estrutural da economia.

A proposta resulta de uma avaliação combinada entre os resultados de diagnóstico e a análise comparativa de medidas de
estímulo para o desenvolvimento da Indústria com base em experiências internacionais, avaliando a natureza e tipos de
incentivos industriais fornecidos e resultados alcançados.

Os resultados do diagnóstico do sector industrial apontam como principais constrangimentos questões como Infra-
estruturas (altos custos das ligações internas, necessidade de melhoria e extensão da rede rodoviária e ferroviária,
regularidade e existência de linhas de cabotagem, necessidade de melhoria da periodicidade, quantidade e qualidade no
fornecimento de energia e água), acesso aos mercados, processos aduaneiros burocráticos e a forte concorrência de
produtos internacionais. Este cenário remete a tomada de medidas de estímulo que promovam a melhoria das Infra-
estruturas, protecção do empresariado nacional, diversificação e crescimento do tecido industrial local e fortalecimento das
cadeias de valor.

Constatou-se que vários países como Índia, Brasil e África do Sul têm combinado diversos tipos de estímulos gerais e
específicos a indústria, tais como concessão de empréstimos, programas de crédito a regiões particulares, incentivos fiscais
(que incluem isenção, dedução ou especial exclusão de tributação sobre a receita bruta, crédito fiscal, alíquota
preferencial), simplificação de procedimentos aduaneiros e as encomendas governamentais para as empresas, em
particular a pesquisa e desenvolvimento durante um tempo determinado. Estes incentivos são fornecidos mediante critérios
explícitos e por vezes selectivos, que permitem acompanhar o desempenho e monitoramento efectivo das indústrias,
incluindo critérios de acesso preferencial bem como proibições.

As medidas de estímulo subdividem-se em cinco grupos, designadamente:

1) Incentivos e simplificação de procedimentos do Investimento no Sector Industrial;

2) Promoção de acesso ao financiamento;

3) Preferência de produtos nacionais nas compras do Governo;


4) Investimento em Infra-estruturas para o desenvolvimento industrial através de Parcerias Público Privadas.

5) Incentivos fiscais e aduaneiros.

Apresenta-se a seguir o detalhe de cada uma das mediadas de estímulo para o desenvolvimento industrial.

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Medidas de Estímulo para o Desenvolvimento Industrial
04.05.2016

5.1. Incentivo ao Investimento em Infra-estruturas para o Desenvolvimento Industrial Através de Parcerias


Público Privadas
Apresenta-se aqui o conjunto das acções a serem desenvolvidas com vista a atrair o investimento do sector privado em infra-estruturas chave para o desenvolvimento da indústria.

Tabela 6: Incentivos ao Investimento em Infra-estruturas para o Desenvolvimento Industrial Através de PPP

Incentivo Investimentos em Infra-estruturas para o Desenvolvimento Industrial Através de Parcerias Público Privadas

Monitoria e Controlo dos


Objectivos Fundamentação Plano de Acções
Impactos

As infra-estruturas representam um factor chave para ► Revisão da Lei 15/2011, de 10 de Agosto (Parceria Público Privada),
o desenvolvimento da indústria e o Estado, por si só com enfase na criação de estímulos para a participação do sector
não poderá dar resposta às necessidades desta privado na construção e exploração de infra-estruturas;
Assegurar a existência de infra-estruturas componente a curto e médio prazo dado a limitação ► Isenção do pagamento do IRPC até à recuperação do investimento
adequadas para o desenvolvimento industrial; de recursos para responder a diversas necessidades aos privados que investem na construção e exploração de infra-
Estimular a criação de clusters industriais; sobre a sua alçada. estruturas para a indústria, parques industriais, linhas férreas, N/A
Reduzir os custos de transacções e aumentar a As PPPs podem ser uma alternativa para solução estradas, rede eléctrica, de entre outros;
competitividade da produção industrial. parcial do problema de infra-estruturas, como ► Isenções de direitos na importação de equipamentos;
apontam alguns estudos internacionais realizados ► Promoção das oportunidades de investimentos em parques
sobre o país, por exemplo, Conferência das Nações industriais para investidores privados, realçando os incentivos a
Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento. serem definidos.

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Medidas de Estímulo para o Desenvolvimento Industrial
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5.2. Promoção de Acesso ao Financiamento

As acções de promoção do acesso ao financiamento a serem implementadas durante a vigência da PEI assumem diversas vertentes destinadas a diminuir o risco de crédito para os bancos e
aumento da disponibilidade de recursos financeiros.

Tabela 7: Promoção de Acesso Ao Financiamento

Promoção de Acesso ao Financiamento

Monitoria e
Objectivos Fundamentação Plano de Acções Controlo dos
Impactos

O acesso ao financiamento é apontado pelos empresários do


• Introdução de um seguro de crédito para financiamento bancário
sector como umas das principais barreiras ao desenvolvimento
às empresas do sector industrial;
industrial;
Assegurar maior disponibilidade de recursos
Por outro lado o sector bancário argumenta que o reduzido • Criação de Fundo de Garantia de Crédito;
financeiros às empresas e investidores

volume de financiamento ao sector prende-se com elevado N/A
através de medidas complementares de Facilitação do acesso ao financiamento através de mobilização
risco que este apresenta;
mitigação do risco de recursos financeiros para a criação de linhas de crédito
Propõe-se aqui um conjunto de acções complementares que concessionais.
possam aumentar a disponibilidade de recursos financeiros
para a indústria.

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Medidas de Estímulo para o Desenvolvimento Industrial
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5.3. Preferência de Produtos Nacionais nas Compras do Governo

A promoção da preferência dos produtos nacionais nas compras do Governo está orientada a aumentar o mercado dos produtos da indústria nacional e incentivar por esta via o investimento.

Tabela 8: Preferência de Produtos Nacionais nas Compras do Governo

Encomendas Governamentais em Produtos Nacionais e Expansão do Mercado

Objectivos Fundamentação Plano de Acções Monitoria e Controlo dos Impactos

O Estado é o maior consumidor da economia e se uma parte significativa dos Revisão do Decreto sobre procurement, Para assegurar o uso inadequado desta
gastos forem direccionados para produtos e serviços de empresas nacionais dando primazia a produtos nacionais, que medida as UGEAs deverão verificar numa
pode estimular o aumento da produção, emprego e consequentemente as tenham um valor acrescentado mínimo de base regular que as empresas
receitas fiscais. 20%. beneficiárias cumprem com as condições
Este tipo de medidas tem um efeito multiplicador na economia e potencial Padronização dos fardamentos escolares e que ditaram a sua selecção,
para a criação de ligações empresariais. dos funcionários públicos. designadamente:
Existem sectores já identificados no processo da auscultação do sector
Redução/isenção de encargos fiscais nos • Não estão a recorrer às
Expansão do mercado dos produtos privado no âmbito da Revisão da Política e Estratégia Industrial,
investimentos ligados a revitalização das importações de produtos
nacionais, estimulando o aumento da designadamente:
acabados para garantirem o

indústrias paralisadas dos sectores
produção industrial, emprego e
Têxteis e Vestuário (com enfoque nos fardamentos escolares, prioritários; fornecimento;


receitas fiscais através da aquisição
funcionários públicos, militares e paramilitares, hospitalares,
de produtos nacionais pelo Estado. Criação de um dispositivo que estabelece as Mantém ou aumentam os
professores, roupa hospitalar);
condições de acesso às compras do Estado, postos de emprego.
• Mobiliário (enfoque para carteira escolar); designadamente:

• Papel e impressão; • Manutenção dos números de

• Química;
postos de trabalho;

• Automóvel.
• Regularidade fiscal;

• Aumento contínuo do valor

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Encomendas Governamentais em Produtos Nacionais e Expansão do Mercado

Objectivos Fundamentação Plano de Acções Monitoria e Controlo dos Impactos

acrescentado dos produtos.

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5.4. Incentivos e Simplificação de Procedimentos do Investimento no Sector Industrial

A simplificação de procedimentos do investimento é uma acção multissectorial destinada a estimular o investimento na indústria.

Tabela 9: Incentivo e Simplificação de Procedimentos do Investimento no Sector Industrial

Incentivos e Simplificação de Procedimentos do Investimento no Sector Industrial

Monitoria e Controlo dos


Objectivos Fundamentação Plano de Acções
Impactos

Vários estudos recentes, incluindo da Conferência das Facilitação do acesso a terra pelos investidores, através da Definição de um programa de
Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento, sobre articulação entre o CPI, MIC e MITADER, através da criação de monitoria dos impactos da
as estratégias de promoção de investimento que o país reservas de Estado para implantação de indústrias e zonas medida, com foco nos seguintes:

Aumentar o investimento no sector


tem adoptado, indicam a necessidade de revisão do papel industriais.
• Tempo médio para
do CPI e introdução de medidas adicionais no pacote
Criação de mecanismos de articulação para a facilitação de autorização de investimento e
industrial através da revisão do actual actual de incentivos.
investimento e promoção da correcta interpretação da legislação obtenção do alvará;
pacote de incentivos ao investimento;

Por outro lado durante o processo de auscultação no
Facilitar o acesso ao pacote de entre o MIC, AT e CPI. Volume de investimentos
âmbito da Revisão da Política e Estratégia Industrial os
incentivos através da simplificação de empresários queixaram-se de excesso de burocracia para Simplificação dos processos aduaneiros, avaliando a possibilidade autorizados no sector
procedimentos. acesso aos incentivos, dificuldade de obtenção de DUATs e de não se efectuar a inspecção da carga nos portos de destino, sendo industrial.
falhas na articulação entre diversas entidades do Estado. somente inspeccionado o manifesto, o selo e a guia de transporte
pelo oficial ou em casos policiais.

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5.5. Incentivos Fiscais e Aduaneiros

Os incentivos fiscais e aduaneiros são estímulos complementares a serem implementados de forma selectiva durante a vigência da PEI em coordenação com outros sectores.

Tabela 10: Incentivos Fiscais e Aduaneiros

Incentivos Fiscais e Aduaneiros

Objectivos Fundamentação Plano de Acções Monitoria e Controlo dos Impactos

A demanda interna por produtos industriais é


• Introdução selectiva de medidas de salvaguarda aos
Definição de um programa de monitoria
dos impactos da medida, com foco nos
maioritariamente satisfeita actualmente pela importação
produtos considerados prioritários e que seguintes:
de produtos. A necessidade de industrialização do País

apresentam impactos dinamizadores;
passa pelo incremento da produção local, diversificando Variação dos preços dos


produtos e mercados é essencial proteger as indústrias produtos ao consumidor
Garantir maior fiscalização e controlo nas fronteiras final;
das ameaças dos produtos similares importados.

Protecção da indústria nacional através com vista a minimizar o contrabando;
Distorções provocadas no


da redução da competição dos produtos mercado;
Exercer maior fiscalização e inspecção na rede

importados e promoção da produção
comercial com vista a minimizar os produtos Capacidade de resposta a
interna.
contrabandeados; demanda interna/eficiência
operacional dos produtores


internos.
Realizar maior fiscalização e inspecção no
desembaraço aduaneiro e nos circuitos de
distribuição interna para detenção e destruição dos
produtos contrafeitos.

Atrair investimentos para províncias com As províncias de Niassa, Inhambane e Zambézia são as Rever os actuais benefícios fiscais concedidos para estas
• Avaliar sistematicamente os
baixo nível de industrialização. que menos indústrias possuem apesar de elevado províncias, especificamente:
impactos dos benefícios
potencial em recursos naturais que poderão ser utilizados

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Incentivos Fiscais e Aduaneiros

Objectivos Fundamentação Plano de Acções Monitoria e Controlo dos Impactos

para o desenvolvimento industrial.


• Taxa de Crédito Fiscal por Investimento a deduzir na
atribuídos;


Resultados do Benchmarking apontam que zonas menos colecta do IRPC de 10% para 15% para as provícias
Avaliar os cumprimentos dos
industrializadas tem-se beneficiado de isenções fiscais ou de Zambézia, Niassa e Inhambane;
requisitos legais dos


deduções muito elevadas para atrair o investimento.
beneficiários.
Dedução total das despesas de investimento no
Deste modo propõe-se uma abordagem relativamente
lucro tributável.
específica para províncias menos industrializadas através
de algumas alterações ao quadro conceptual de forma a
estender alguns benefícios (ampliação do perímetro dos
benefícios definidos).

Promover a formação acelerada de A disponibilidade de mão-de-obra qualificada para as Rever os actuais benefícios fiscais concedidos para a
• Avaliar sistematicamente os
técnicos. áreas industriais foram apontadas como um dos principais componente de formação profissional, especificamente: impactos dos benefícios
constrangimentos ao desenvolvimento industrial pois atribuídos;


limita a capacidade de inovação e produtividade das Dedução no IRPC das despesas com a formação do
pessoal. Efectuar o acompanhamento
empresas , provocando impactos significativos sobre a
da aplicação dos dispositivos
competitividade das empresas.

legais relativa a concessão de
Taxa de 10% de dedução da matéria colectável nos benefícios fiscais;


custos de investimento em formação profissional
para a utilização de equipamento considerado de Verificar o cumprimento das
condições de acesso e de
tecnologia de ponta.
elegibilidade dos
beneficiários.

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Medidas de Estímulo para o Desenvolvimento Industrial
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Incentivos Fiscais e Aduaneiros

Objectivos Fundamentação Plano de Acções Monitoria e Controlo dos Impactos

Assegurar a disponibilidade de recursos A falta de reembolso regular do IVA é apontado pelos Articular com a AT na definição de mecanismos que assegura o Definição de um programa de monitoria
financeiros das empresas industriais e empresários como um dos constrangimentos para o seu reembolso do IVA num prazo previsível para as empresas. dos impactos da medida, com foco nos
seu investimento no aumento da desenvolvimento, devido ao impacto que esta situação seguintes:


produção. tem na sua tesouraria.
Introdução de medidas de salvaguarda de forma a Cumprimento dos prazos de
No sector industrial o impacto desta situação é mais grave
proteger os produtos nacionais que a indústria nacional reembolso do IVA;
devido ao seu ciclo de produção que é relativamente mais

tem capacidade de satisfazer totalmente o mercado ou
longo e por incluir o IVA suportado na aquisição de Volume de produção das
parte significativa deste.
equipamentos. indústrias beneficiárias;

• Volume das importações dos


produtos protegidos;

• Postos de emprego gerado pelas


indústrias protegidas.

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Plano de Implementação
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6. Plano de Implementação
O plano de implementação da PEI representa um conjunto de acções específicas a serem desenvolvidas com vista a
estimular o desenvolvimento da indústria nos próximos 10 anos e está estruturado em três períodos temporais de
acordo com os Pilares de Aposta Estratégica, designadamente curto, médio e longo prazo.

Tabela 11: Plano de Implementação

Pilar da Aposta
Programas Estratégicos Actividades
Estratégica
► Elaborar de um dispositivo legal sobre os Parques Industriais e definir um Plano de
Promoção dos Parques Industriais para investidores privados

► Assegurar a aprovação do Projecto dos Parques Industriais pelo Governo

► Assegurar a mobilização do financiamento para os Projectos dos Parques Industriais

Consolidar o Projecto dos ► Articular a construção de infra-estruturas básicas para o estabelecimento de parques
Parques Industriais industriais

► Assegurar a construção de parques industriais

► Definir condições de acesso preferencial das indústrias prioritárias nos parques industriais

► Efectuar a legalização das Reservas de espaço para indústria a nível nacional

► Assegurar a aprovação conjunta MIC/MTC/MOPHRH/MIREME do programa de infra-


estruturas específicas para o desenvolvimento industrial
Infra- Estruturas para Consolidar a Estratégia dos
o Desenvolvimento Corredores de ► Assegurar a Mobilização de financiamento complementar para infra-estruturas específicas
Económico Desenvolvimento para o desenvolvimento industrial

► Assegurar a Construção de infra-estruturas de apoio ao desenvolvimento industrial

► Assegurar a aprovação conjunta MIC/MTC/MOPHRH do programa de infra-estruturas de


Transportes e Comunicações relevantes para o desenvolvimento industrial

Consolidar a Estratégias de ► Assegurar a Mobilização de financiamento complementar para infra-estruturas de


Desenvolvimento Integrado Transportes e Comunicações relevantes para o desenvolvimento industrial
dos Sistemas de Transportes

► Assegurar a Construção de infra-estruturas de apoio ao desenvolvimento industrial

► Elaborar Plano Integrado de Infra-estruturas para as indústrias prioritárias

► Elaborar o programa integrado de desenvolvimento industrial das ZFI


Consolidar o Programa das ZFI

► Implementar programa integrado de desenvolvimento industrial das ZFI

Formação Acelerada dos


Técnicos das Empresas ► Assegurar a aprovação dos projectos de formação dos técnicos da área industrial
Desenvolvimento do Industriais
Capital Humano Consolidar o Programa da
► Assegurar a assinatura de um memorando de entendimento entre o MIC e MCTESP (ANEP)
Reforma da Educação
para alinhamento do Programa da Reforma da Educação Profissional com a PEI
Profissional

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Plano de Implementação
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Pilar da Aposta
Programas Estratégicos Actividades
Estratégica
► Assegurar apoio financeiro às instituições de ensino na criação de condições para ministrar
cursos alinhados com a estratégia de desenvolvimento industrial

► Acordo com instituições de ensino relevantes para a revisão dos curricula e alinha-los com
as necessidades do sector industrial

► Articular com o MITESS na criação do fundo para o desenvolvimento do capital humano

Criação de Fundo de ► Preparar instrumentos para a operacionalização do fundo para o desenvolvimento do


Desenvolvimento Capital capital humano
Humano para sector industrial
► Apoiar os centros de treinamento industrial especializado em programas de formação
multidisciplinar (através do fundo de desenvolvimento de capital humano)

Pesquisa, Atracção,
► Criar instrumento para a operacionalização da pesquisa, atracção, formação e orientação
Formação e Orientação de
de talentos
Talentos

► Desenhar um projecto de apoio na implementação de sistema de gestão de qualidade para


as grandes e MPMEs e assegurar o financiamento para o projecto
Apoio na Implementação de
Sistemas de Gestão de
Qualidade e Respectiva ► Garantir maior fiscalização e controlo nas fronteiras e redes comerciais com vista a
Certificação minimizar o contrabando
► Incluir a preferência de empresas industriais certificadas no âmbito do fornecimento de
bens e serviços ao Estado
► Desenhar projectos de produção de matéria-prima das cadeias de valor das indústrias
prioritárias

► Promover a criação de empresas de prestação de serviços na área industrial


Capacitação do Promoção de Maior
Empresariado e Conteúdo Local dos Produtos ► Fazer a promoção dos produtos contemplados nos acordos bilaterais
Protecção da Indústria Industriais e Serviços
Nacional
► Apoiar a criação de um programa energético no país, para a utilização do potencial do gás
natural e de formas alternativas de energia para a industrialização

► Definir critérios de priorização de produtos de empresas industriais moçambicanas no


fornecimento de bens ao Estado;

Acesso Privilegiado às ► Negociar com as empresas dos megaprojectos para privilegiar empresas industriais
indústrias nacionais no moçambicanas nas suas compras e assegurar a assinatura de memorandos de
Fornecimento de Produtos ao entendimento
Estado e aos Megaprojectos
► Introduzir medidas/procedimentos tarifários e não tarifários para a protecção dos
produtos nacionais que a indústria nacional tem capacidade de satisfazer totalmente o
mercado ou parte significativa

Alargamento do Âmbito de
Actuação Banco Nacional de ► Criação de Linhas específicas para a indústria
Acesso à Investimento
Financiamento
Adequado
Criação de Linhas de
► Assegurar a Mobilização de financiamento para linhas de crédito para as empresas do
Crédito para Financiamento da
sector industrial
Industria

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Plano de Implementação
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Pilar da Aposta
Programas Estratégicos Actividades
Estratégica

► Definir modalidades de acesso às linhas de crédito e negociação da colocação dos fundos


junto dos bancos comerciais

► Identificar linhas de crédito especiais para promoção de iniciativas empresariais de


pequena escala, de 20 à 100 mil USD, para o Agro processamento (Processamento de
frutas, hortícolas, carnes e pescado)

► Assegurar a Mobilização dos bancos comerciais para financiamento das empresas do


sector industrial

► Criar um banco de dados de ofertas das empresas industriais, com foco nas MPMEs
Mapeamento das Ofertas das
Empresas Industriais e Criação
de um Banco de Dados
► Definir e implementar uma estratégia de divulgação das ofertas das empresas.

Incubação de Empresas do
Promoção de Ligações ► Aprovar o Projecto de incubação de empresas
sector Industrial

Facilitação de Informação e ► Recolher e difundir informação sobre as oportunidades de negócio entre as empresas
Acesso ao Mercado Local industriais, Estado e Megaprojectos

Elaboração de estratégias e
estudos sub-sectoriais para
► Elaborar estudos sub-sectoriais para as indústrias prioritárias
estimular o desenvolvimento
industrial
► Definir um pacote de promoção de investimentos para o sector industrial, com os
respectivos incentivos

Incentivos ao Consolidar a Estratégia de ► Criar um pacote de incentivos para os privados que investem na construção e exploração
Investimento no Sector Promoção do Investimento de infra-estruturas para a indústria;
Industrial Privado em Moçambique ► Promover as oportunidades de investimentos nos parques industriais existentes para
investidores privados, realçando os incentivos a serem definidos.
► Rever o Diploma Ministerial 99 /2003- Regulamento do Regime Aduaneiro para a
Indústria Transformadora

► Assegurar a mobilização de recursos para acesso a novas tecnologias de produção


Promoção do Acesso a Novas
Tecnologias de Produção
► Assegurar a coordenação entre as empresas industriais e as instituições de ensino
(Universidades e Escolas Técnicas)

Inovação, Acesso a Estabelecimento de Parcerias


Tecnologia, Pesquisa e para Transferência de ► Definir mecanismos/Projectos de cooperação internacional para Estabelecimento de
Desenvolvimento Conhecimento para Criação de Parcerias e Transferência de Conhecimento para Criação de Empresas de Novos
Empresas de Novos Segmentos Industriais
Segmentos Industriais

Assegurar a criação de centros


► Promover campanhas de massificação de centros de pesquisa e de desenvolvimento
de Pesquisa e
industrial
Desenvolvimento Industrial

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Pilar da Aposta
Programas Estratégicos Actividades
Estratégica
Introdução de Extensionistas
Industriais para as MPME do ► Desenvolver um projecto de extensão industrial
sector Industrial
Reestruturação da DNI, IPEME
► Definir e implementar novos modelos organizacionais da DNI e do IPEME para se adequar
e Definição do Modelo de
aos desafios da implementação da PEI revista bem o mecanismo de articulação entre os
articulação entre as duas
dois órgãos
instituições
Definição de um Modelo
Institucional Adequado
para a Promoção do ► Enquadrar a implementação da PEI na agenda do diálogo Governo/ Sector Privado
Desenvolvimento Criação de uma Plataforma de
Industrial Coordenação Multissectorial ► Definir os mecanismos de monitoria do diálogo Governo/Sector Privado no âmbito da
para o Desenvolvimento implementação da PEI
Industrial
► Criar mecanismos de articulação para a facilitação de investimento

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