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Apostila de Homiletica Roteiro
Apostila de Homiletica Roteiro
1. Introdução
2. A Teoria e a Teologia da Pregação
3. O Que é um Sermão Monólogo
4. Vantagens e Desvantagens do Sermão Monólogo
5. Passos na Preparação do Sermão Monólogo
6. Como e Onde Usar o Sermão Monólogo
7. Exemplos de Sermões Monólogos
8. Referências Bibliográficas
Introdução
Tenho saudades de homens que sabem ficar quietos. Homens que não jogam
palavras ao vento, não falam à toa. Reduzem ao essencial as suas intervenções e
o seu silêncio se torna tão inquietador quanto os seus discursos. Homens
comprometidos com a Palavra divina e com os efeitos que ela provoca. “Bocas de
IAHWEH”. Tenho saudades de homens que observam os fatos e deixam que a
sua proclamação nasça desta sincera contemplação. Homens contemplativos
honestamente comprometidos com a causa que, por sua vontade, em
consonância com os desígnios de Deus, abraçaram. Homens dedicados à oração
e este contato fidedigno tornar-se-á um canal ilimitado de bênçãos e de
proclamações reais para um tempo que se chama hoje.
Capítulo 2
A – A Arte de Pregar
A questão do Espírito Santo precisa ser entendida de modo que como profeta
você não oprima ou limite à atuação do Espírito Santo de Deus. Há uma
necessidade de vibração, mas sem qualquer ligação com o Pentecostalismo. O
importante é que podemos vibrar, pois conhecemos a Deus e estamos plenos de
seu Espírito. Esta é a condição pessoal de sucesso na proclamação. Um homem
pode derrubar a importância do que ele prega, tanto quanto ser capaz de pregar
com entusiasmo. Se um homem não é tocado pela graça maravilhosa de Cristo
em sua própria alma, por certo ele falará de forma fria e vazia acerca da mais
tremenda realidade.
O pregador cheio do Espírito Santo prega com entusiasmo aquilo que ele crê,
sua mensagem toca os corações dos que o ouvem e lhes permite aplicá-la às
suas vidas. Nestes tempos de provas a necessidade sentida é exatamente de
pregadores que abram os seus corações e permitam ao Espírito Santo de Deus
aquecê-los, dando-lhes zelo, entusiasmo e paixão, pois um pregador sem
entusiasmo não fará muito em favor da obra da proclamação do Evangelho.
Porém, se o pregador equacionar o entusiasmo com a convicção de que, pelo
poder de Deus, tem a fé que vence o mundo, conseguirá falar de uma forma tão
fervorosa que não haverá espaços para possíveis contestações.
III – Um Terceiro Recurso Para uma Proclamação Eficaz é Preparar Bem Suas
Mensagens.
Uma boa mensagem precisa de tempo hábil para ser preparada de modo que
este tempo capacite o pregador. Uma mensagem bem preparada contextualiza a
Bíblia atendendo as necessidades do povo. E para tanto o pregador deve
conhecer a vida do povo. O ofício de atualizar a mensagem reflete a capacidade
do pregador em transmitir as verdades eternas do Evangelho dentro de níveis
alcançáveis segundo a realidade de cada povo em cada época.
Stafford North em seu livro Pregação: homem e método, diz o seguinte: “todo
homem deve levar para o seu trabalho certo equipamento básico. O campeão de
pulo deve ter pernas ágeis, o violinista dedos hábeis, o estivador braços robustos,
e o salva-vidas olhos argutos”1. A cultura não é tudo mais um pregador fiel e
dedicado no preparo de seus sermões será muito útil para a causa de Deus, se
cuidar também de seu preparo intelectual. Desde que o trabalho do pregador é
praticamente mental, ele precisa ter facilidade para aprender idéias e retê-las. Mas
nenhum pregador que não goste de estudar poderá alcançar sucesso.
O pregador precisa, pois como porta-voz do Senhor Deus se apropriar de tal
tarefa, saltando com pernas ágeis os montes da preguiça, dedilhando e folheando
as páginas do saber a fim de que levante os braços da competência e com os
olhos espirituais enxergue os momentos certos e as mensagens apropriadas. O
pregador não deve ser apenas acima da média quanto à sua capacidade mental,
mas deve interessar-se pelas pesquisas intelectuais. Sua mente é a sua
ferramenta básica, e ela deve ser suprida com amplo conhecimento e ajustada
com uma compreensão perceptiva da Palavra de Deus, de modo que lhe seja
possível comunicar bem a mensagem ao receptor.
Pretendo fazer com que você reflita sobre o tempo em que vivemos, repleto de
pregoeiros que entitulam-se “profetas” e que nada têm a ver com esta sublime
tarefa. Penso também em ajudá-lo a fazer do seu ministério profético algo
estimulante para você, prático para os seus ouvintes e que produza glória, honra e
louvor a Deus. Desejo que esta abordagem produza uma confrontação do
movimento “profético” atual com a Palavra de Deus afim de que seja possível
compreender o que significa falar de fato em nome de Deus. Creio que isto
lançará luz sobre o povo de Deus para que este não se permita ser conduzido por
“profetas” não autorizados a falar em nome de Deus, uma vez que não O
conhecem, não O servem, nem proclamam Sua vontade.
Profeta = aquele que não fala a sua própria mensagem, ele age conscientemente,
tem liberdade dentro de certos limites de apresentar a mensagem conforme lhe
convém. “O profeta é para Deus o que Arão era para Moisés, quer dizer, o seu
porta-voz ou mensageiro aos terceiros”4.
Navi = é a palavra hebraica mais usada para designar a pessoa do profeta ou sua
função e significa profetizar, chamar ou proclamar(ativo). Ser profeta e ser
chamado para proclamar(passivo). É bom lembrar que várias figuras na história
de Israel receberam o título de navi como por exemplo: Abraão(Gênesis 20.7);
Moisés(Deuterômio 34.10) e Arão(Êxodo 7.1).
Roeh = vidente. O profeta é também conhecido como aquele que vê aquilo que
outras pessoas não vêem. Em 1 Samuel 9.9 encontra-se um auxílio para que seja
feita uma distinção entre Navi e Roeh ou Rozeh. “O vidente tem a capacidade de
revelar segredos ocultos e eventos futuros. No caso dele, ressaltam-se as visões,
ao passo que no caso do profeta, enfatizam-se as palavras(Isaías 30.10)5.
B – A Pregação e o Pregador
Assim como você, Moisés teve uma chamada divina que mudou o rumo de sua
existência(Êxodo 3.1-12). É claro que tal chamada revela-se com características
particulares no que tange a situação histórica, motivações e propósitos que
precisam ser levados em consideração. O nosso objetivo então é aprender
algumas lições desta chamada que podem ser aplicadas às demais que Deus tem
feito e fará aqueles que ele deseja usar no cumprimento dos seus propósitos. O
primeiro aspecto da chamada divina é que Deus nos chama para um
relacionamento pessoal(v.4). Medite por alguns instantes sobre a sua experiência
de descoberta de Deus e de sua conversão: que fato ou detalhe você destacaria?
Assim como Moisés foi chamado para ter um relacionamento pessoal com o
Senhor nós também o fomos.
Se por um lado a chamada é divina, por outro ela é pessoal. Deus se revela a
Moisés e o chama pelo próprio nome. Do meio da chama que não consumia o
espinheiro, Moisés ouviu a voz de Deus que o chamou pelo nome duas vezes.
Esta insistência em chamá-lo pelo nome denota urgência. Moisés é desafiado a
manter-se numa posição de reverência diante da presença e da revelação que o
próprio Deus fizera de si mesmo(v.5), “Moisés escondeu o rosto, porque temeu
olhar para Deus”(v.6), e este gesto indica que um cristão para ser usado por Deus
deve ser reverente para com as coisas sagradas. Irreverência desqualifica e
incompatibiliza um homem para ser um instrumento de Deus.
Se uma chamada divina é pessoal isto implica que a resposta deve ser
pessoal. É claro que no verso 4 Moisés ainda não tinha idéia do que Deus exigiria
dele, mas ainda assim ele está disponível ao Senhor dizendo: “eis-me aqui”.
Durante o processo da chamada o vemos obedecendo atentamente às instruções
divinas. E mesmo quando ele coloca objeções ao chamado dizendo que: 1) não
tinha capacidade para confrontar o Faraó(v.11); 2) não tinha crédito diante do povo
de Israel(v.13); 3) não sabia falar direito(4.10). Estas contribuem para o
fortalecimento das convicções que o levaram a responder a chamada.
O segundo aspecto da chamada divina é que Deus nos chama para uma vida
de santidade e temor(vv.5-6). Para Moisés foi dada a ordem de tirar as sandálias.
E a nós? O que o Senhor quer que tiremos? Que influência a santificação pode ter
no exercício de sua chamada? Se cremos que o Senhor nos chamou para a
salvação precisamos adicionar a este o chamado para uma vida de santificação.
Que recursos o Senhor coloca a nossa disposição para que alcancemos o nível de
santidade ideal? Sim nós somos abençoados porque o Senhor nos deixou a sua
Palavra e o seu Santo Espírito. Sim esta Palavra que pregamos turbinada pela
unção do Espírito deve exercer sua primeira e maior influência em nós mesmos.
Sim amados a chamada divina indica claramente que Deus nos chama para
uma vida de temor(v.6). Qual é a perspectiva que você tem acerca do temor de
Deus em sua vida? Você é capaz de recordar e mencionar pelo menos um verso
bíblico que valorize o temor ao Senhor ou que fale dos benefícios do temor no
ministério de um servo de Deus? O autor de Provérbios nos dá uma dica ao dizer
que “...o temor do Senhor é o princípio de toda a sabedoria; e o conhecimento do
santo é o entendimento”(9.10). Temer é respeitar ou reverenciar a Deus,
reconhecendo sua grandeza e santidade. Temer a Deus não quer dizer
simplesmente medo de Deus, mas respeito, amor, obediência e adoração a Ele.
O quarto aspecto da chamada divina é que Deus nos chama com propósitos
bem definidos(v.10). Para que Deus tem chamado você? A sua tarefa de anunciar
as boas novas é prioritária? Assim como Moisés sentiu-se incapaz é natural que
nos sintamos também. Uma coisa é certa nenhum servo de Deus, em qualquer
tempo, jamais foi idôneo para a realização da obra para qual Deus o tem
chamado. A capacitação vem de Deus, de sua presença e instrução, e do poder
que lhe outorga. Jamais deixemos de aceitar um desafio de Deus alegando
sermos pequenos e humildes e não termos capacitações. Antes entreguemos
nossas vidas em suas mãos. Sejamos apenas instrumentos. Não resistamos.
Antes, cumpramos os propósitos divinos em nossas chamadas.
Moisés soube desde cedo qual era o propósito de seu chamado. O que ele
deveria falar e a quem deveria transmitir as ordens e os decretos divinos. É
necessário que tenhamos clareza de pensamento e ação acerca dos propósitos
que Deus estabelecido para cada um de nós no que tange ao chamado. Gostaria
de propor um exercício: descreva numa sentença o seu chamado. “ O propósito de
Deus para a minha vida é................................................................
....................................................................................................................................
....................................................................................................................................
................................................................................................................”
O quinto aspecto da chamada divina é que Deus nos chama e nos acompanha
em nossos ministérios(v.12). O Senhor não nos abandona no exercício de nossa
vocação ministerial. Ele está presente conosco todos os dias até a consumação
dos séculos. Como esta certeza de que Deus nos acompanha pode ser útil no
exercício da função proclamadora? Não há necessidade de sentirmos medo,
solidão, abandono ou preocupação pois Senhor está ao nosso lado. Louvado seja
Deus porque nos fortalece, revigora, socorre e auxilia de modo que podemos
cumprir com fidelidade o chamado que temos recebido do Senhor. Você e eu não
precisamos ter medo dos faraós que surjam em nosso caminho, nem tão pouco
dos mares, desertos e perigos.
A chamada divina é pessoal, providencial, santa, proposital e garante sua
presença ao nosso lado. É bom que saibamos que de uma maneira ou de outra os
propósitos do Senhor são realizados. Se rejeitamos o seu chamado os maiores
prejudicados somos nós mesmos. Se porventura o atendermos tenhamos em
mente de que seremos apenas instrumentos. Deus é quem faz a obra e o único
que deve ser exaltado. Não basta conhecer as características do chamado divino
é necessário atendê-lo e realizarmos nossa tarefa de modo agradável. Para tanto
dependamos da graça de Deus.
Não preciso dizer que estão são situações que exigem tempo, dedicação e
muito esforço por parte dos que aspiram esta excelente obra. As questões e os
desafios do ministério devem ser alinhadas mas tendo sempre Deus como
prioridade. Você precisa cuidar mais de sua vida devocional? A sua leitura bíblica
tem sido tecnicamente para preparar sermões? E as orações? Quantas vezes
elas são dirigidas ao trono da graça para pedir ao Pai misericórdia em face da sua
limitação e indignidade de ocupar um púlpito. Você tem um refúgio onde pode
desfrutar de tempo e intimidade com o Senhor? Quanto tempo gasto em tarefas e
atividades que só tem trazido cansaço e frustrações? É isso aí colega Deus quer
que separemos um tempo para o cultivo da vida devocional! Certamente esta
semeadura dará os frutos correspondentes? Você crê nisto? Então pratique!
Quando a crise invade a família não resta outra alternativa a não ser a posição
correta dos outros membros em atitude de oração e fé, na busca do reequilíbrio
espiritual, moral e material do lar em crise. É preciso buscar a harmonia.
Reconhecemos que a família como uma instituição, está sujeita à crises e estas
fazem parte do plano evolutivo, isto porque não há crescimento de consciência,
nem crescimento de dons divinos herdados se não exercitarmos estas crises e
dificuldades no meio das contradições e choques de existência, submetendo-se à
existência e ao crivo de nosso discernimento.
Deve manter uma certa eqüidistância entre as classes evitando preferir uns
mais do que os outros. Cuidar para que nas situações de zelo pastoral,
aconselhamento e proclamação não se envolva também nas emoções e
sentimentos pessoais de modo que não sofra calúnias ou injúrias de ordem moral.
Deve tratar a todos com distinção. No relacionamento com os jovens e as crianças
temos a incumbência de ser exemplo fiel e digno da estatura de varão perfeito,
aprovado, objetivando inspirar e direcionar às suas vidas. É importante manter um
bom relacionamento com os vizinhos da igreja de modo que inspiremos confiança
e credibilidade. O pastor-pregador precisa ser um exímio conhecedor de sua
comunidade interna(igreja) como também de sua comunidade externa(moradores
das regiões circunvizinhas) e deste modo ter condições de aplicar à palavra as
reais necessidades do povo.
C – A Pregação e a Palavra
O conceito de inerrância que predomina entre os que discutem este tema nos
faz compreender que a “inerrância só é própria as afirmações, aos juízos, do autor
inspirado, e não a tudo que se encontra de qualquer maneira na Bíblia”16. Uma
vez que a verdade divina na Bíblia nos é transmitida por homens, os quais,
embora estando sob o influxo da inspiração divina, permaneciam homens de seu
tempo; e é somente através desta realidade humanamente condicionada que nos
é possível ter acesso à verdade de Deus17. Gosto da definição sobre inerrância
do ICBI: “sendo total e verbalmente dada por Deus, a Escritura é sem erro ou
defeito em todo o seu ensinamento, não o é menos com respeito ao que diz sobre
os atos de Deus na criação, sobre os eventos da História humana, e sobre suas
próprias origens literárias, do que no seu testemunho da graça divina de Deus na
vida dos indivíduos”18.
O que o verso 16 diz sobre a natureza das Escrituras? Se por um lado o verso
em questão ao mencionar a expressão “toda Escritura” faz alusão aos livros do
Antigo Testamento. O Cânon20 nos permite, pela graça de Deus, considerar
também os preceitos dos livros do Novo Testamento. O Cânon é fundamental para
a nossa fé. Inspiração = Autoridade = Proclamação Autorizada. Se o homem não é
capaz de crer na natureza divina das Escrituras, como se submeterá aos seus
ensinos? Ainda que Deus tenha utilizado homens para o registro de sua revelação
isto não diminui o valor nem a autoridade da mesma. Os que argumentam contra a
inerrância defendem que o “homem é falível, logo o que ele escreve é falível”21;
não vejo dificuldades no fato de homens (aproximadamente 40)terem sido
instrumentos na transmissão das verdades e vontade eterna de Deus.
“Esta palavra inspirada por Deus serve ao seu propósito eterno, ela ensina,
repreende e corrige, auxiliando-nos a nadar contra a correnteza deste mundo. Ela
é um instrumento pedagógico de Deus que quer educar na justiça, capacitar o
homem de Deus, a fim de que seja apto para toda boa obra”26. Qual é na sua
opinião a função específica da palavra de Deus? A função específica das
Escrituras envolve a produção de um servo de Deus capacitado, útil, habilitado,
treinado para toda boa obra que Deus quer que façamos. Por que muitos irmãos
não trabalham na obra de Deus? Respostas: A Bíblia não está chegando no seu
alvo. O milagre não está acontecendo. O crente não cresceu nas Escrituras.
A Bíblia tem como propósito tornar o cristão uma pessoa perfeita, madura. Ela
equipa e adequa o homem para que enfrente todas as situações e seja vitorioso. A
firmeza é uma operação constante que emana da natureza da sua experiência e
de seu caráter espiritual em ser equipado mediante as Escrituras. As Escrituras
são o meio pelo qual Deus comunica tanto a salvação como também a
santificação. Leitura, ensino, pregação e meditação sobre as escrituras deve
produzir líderes hábeis para operar boas obras.
Ao concluir desejo afirmar que optei por abrir o coração e a Bíblia porque creio
na inspiração e utilidade das Escrituras. Não ignoro os questionamentos que
circundam a questão da inerrância e a opção por esta abordagem não consiste
numa fuga da realidade ligada a mesma. No meu entender o fato de crer na
inerrância das Escrituras produziu um estímulo maior no desenvolvimento das
idéias aqui expostas. Valho-me da afirmação de Wesley para dar termo esta
etapa: “Pois, se houvesse qualquer erro na Bíblia, poderia haver mil. Se houver
algum engano nesse livro, ele não veio do Deus da verdade”27.
“Vocês nos devem tratar como servidores de Cristo, que foram encarregados
de administrar a realização dos planos secretos de Deus. O que se exige de quem
tem essa responsabilidade é que seja fiel ao seu Senhor. Mas para mim não tem a
menor importância ser julgado por vocês ou por um tribunal humano. Eu não julgo
nem a mim mesmo. A minha consciência está limpa, mas isso não prova que sou,
de fato, inocente. Quem me julga é o Senhor. Portanto, não julguem ninguém
antes da hora; esperem o julgamento final, quando o Senhor vier. Ele trará para a
luz os segredos escondidos no escuro e mostrará as intenções que estão no
coração das pessoas. Então cada um receberá de Deus os elogios que merece”.
“Meus irmãos e minhas irmãs, é para instruir vocês que eu tenho aplicado
essas lições a mim mesmo e a Apolo. Usei nós dois como um exemplo, para que
vocês aprendam o que quer dizer o ditado: "Obedeça ao que está escrito."
Ninguém deve se orgulhar de uma pessoa e desprezar outra. Quem é que fez
você superior aos outros? Por acaso não foi Deus quem lhe deu tudo o que você
tem? Então por que é que você fica todo orgulhoso como se o que você tem não
fosse dado por Deus? Pelo que parece, vocês já têm tudo o que precisam! Já são
ricos! Vocês já se tornaram reis, e nós, não! Que bom se vocês fossem reis de
verdade, para que nós pudéssemos reinar junto com vocês! Porque me parece
que Deus pôs a nós, os apóstolos, no último lugar.
3 – O Apelo do Ministro(14-21)
“Não estou escrevendo essas coisas para envergonhar vocês, mas para
ensiná-los como se vocês fossem meus próprios filhos queridos. Mesmo que
vocês tivessem milhares de mestres na fé cristã, não poderiam ter mais de um pai.
Pois, quando levei a vocês o evangelho, eu me tornei o pai de vocês na vida que
vivem em união com Cristo Jesus. Portanto, eu peço que sigam o meu exemplo.
Por isso estou enviando para vocês Timóteo, que é meu querido e fiel filho no
Senhor. Ele vai ajudá-los a lembrarem dos caminhos que sigo na nova vida que
tenho em união com Cristo Jesus, caminhos esses que ensino em todas as
igrejas. Alguns de vocês ficaram orgulhosos, certos de que eu não iria visitá-los.
Porém, se o Senhor quiser, eu vou visitá-los logo. Então vou saber o que esses
orgulhosos são capazes de fazer e não somente o que eles são capazes de dizer.
Pois o Reino de Deus não é coisa de palavras, mas de poder. O que é que vocês
preferem: Que eu vá até vocês com um chicote ou com o coração cheio de amor e
bondade?”
2) O ministro deve demonstrar o seu afeto aos seus irmãos(15). É claro que as
oportunidades para demonstrar afeto pelos membros da igreja e ouvintes são
diversas mas não podemos esquecer deste detalhe quando estamos pregando. a)
Pedagogo = aquele escravo que levava a criança à escola e geralmente cuidava
dela. b) Ainda que os coríntios tivessem outros pedagogos nenhum deles poderia
substituir o pai espiritual e nenhum deles poderia desenvolver o afeto que Paulo
tinha por eles. O pastor-pregador deve assumir a condição de pai espiritual e
revelar seu amor paternal às ovelhas. Querido irmão você realmente ama às suas
ovelhas?
1 - A superioridade da proclamação(1-25).
8) A igreja deve progredir na questão dos dons espirituais a fim de que seja
edificada(vv.12-17). “Por isso, com vocês mesmos, visto que se encontram tão
ansiosos por possuir dons espirituais, concentrem seu desejo em receber aqueles
que contribuem para o crescimento da igreja. Isto significa que se um de vocês
fala em uma ‘língua’, essa pessoa deve orar para que seja capaz de interpretar o
que diz. Se eu oro numa ‘língua’, meu espírito está orando, mas minha mente
permanece inativa. Por isso estou decido a orar com meu espírito e também com
minha mente e, se cantar, cantarei tanto no espírito quanto na mente. Se não for
assim, quando você está louvando a Deus com seu espírito, como a pessoa sem
instrução poderá dizer amém à sua ação de graças, se ela não sabe o que você
diz? Você poderá estar fazendo um esplêndido agradecimento a Deus, mas isso
em nada ajuda a outra pessoa”. Já temos visto que as línguas e os dons de sinais
cessarão(1 Coríntios 13); enquanto isso devem ser usados com restrição, e
apenas se um intérprete estiver presente(v.5). Na igreja primitiva havia liberdade
para o ministério de todos os dons que estivessem presente, mas especialmente
para a profecia(v.1). O progresso ocorrerá quando entendermos quais são os dons
prioritários e como devem ser utilizados. O progresso ocorrerá quando a igreja
possuir todos os dons e não buscar somente este ou aquele dom(v.12). Os dons
se completam, se encaixam; dão sentido um ao outro(v.13). A edificação ocorrerá
quando todas as manifestações do culto produzirem benefícios mútuos. As
orações, louvor, gratidão, bênção proferidas em línguas precisam ser interpretadas
para que a mente dos que nelas falam e os que as ouvem também(14-16). Senão
houver interpretação não haverá edificação(v.17).
“As mulheres estejam em silêncio na igreja; elas não devem receber permissão
para falar. Devem submeter-se a este regulamento, conforme a própria Lei ensina.
Se tiverem perguntas, devem fazê-las em casa a seu maridos, pois falar na igreja
é impróprio para uma mulher”.
“Será que vocês estão começando a imaginar que a Palavra de Deus teve
origem em sua igreja ou que possuem o monopólio da verdade de Deus? Se
alguém entre vocês se considera um verdadeiro pregador e um homem espiritual,
perceba que aquilo que escrevi foi por ordem divina! Quem não aceitar isso não
deve ser aceito. Concluindo, então, meus irmãos, disponham o coração para
pregar a palavra de Deus, sem proibir, no entanto, o uso de ‘línguas’. Tudo seja
feito com decência e ordem”.
2) Paulo não proíbe as línguas, mas ele não vê grandes utilidades nelas. Este
capítulo não foi escrito para estimular a prática das línguas. Pelo contrário, foi
preparado para desestimular o uso das línguas e restringi-las. A necessidade de
organização e decência no culto cristão(v.40). Paulo não está falando aqui que os
coríntios estavam se comportando indecentemente do ponto de vista moral. Mas
que o culto necessita de decência, no sentido de que deve ser organizado para
glorificar um Deus organizado. O culto deve ser planejado para servir um Deus
que planeja, e com que antecedência. O Senhor não improvisa, mas nós
improvisamos, por negligência no planejamento daquilo que deveria merecer
nossa melhor atenção: O CULTO. A Palavra de Deus deve moldar nossos cultos e
devemos evitar a falta de decoro e as inovações indevidas.
D – A Pregação e os Objetivos
II – O Objetivo Doutrinário
Usar este tipo de objetivo ao pregar suas mensagens é uma resposta ao desejo
que existe no coração do crente de aprender mais sobre Deus, a Bíblia e aos
assuntos espirituais. Um bom recurso para atender esta necessidade da
congregação é solicitar aos irmãos que através de uma pesquisa que sugiram
temas, assuntos, dúvidas ou ênfases doutrinárias que mais eles têm
necessidades. Uma boa ocasião para fazer isto é quando você chega na igreja e
assim você pode planejar com cuidado seu plano de pregação atendendo as
necessidades indicadas enquanto vai fazendo a sua própria avaliação da
comunidade.
Eis alguns dos problemas morais e éticos que devem ocupar a agenda do seu
púlpito: a corrupção, a gula, a pornografia, as drogas, a honestidade, o
preconceito, a inveja, a cobiça, o amor, as inimizades, os pensamentos impuros, a
televisão, a pobreza, a tentação, a violência, a língua, a ecologia, a paz mundial,
as guerras, o desemprego, e muitos outros. Devemos ser sensíveis aos problemas
sociais e éticos e aplicar a Palavra de Deus de modo que ofereçamos uma
alternativa eficaz. “A nossa tarefa principal é de ser instrumentos de Deus para
criar os criadores de uma sociedade justa, pura e reta, em que os princípios do
Evangelho são vividos e aplicados”28.
IV – O Objetivo Consagratório
Sermões com este objetivo visam uma maior dedicação dos crentes à causa
de Deus. Você tem percebido em sua igreja irmãos acomodados, frios,
indiferentes? Pois é amigo a culpa em grande parte é sua se você não tem dado a
atenção para a pregação de sermões que despertem o povo para uma maior
consagração de suas vidas ao Senhor Jesus e a sua obra. Nestes sermões
também objetivamos ajudar os crentes na descoberta e uso dos dons espirituais
além do que também auxiliamos os irmãos a enfrentarem, devidamente
capacitados pela palavra, a sua batalha contra o pecado.
V – O Objetivo Devocional
VI – O Objetivo Pastoral
Ei pastor o que você anda fazendo que não obedece ao Senhor? “Consolai,
consolai o meu povo, diz o vosso Deus”(Isaías 40.1). Não podemos fugir a esta
tarefa tão vital para o rebanho. As nossas ovelhas no dia-a-dia sofrem afetações
em áreas tão distintas como por exemplo: sofrimento, pânico, morte, ansiedades,
preocupações, solidão, medo, adversidades, dúvida, desespero, etc. Todos nós
precisamos da ajuda de Deus para a vida diária e os tempos difíceis. Mas eu e
você somos responsáveis por encontrar as respostas para as perguntas que têm
sufocado nossos irmãos e filhos espirituais.
E – A Pregação e o Sucesso
I – Em Primeiro Lugar Para Que Você Seja Bem Sucedido no Seu Pastorado é
Necessário Viver na Condição de Servo(v.19).
Por certo o escritor do livro de Atos faz aqui um registro das considerações
que o apóstolo Paulo fizera do seu próprio trabalho, de se próprio ministério. As
noções que o versículo 19 nos apresentam são riquíssimas e muito inspirativas
para execução da tarefa pastoral. Um primeira lição que podemos aprender
através deste texto é que o pastor jamais pode perder de vista que é chamado
para ser servo. Portanto, faz-se necessário que o pastor seja antes de qualquer
coisa um servo humilde que se coloque à disposição de Deus e que revele esta
submissão numa prática responsável de amor aos crentes, o rebanho ou a igreja
que o Senhor tem confiado sob sua responsabilidade, de modo que tenha uma
preocupação pessoal com cada uma de suas ovelhas.
Talvez você esteja perguntando: o que tem a ver Amós com o que estamos
analisando até agora? E eu de pronto respondo que a lição que este profeta nos
dá é de grande valia. A chamada de Amós, assim como a de Paulo e sua também,
envolvia o grande desafio de proclamar a vontade de Deus. E diga-se de
passagem profetizar, falar em nome de Deus, anunciar à sua vontade é realmente
um grande desafio. No caso de Amós era falar contra o Reino de Israel que
crescia. Já o apóstolo Paulo recebeu a incumbência de falar aos gentios. E nós a
quem proclamaremos? Bom somos comissionados a proclamar num templo
repleto de desafios e Deus espera que cumpramos de forma honrosa nossa
missão.
III – Em Terceiro Lugar Para Que Você Seja Bem Sucedido no Seu Pastorado é
Necessário Manter-se Fiel no Cumprimento da Vocação(v.24)
O versículo 24 é muito claro em dizer que para Paulo o que era mais
importante era cumprir a vocação que recebera de Jesus Cristo. Por certo o
ministro que deseja ser bem sucedido necessita estar consciente de que os
conceitos de serviço cristão e responsabilidade proclamadora se completam e
projetam uma terceira realidade ou característica indispensável àquele que abraça
a vocação ministerial a saber a fidelidade no cumprimento da sua parte na tarefa.
Esta fidelidade vocacional determinou tanto a abrangência quanto o alcance dos
objetivos propostos por Deus no coração do apóstolo Paulo.
Ele tinha plena convicção de que fora comissionado por Cristo desde o dia de
sua conversão. E esta certeza fez com que ele mantivesse os olhos fixo no
Senhor de sua vida. Mas este fato não lhe tirou a percepção dos que viviam ao
seu redor e dos que estavam distantes e necessitados da graça de Deus. O
apóstolo Paulo considerava sua vida como algo consumível e não se sentia
incomodado em ser inteiramente gasto na tentativa de completar a sua carreira, o
seu ministério. O seu desejo era terminar o seu percurso com fidelidade e com
alegria. Nesta dimensão de sua missão Paulo deixou um legado aos seus
sucessores.
Mesmo que lhe ofereçam vantagens mil não abra mão desta investidura
pastoral. Seja um homem apaixonado pela vocação que Deus despertou no seu
coração. Ele é fiel em confirmar as obras das suas mãos. De modo algum aja com
infidelidade. Saiba que a sua tarefa é a mais importante do mundo e não existe
posição ou função neste mundo que a sobrepuje. Lembre-se do ideal paulino que
enseja terminar o percurso com fidelidade e com alegrias. Neste exato momento
creia que Deus está desafiando o irmão a manter-se fiel e cumprir a sua vocação
com alegria.
Querido irmão o ministério pastoral é uma bênção desde que seja exercido de
modo coerente aos ensinos bíblicos. Creio que todos os que aspiram um
ministério bem sucedido. Porém, quero relembrá-lo alguns aspectos importantes
de modo que vivendo estes alvos propostos pela Palavra de Deus você seja um
obreiro abençoado. Um primeiro desafio que a Bíblia lhe apresenta é que você
seja um servo de Jesus Cristo. Sua vida pertence a Deus e deve estar sob o
controle dEle. Lembre-se o pastor é um servo e não o senhor.
Uma boa voz é natural. Não tem coisa mais desagradável do que ficar ouvindo
alguém que está usando uma voz forçada. Até porque quando deixamos de usar a
voz no modo natural prejudicamos nosso aparelho da fala. Lembro-me dos
humoristas que criam personagens nos quais utilizam a voz de forma não natural
e que têm sofrido sérios problemas alguns dos quais recebendo até proibição
médica de imitar outras vozes. Uma boa voz tem o volume adequado. Não
podemos gritar nem tão pouco devemos murmurar. É preciso que utilizemos um
volume adequado, especialmente se usamos os recursos da amplificação do som.
Uma boa voz tem clareza e pureza de som. Uma boa voz tem velocidade certa.
Estima-se que esta velocidade seja de 120 a 150 palavras por minuto.
2) Fatores que afetam nossa voz: Nosso estado de saúde pode afetar a voz.
Não estou nem pensado nos estados gripais que geram infecções de garganta e
de faringe. Penso nas enxaquecas, estresses, hipertensão, etc. A saúde deve ser
cuidada de modo que não percamos a capacidade de usar bem a nossa voz. A
nossa posição quando falamos também afeta a voz. Normalmente ao longo dos
anos acumulamos uma série de problemas de postura e estes afetam a voz. Por
exemplo, se você normalmente prega de terno e gravata e não se posiciona bem
ereto a pressão da gravata o incomoda e sua voz sofre afetações. As nossas
emoções afetam a voz. O nervosismo, por exemplo, faz com que fiquemos com a
boca seca e as vezes sofremos desde pequenos engasgos até mesmo uma falta
de voz temporária. O mau uso da voz também prejudica a nossa fala. Gritar ou
pregar num tom acima do nosso normal acabam prejudicando o aparelho da fala
com a famosa rouquidão.
4) Sugestões acerca do uso da voz: Não comece o sermão com todo o volume
da voz que for capaz. Varie sua voz quanto ao tom, força e velocidade. Nunca
grite, nem berre em qualquer que seja a circunstância. Evite deixar a voz cair nas
últimas sílabas das orações gramaticais. O tom da sua voz deve ser tão natural
quanto numa conversa. Em vez de elevar a voz, procure projetá-la abrindo bem a
boca, articulando bem as palavras. Aprenda a destacar as palavras importantes
enfatizando-as através de exercícios. De vez em quando ouça a sua própria voz
com atitude crítica. Quando pregar, não fique demasiadamente preocupado com a
voz. Dê atenção exclusiva à sua mensagem. Se utilizar microfone mantenha a
distância adequada. E se for possível teste antes e module o mesmo a freqüência
de sua voz.
II – Mitos e Crendices da Voz31
Tenho observado que, de uma forma geral, as pessoas dão muito crédito aos
mitos e crendices, em todas as áreas. Chega mesmo a ser impressionante como,
de olhos fechados, aceitam isso, sem se preocuparem com o questionamento, e
alguns se envolvem de tal forma que dissuadi-los se torna tarefa penosa. Nos
estudos e abordagens sobre a voz temos considerado muito essas influências.
Nesta área, os mitos e crendices são muito fortes e imperam até mesmo nos
meios ditos mais cultos, civilizados. Consistem em crenças muito comuns que a
maioria das pessoas têm a respeito da voz, do seu emprego, das causas dos
problemas vocais e do tratamento dado a esses distúrbios. O próprio nome indica:
Mitologia Vocal significa um conjunto de considerações infundadas que na sua
essência são incorretas e falsas. Compreende crenças que formam imagens
vocais errôneas e estereótipos, sugerindo abordagens totalmente erradas.
A voz e seus múltiplos usos ainda estão regidos por algumas crenças. Muitos
acreditam que a voz cansada é coisa natural, normal, depois de uso
prolongado(locução, canto) ou mesmo leve uso. Desta forma leva-se a aceitar que
os músculos laríngeos e faríngeos – músculos que produzem a voz – se cansam e
aceitam a rouquidão, o cansaço vocal, as ardências e mesmo a perda parcial da
voz, como algo plenamente normal. Faz-se crer também que o uso excessivo da
voz acarreta problemas vocais como: voz cansada, rouquidão, faringites e até
laringites. Pessoas há que supõem, por falta crença, ter certos seres humanos
nascidos com garganta débil e voz insuficiente e que, por certo, tenderão a ter
sempre transtornos vocais.
f) Há o outro lado, porém, gerado pelos mitos populares quanto à voz. Alguns
crêem que a técnica vocal não pode ajudá-los, dado o adiantado do processo
patológico, ou mesmo acreditam que já nasceram “duros de ouvido”. Outros
dispensam as orientações vocais, porque acham: “Deus me deu excelente voz e
nunca deixou na mão”. Não acreditam(ou não o sabem) que boas vozes se pode
fabricar, desenvolver, aperfeiçoar. E há aqueles que opinam que a terapia vocal é
coisa para pessoas doentes, que estão comprometidas vocalmente... Ou mesmo é
indicada para atores, atrizes, locutores, professores, pastores e profissionais que
necessitam de qualidades estéticas na voz. É certo que concordamos que aqueles
usam a voz(e vivem dela) devem, portanto, valorizá-la. Prevenir é sempre um ato
inteligente.
E importante registrar que as pessoas não somente nos ouvem mas também
nos observam. Aliás observam muito mais do que nós imaginamos e podemos
explorar essa curiosidade natural usando também uma boa comunicação não
verbal. “O pregador precisa comunicar com o corpo todo, através dos gestos, da
própria postura ou posição do corpo enquanto prega, da expressão facial, do
contato com os olhos”32; e qualquer tipo de afetação, ou hábito inconsciente que
possa prejudicar a comunicação deve ser evitado. A linguagem verbal e a
linguagem corporal podem e devem trabalhar juntas para criar impressões
positivas e não negativas. Vejamos algumas dicas para melhorar a comunicação.
Você pode até não concordar com esses dados pesquisados e eu infelizmente
não consegui a fonte. Mas uma coisa nós bem sabemos é que a expressão facial
é um ingrediente que nos ajuda tanto quando falamos quanto quando ouvimos
alguém falar. Hoje, por exemplo, nos telejornais há uma preocupação na
construção de cenários ou stúdios cada vez mais sofisticados mas um detalhe
continua recebendo atenção central os rostos dos apresentadores são
enquadrados e as expressões são destacadas. Todo trabalho de direção,
produção, maquiagem, iluminação giram em torno do objetivo que transmitir além
da notícia também a emoção: seja alegria da vitória, a dor de uma perda, ou a
indignação de uma injustiça.
Vale salientar que existem alguns extremos que precisamos evitar nesta tarefa
de comunicar também com as expressões faciais como, por exemplo, não
demonstrar qualquer emoção. O pregador pode estar falando sobre a mais
profunda tristeza ou alegria, mas a fisionomia não expressa nada. Não
corresponder na fisionomia ao que se está comunicando. Um exemplo disso pode
ser alguém que está pregando sobre sofrimento, dor, aflição, ou mesmo o inferno,
mas com um sorriso idiota. Você e eu precisamos estudar um pouco mais esta
questão e um bom exercício é pregar o sermão ou parte dele de frente a um
espelho para que percebamos as expressões que fazemos quando tocamos em
alguns assuntos.
Eis algumas sugestões: não franza a testa nem coloque no rosto uma
expressão severa e rígida demais. Não fique fazendo caretas. Não fique sempre
sorrindo(mas não se esqueça do valor de um sorriso quando é bem natural e
oportuno). Seja natural em todas as suas expressões faciais. Procure ter
expressões faciais oportunas, de acordo com o conteúdo da mensagem que está
comunicando. Procure variar a expressão facial. Esboce um sorriso de vez em
quando, pois é muito agradável. Uma outra questão é que a maioria de nossas
expressões faciais são inconscientes e nem sempre notamos isso. Agora eu sei
porque minha mãe, em minha infância, sabia quando eu estava mentindo. Estava
estampado em meu rosto um sim mesmo quando eu dizia não e vice-versa.
a) Acústica , ruídos, retorno, auditório = Você precisa ter uma avaliação clara do
potencial acústico do local onde você prega. Minha sugestão é que você convide
uma empresa especializada em sonorização de igrejas para que lhe ajude nesta
tarefa de avaliação acústica. Nós temos transitado entre dois problemas graves
em relação à acústica. Templos mal projetados e que tem péssima qualidade
acústica onde os curiosos tentam compensar esta deficiência estrutural
promovendo uma verdadeira poluição sonora. Gasta-se mais do que o necessário
e a qualidade do som continua terrível. Templos bem projetados mas que com o
crescimento das cidades e da poluição sonora precisam de ajustes como
revestimentos acústicos e algumas alterações simples que rendem em excelente
resultado.
Capítulo 4
A – Um Roteiro Básico
2. Do sexo feminino = Eva, Sara, Rebeca, Raquel, Ana, Rute, Ester, Miriam,
Débora, Ana, a mãe de Samuel, Maria Madalena, a mulher samaritana, a
viúva pobre, etc.
As idéias são tantas quantas o Espírito Santo desejar esclarecer em sua mente
e coração. Você pode falar por exemplo de jovens famosos e suas virtudes e
relacionamento com Deus(José, Samuel, Davi, Daniel, Jesus, Timóteo). Você
pode abordar as grandes conversões do Novo Testamento(o gadareno, a mulher
samaritana, Mateus, Zaqueu, o ladrão na cruz, Saulo). Você pode falar daqueles
que rejeitaram a Cristo(Herodes, Pilatos, Judas, O jovem rico). Você pode falar de
personagens que são bons exemplos dos fracassos modernos(Saul, Sansão,
Caim, Jezabel).
vs sujeito objeto
10 Tu porém
minha a doutrina
(meu) procedimento
(minha) intenção
(minha) fé
(minha) longanimidade
(meu) amor
(minha) perseverança
11 (minhas) as perseguições
(minhas) aflições
(eu) Antioquia/Icônio/Listra
e de todas
me Senhor livrou
12 na verdade
Cristo Jesus em
13 homens mas os
(homens) maus/impostores
14 Tu porém
(tu) permanece
para a salvação
16 Toda Escritura é
17 para que
Deus o homem de
5. Assunto:
6. Tema:
13 impostores mentirosos
enganando trapaceando
14 permanece ficar firme, estar sempre
15 infância meninice
3. Aplicação do versículo:
13 – Quem mente e engana, nem sempre leva a melhor, acaba sendo enganado
também.
16 – A Palavra que nos é ensinada não vem de homens, mas de Deus que a
inspirou.
17 – A Palavra não apenas nos dá sabedoria mas nos torna prontos para a obra e
não aceita pecado.
3) Que diferença faz? = desta forma você poderá medir e avaliar de que
maneira e onde este princípio bíblico poderá aplicar-se à sua vida e a de seus
ouvintes. Nesta pergunta é possível explorar as aplicações e implicações do texto.
Quanto ao propósito teológico do texto são necessárias as seguintes perguntas: a)
Há no texto quaisquer indicação de propósito, comentários editoriais, ou
declarações interpretativas feitas acerca de eventos? b) São feitos julgamentos
teológicos no texto? c) Esta história é dada como exemplo ou advertência? Se for
assim, de que maneira? Este incidente é uma regra ou uma exceção? Quais
limitações devem ser postas sobre elas?
d) Por que o Espírito Santo inclui nas Escrituras esta narrativa? Qual foi a
situação ambiental de comunicação em que a Palavra veio originalmente? Que
detalhes e particularidades os homens e mulheres modernos têm a ver com os
ouvintes originais? Como podemos identificar-nos com os homens e mulheres
bíblicos enquanto escutavam a Palavra de Deus e correspondiam ou deixavam de
corresponder – na situação deles? Que discernimentos adicionais adquirimos
acerca das maneiras de Deus lidar com o seu povo através da revelação
adicional? Quando entendo uma verdade eterna ou um princípio orientador, que
aplicações específicas e práticas tem para mim e para os meus ouvintes?
12 – Prestem atenção, todos aqueles que desejam viver de verdade em cristo, vão
sofrer muitas perseguições.
14 – Você no entanto, fique firme nas coisas que você aprendeu, olhando para
quem você aprendeu.
16 – Toda Escritura é dada por Deus e boa para ensinar, para chamar à atenção,
para corrigir, e para mostrar a verdade.
17 – Para aquele que segue a Deus seja puro e esteja completamente pronto para
fazer a obra de Deus.
11 – A maneira cristã de agir pode levá-lo a ser perseguido por outras pessoas. No
entanto, não há perseguição que não seja superada, desde que a doutrina
seguida seja a do Senhor Jesus.
12 – Uma doutrina pode até ser escondida para que não haja perseguição. No
entanto, assumir a vida de Cristo é algo que não pode ser escondido.
13 - A mentira e o engano vai e volta para quem mente e engana. Este é um jogo
de bate e rebate.
17 – Aquilo que faz o homem de Deus completo para fazer a sua obra é vencer as
perseguições e o inimigo com base na Palavra de Deus.
Minha sugestão é que você considere a tabela de Roy B. Zuck que o ajudará a
declarar os objetivos de seus sermões nas dimensões do cognitivo e do afetivo.
Os verbos a serem usados dependerão do objetivo ou alvo:
familiarizar-se cogitar
descrever compreender
reconhecer descobrir
Pense sobre a idéia homilética e pergunte-se a si mesmo como esta idéia deve
ser tratada para cumprir o seu propósito. O que deve ser feito com esta idéia para
atingir o propósito? Que formato o seu sermão assumirá? Os sermões monólogos
podem assumir várias formas como segue:
1) Uma idéia a ser explicada = acontece assim quando o pregador deseja que
sua congregação entenda uma doutrina da Bíblia. Uma verdade corretamente
compreendida leva consigo a sua aplicação. A idéia é apresentada na introdução e
os a explicação desenvolve-se nos pontos do sermão.
7) E o nosso esboço de 2 Coríntios 3.10-17? Eis como ele pode ser concebido:
Tese: O texto mostra que para ser cristão existe um preço a ser pago, e isto só
acontecerá com firmeza na Palavra de Deus.
Introdução:
Conclusão:
1) Use as Matérias de Apoio = pois elas serão úteis para esclarecer, amplificar,
comprovar ou aplicar suas idéias e torná-las atraentes e compreensíveis aos seus
ouvintes. Eis algumas de tantas que você pode usar:
Um pregador pode lançar mão de diversas fontes para construir uma boa
introdução além de ter a possibilidade de variar bem os modelos evitando assim a
monotonia e a repetição. Veja o que nos ensina Dr. Key sobre métodos ou tipos de
boas introduções:
Se o seu personagem tem alguma música que fale especialmente de sua vida
você pode ensaiar bem esta música e entrar cantando num momento musical
antes da mensagem. Este recurso tem uma capacidade imensa de manter a
atenção dos ouvintes. Terminada a música você pode se apresentar, dizer a razão
de sua presença e iniciar a sua mensagem. Se o seu personagem exercia alguma
função ou profissão você pode utilizar algum objeto que o caracterize. Lembro-me
de um monólogo que preguei, baseado na vida de André, sobre o discipulado
quando usei uma rede de pesca que estava jogada sobre os meus ombros e
introduzi o sermão falando da transição: pescadores de peixes = pescadores de
homens.
Capítulo 6
Sem nenhuma dúvida você pode lançar mão deste recurso nos cultos dominicais.
Até porque neste dia normalmente temos um maior número de pessoas em
nossas igrejas. A quebra da monotonia e a atração que o recurso da interpretação
teatral serão úteis para ganhar a atenção dos ouvintes especialmente dos não
crentes que não têm o hábito de ficar sentado ouvindo um pregador por muito
tempo.
Também devemos usar os sermões monólogos nas atividades que visam alcançar
outras pessoas para Cristo como Escolas Bíblicas de Férias e atividades
evangelísticas. No que diz respeito as EBFs gosto de ver como as crianças que
não participam da igreja bem como as que são integradas viajam na ficção e
prestam bastante atenção na palavra de Deus encenada e anunciada por este
recurso. A capacidade de interação e os níveis de compreensão das crianças
ficam mais aguçados quando exploramos sua capacidade de fantasiar. Em
atividades evangelísticas com funcionamento em lugares públicos como praças ou
parques também atrairemos a atenção de diversas pessoas. Uma dificuldade que
pode surgir é na questão da acústica, mas nesse caso o pregador terá que usar
um pouco mais seu pulmão.
Capítulo 7
Marcos 4.30-32
Introdução :
Laila Tov!(Boa noite). Meu nome é Mateus sou um dos doze discípulos de Jesus e
gostaria de compartilhar com você algumas impressões sobre o progresso do
cristianismo. Um detalhe que gostaria de destacar é que antes do Senhor me
chamar para ser seu discípulo trabalhava como coletor de impostos e não era uma
pessoa de quem as pessoas gostavam não. Nesta tarde estava andando com o
pastor Jadai pelas ruas de São Paulo e aí tivemos fome. Ele então me levou para
um pequeno comerciante na rua que vendia uma espécie de comida até então
estranha para mim. Paramos diante do vendedor e em meio a outras pessoas o
pastor disse assim: “Por favor moço eu quero um cachorro quente sem mostarda!”
Talvez você seja como ele: uma pessoa que não gosta de mostarda mas espero
que nesta noite esta preferencia pessoal não nos impeça de aprender as lições
que a semente de mostarda tem para nos ensinar sobre o progresso da obra de
Deus neste mundo(nesse momento alguém lê a passagem de Marcos 4.30-32).
Falando com o pastor Jadai sobre o crescimento do reino de Deus neste mundo
recebi e anotei alguns dados e peço licença a estes belo plenário para fazer uso
delas agora. Ao contemplar as estatísticas e os dados percebi que o reino de Deus
ainda não alcançou boa parte da população mundial(estimada em 6 bilhões de
habitantes). Os dados revelam que pouco mais de 30 % da população mundial é
considerada cristã e isto inclui católicos, protestantes e outros. As cinco maiores
crenças no mundo atual são: Muçulmanos(1bilhão e 100 milhões), Católicos
Romanos(900 milhões), Ateísmo(900 milhões), Hinduísmo(800 milhões) e
Protestantes(600 milhões). Como batistas arrolados dentro das estatísticas como
protestantes os irmãos somam mais de 100 milhões em todo o mundo. Isto nos
coloca na posição de pensarmos sobre o progresso do cristianismo nestes dois mil
anos. A impressão que temos é que ele é vagaroso ....
Tenho percebido no pouco tem em que estou aqui que vocês vivem numa época
marcada pela velocidade, automação, produção em grandes escalas, etc. E se
queremos submeter o crescimento do reino de Deus a esses critérios seremos
levados a pensar que ele é vagaroso. Mas precisamos fazer esta distinção:
crescimento tem um tempo certo e obedece leis próprias a natureza de cada corpo
e espécie. Ainda que à luz desta época os números não são vosso maior
argumento, bem sabemos que no tempo oportuno de Deus seu reino tem crescido
e temos percebido os seus efeitos com certeza. Pensemos em seu caso particular.
A fé batista tem chegado ao Brasil a pouco mais de cem anos e pela misericórdia
de Deus vocês podem contar hoje com mais de cinco mil igrejas perfazendo quase
um milhão de crentes que têm enviado a outras nações 444 missionários e
mantém em sua pátria 650 missionários. É vagaroso mas louvado seja Deus
porque vocês tem crescido.
III - Vagaroso por causa das faltas daqueles que deviam cuidar dele mais
diligentemente .
Percebo que os irmãos vivem numa época em que, graças a Deus, tem se falado
muito em missões. Mas não basta somente que vocês falem em missões ou na
necessidade de que o reino de Deus cresça é preciso que trabalhem
diligentemente qual semeadores a fim de que o reino de Deus seja anunciado
entre todos os povos. Eu sei que uma das causas da vagarosidade do
crescimento é porque muitos cristãos no longo destes dois mil anos têm deixado
de lado sua responsabilidade missionária. Vocês não podem abandonar esta
importante tarefa nem tão pouco passá-la para outra pessoa. Veja-se por
exemplo a nossa situação no período apostólico éramos somente doze(um
pequenina congregação). As circunstâncias em todos os sentido não eram
favoráveis e deixamos tudo para anunciar a mensagem de Salvação. Fizemos a
nossa parte lançando as pequeninas sementes do Evangelho confiando que o
Senhor daria o crescimento. Será que vocês não tem hoje mais recursos e
oportunidades para anunciar que só Jesus Cristo Salva? Cabe aos irmãos permitir
ou não que este crescimento continue vagaroso .
Uma grande vantagem que temos em relação as outras religiões mundiais é que o
cristianismo nasce a partir de um compromisso pessoal e não de uma imposição
política ou governamental. Bem sabemos que boa parte dos não-alcançados se
tiverem uma oportunidade de ouvir sobre a graça maravilhosa de Jesus não
resistirá ao amor de Deus em Jesus. Os líderes destas religiões e nações também
sabem disto e não é a toa que proíbem a presença e atuação dos missionários. O
crescimento é seguro e os resultados deste dois mil anos de anúncio da chegada
do reino de Deus já podem ser vistos e contabilizados e quando lemos as
Escrituras vemos nelas a garantia que de todas as tribos povos e raças pessoas
estarão vestidas com vestes lavadas e remidas pelo sangue de Jesus. E isto deve
nos estimular a continuar trabalhando e dependendo da graça de Deus sabendo
que o nosso trabalho não é vão no Senhor.
Conclusão :
Quando o Senhor Jesus nos contou essa parábola o seu nome e suas obras eram
conhecidos apenas dentro dos limites da pequena terra da Palestina. Era um
começo insignificante e apagado, mas viria o tempo em que Suas palavras seriam
valorizadas e estimadas, e o Seu nome seria adorado, e quando o seu vivificante
toque seria sentido por todo o mundo. Da mais tênue semente cresceria uma
gigantesca árvore. Essa verdade espiritual era tão clara para Jesus que ele usou a
conhecida situação da semente de mostarda para nos estimular a proclamarmos
as boas-novas do reino de Deus.
Os Projetos e Os Fracassos
Jeremias 18
Laila Tov. Boa Noite meu nome é Jeremias e gostaria de compartilhar com vocês
algumas experiências colhidas durante minha vida e função profética. Exerci meu
ministério entre os judeus que ficaram em Jerusalém depois da primeira leva.
Profetizei contra as atitudes do povo judeu e, principalmente, dos falsos profetas,
que alimentavam no povo falsas esperanças de uma volta em breve dos que
foram levados para a Babilônia. Fui é um profeta que procurei entregar a
mensagem de Deus exatamente como Deus me mandou: a dura realidade de que
o exílio iria durar setenta anos(28:1-17).
O exílio era, para mim o resultado de uma vida de rebeldia contra a vontade de
Deus. O povo havia se dedicado a uma religião de cunho puramente exterior, se
esquecendo de mudança no interior de suas próprias vidas. Por isso, era
necessário o juízo de Deus(26:1-15). Deus punia na medida justa, e eu fui capaz
de mostrar na punição o caráter corretivo e não destrutivo. Para que o povo
compreendesse isso, eu proclamei o consolo(29:1-14) e o novo pacto que Deus
faria com seu povo(31:27-37). Esse novo pacto revelaria a nova maneira de Deus
relacionar-se com seu povo. Não em letras escritas em tábuas de pedra, mas na
lei escrita nos corações.
Tive a responsabilidade em manter viva a chama da esperança. O desafio era
maior para ele porque havia muitos falsos profetas que anunciavam uma
mensagem agradável aos ouvidos de minha geração sofrida. A mensagem que o
Senhor me deu para anunciar era dura para os meus dias. Numa crise muito
grande as pessoas gostam de ouvir mensagens de consolo apenas. Em nossa
época, porém, primeiro tinha que se descobrir a causa e depois analisar os
efeitos, para, então, ser anunciado como o povo iria sair dessa situação. A causa
era o pecado, o efeito o exílio, e a solução era guardar firme a esperança no Deus
que age a favor de seu povo. Essa esperança é que manteria viva a fé em Javé.
Deus vocaciona = Ele precisa de servos ainda hoje assim como precisou de mim
no passado. Não chama todos para a tarefa de pregar a sua palavra, mas precisa
de servos obedientes. O Senhor nos chama ao serviço. Você não tem ouvido o
seu chamado?
Deus adverte = a minha função era advertir o seu povo e as nações sobre a
necessidade de arrependimento e mudança de vida. Qual a sua função específica
dentro do chamado divino?
Deus capacita = Eu era ainda um menino e usei esta situação para fugir da
responsabilidade que Deus me deu. O fato é que o Deus que chama e que nos
envia ao mundo é o Deus que no capacita para o serviço. Quais são as áreas na
suas vida que carecem de maior capacitação a fim de que você realize o
ministério para o qual Deus tem te chamado?
A esta altura de minha vida e ministério eu vivia numa terrível angustia: amava
profundamente o meu povo e tinha de anunciar os castigos que sofreriam por
desobedecerem a Deus. Os sonhos e projetos que eu tinha feito para a minha
nação começavam a desmoronar porque o Senhor me ordenara anunciar aos reis
e ao povo que haveria de executar a sua justiça sobre eles. Sim eu estava
frustrado(4:19-22), estava triste(8:19-9:25). E é neste clima de tristeza e frustração
que eu pedi a ajuda de Deus(17:14-18 = já que agora o povo quer matá-lo). E
Deus me ordena que eu pregasse aquele povo e depois me convidou a descer até
a casa do oleiro. E é aqui que eu te convido a entrar na minha história, para juntos
aprendermos as lições que o Senhor quer nos ensinar sobre os projetos e os
fracassos.
Muitas das minhas visões foram cenas do cotidiano, cenas comuns que passariam
despercebidas aos olhos de qualquer um. A cena do oleiro me levou a ter uma
compreensão clara de como Deus estava agindo com meu povo. A cena era muito
comum naquela região do Oriente mas não é inédita nas Escrituras(Isaías 64.8). O
oleiro estava ocupado trabalhando na confecção de potes, jarros, vasos e é da
sua matéria prima que surge a primeira lição: o barro, argila, não é uma matéria
prima extraordinária, seu preço não é exagerado(e tem sido utilizado desde os
tempos mais remotos da civilização para a confecção de utensílios básicos para a
vida humana). Você pode não ter uma geladeira para refrescar água, mas se você
tiver um pote de barro, ele conservará a água numa temperatura agradável.
A lição aprendida aqui é que a vida é construída na sua maior parte de coisas
simples, normais. Às vezes achamos que os feitos extraordinários nos permitirão
ter maior alegria mas isto com certeza é um grande engano. As coisas essenciais
para nós são as ordinárias(família, ar, água, alimento, trabalho, Deus). As
Escrituras Sagradas nos afirmam que viemos do barro e isto nos dá uma dica que
as maiores realizações que alcançarmos não substituirão a importância das
menores. Valorize as pequenas coisas; agradeça a Deus pelo pão com ou sem
manteiga; louve ao Senhor porque apesar de sermos barro Ele nos dá um valor
inestimável. Isto não significa que é errado sonhar alto, desejar progresso, mas
aponta a necessidade de termos os pés no chão e a cabeça bem firme sobre o
pescoço.
Eu fiquei impressionado com o controle que o oleiro tinha sobre o barro. Sem se
importar com as razões do fracasso, ele trabalhava com o material até moldá-lo
como queria. Deus tem o controle absoluto sobre o seu povo da mesma maneira,
e dirige o seu destino de acordo com seus planos. O Senhor não desiste de nós e
continua desejoso de restaurar-nos. Você crê nisto?
Que tal foi a nossa visita à casa do oleiro? O que você aprendeu com a minha
experiência? Saiba que os maiores bens que possuímos é sermos barro, ou seja,
a matéria prima que o Senhor quer usar. Saibamos valorizar as pequenas coisas e
não fiquemos ansiosos por conquistar marte se já temos os pés na terra. Sejamos
conscientes de que a obediência à vontade do Senhor nos garantirá uma próspera
vida e se os nossos desejos parecerem bem aos olhos do Senhor serão
concretizados. Creiamos na misericórdia divina que restaura os vasos quebrados
e os faz vasos de bênçãos! Shalom Adonai. Shalom!
Laila Tov(Boa Noite). Foi uma viagem interessante pois pude atravessar a barreira
do tempo e chegar até o século vinte. É com grande prazer que me encontro neste
local para falar a respeito de minha experiência de vida. Sei que vocês estão
buscando um preparo melhor para liderar com eficiência e sabedoria o povo de
Deus. Estou certo de que muitos aqui já me conhecem pois as Escrituras
Sagradas registram fatos concernentes à minha vida e de modo particular os livros
de 1 Reis e 2 Crônicas.
No entanto quero dizer que sou um judeu que viveu a uns quase três mil anos
passados e que aos vinte anos de idade fora ungido e colocado como sucessor do
grande rei Davi no trono do reino de Israel. O meu nome é Salomão. Fui
considerado um gênio, apesar da pouca idade quando assumi o trono, realizei um
governo muito próspero. O poder daquela nação foi consolidado sob as minhas
mãos. As relações externas com as nações vizinhas foram muito fecundas. Sob o
meu comando a defesa nacional estava bem segura, nossos exércitos foram bem
aparelhados. Mantive o Império intacto. No tocante as atividades comerciais
revelei uma grande capacidade pois explorei bem o comércio do Mar Vermelho; o
comércio das caravanas com a Arábia; o comércio de cavalos e bigas; e também a
indústria de cobre. Estas atividades e outras me trouxeram um lucro considerável.
Israel gozou de uma segurança e de uma prosperidade material como nunca
sonhara antes e que nunca conheceu em outro tempo. Posso dizer que foi a Idade
de Ouro de Israel. Sob a minha liderança foram edificadas várias construções e
entre elas o tão sonhado Templo na cidade de Jerusalém. Também no aspecto
cultural minha vida foi um marco, pois produzi vários escritos que foram
divulgados amplamente. Realmente eu tive tudo para ser o homem mais feliz de
todos os tempos.
Porém, hoje na minha velhice, faço uma retrospectiva e observo que não fui tão
sábio como pensei que fosse ou como os meus contemporâneos achavam. Todos
estes avanços e todas as iniciativas me custaram muito e por certo o meu povo
também sofreu as conseqüências de minhas tolices. Entendo que não agi tão
sabiamente como pedi ao Deus Eterno. Sinto-me amargurado e triste, pois não
pratiquei a verdadeira sabedoria no exercício de meu reinado. Sinceramente sinto-
me envergonhado, pois fiquei internacionalmente conhecido como um homem
sábio e mesmo assim não pratiquei a verdadeira sabedoria.
Errei primariamente e nesta noite quero compartilhar com vocês futuros líderes do
povo de Deus, os meus erros a fim de que vocês guiem suas vidas de modo sábio
e inteligente e em agindo assim sejam capazes de liderar outras vidas. Convido
todos os presentes a uma reflexão sobre a Verdadeira Sabedoria do Líder. Onde
por certo você aprenderá a agir corretamente em seu viver.
Uma primeira lição que aprendi com os meus erros é que a verdadeira sabedoria
do líder revela-se em.....
I – CONFIAR NO DEUS ETERNO(Provérbios 3.5,6).
O meu fracasso deu-se pelo fato de que com o passar dos anos confiei na minha
própria inteligência. Nas minhas próprias capacidades, nos meus próprios
argumentos. Eu era auto-suficiente o “mais sábio”. A minha fama era internacional
e todos queriam me conhecer, ouvir as minhas palavras. Vejam só o meu sucesso
pessoal! E você que me ouve qual é o objeto de sua confiança? Recordo-me
nesta hora de um provérbio de minha autoria que revela esta capacidade de
fracassar na liderança e este diz o seguinte: “Confie no Deus Eterno de todo o
coração e não se apoie na sua própria inteligência. Lembre-se de Deus em tudo o
que fizer, e Ele lhe mostrará o caminho certo”. Que decepção meus amados
seminaristas! Que vergonha! Nem parece que estas palavras saíram dos meus
lábios. Como eu pude depositar a minha confiança em tantas coisas e deixar de
confiar em Deus? Pois é, meu caro ouvinte eu cometi este grave erro e não foi por
falta de avisos ou de ensinamentos e você também está sujeito a cometê-lo.
Ainda você poderia questionar-me dizendo: “Salomão como é que você teve a
coragem de desobedecer os conselhos de seu pai Davi que lhe orientou neste
particular de sua vida como líder?” Responder-te-ia com uma simples sentença:
todos somos humanos e propensos aos erros e por esta razão precisamos confiar
em Deus e não nas próprias habilidades. Ainda que elas sejam maravilhosas não
podem substituir o lugar que Deus merece em nosso viver. Não pense você que o
fato de estar estudando aqui neste local ou que a possibilidade de alcançar um
excelente nível de intelectualidade lhe tornará imune a esta tentação de confiar
mais em si mesmo do que em Deus.
Você, meu jovem líder, que me ouve nesta noite, preste atenção no que eu vou lhe
dizer. Nunca deixe de confiar no Deus Eterno, e ainda que você possua uma
excelente sabedoria ou um precioso preparo intelectual mantenha firme a sua
confiança no Deus Todo Poderoso. A despeito das oportunidades que a vida
porventura lhe ofereça reconheça o Senhor em todos os seus caminhos. Eu fui
considerado um homem muito sábio mais cometi erros primários. Deus falou
comigo duas vezes recordando as bases do pacto que meu pai fizera com Ele
como também do pacto que Ele estabelecera comigo. E eu tive a infeliz
capacidade de transgredí-lo, tornei-me um desobediente, deixei de confiar no
Deus Eterno. E como vocês costumam dizer: “enfiei os pés pelas mãos”. Por favor
não trilhe os meus caminhos. Confiem no Senhor!
Uma segunda lição que aprendi com os meus erros é que a verdadeira sabedoria
do líder revela-se em ....
Fora me dito para não multiplicar prata e ouro, e, contudo, multipliquei-os. Fora me
dito para não fazer voltar o povo ao Egito para multiplicar cavalos, e, todavia, ao
Egito mandei buscar cavalos. Fora me dito para não multiplicar para mim
mulheres, e, não obstante, tive um milhar delas, e elas perverteram o meu
coração. Estes ensinos estão registrados no Livro da Lei de Moisés e acrescenta-
se a orientação de que eu deveria ter uma cópia dele em minhas mãos para
consultá-lo diariamente.
Alguém aqui nesta noite pode estar perguntando a si mesmo: “A que se deve
atribuir o seu retumbante, triste e humilhante fracasso? Qual foi o segredo do seu
erro Salomão?” E eu lhe digo que faltou-me o cuidado de valorizar a Palavra de
Deus. E você, meu caro ouvinte, que valor tem a Palavra de Deus em sua vida?
Digo com muita vergonha que menosprezei a Palavra de Deus e que se tivesse
atendido as preciossímas e importantes admoestações a história que vocês
conhecem a respeito de mim seria bem diferente. É evidente que a causa da
miséria e da ruína que tão rapidamente seguiu o esplendor do meu reinado foi o
menosprezo da Palavra de Deus. Esta Palavra que orienta o líder quanto aos
perigos que ele corre.
Uma terceira lição que eu aprendi com os meus erros é que a verdadeira
sabedoria do líder revela-se em ....
Ah! Meus diletos ouvintes como foi terrível ouvir do Deus Eterno esta sentença:
“você quebrou o seu acordo comigo e desobedeceu aos meus mandamentos; por
isso Eu vou tirar o Reino de você e vou dá-lo a um dos seus oficiais”. Esta decisão
de Deus foi o resultado de meus erros pois fui me afastando aos poucos dos
compromisso com Ele. Tornei-me um rei ganancioso e por este ideal de acumular
riquezas transgredi mandamentos; para sustentar a máquina administrativa do
meu governo contraí dívidas e incentivei o surgimento de convênios com outras
nações; dos meus casamentos político-financeiros surgiram os templos pagãos
que construí para agradar minhas esposas. Tornei-me um idólatra pois adorei
Astarote, Moloque, Quemos e outros nojentos deuses dos outros povos. De modo
vergonhoso quebrei o pacto que havia estabelecido com o Deus de Israel. Não fui
fiel a Ele como o meu pai o foi. E se mal lhe pergunto você tem sido fiel a Deus?
Vasculhe a sua vida e veja se não existem outros interesses que podem ser
verdadeiros ídolos.
Como é doloroso relatar estas atitudes insanas que eu cometi. Porém, o faço
como que um apelo para que você me ouça e tome o cuidado de estar sempre na
presença de Deus. Não o abandone jamais. O tenha como soberano em seu viver.
Siga o exemplo de meu pai o rei Davi que ficou conhecido como o homem
segundo o coração de Deus. Aproxime-se a cada dia do Deus criador e
sustentador de todas as coisas. Eu sei que você deseja ter a verdadeira sabedoria
para liderar e bem a sua comunidade. Esta sabedoria revela-se em estar na
presença de Deus todos os dias da sua vida. É necessário perseverança e o
desejo ardente por esta presença. Por isso eu peço licença a você e lhe desafio a
seguir em frente no desejo de que a cada dia aproxime-me mais e mais do
Senhor.
CONCLUSÃO:
Porém, eu imploro que você, como líder, nunca deixe de confiar no Deus Eterno.
Eu fui um fã de mim mesmo, troquei o certo pelo duvidoso; abandonei a confiança
no Eterno; troquei o amor do Eterno pelas efemeridades das paixões. Por favor
confie no Senhor de todo o seu coração.
Rogo a você futuro líder do povo de Deus ou a você que já está liderando que
mantenha-se sempre na presença do Senhor. Cuidem de serví-lo fielmente.
Preocupem-se em honrá-lo no seu comportamento diário. Cuidado com a idolatria,
cuidado com as paixões carnais, não ceda a tentação da prosperidade material;
não perca a visão de que vocês são servos de Deus. Não troque o amor eterno
que Deus oferece pelas paixões efêmeras que o mundo dá.
(Daniel 6.7-10)
Introdução:
Bom dia! Faz pouco tempo que estou entre vocês e pude perceber que estão
vivendo numa época onde o povo de Deus passa por sérias provações, a
opressão social, a injustiça, a fome, a miséria, os desconfortos políticos, etc..
compõe-se em verdadeiros elementos de provações que exigem de cada crente
uma atitude correta, digna, exemplar. Num tempo como esse é extremamente
necessário que as nossas ações sejam corretas e preferencialmente conduzidas
pela obediência a Deus e sua vontade.
Isso me faz lembrar um tempo em que passei por muitas provações e que precisei
agir corretamente. Meu nome é Daniel e pode ser que a maioria aqui presente já
conheça a minha História de vida e por isso creio que minha tarefa será facilitada.
Como agir corretamente nos momentos de provações?
Duas leis são colocadas em contraste: a humana que torna o "decreto do rei
irrevogável" e a divina, que exige oração, súplica e louvor contínuo. O ato de
observar a primeira parece favorecer a vida: na realidade "os homens, seus filhos
e mulheres ainda não haviam tocado o fundo da cova, e os leões já se tinham
apoderados deles, esmagando-lhes os ossos". A observância da lei de Deus
parece expor a morte: pelo contrário, "o meu Deus mandou o seu anjo que fechou
a boca dos leões e eles não me fizeram mal algum". Deus se revela como o
conciliador dos contrários e a fidelidade à vontade divina claramente expressa faz
o homem encontrar cem vezes mais aquilo que se julgava perdido.
Ilustração:
Aplicação:
A despeito dos privilégios que possuíam os jovens hebreus não titubearam. Pois
quando acontece o choque no terreno religioso, de modo que o poder(ou qualquer
outra coisa ou pessoa) exige adoração, quando, em vez de representar a Deus,
pretende substituí-lo não temos outra opção a não ser: obedecer a Deus.
Nitidamente duas mentalidades humanas que julgam de maneiras diversas os
valores entram em choque. Para o rei o valor supremo é a própria vida:
ameaçando esta, julga obter tudo, abrir de par em par a porta de todas as
vontades. Para os jovens, o valor supremo é à vontade de Deus, para o qual estão
dispostos a privar-se de um valor inferior.
Os instantes pelos quais vive a igreja nos diversos lugares do planeta exigem uma
posição segura e uma escolha acertada. Não há meio termo, não temos condições
de ficarmos dividindo os valores. A cada dia os crentes são colocados na posição
de ter que fazer uma escolha pessoal. Optar entre o bem e o mal; o certo e o
errado; o eterno e o temporal; o ético e o não ético; o legal e o ilegal; o moral e o
imoral; entre Deus e os homens.
A Palavra de Deus nos seus exemplos é clara em nos revelar que é necessário
que tenhamos os olhos abertos e as mentes aclaradas para o fato de que é
extremamente importante termos estabelecido uma escala de valores onde Deus
ocupe o primeiro lugar diante de todas as possibilidades de oposição. E nesta
manhã eu conclamo a cada dos que me ouvem a não hesitar em escolher ao
Senhor mostrando-se diligente e fiel às suas promessas, mandamentos e amor.
Ilustração:
Aplicação:
Quando pensamos na palavra confiança ela é a expressão do coração, para fé. É
a palavra do Antigo Testamento e o vocábulo que definiu o estágio infantil da fé. A
palavra fé expressa mais o ato da vontade, a palavra crer, o ato da mente ou
intelecto, mas a palavra confiança é a do coração. Confiança implica em se apoiar
numa pessoa que é um grande, verdadeiro e vivo coração de amor.
A oração é o elo que nos põe em contato com Deus. É o portal que nos dá acesso
a presença do Todo Poderoso. É a ponte que liga qualquer distância e nos conduz
sobre qualquer abismo, perigo ou necessidade. A Bíblia nos enche os olhos com
exemplos adoráveis de homens e mulheres que mantiveram uma vida de oração.
Daniel crescia no conceito do rei porque o seu viver era intimamente ligado a
Deus. Ele possuía uma poderosa arma à sua disposição: a oração.
Somos desafiados a cada instante a sermos luz num tempo de trevas profundas. A
cada dia a exigência é maior e as provações mais intensas. O que é que tenho
feito? Como você tem agido? O que nós podemos fazer? É certo que temos um
canal ilimitado por onde pode passar infinitas provisões e bênçãos divinas. Mas
será que temos lançado mão deste manancial inesgotável? Podemos dizer que
para enfrentar as provações, precisamos orar; e precisamos continuar a orar para
viver, para que a nossa luz brilhe diante das trevas que venham a nos cercar!
Conclusão:
Num segundo estágio nossa vida também é colocada a prova quanto a nós
mesmos e somos tentados a confiar em nossas próprias capacidades e
conhecimentos. É importante, porém, que aprendamos a confiar somente no
Senhor de modo que todas as coisas sejam acrescentadas no tempo oportuno.
Num terceiro e último estágio somos compelidos a buscar a face do Deus Todo
Poderoso e está é uma implicação que envolve o nosso relacionamento direto
com o Deus que realiza grandes livramentos. Ligados a Ele pela oração teremos
por certo um viver iluminado porque Deus é luz e não há nEle trevas nenhuma.
São estas as atitudes corretas que nos permitirão um viver vitorioso nos
momentos de lutas e provações. E para a nossa alegria todas estão ao nosso
alcance, basta que queiramos escolher, confiar e buscar ao Senhor! Que Ele nos
ajude a tomar as decisões acertadas!
Bom dia. É um prazer estar com vocês nesse encontro de Mestrado que creio ser
uma etapa importante em seu aprendizado. Sou Barnabé e venho de muito longe
atravessando as barreiras do tempo e do espaço para compartilhar as
experiências adquiridas ao longo de minha vida cristã. Soube que este encontro é
para aperfeiçoar os seus conhecimentos sobre a pregação relativa aos problemas
contemporâneos de modo que a Igreja de Cristo será abençoada através de suas
vidas. Fico feliz com a iniciativa dos irmãos e me recordo dos tempos em que
ensinava as Escrituras. Fico feliz também em saber que o médico querido, Lucas,
que procurou registrar os atos apostólicos, teve os seus escritos preservados até
hoje. Creio que nesses escritos constam algumas informações sobre minha
biografia. Bem deixemos de lado a minha vida e pensemos agora sobre a minha
querida e abençoada igreja.
Uma delegação foi enviada à igreja de Jerusalém para que fosse discutida a
questão. O resultado foi favorável aqueles que reivindicavam o fato de que a
salvação é dada pela graça e através da fé. Deste modo nossa igreja foi liberta
dos grilhões do judaísmo e assumiu a direção no mundo cristão. Os ensinos de
Cristo são suficientes para a vida de qualquer igreja. Caríssimos irmãos, prezadas
irmãs não permitam que outros tentem misturar os ensinos puros do Evangelho
com falsos ensinos, ritos, cerimônias e tradições humanas.
Mas o legalismo não era o único problema de nossa época: várias eram as
dificuldades que as igrejas daquele período enfrentavam(gnosticismo, imoralidade,
falsos mestres, pobreza, perseguição) e que procuravam desviar a igreja de sua
fidelidade ao Evangelho de Jesus Cristo. Você já parou para analisar quais são os
problemas ou pressões atuais que têm confrontado e desafiado a fidelidade de
sua igreja ao Evangelho de Cristo?
Queridos irmãos, prezadas irmãs, vocês que ministram nas diversas igrejas do
Senhor espalhadas por este país, mantenham o padrão de Deus. Lembrem-se dos
ensinos de Jesus Cristo Senhor e Salvador nosso. Ser cristão é ser imitador de
Cristo e em matéria de doutrinas não há outro mestre como Ele. Firmeza
doutrinária e zelo no cumprimento da vontade de Deus não fazem mal a ninguém.
A boa nova de Jesus deve caracterizá-los. Distinguindo-os como se distingue o
joio do trigo ou a árvore que dá bons frutos daquela que não os dá. Sejam fiéis
aquilo que aprenderam do Senhor e permitam que a sua Palavra produza a
qualidade e o crescimento que Deus espera de suas vidas e de suas igrejas.
Uma igreja abençoada, pela natureza de sua organização, e pela sua razão de
ser, tem o dever de produzir os futuros líderes cristãos. Cabe às igrejas a tarefa de
promover a expansão dos horizontes do cristianismo. Para isto, as igrejas devem
cultivar o hábito de orar e dar aos moços crentes visão missionária, interessando-
os na obra de missões e conduzindo àqueles que o Espírito Santo desejar separar
à assumirem compromissos pessoais com a obra de evangelização do mundo. A
igreja de Jerusalém resistia à idéia de levar o Evangelho a outros povos e isso era,
é e será um erro terrível. Os irmãos querem que suas igrejas sejam abençoadas?
Sigam o exemplo da minha igreja e vivam para pregar o Evangelho. Falem de
Cristo; orem pelos que estão na seara; aceitem o desafio de proclamar que só
Jesus Cristo salva. Contamine sua igreja com esta santa idéia; convença a sua
igreja, desperte os seus liderados; abra você o seu coração e desafie seus irmãos
a abrirem também o deles à obra do Espírito Santo que os capacitará a fim de que
sejam testemunhas até os confins da terra.
Conclusão:
Concluindo estas considerações sobre minha igreja, vale a pena salientar que
outros aspectos poderiam ser destacados e alistados. Porém, quero recapitular o
que foi apresentado e desafiá-los a edificarem suas igrejas de modo que com este
crescimento qualitativo elas também dêem um salto quantitativo para que Deus
seja glorificado ainda mais através destas igrejas tão queridas e preciosas para o
Senhor.
Uma igreja abençoada é aquela que preserva sua identidade evangélica, sem
mescla, sem erros, sem desviar-se do padrão de Jesus. Uma igreja abençoada é
aquela que reproduz vidas e investe nestas vidas para que alcancem os que estão
sem Deus, sem luz e sem vida. Uma igreja abençoada é aquela que pode ser
reconhecida como um lugar que reina o amor.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
KEY, Jerry Stanley. O Sermão Biográfico Para Hoje. Apostila não publicada.
Pg.1
WARREN, Rick. Uma Igreja Com Propósitos. São Paulo. Editora Vida.1997.
496p