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Kuji Kiri: Os Nove Niveis de Poder

Publicado em . por ©marcio.santos

O Kuji Kiri é uma forma de criar selos com as mão de forma a moldar o
Ki, os nossos campos magnéticos, através de meditação para atingir certos estados de espírito e físico.

No hinduísmo essa prática chama-se de mudras. Esta forma de mudras deriva da arte marcial japonesa do
ninjitsu.

As mão na óptica do mundo oriental é uma representação microcósmica do corpo.

Ao criarmos um selo com as mão, estamos a moldar o nosso corpo para que vá ao encontro da realidade que
pretendemos. Este selos estão gravados no subconsciente dos seres humanos.

Dizem que uma pessoa que esteja em estados de consciência elevados é capaz por ele próprio formar os selos
automaticamente. É como no meio de um dialogo uma pessoa leva as mãos inconscientemente para certas
posições consoante o desenrolar da conversa.

|Os Noves Níveis|


No Ninjisu é ensinado que temos que saber o Kuji Kiri.

Os nove niveis são os seguintes:

1. Rin – “Força” do Corpo e da Mente


2. Kyo – “Direccionar o Ki”
3. Tho – “Harmonia” com o Universo
4. Sha – “Curar” a nós próprios e os outros
5. Kai – “Precognição”
6. Jin – “Conhecendo os pensamentos de outros”
7. Retsu – “Mestria do Tempo e do Espaço”
8. Zai – “Controle” sobre os elementos da Natureza
9. Zen – “Iluminação”

A progressão da sequencia de selos movimenta o Ki no nosso interior. Os selos deverão ser feitos ao nível do
coração.
|Paços para formar os selos|
1. Retirada sensorial – Sozinho, sente-te numa posição confortável e num local calmo
2. Relaxar – Concentra-te na tua respiração
3. Sensibilidade ao ki – Cultiva e armazena ki no teu corpo
4. Circulação de energia – Ganhar consciência da fluidez do ki na natureza e a habilidade de o mover
5. Equilíbrio – Físico e mental que provem de um entendimento do Eu Interno e dos outros
6. Harmonia – Poder de absorver ki e o redireccionar para outros fins
7. Aplicar – Aprender a não fazer por fazer. A chave é praticar, ter paciência e perseverança. Por na mesa
objectivos realistas e ver as coisas claramente como são. Partilhar conhecimento para outro que o
buscam.

|Rin|
Força da Mente e do Corpo

O primeiro selo faz-se com o cruzamento das mãos deixando os dedos indicador esticados para cima e com os
polegares virados para nós. Este selo representa o elemento do Fogo.

Quando expiras concentra-te e envia o ar para o ponto onde sentes pulsação.

Este selo molda o nosso ki para que em nós que reside na força mental e física.

|Kyo|
Direccionar o KI
Este selo representa a capacidade de direccionar o ki interno. Desenvolve as capacidades sensoriais, tornando, de
igual forma, conscientes dos sons e vibrações internos.

Com este selo dá-se uma interligação entre os vários chakras.

|Tho|
Harmonia

Quando alguém compreende os princípios e conceitos da meditação, todas as diferenças entre o nosso ser e o
objectivo da meditação desaparecem e nos unimos com o universo. Saúde Flui naturalmente para o praticante.
Começamos a percorrer o caminho certo nas nossas vidas, naturalmente, e as nossas mão encarregam-se de
automaticamente formar os selos. A este ponto uma aceitação por todas as formas de vida começa-se a
manifestar. Os animais conseguem sentir a paz interior fazendo parecer que conseguimos falar com os animais.

Até ao ponto que podemos passar por um covil de cascavéis e não sermos mordidos porque elas sentem a nossa
presença.

|Sha|
Curar a nós próprios e aos outros

Quem demonstra este selo automaticamente compreende o comportamento do ki sendo capaz de direccionar para
sarar feridas ou curar doenças, tanto nele como nos outros.

Em estados avançados, ele não emite energia para o paciente, ele gere essa energia no paciente e direcciona para
a zona necessária. Este é um grande aspecto deste selo que confere grande habilidade de cura. Todos os órgãos
vitais do corpo passam a ser influenciados a este exercício. Sente a pulsação nos dedos indicadores. A fonte de ki
desta selo provem do plexo solar.
|Kai|
Precognição

Este selo branqueia e acalma a mente. Como gestos adicionais podes antes de executar o selo esfregar as mão,
depois uni-las e começar a interligar os dedos de cima para baixo. Este gesto não só te ajudará a acalmares como
irá aguçar o sexto sentido. O utilizadores desta habilidade puderam também sentir as emoções daqueles que o
rodeiam, levando a desenvolver sensibilidade para impressões psíquicas. Mais tarde poderá dar um controle
sobre o corpo do praticante, capacitando-o a suspender a animação, conseguir suportar extremos de temperatura,
etc…

|Jin|
Conhecer os pensamentos de outros

Este selo representa Conhecimento Interior, significa que o utilizador consegue ler os pensamentos de outros.

Permite também a comunicação não-verbal com outros assim capacitados. Com tal conhecimento poderemos
também construir barreiras contra as formas de pensamentos de outros e de enviar uma sensação que não são
verdadeiras. A isto se chama: “Mascarar a intenção.” Pessoas com estas capacidades dão para ser bons
negociadores e conseguem transparecer grande empatia e compaixão.

Expira concentrando-te neste selo.

Concentra-te em ouvir a voz interna.


|Retsu|
Mestria do Tempo e do Espaço

Neste selo dá-se uma certa importância em estar a tocar no topo do dedo indicador. Este selo permite a controlar
o espaço e o tempo num raio de 5 a 7 metros do seu utilizador, dependendo do seu desenvolvimento. Está
relacionado com o terceiro olho. Pode ser empregado para “congelar” uma pessoa. O tempo é consoante o tempo
de concentração.

|Zai|
Controle sobre os elementos da Natureza

Este selo representa o controlo das forças da Natureza. Será mais correcto dizer que passamos a perceber a forma
de agir da Natureza e passamos a agir em harmonia com os elementos da natureza. Este selo está ligado
ao chakra coronário. Mostra-nos que estamos ligados a tudo o que nos rodeia e nos enche de uma sensação de
bem-estar única. A este ponto passamos a agir em harmonia com o todo, não existe mais disputas.

|Zen|
Iluminação
Com este selo leva-nos a reconhecermos quem nós realmente somos. Poderemos atingir a iluminação.

Kuji Kiri
Soke Sombra 26/07/2016 - 02:00 Mikkyo Deixe um comentário 2,103 Views

O Kuji Kiri
(9 símbolos) é uma série de movimentos com os dedos que originaram-se no budismo esotérico, fazendo
parte da tradição mística do Ninjutsu. Os ninjas eram capazes, pela força do pensamento de, por exemplo, se
tornarem inabaláveis como uma montanha, aumentar sua percepção ou até mesmo se tornar invisível. Certamente,
um ninja bem treinado não conseguia ser descoberto por seus perseguidores; sendo isso que fez a fama do ninja ser
um guerreiro invisível. O kuji kiri dava confiança ao ninja para realizar suas atividades. Os samurais achavam que o
ninja tinha um pacto com o diabo e o kuji kiri era um método demoníaco. O Kuji Kiri se desenvolvia junto com a
meditação. O ninja, para alcançar a paz interior, se deparava com a apreensão e a inconstância e tinha de se apoiar
na calma e na determinação. Os dedos da mão se dispunham de várias formas diferentes, selando ou abrindo
diversos canais de energia, de acordo com o que o ninja necessitava desenvolver. Os ninjas se não atavam a um
preceito que não fosse o de continuar vivo e seguir seu clã. Aparentemente, os ninjas tinham ligações com a seita
budista de nome Tendaï e, na hora da morte eles pronunciavam Namu Amida Butsu! (em nome de Buda
Amuthaba). O ninja dá muita importância ao aos aspectos espiritual e mental de sua arte quanto o físico. Para esta
finalidade, foram criados exercícios destinados a apurar a percepção e o discernimento psicológico. Essas técnicas
ajudam a acalmar a mente e cultivar a força interior. A pratica do kuji kiri. Kuji kiri é a técnica de executar movimentos
hipnóticos com as mãos.
Cada um deles é uma chave ou gatilho psicológico para um determinado centro do poder do corpo.  Há três
posições fundamentais, de cada uma delas derivam três variações para os três tipos de energias que são (yin, yang,
tao). Sendo chaves para doze meridianos da acupuntura, ao quatros mares do corpo assim por adiante, chegando ao
total de 81. Existem o 81 kanji sendo 9 mais conhecidos por sua maior divulgação no site tem uma matéria exclusiva
falando sobre os nove. As posições do kuji kiri que incorporam os nove níveis poder são usados como recurso
mnemônico para treinar o ninja tanto mentalmente como fisicamente. A progressão de um nível para outro
movimento significa os movimentos do ki dentro do corpo.

Fundamentos
O Kuji Kiri é um processo de entrelaçamento de dedos, chamado de mudras nas tradições hindus e tibetanas
– usadas no Ninjutsu para elevar o ki, a força vital, para cultivar, aumentar e refinar desde o Tan Tien (Hara, 2o
chacra, etc), da base da espinha, até a glândula pineal, no centro do cérebro. Isto é feito em uma sequencia
particular para que esta energia suba progressivamente de um “portal” para outro (acabando por desencadear a
chamada de Pequena Circulação ou Circulação Microcósmica). No corpo, possuímos 9 destes portais. Os três
primeiros são o cóccix, o coração e o crânio, representando respectivamente o Céu, a Terra e o Homem.  Cada um
destes centros primários de energia, ou portais se conectam em passagens onde o ki pode ser acumulado e fluir para
um vortex que irá regular o processo de passagem para o próximo portal, agindo como um mecanismo de junção.  Em
cada portal primário, existem dois secundários, perfazendo um total de nove. Além disso, cada portal está associado
com uma necessidade humana. Por exemplo, os 3 portais principais estão associados com: Comida, abrigo e sexo –
as três necessidades primárias do homem. Daí, é possível mostrar que os simbolismo dos ninjas não possuíam
apenas uma poética, mas uma consistência. Estas motivações associadas ou direções primárias então formam uma
parte da base filosófica para muito dos ensinamentos espirituais, códigos éticos e morais que governam a interação
social do indivíduo, clã ou nação. Explicando em outras palavras: É muito mais fácil ser uma pessoa gentil, ajudante
e reocupadora com os outros quando se têm um estoque mínimo de comida, um abrigo para dormir e um parceiro
para amar. Então, fazer a elevação do ki também é uma analogia para elevar a consciência para um nível superior.  A
versão hindu é elevar-se acima do nível dos chacras físicos obtendo um nível elevado que torna possível o controle
destes impulsos básicos. Isto acaba sendo um processo parte da elevação espiritual; não que abdique-se destes
impulsos, mas sim uma obtenção do controle dos mesmos. Isto é necessário porque embora os impulsos básicos
sejam necessários para a sobrevivência, por várias vezes nos põem em conflito. Naturalmente, a emoção associada
com o coração é a compaixão e a reverencia para toda a forma de vida.
E, os dois portais secundários, podem representar, por exemplo impulsos como simpatia ou pena e, os 3
níveis superiores representam os níveis intelectuais de compreensão. Então: Os nove portais, as nove conexões dos
dedos e as nove respostas emocionais que, todos juntos, representam os Nove Níveis de Poder. Quando o praticante
experiência cada um destes níveis em sequencia, ele vai adquirindo controle sobre suas emoções (por ex: a pessoa
para de se tornar agressiva ou extremamente impulsiva) e sobre seu intelecto (por ex: aumento de memória),
fazendo que o praticante atinja um nível de consciência muito mais amplo, fazendo de sua vida uma experiência
muito mais vívida e rica. Lembrando apenas que, ao lidarmos com forças psicofisiologicas, temos de ter cuidado para
não termos um resultado “negativo”. Isto pode ser colocado da seguinte forma. “João têm uma característica muito
peculiar. Ele é submisso em se tratando de qualquer assunto. Ele é sempre explorado pelos outros, fazendo coisas
que ele não precisava fazer, mesmo contra a vontade dele. Ele é incapaz de dizer um não a alguém e, mesmo nos
casos de injustiça, ele apenas abaixa a cabeça.” Ao realizar práticas meditativas/energéticas, João poderá adquirir
um pouco de “agressividade” (não no sentido violento, mas no sentido de lutar pelo que acredita) para conseguir
quebrar esta barreira de submissão. Claro que, este tipo de coisa deve ser realizado por alguém muito competente e,
de uma forma muito cautelosa. Este tipo de processo, embora de uma forma diferenciada, não deixa de ser uma
lavagem cerebral (obviamente sendo benéfica e num nível não muito profundo). O problema é que se este tipo de
prática for conduzido de uma maneira sem controle, João poderia desenvolver uma agressividade extrema, até com
uma certa tendência a violência. (Isto ficaria fácil porque ao conseguir reagir contra os abusos e observar resultados
positivos, ele poderia criar uma ideia de que sempre ele pode conseguir as coisas dessa forma – o que poderia levar
a um desvio de comportamento). Igualmente ruim é o tipo de mestre que sempre faz um trabalho unificado a
todos. Supondo que este mestre que está orientando João (e outros com ele) e, só faça um trabalho para visar a
aceitação das coisas, a calma, etc. O que aconteceria? Poderia ser benéfico a muitos, mas não a João, que tendo
estas atitudes em excesso iria simplesmente piorar seu desvio comportamental. Isto pode se aplicar a pessoas
agressivas e a muitos outros exemplos. Desculpe-me pelo alongamento deste tema Manipulação e lavagem cerebral
não são tópicos de enfoque no momento – eles podem vir no futuro – mas achei que estas ideias iriam exemplificar o
estudo proposto.
Como esse tipo de estudo sempre está interligado faz-se necessário este pequeno acréscimo. Alguns
sugerem que os mudras são métodos de conexão de vários pontos de acupuntura nas mãos para criar circuitos de
energia para um propósito específico. Outros acreditam que o ki funciona mais como um campo eletromagnético que
envolve o corpo e, a justaposição das mãos seria suficiente para os efeitos objetivados. Ainda há outros que acham
que os mudras são apenas recursos mnemônicos usados para programar o corpo para realizar uma resposta física
criada juntamente com a respiração. De qualquer maneira, as práticas com o Kuji Kiri estão na raiz do pensamento e
da filosofia dos ninjas. Além disso, todos nós, de alguma forma, usamos os mudras. Por exemplo, quando estamos
em situações de nervosismo, de ansiedade, de stress, de motivição ou de alegria, fazemos movimentos “instintivos”
com as mãos. Algumas escolas adicionam mantras aos mudras. Há várias opiniões sobre as aplicações dos mantras
também. Alguns dizem que servem apenas para ajudar na concentração, outros que os mantras são recursos
mnemônicos, assim como os mudras e, ainda outros que dizem que dependendo do mantra e da nota musical
atingida por este mantra, pode-se ter diferentes reações com os chacras e com a energia em geral.

Na visão do I,K.R as três visões têm seus fundamentos.


Por exemplo, as mãos tem várias ligações energéticas, que influem no fluxo de energia dos meridianos –
sendo as mãos um microcosmo do corpo. Com um treinamento adequado, utilizando a simbologia necessária, é
possível resistir a torturas físicas ou psicológicas ou ainda ajudar na concentração de uma determinada tarefa.

Kuji “9 gestos de poder, 9 símbolos de magia”


Desencorajado e exausto, o NINJA soltou suas armas por um momento. Isto não podia durar muito, já que
em questão de segundos eles podiam dispor de um local, um vão no alto de um muro de pedra que rodeava a
cidade. O homem cansado não mostrava pânico e ao mesmo tempo que controlava sua respiração, começava a
cantar metodicamente. Unia suas palmas e retorcia os dedos em um estranho gesto. O canto diminuiu até converter-
se num sussurro. Quando o grupo atacante havia passado, se levantou subitamente lançando os pés, agachando e
cortando com rapidez sobre-humana.” Os Ninjas históricos japoneses se caracterizavam por seu cuidadoso e
científico método de analisar e resolver problemas, estando ao mesmo tempo em estreita relação com práticas
espirituais e ocultas. O treinamento para o combate Ninja tendia a reforçar os aspectos físicos e práticos de forma
precisa e racional, com pouca ou nenhuma atenção a considerações artísticas ou estéticas, como ocorre na maioria
das artes marciais tradicionais. O Ninja logo se deu conta de que seu êxito devia tanto a sua recopilação científica
como a sua atitude racional e lógica para conseguir um resultado, já que nunca confiava na sorte ou nas
coincidências. Sua confiança no Ninjutsu era tal que chegou a utilizar a sorte como um poder amais e a guiá-la em
seu benefício. O viver continuamente à beirada da vida e da morte lhe fez desenvolver uma sensibilidade especial,
chegando a lutar quase sempre entre subjugadas desvantagens e a aceitar qualquer ato do destino como uma
possibilidade amais de vitória.
O Ninja aprendia o MIKKYO (Budismo esotérico) com o qual conseguia aumentar seu poder pessoal
mediante a compreensão dos fenômenos do universo. Poder ou magia, o certo é que o Mikkyo conseguia reforçar o
poder inerente a cada indivíduo e isto fez com que seus primeiros praticantes, os monges Yamabushi, fossem
perseguidos duramente. Ao final de várias brutais guerras, seus conhecimentos foram transmitidos no seio das
famílias e pouco a pouco ganharam uma nova classe guerreira ao que deram o nome de NINJA: “guerreiro da
sombra”. No Japão moderno, os ensinamentos do Mikkyo constituem uma realidade que deseja estar às margens de
qualquer religião, mas seguem interessados em seus princípios universais sobre a casualidade, o poder e a
iluminação. No Dojo Ninpo ou “Sala de treinamento para a aprendizagem do segredo Ninja”, as representações
simbólicas estão penduradas em ambos os lados da sala, uma à direita e outra à esquerda, colocadas verticalmente
mesmo que sua verdadeira posição seja no plano horizontal. Quando o Ninja estuda uma delas, a do reino matriz por
exemplo, o faz olhando para seu interior buscando uma compreensão do mundo material. Ao contemplar a outra, a
do reino do diamante, o faz com a finalidade de compreender o mundo de leis universais. Estes dois processos lhe
servem para obter uma visão da totalidade e um desenvolvimento pessoal equilibrado. O Ninja utilizava também as
chamadas Mantras “palavras de poder”, que eram frases usadas para conseguir realidade vibratória às intenções do
Ninja. Estes juramentos se produziam na linguagem original ou bem em japonês clássico, mesmo que em ambos os
casos carecem de significados no dialeto falado rotineiramente, de maneira que o Ninja possa expressar assim sua
verdadeira intenção através de formas sonoras que não diminuía sua eficácia. Posto que é a ressonância do som em
si e não o sentido literal das palavras que faz efetivas estas frases, não se é possível dar instruções sobre o uso das
mesmas, e o aprendiz de Ninja deverá recorrer a um instrutor que as conheça.

KUJI KIRI
(9 Signos de Cortes com as Mãos) O corte dos dedos é uma parte do Hogaku, rama japonesa que se
combina com o oculto. Em alguns povos do país existem pessoas que leem signos através de cortes com os dedos,
ou predizem os eventos por signos mágicos. Assim, no oeste, há crenças de religiões nativas, em que as origens do
Kuji Kiri estão em rituais de Shingon numa esotérica demonstração de budismo. Uma seita duramente influenciada
pela Yoga e magia da Índia. Alguns rituais em Shingon envolvem gestos com as mãos de seus fiéis, similar aos
mudras, por conseguinte, familiar às práticas de yoga hoje em dia. Durante o sexto centenário, Enno Shokaku, um
sacerdote, recorda dos exercícios mudra e as iniciações que acompanhavam suas melhoras em movimentos da casa
Te Ji. No sétimo centenário, os manuscritos To Ji foram estudados por homens que refinaram seus poderes mentais
e físicos. Os sacerdotes revelaram a natureza humana e incrementando técnicas, os espadachins buscaram uma
espiritualidade no conhecimento da violência de sua profissão. Pelos tempos da era Kyoho (1716), centenas de
diferentes Ryus adotaram em seus ensinamentos o Kuji Kiri. Izasa Chisai, que fundou o velho estilo Katori Shinto
Ryu, era um especialista no movimento dos dedos e o mestre Hagyu Muneyoshi produziu algumas destas ilustrações
em outros países. Em muitos Ryus, os praticantes de Kuji Kiri dão importância vital aos números oito e nove. Quando
um espadachim respirava durante seu ensinamento de Kuji Kiri, começava por traçar quatro linhas verticais e cinco
horizontais sobre a palma de sua mão esquerda com o dedo indicador e médio da direita. Esta pequena analogia,
escrita frequentemente com um enigmático caractere no centro se vê frequentemente sobre adornos de guerreiros
feudais, gravados dentro de suas armas ou dispostos em insígnias sobre suas armaduras. Depois de puxar as linhas,
o adepto ao Kuji Kiri começava armando seus dedos em uma série específica de configurações que eram produzidas
por períodos extensos de concentração, ou um estado de meditação próxima à hipnose. Se a posição for a correta, o
praticante de Kuji Kiri poderia passar de uma posição a outra rapidamente, conseguindo assim trocar sua atitude
rapidamente (por exemplo, passar da calma à agressividade). Sem dúvida, poder trocar os dedos com soltura requer
ter conhecimentos muito profundos de certas doutrinas budistas mitológicas. Posto que todos eles provenham de um
mesmo princípio, as variações do Kuji Kiri são mínimas, mesmo que tanto as posições como as palavras tem sido
guardadas zelosamente em segredo, e seu perfeito conhecimento está reservado a uns poucos privilegiados que
seguem fielmente as tradições do Ryu. Dado que todos os praticantes de Ninjutsu são conscientes da importância
destes signos, tratam de desvendar de um modo ou outro seus segredos, mas quando os conseguem, mesmo sendo
mínima a posição, somente é efetuada por bons mestres, já que suas consequências podem ter efeitos indesejáveis.
Todas estas técnicas são guardadas zelosamente nas escolas e daí a dificuldade em aprendê-las corretamente. Para
a maioria dos Budokas, os 1.300 anos de tradição do Kuji Kiri são materiais vedados.

“KUJI IN” Fusão com o universo


Outra área do conhecimento para o Ninja seria o aprendizado do Kuji in, ou estudo das terminações
sensitivas e os pontos de retorno dos canais energéticos de mãos e pés. Neste sistema, o qual está baseado em
dirigir a energia através das mãos, cada dedo simboliza um atributo específico da energia corporal. Mediante sua
prática se consegue uma alteração do estado de ânimo, comportamento e capacidade num dado momento. O Kuji in
era efetuado pelo Ninja antes de entrar em ação ou ao introduzir-se num local perigoso e mediante as nove posições
de mãos aguçava seus sentidos para aumentar as possibilidades de êxito. Mas, somente entrelaçar os dedos e
pronunciar um som, não produzirá nenhum efeito tangível na personalidade, e qualquer um que queira desenvolver
um controle sobre as energias sutis do corpo, deverá dedicar uma considerável quantidade de estudos para adestrar-
se no processo do Kuji in. Abaixo, os KUJI e suas representações, praticados pelos adeptos do Ninjutsu.

RIN “Força da mente e do corpo”

RIN (Dokko in): Representa a divindade Bishamon Ten e é o signo do Vajra meteórico tibetano. A palavra a
recitar é ON BAI SHIRA MAN TA YA SOWARA. É o símbolo do temido poder da sabedoria e o puro conhecimento
que destrói a ignorância e a imperfeição. Usa-se para atrair a força que nos permitirá resistir às provas físicas e
mentais e que esta força prevaleça sobre tudo o que possa destruir o Ninja. Seus efeitos são o devolver a força e a
atividade através dos elementos da natureza, dirigidos pela ação mental. RIN faculta para suportar todos os
inconvenientes que leva a prática de uma arte marcial e proporciona um bom controle mental.
PYO “Canalização de energia”

PYO (Daikongo in): Representa a divindade Gosanze Yasha Myo-o e é o signo do Grande diamante. A
palavra a recitar é ON ISHA NA YA IN TARA YA SOWARA. A imitação física do Grande diamante, Daikongo in, se
usa para inspirar poder pessoal, mediante a canalização da energia para a área apropriada com propósito a realizar.
Porá nosso organismo em situação favorável para receber o KI por intermédio do sistema nervoso e seus efeitos nos
protegerão das enfermidades, mediante a influência divina exercida sobre cada átomo e célula corporal. Quem
persevera na prática deste gesto durante no mínimo dez anos, poderá dirigir a vontade às enfermidades de outros.

THO “Harmonia com o universo

TOH (Sotojishi in): Representa a divindade Jikoku Ten e é o signo do Leão exterior. A palavra a recitar é ON
JI RE TARA SHI I TARA JI BA RA TA NO-O SOWARA. Esta postura de mãos representa a rendição vantajosa do
leão externo a nós, ou dito de outra maneira, a consecução do que necessitamos sem resistir ao que se opõem. Com
sua prática se obtêm a força do KIAI em todas as ações psíquicas e físicas, tanto em nosso interior como projetada
ao exterior. Desta maneira, integrando-se na natureza, o Ninja pode prever acontecimentos e adaptar-se rapidamente
aos novos feitos.
SHA “Cura própria e alheia

SHA (Vohijishi in): Representa a divindade Kongou Yasha Myo-o e é o signo do Leão interior. A palavra a
recitar é ON HAYA BAI SHIRA MAN TA YA SOWARA. Os processos internos de nosso corpo estão representados
pelo leão interno e por este motivo nossa saúde pode proporcionar-nos um forte poder, ou destruir qualquer
oportunidade de êxito na vida. Pronunciando o juramento correspondente, obteremos energia curativa para nós
mesmos e para outros, conseguindo ao mesmo tempo que nossos arredores sejam mais saudáveis.

KAI “Premonição do perigo

KAI (Gebakuken in): Representa a divindade Fudo Myo-o e é o signo das ataduras exteriores. A palavra a
receitar é ON NO-O MA KU SAN MANDA BASARA DAN KAN. Esta prática nos fará estar em harmonia com tudo o
que é vida, com nossos irmãos, com a natureza e com nós mesmos. Nos fará conhecer o amor, a paz e nos permitirá
separá-los do mal. O Gebakuken in representa o Ninja dirigindo-se aos atributos divinos, abandonando as atitudes, e
assim alcançando uma consciência ampla que nos permitirá sentir o perigo. Com a premonição adquirida, obteremos
a luz necessária para guiar a nossos companheiros pela direção correta. É o gesto apropriado para poder predizer o
futuro.
JIN “Leitura da mente”

JIN (ou DJIN): Representa a divindade Gundari Yasha Myo-o e é o signo das ataduras interiores (Naibakuken
in). A palavra a recitar é ON A GANA YA IN MAYA SOWARA. A insistência da mente a limitar suas capacidades aos
dados sensoriais físicos que recebe, deve superar-se para que possamos ampliar os plenos poderes da iluminação.
Este gesto representa o Ninja confiando na consciência cósmica de Deus, aceitando a realidade e a intuição, e
utilizando-a para dar tom à mente e assim conhecer os pensamentos do outro, projetando-nos em seu interior. Sua
prática, portanto, nos dá um estado místico e uma graça privilegiada, a qual nos diferencia do resto das pessoas.
Podemos ouvir a voz dos mortos e de nossos antigos mestres, assim como de qualquer ser imperceptível para a
visão e o ouvido humano.

RETSU “Controle do tempo e do espaço

RETSU (Chiken in): Representa a divindade Komoku Tenno Jin e é o signo do punho da sabedoria. A palavra
a recitar é ON HI RO TAKI SHA NO GAJI BA TA I SOWARA. O ser humano é o mundo material representado pelo
indicador esquerdo estendido e está envolto pelo poder e a proteção do conhecimento puro e verdadeiro,
representado pela mão direita. As duas mãos juntas representam a unidade de Taizokai, ou reino vegetal, e o Kongo
Kai, ou reino espiritual, junto à unidade da alma individual e cósmica. Este gesto libera o Ninja dos limites do espaço
e do tempo, e se usa para enfocar lugares distantes e épocas diferentes. Mediante sua prática podemos projetar à
distância nossa consciência e observar cenas e paisagens impossíveis de ver pelos demais, assim como atravessar
as barreiras do tempo e o espaço.
ZAI “Controle dos elementos naturais

ZAI (Nichirin in): Representa a divindade Daiitoku Yosha Myo-o e é o signo do anel do sol. A palavra a recitar
é ON CHIRI IBA RO TAYA SOWARA. Este gesto se usa para transportar o Ninja a um ponto de unidade com a
origem de todo o manifestado no universo, de onde as direções e formas físicas da matéria podem alterar-se e
controlar-se com somente o poder da vontade. Mediante sua prática podemos controlar os cinco elementos (terra,
água, fogo, vento e éter) e desta maneira podemos ter a nosso favor todo o poderio da natureza.

ZEN “Iluminação

ZEN (Onkyo in): Representa a divindade Zocho Ten e é o signo da força oculta. A palavra a recitar é ON A
RA BA SHA NO-O SOWARA. É o gesto mais profundo de todos, já que mediante ele conseguiremos a mais
importante das contemplações, como é a visão de Buda e sua perfeita luz. Formando parte desta luz, encontraremos
o conhecimento para fazermo-nos invisíveis e assim obteremos a proteção de forças cósmicas contra as pessoas
ressentidas, e conseguiremos desaparecer das situações de perigo.

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