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Universidade Estadual de Feira de Santana Departamento de Tecnologia Colegiado de Engenharia Civil
Universidade Estadual de Feira de Santana Departamento de Tecnologia Colegiado de Engenharia Civil
Departamento de Tecnologia
Colegiado de Engenharia Civil
Feira de Santana
2011
Márcio Carneiro Boaventura
Feira de Santana
2011
Márcio Carneiro Boaventura
_______________________________________________________
Professor Antônio Freitas da Silva Filho – Mestre em Engenharia
Universidade Estadual de Feira de Santana
_______________________________________________________
Professor Elvio Antonino Guimarães – Mestre em Engenharia
Universidade Estadual de Feira de Santana
_______________________________________________________
Professor Eduardo Antônio Lima Costa – Mestre em Engenharia
Universidade Estadual de Feira de Santana
Aos
Meus pais, Wilson e Neusa, pelo apoio,
carinho e incentivo.
AGRADECIMENTOS
Cada conquista realizada pelo homem é motivada também por ações de outras
pessoas, influenciando de forma direta ou indireta para concretização de um
sonho ou projeto. Durante a elaboração desse trabalho amigos e novas
pessoas que conheci, contribuíram para o desenvolvimento e a conclusão
desse projeto. A essas pessoas deixo o meu muito obrigado.
À minha família, em especial aos meus pais, pelo apoio constante em função
do meu aprendizado.
1 INTRODUÇÃO ............................................................................... 13
1.1 JUSTIFICATIVA ............................................................................. 15
1.2 OBJETIVOS ................................................................................... 16
1.2.1 Objetivo Geral ................................................................................. 16
1.2.2 Objetivos Específicos ..................................................................... 16
1.3 METODOLOGIA ............................................................................. 17
1.4 ESTRUTURA DA MONOGRAFIA .................................................. 17
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ...................................................... 19
2.1 HISTÓRIA DA BORRACHA E O SURGIMENTO DOS PNEUS .... 19
2.2 A GERAÇÃO DE PNEUS INSERVÍVEIS ....................................... 20
2.3 IMPACTOS ORIUNDOS PELA DISPOSIÇÃO IRREGULAR DE
PNEUS ........................................................................................... 21
2.4 UTILIZAÇÃO DOS RESÍDUOS DE PNEUS NA INDÚSTRIA DA
CONSTRUÇÃO CIVIL .................................................................... 23
2.5 CONCRETOS DE CIMENTO PORTLAND .................................... 27
2.5.1 Propriedades dos Concretos Produzidos com Resíduos de Pneus
Inservíveis ...................................................................................... 28
2.6 AGREGADOS ................................................................................ 42
1 INTRODUÇÃO
De acordo com pesquisa realizada pela Agência de Informação Frei Tito para
América Latina (ADITAL, 2008), os dados oficiais revelam que 8 milhões de
famílias vivem sem habitação no Brasil, enquanto que os movimentos sociais
rebatem essa informação e estimam em 20 milhões de famílias na
precariedade habitacional. Analisada sob aspectos técnicos, a problemática da
moradia se agrava pelo uso e desenvolvimento insuficiente de novas
tecnologias; desperdício de materiais; baixa qualificação profissional.
1.1 JUSTIFICATIVA
1.2 OBJETIVOS
1.3 METODOLOGIA
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Apesar das rodas trazerem muitos benefícios a todas as civilizações elas ainda
geravam transtornos e desconfortos, pois as antigas carruagens eram
equipadas com rodas produzidas com madeira e revestidas por material
metálico. Baseado nos estudos de Ruffo (2009), os primeiros automóveis
possuíam o mesmo sistema das carruagens onde eram utilizados aros
metálicos com madeira. Ainda de acordo com o autor, após a descoberta do
processo de vulcanização esses aros começaram a serem vestidos com
borrachas vulcanizadas.
Baseado nos estudos desenvolvidos por Giacobbe et al. (2008), os pneus que
não são descartados de modo ecologicamente correto são dispostos em
lugares impróprios, a exemplo de: lixões, beira de estradas, cursos de água e
terrenos baldios, entre outros. Dessa forma esses resíduos tornam-se
potencialmente maléfico à saúde pública e ao meio ambiente.
Outro ponto negativo a ser considerado, é quando os pneus são dispostos sem
nenhum tipo de preocupação ambiental e social. Pois atuam diretamente, de
forma favorável, na proliferação de vetores transmissores de doenças como a
dengue, leptospirose, picadas de escorpiões, entre muitas outras. Isso se dá
22
Essa resolução ainda proíbe sua destinação final inadequada, tais como a
disposição em aterros sanitários, mar, rios, lagos ou riachos, terrenos baldios
ou alagadiços e queimas a céu aberto.
Drenagem;
Aterro e suporte de bases para estradas;
Sistema de drenagem de gases em aterros sanitários;
Estabilizadores de encostas e controle de erosão do solo;
Construção de diques e barragens;
Isolante térmico e acústico;
Material de enchimento de peso leve;
Pavimentação asfálticas e pistas esportivas;
Coberturas de parques infantis;
Concretos e argamassas.
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Resistência do agregado;
Resistência da pasta;
Resistência da ligação entre a pasta e o agregado.
forma não proposital ar. Essas lacunas tornam o material menos denso e
vulnerável à percolação de substâncias deletérias comprometendo a
resistência mecânica e durabilidade respectivamente dos concretos. O estudo
do teor de ar incorporado nos concretos produzidos com diferentes proporções
de resíduos de pneus foi realizado por Freitas et al. (2009), conforme pode ser
visualizado na Figura 04.
Baseado com os estudos de Topçu et al., (1997), para que o uso de borracha
não venha afetar de forma significativa a resistência mecânica dos concretos é
recomendado que a quantidade máxima de borracha a ser utilizada não
ultrapasse 35,0%. Os autores ainda afirmam que o diâmetro das partículas não
deve ser superior a 1,0 mm.
Baseado nos experimentos realizados por Vita, et. al. (2006), a inserção de
resíduos de borracha de pneu resulta na diminuição da resistência à
compressão do concreto de Alto Desempenho (CAD). De acordo com Barbosa
et al., (2006), estudos indicam que a resistência à compressão do CAD
produzido com pequenos teores de resíduo de pneu possui valores nos
patamares significativos para os CAD usuais.
Ali apud Segre (1999), afirma que os concretos produzidos com a adição de
partículas de borrachas de pneu com diâmetro entre 0,6 e 1,2 mm apresentam
uma diminuição de resistência a flexão de aproximadamente 28,6%; enquanto
que os ensaios de resistência à compressão apresentaram resultados ainda
menores, visto que o concreto convencional suportou uma carga de ruptura de
45,0 MPa e o concreto produzido com o resíduo pneumático rompeu com 28,0
MPa.
Figura 06: Propriedades dos concretos com diferentes teores de borrachas nos
estados endurecidos e fresco.
Fonte: BEWICK et al., (2010).
Para Giacobbe et. al. (2008), o decréscimo nos valores dos resultados nos
ensaios mecânicos em concretos produzidos com resíduos de pneus está
atribuída a certa dificuldade de adensamento dos materiais de granulometrias
menores, que possuem maior facilidade de deslocamento dentro da massa e
também de segregação.
SEM BORRACHA
(a)
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COM BORRACHA
(b)
Figura 08: Comportamento de ruptura de concretos produzidos sem adição de
borracha ( a ) e com adição de resíduos de pneus ( b ).
Fonte: MARTINS, et al. (2005).
2.6 AGREGADOS
De acordo com a NBR 9935 (ABNT, 2011) os agregados miúdos são definidos
como: “Material granular com pelo menos 95%, em massa de grãos que
passam na peneira 4,75 mm”. Já os agregados graúdos são definidos por:
“Material granular com pelo menos 95%, em massa de grãos retidos na peneira
4,75 mm”.
Durante seus estudos, Segre (1999), constatou na literatura que uma menor
granulometria da borracha influencia positivamente no comportamento dos
materiais cimentei-os. A autora justificou a sua investigação, após averiguar
corriqueiras sugestões para futuros trabalhos como a recomendação da busca
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(a) (b)
Figura 09: Comparação por MEV das partículas de borrachas de pneus sem (a)
e com o tratamento de NaOH (b).
Fonte: SEGRE, 1999.
3 PROGRAMA EXPERIMENTAL
O critério para escolha dos materiais utilizados foi a facilidade de obtenção dos
mesmos na cidade de Feira de Santana, na Bahia, assim sendo, foram
selecionados para esta finalidade os materiais relacionados abaixo.
100
90
Retido Acumulado (%)
80
70
60
50
40
30
20
10
0
1 10
3.2.5 ÁGUA
A água utilizada para a produção dos concretos foi a disponibilizada pela rede
de água da Universidade Estadual de Feira de Santana.
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Quadro 12: Quantidade de materiais por metro cúbico de concreto para cada
uma das misturas avaliadas
Traço Cimento (kg) Areia (kg) Brita (kg) Água (kg) Borracha (kg)
3.4.1 TRABALHABILIDADE
3.4.2 COESÃO
4.1.1 Trabalhabilidade
4.1.2 Coesão
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
ADITAL. No Dia Mundial dos Sem Teto, questão da moradia segue pendente
em vários países. Disponível em:
http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?lang=PT&cod=35379. Acessado em:
10 de outubro de 2008.
ALI, N. A., AMOS, A., D., ROBERTS, M. Use of Ground Rubber Tyres in
Portland Cement Concrete,” Proc. Int. Conf. Concrete 2000, University of
Dundee, UK, 1993.
LIMA, I. S.; ROCHA, F. S.. Concreto com Fibras de Borracha e sua Utilização
em Placas pré-moldadas. In: CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO,
2004. Anais do 46º Congresso Brasileiro do Concreto, Florianópolis.
IBRACON, 2004.
TOUTANJI, H. A.. The use of rubber tire particles in concrete to replace mineral
aggregates. Cement and Concrete Composites, Barking, v.18, n.2, 1996.