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CRIAÇÃO COLABORATIVA: A INTERATIVIDADE A FAVOR DA PRODUÇÃO

CIENTÍFICA.

Carlla Ribeiro de Araujo1


Edelberto Ferreira Coura2

RESUMO

O presente artigo trata sobre a importância da utilização dos recursos educacionais


abertos na Educação a Distância (EaD), limitando-se ao ensino superior. Tem como
objetivo compreender como estes recursos podem ser utilizados para estimular a
integração entre alunos e professores, consequentemente, o processo de ensino
aprendizagem.
De início, discute-se o que é EaD, apresenta o conceito de didática no ensino a
distância e as teorias construtivistas que dão suporte a esta metodologia, com foco
no socio-interacionismo, em metodologias ativas e na aprendizagem colaborativa.
Em seguida, fala-se da importância da tecnologia para o processo educativo e
expõem-se métodos de aplicação das Tecnologias de Informação e Comunicação
(TICs) na educação, com foco na ampla utilização de recursos educacionais abertos.
Sua justificativa tem como propósito apresentar os recursos educacionais abertos
como uma ferramenta para o trabalho docente, não é apenas inserir uma nova
tecnologia a sua rotina acadêmica, mas a oportunidade de ampliar a sua capacidade
de interação e, consequentemente, a sua rede de relacionamento, a fim de criar,
reutilizar, adaptar e compartilhar material didático para além das barreiras de uma
sala de aula, promovendo assim a democratização do conhecimento científico.
Baseia-se em pesquisa descritiva de natureza qualitativa, fundamentado na
bibliografia de teóricos como Moran, Libâneo, Pierre Levy, Vygotsky e alguns outros,
que contribuíram de forma significativa para formular os conceitos apresentados.
Ao final da pesquisa, o artigo trata da importância dos professores se manterem
atualizados com as novas tecnologias, bem como, a necessidade de uma
modificação no processo de ensino aprendizagem, a fim de promover uma mudança
na postura docente, que passa a atuar como mediador, auxiliando o aluno a
caminhar de forma autônoma em seu processo de construção do conhecimento.

Palavras-chave: Educação a Distância; Tecnologia e Inovação; Recursos


Educacionais Abertos

1
Pós-graduanda em Tutoria EAD, Unisuam, carllaribeiro@souunisuam.com.br
2 Orientador: Mestre em Educação, PUC/RJ, edelbertocoura@gmail.com
1
1 INTRODUÇÃO

Um dos maiores benefícios oferecidos pela internet é a possibilidade de


conectar pessoas de diferentes culturas. Por meio das ferramentas disponíveis no
ciberespaço, esta comunicação, pode ser expandida para algo além de promover a
interação social de seus membros, como por exemplo, para produção científica.
Deste modo, o estudo que será desenvolvido visa apresentar os recursos
educacionais abertos, como forma de democratização do conhecimento, integrando
professores e alunos e promovendo uma aprendizagem significativa, por meio da
criação, adaptação e compartilhamento de material didático, produzidos de forma
colaborativa. Tais recursos podem ser utilizados em todos os níveis da educação,
porém o estudo aqui apresentado se limita ao nível superior de ensino.
Em tempos em que a tecnologia está presente nas mais diversas áreas da
sociedade, não é possível pensar que esta não seria empregada na educação,
justamente, pela relação dialética que existe entre ambas.
A escola possui o papel de fazer do aluno um ser autônomo, proporcionando-
lhe uma experiência de aprendizagem que o faça questionar e mudar o mundo do
qual faz parte. Aos docentes, cabe o papel de motivar este aluno, apresentando-lhe
novas metodologias que possam não apenas estimular o seu desenvolvimento, mas
tornar a sua aprendizagem cada vez mais significativa. Deste modo, apresentar os
recursos educacionais abertos como uma ferramenta para o trabalho docente, não é
apenas inserir uma nova tecnologia a sua rotina acadêmica, mas a oportunidade de
ampliar a sua capacidade de interação e, consequentemente, a sua rede de
relacionamento, a fim de criar, reutilizar, adaptar e compartilhar material didático
para além das barreiras de uma sala de aula, promovendo assim a democratização
do conhecimento científico.
Pretende-se, com este artigo, compreender de que modo os recursos
educacionais abertos podem ser utilizados para melhorar a integração entre alunos e
professores, e consequentemente o processo de ensino-aprendizagem. Para isso,
serão analisados os seguintes conceitos:
● O conceito de didática no contexto da educação à distância para o ensino
superior;
● O conceito sócio-interacionista de aprendizagem cooperativa.

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Ao fim, pretende-se apresentar os recursos educacionais abertos como
ferramenta de produção de conteúdo colaborativo.

Para obter os resultados e respostas acerca da problematização apresentada


neste trabalho, será feita uma pesquisa descritiva de natureza qualitativa. Segundo
Gil (1999):

As pesquisas descritivas têm como objetivo primordial a descrição


das características de determinada população ou fenômeno ou,
então, o estabelecimento de relações entre variáveis.

O estudo deste trabalho será fundamentado em ideias e pressupostos de


teóricos que apresentam significativa importância na definição e construção dos
conceitos discutidos. Para tanto, a coleta de dados será feita por meio de pesquisa
bibliográfica, utilizando fontes primárias e secundárias de pesquisa, como livros,
trabalhos e artigos acadêmicos. Segundo Vergara (2000):

A pesquisa bibliográfica é o estudo sistematizado desenvolvido com


base em material publicado em livros, revistas, jornais, redes
eletrônicas, isto é, material acessível ao público em geral. Fornece
instrumental analítico para qualquer outro tipo de pesquisa, mas
também pode esgotar-se em si mesma.

2 DESENVOLVIMENTO

O que é EAD?

Segundo o site da Associação Brasileira de Educação A Distância (ABED):

Muitas são as definições possíveis e apresentadas, mas há um


consenso mínimo em torno da ideia de que EAD é a modalidade de
educação em que as atividades de ensino-aprendizagem são
desenvolvidas majoritariamente (e em bom número de casos
exclusivamente) sem que alunos e professores estejam presentes no
mesmo lugar à mesma hora.

Segundo o INEP:

[...] A educação a distância é caracterizada como modalidade


educacional na qual a mediação didático-pedagógica, nos
processos de ensino e aprendizagem, ocorre com a utilização
de meios e tecnologias de informação e comunicação, com
pessoal qualificado, políticas de acesso, acompanhamento e
avaliação compatíveis, entre outros, de modo que se propicie,
ainda, maior articulação e efetiva interação e
complementariedade entre a presencialidade e a virtualidade
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"real", o local e o global, a subjetividade e a participação
democrática nos processos de ensino e aprendizagem em
rede, envolvendo estudantes e profissionais da educação
(professores, tutores e gestores), que desenvolvem atividades
educativas em lugares e/ou tempos diversos.

Observadas estas definições, fica clara a adaptabilidade do Ensino à


Distância em relação às necessidades do aluno. Entretanto, as possibilidades
oferecidas pelas TICs (Tecnologias de Informação e Comunicação) são, muitas
vezes, limitadas por modelos institucionais conteudistas, como apontado por Moran
(2017). Utilizando os argumentos deste mesmo autor, adota-se neste trabalho a
preferência pela utilização de metodologias ativas de ensino a distância, de forma a
maximizar o aproveitamento das TICs e das tecnologias educacionais disponíveis
atualmente e, também, as possibilidades oferecidas pelas mesmas. Para Moran
(2017), “metodologias ativas são estratégias de ensino centradas na participação
efetiva dos estudantes na construção do processo de aprendizagem, de forma
flexível, interligada, híbrida”. (parágrafo 7)

E, como justificativa para implementação dessa metodologia, Moran (2017)


afirma que:

A aprendizagem ativa aumenta a nossa flexibilidade cognitiva, que é


a capacidade de alternar e realizar diferentes tarefas, operações
mentais ou objetivos e de adaptar-nos a situações inesperadas,
superando modelos mentais rígidos e automatismos pouco
eficientes. (parágrafo 9)

Desta forma, fica evidente que a adoção de metodologias ativas de ensino


estimula a independência do aluno. Coloca-se, então, o aprendiz no centro do
processo, tornando-o o principal ator do seu aprendizado, enquanto o professor
assume uma posição de mediador do conhecimento. No campo do Ensino a
Distância, Guimarães aproxima os conceitos de EAD e de metodologias ativas:

As metodologias ativas constituem estratégias, métodos e técnicas


promotores da aprendizagem ativa. O docente sai da condição de
transmissor de informações e passa a ser aquele que orienta os
estudos, oferecendo oportunidades, materiais e estratégias
adequados para a aprendizagem. Educação a distância e
metodologias ativas se aproximam em pontos-chave: na flexibilidade
espacial para a realização de atividades, na autonomia conferida ao
estudante e na possibilidade de realizar projetos e outras tarefas em
grupos. (GUIMARÃES, 2018, p. 22)

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A didática no ensino à distância

Um dos principais desafios da educação a distância é o reposicionamento dos


principais atores deste processo, ou seja, aluno e professor. Segundo Paulo Freire:

Não há docência sem discência, as duas se explicam e seus sujeitos,


apesar das diferenças que os conotam, não se reduzem à condição
de objeto, um do outro. Quem ensina aprende ao ensinar e quem
aprende ensina ao aprender. (FREIRE, 2002, p.25)

Nesta relação, a didática, como principal ramo de estudo da pedagogia,


exerce papel fundamental, pois irá auxiliar ambos atores a construir um processo de
ensino aprendizagem mais interativo e colaborativo, rompendo as barreiras da
comunicação assíncrona, existente na educação a distância.
Pois segundo Libâneo:

A didática investiga os fundamentos, condições e modos de


realização da instrução e do ensino. A ela cabe converter objetivos
sociopolíticos e pedagógicos em objetivos de ensino, selecionar
conteúdo e métodos em função desses objetivos, estabelecer os
vínculos entre ensino e aprendizagem, tendo em vista o
desenvolvimento das capacidades mentais dos alunos. (LIBÂNEO,
2013, p.25)

Ao definir a sua estratégia didática para o ensino a distância, o professor deve


levar em consideração o perfil do aluno, visto que, em alguns casos é necessário a
este aluno aprender a aprender. Portanto, ao estimular o desenvolvimento de sua
autonomia, o docente pode sugerir algumas estratégias que venham auxiliá-los em
sua rotina, como por exemplo, estabelecer uma rotina de estudos que contemple
não apenas a leitura do material e realização das atividades propostas, mas também
a interação com os demais colegas de turma, por meio dos chats ou fóruns
existentes para troca de experiência.
Usar a comunicação como mecanismo da ação didática é essencial para que
o ensino aprendizagem atenda a uma concepção pedagógica com um viés
interacionista, posicionando o professor efetivamente como mediador, que irá
conduzir o aluno no processo de construção do conhecimento.

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Sócio-interacionismo e aprendizagem cooperativa

A adoção de metodologias ativas (construtivistas) de ensino vai intimamente


ao encontro, tanto com as concepções sócio-interacionistas de Lev Vygotsky, quanto
com o conceito de aprendizagem pela experiência de John Dewey (Diesel, 2017).
Vygotsky enxerga a interação social como fundamental para o
desenvolvimento cognitivo do indivíduo, acima de seu processo individual ou seu
contexto social isolado. O contato com a sociedade e seu meio estimula, portanto, os
processos mentais necessários para a absorção de conhecimento, através da troca
de informações que ocorre no dia a dia social do indivíduo (Diesel, 2017).
John Dewey, por sua vez insere o conceito de metodologias ativas no que diz
respeito à imersão do aprendiz no seu processo de aprendizado. A pedagogia de
Dewey já se aproxima da teoria Freiriana de aprendizagem significativa, ao propor
que não haja separação entre a vida escolar e a vida social dos alunos, de forma a
proporcionar conhecimento e desenvolvimento cognitivo que façam sentido para a
vida do aluno (Diesel, 2017).
Ao sugerir que o aluno seja imerso em um processo contínuo de aprendizado,
é interessante adotar de forma complementar métodos de aprendizagem
colaborativa, em paralelo à aprendizagem ativa. A formulação de atividades em
grupo e a ideia geral de aprendizagem e criação colaborativas não são conceitos
novos, e metodologias de ensino que adotam essas práticas são estudadas e vistas
como bem sucedidas desde o século 18 (Gaillet, 1994).
A novidade que surge com o avanço da tecnologia é implementação dessas
práticas em ensino online a distância. A estimulação de uma perspectiva coletiva por
parte do aluno, combinada com o seu protagonismo no próprio processo de
aprendizagem, otimizam os fatores imersivo e construtivo da obtenção do seu
conhecimento. Dessa forma, o estudante terá mais domínio das informações obtidas
e terá desenvolvido uma capacidade diferenciada de processamento dessas
informações. Fica claro, portanto, o quanto a combinação das práticas supracitadas
pode contribuir com o aumento da eficácia do ensino a distância.

A importância da tecnologia para a educação

Com o avanço tecnológico, a relação humana com o conhecimento a ser


obtido, se modificou. A revolução digital que vem ocorrendo no mundo desde a
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década de 1960 (Abreu, 2006) modificou a forma como nos relacionamos, tanto com
nosso meio imediato, quanto com outros povos e culturas, que vêm se tornando
cada vez mais próximos de nós. Informações que antes eram inacessíveis, hoje são
facilmente obtidas; pessoas antes estrangeiras entre si, tornam-se cidadãs de um
mundo cibernético em comum.
Como dito por Pierre Levy:

O que está em jogo na cibercultura, tanto no plano da redução dos


custos como no do acesso de todos à educação, não é tanto a
passagem do «presencial» para a «distância» e, tampouco, da
escrita e do oral tradicionais para a «multimídia». É sim a transição
entre uma educação e uma formação estritamente institucionalizada
(escola, universidade) e uma situação de intercâmbio generalizado
dos saberes, de ensino da sociedade por ela mesma, de
reconhecimento autogerido, móvel e contextual das competências.
(LEVY, 1999, p.172)

O docente que atua na educação superior tem como grande desafio estimular
o discente a desenvolver a sua autonomia, criticidade e autogestão, a fim de
posicionar este aluno como centro do processo de ensino aprendizagem. Para tanto,
é necessário que o professor incorpore às suas práticas, novas tecnologias,
expandindo as possibilidades didáticas e proporcionando ao aluno acesso a
informação de qualidade por meio de redes colaborativas, favorecendo a
aprendizagem significativa.
Nesta concepção, os recursos educacionais abertos surgem como uma nova
ferramenta de ação pedagógica, que pode ser um grande aliado neste novo cenário
da educação.

Recursos educacionais abertos

O termo recursos educacionais abertos, foi instituído no Fórum de 2002 da


UNESCO sobre Softwares Didáticos Abertos. Pode-se dizer que se trata de uma
estratégia para democratização do conhecimento, que visa fomentar a produção de
material acadêmico, tendo como autores e coautores alunos e professores, que
buscam trabalhar de forma colaborativa, construindo um modelo de educação que
seja mais equitativa, inclusiva, aberta e participativa.
Recursos educacionais abertos, segundo a UNESCO:

7
São materiais de ensino, aprendizagem e investigação em quaisquer
suportes, digitais ou outros, que se situem no domínio público ou que
tenham sido divulgados sob licença aberta que permite acesso, uso,
adaptação e redistribuição gratuitos por terceiros, mediante nenhuma
restrição ou poucas restrições. O licenciamento aberto é construído
no âmbito da estrutura existente dos direitos de propriedade
intelectual, tais como se encontram definidos por convenções
internacionais pertinentes, e respeita a autoria da obra. (UNESCO,
2012, p.1)

Todo material produzido como recurso educacional aberto deve ser


acompanhado de uma licença no modelo Creative Commons. Esta licença preserva
os direitos autorais, garantindo que seja dado o devido crédito ao autor original,
facilitando a criação colaborativa por meio da reutilização, reedição e
compartilhamento do conteúdo.
Para consolidar-se o uso dos recursos educacionais abertos como ferramenta
de construção colaborativa, é fundamental que haja incentivo por parte dos
professores, que por meio de suas práticas pedagógicas, associadas ao uso de
metodologias ativas devem estimular a interação entre os alunos, propondo a estes
uma imersão em seu processo de ensino aprendizagem, a fim de atingirem, por
meio desta troca de conhecimento uma aprendizagem que faça sentido não apenas
para sua vida acadêmica, mas que o torne um sujeito capaz de contribuir para a
construção de uma sociedade mais igualitária.

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Muitos professores que atuam na educação superior, são parte de uma


geração considerada como imigrante digital. Deste modo, é natural que haja certa
resistência para inserir em sua rotina pedagógica novas ferramentas. Porém, nesta
relação dialógica entre aluno e professor, o aprendizado é uma via de mão dupla e
cabe ao professor muitas vezes, adquirir novas competências para que possa se
adaptar a era de tecnologia da informação e comunicação.
Em tempos onde a maioria dos alunos que frequentam as salas de aula das
universidades tem acesso a tecnologia, os recursos educacionais abertos surgem
como uma ferramenta que possibilita ao docente melhorar a qualidade da sua
prática educacional, visto que podem ser utilizados como recurso de aprendizagem,
uma vez que estimula a criação colaborativa, o compartilhamento livre e a
construção do conhecimento coletivo.

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Porém, um dos principais desafios encontrados pelos educadores para
integrar os recursos educacionais abertos às suas práticas pedagógicas, está
diretamente ligado à falta de atualização e investimento do próprio docente na sua
formação.
Segundo Perrenoud (2000), competências como: organizar e dirigir situações
de aprendizagem, envolver os alunos em suas aprendizagens, trabalhar em equipe,
utilizar novas tecnologias e administrar sua própria formação continuada, são
essenciais para manter-se ativo no meio acadêmico.
No entanto, quando o professor se apropria das novas metodologias e passa
a interagir com seus alunos, de modo a promover a integração entre eles, é possível
por meio da troca de saberes, caminhar para a construção de um projeto
educacional cooperativo e colaborativo, que dará ao aluno a oportunidade de
vivenciar situações de aprendizagem que serão significativas.
Conclui-se com as pesquisas realizadas, que é impossível ignorar a influência
das tecnologias no meio acadêmico, tão pouco, a necessidade de modificação do
processo formal de ensino-aprendizagem. Visto que o professor deixou de ser
detentor absoluto de conhecimento e passou a ser um mediador do processo de
ensino aprendizagem, atuando junto ao aluno a fim de estimular sua autonomia, seu
senso crítico e por meio das novas práticas a criação colaborativa.
Portanto, deve-se estimular a adoção de metodologias ativas, de forma a
explorar essa nova forma de independência que agora existe entre aprendizes de
todas as idades. É possível fazer isso através da naturalização da utilização de
recursos educacionais abertos e de outras TICs.
Pois como dito por Paulo Freire, em Pedagogia do Oprimido:

A educação libertadora, problematizadora, já não pode ser o ato de


depositar, ou narrar, ou transferir, ou de transmitir ‘conhecimentos’ e
valores aos educandos, meros pacientes [...] a educação libertadora
coloca, desde logo, a exigência da superação da contradição
educador x educandos. Sem esta, não é possível a relação dialógica,
indispensável à cognoscibilidade dos sujeitos cognoscentes, em tono
do mesmo objeto cognoscível (FREIRE, 2009, p.78).

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REFERÊNCIAS

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