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Conseqüência: nem uma, nem outra excluem a imputabilidade, uma vez que o nosso
código penal adotou o sistema biopsicológico, sendo necessário que a causa dirimente
(excludente da culpabilidade) esteja prevista em lei, o que não é o caso nem da emoção,
nem da paixão.
A paixão equiparada a doença mental: Galdino Siqueira acentua que “as paixões,
pertencendo ao domínio da vida fisiológica, apresentam, quando profundas,
perturbações físicas e psíquicas notáveis, das mesmas se ressentindo a consciência; isto,
porém, não pode implicar na irresponsabilidade, porquanto o direito penal não deve
deixar impunes os atos cometidos em um estado passional, pois esses atos constituem
frequentemente delitos graves O efeito perturbador da paixão no mecanismo psíquico
pode reduzir a capacidade de resistência psíquica, constituída por representações éticas
e jurídicas, a grau inferior ao estado normal...os atos passionais que devem ser
recomendados à indulgência do juiz são os devidos a um amor desgraçado(assassínio da
pessoa amada, com tentativa de suicídio), ao ciúme (assassínio por amor desprezado ou
enganado), à necessidade e ao desespero (assassínio de mulher e filhos, no extremo de
uma luta improfícua pela vida)”.