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Os Estudos Culturais
Uma disciplina acadêmica como Literatura não pode começar a fazer Estudos Culturais
simplesmente ampliando seus domínios para abarcar formas culturais específicas
(romances ocidentais, ou séries televisivas, ou rock and roll), grupos sociais (juventude
operária, por exemplo, ou comunidades à margem, ou times de futebol de mulheres),
práticas ou períodos (cultura contemporânea, por exemplo) em oposição a trabalho
histórico). Os Estudos Culturais envolvem o como e o porque esse trabalho é feito, não
apenas seu conteúdo (NELSON et alii, 1985, p. 27).
Os Estudos de Ciência.
Notas
(1) É importante fazer tal indicação porque como salienta TURNER (1996) os
Estudos Culturais abrangem diversas tendências e orientações, não
constituindo um campo unificado.
(2) Refiro-me a um grupo de investigação que coordeno e no qual ainda estão
envolvidas as professoras Nádia Geisa Silveira de Souza, Eunice Aita Kindel,
Maria Cecília Braun, Elaine Dulac, Teresinha Oliveira, Rosely Rodrigues Alves,
Fátima Pilloto, Maira Ferreira, Loredana Susin, Liselle Berrutti e a bolsista
Scheila Beatriz Martim Silva. Registro, também, que os professores Leandro
Belinaso Guimarães, Luis Henrique Santos e a professora Marise Basso
Amaral já estiveram ligados a este grupo com importante participação.
(3) A investigação que conduzi sobre o processo de construção e produção do
conhecimento em ciências naturais, como pesquisadora do CNPq, e as
dissertações de mestrado da professora Marise Basso Amaral e dos
professores Luis Henrique Sacchi Santos e Leandro Belinaso Guimarães (já
concluídas), da professora Maria Cecília Braun (em fase de conclusão) e das
professoras Fátima Pilloto e Maira Ferreira (em fase de proposta).
(4) LENOIR (1997) considera os marcadores como pontos representados como
“reais” e dignos de serem vistos, os locais que, mesmo não sendo percebidos
como “marcados”- silenciosos para não chamar muito a atenção sobre eles -,
tornam-se reconhecíveis como originais e, portanto como “coisas reais”
(5) Foram examinados os textos e artigos publicados (levantamos todas as
revistas que tratavam de temáticas de ciências nos períodos em que esta
Revista foi editada e que correspondem a Setembro de 1939 – Agosto de 1941;
Agosto de 1952 – Junho de 1965; 1968 – 1978; Outubro 1989 – Fevereiro de
1994).
(6) O padre jesuíta Balduíno RAMBO teve um importante papel no
desenvolvimento do conhecimento sobre a fitogeografia da região sul do Brasil
e ocupou-se com o ensino das ciências naturais.
(7) O autor é apresentado no texto como professor do Colégio Universitário.
Acrescento que ele era botânico, formado na Alemanha e que, após a criação
da Faculdade de Filosofia na Universidade de Porto Alegre (atual UFRGS) ele
se tornou professor de Botânica no curso de História Natural, tendo publicado
muitos livros sobre a disciplina que lecionou.
(8) Apresentado no texto como professor catedrático da Universidade de Porto
Alegre, RS.
(9) RAMBO, por exemplo, sublinhava a necessidade de atentar-se para “o
desenvolvimento harmônico dos sujeitos” ao indicar que questões relativas à
natureza do conhecimento das ciências naturais o trabalho escolar deveria
considerar.
(10) Estes passaram a funcionar apenas em 1942.
(11) Muitos desses textos destinavam-se aos professores egressos da Escola
Normal e complementavam o que estava sugerido na programação oficial - o
“Programa de Estudos Naturais” publicado em 1940, que se estendia
longamente na apresentação de “objetivos” e de “normativas” que indicavam
como deveriam ser desenvolvidos os conteúdos programáticos escolares.
(12) Eram freqüentes os textos de Newton Santos (naturalista do Museu
Nacional e professor de Metodologia das Ciências do INEP e de Luiz Macedo
(professor de Metodologia de Ciências Naturais no Instituto de Educação do
Distrito Federal –Rio de Janeiro).
(13) Os textos sugeriam, principalmente, que fossem realizadas observações
(acompanhadas de desenhos) em excursões, além de pequenos experimentos
para que os/as estudantes da escola primária apreendessem a amar a
natureza. As visitas a museus e a organização de coleções que pudessem
permitir a organização de museus escolares também constituia-se em tema de
muitos artigos nesse mesmo período.
(14) Os cursos da Faculdade de Filosofia que sediavam as licenciaturas
passaram a funcionar apenas em 1942.
(15) Conforme FROTA-PESSOA et alii (1970) e KRASILCHIK (1987) este foi proposto
em 1957 no Rio de Janeiro.
(16) Há referências que este prêmio foi conferido ao professor Ayrton
Gonçalves da Silva do Rio de Janeiro, então Distrito Federal em 1959 e que o
autor de livros didáticos da década de sessenta professor João Queiroz
Marques o recebeu em 1963.
(17) Abgard Renault, quando secretário da educação de Minas Gerais e o
grupo do Departamento de Extensão do Museu Nacional.
(18) Ministro da Educação nessa época.
(19) Um deles era o professor Ayrton Gonçalves da Silva, um dos co-autores
dos textos “instituidores” da reforma
(20) Professores Luis Settineri e Eugênio Gruman.
(21) Faço considerações mais detalhadas sobre esta questão no texto
denominado “Os programas de ensino de ciências no Rio Grande do Sul”
citado nas Referências Bibliográficas.
(22) Há poucos anos surgiu outro Programa com denominação similar
organizado pela Universidade Federal de Santa Catarina.
(23) Em outro trabalho, em fase de organização, detenho-me na apresentação
de textos e situações que caracterizam melhor tal emergência.
Referências bibliográficas