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Grupo I - Texto A

Observa o anúncio e responde às questões que se seguem.

http://www.natureza-portugal.org/o_que_fazemos/hora_do_planeta/hora_do_planeta_201822/

1. Identifica o tipo de publicidade em que o anúncio se insere. Justifica a tua resposta com
dois argumentos.
2. Refere os comportamentos a que o anúncio faz apelo.
3. Relaciona a imagem central do anúncio com o slogan apresentado e os objetivos da
campanha.

Grupo II – Texto B

Lê a entrevista com atenção.

Ou controlamos as alterações ao clima ou "estas catástrofes


vão ser frequentes"

O físico Filipe Duarte Santos, especialista em alterações climáticas e presidente do Conselho


Nacional do Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável, explica ao PÚBLICO porque é que está a
aumentar o risco de incêndios nos países do Mediterrâneo e porque receia um mundo mais
inóspito no futuro.

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Este ano os incêndios na Grécia já mataram dezenas de pessoas, o ano passado em Portugal
morreram mais de 100 pessoas. O clima está a tornar mais comum os comportamentos
extremos do fogo?
O que se está a observar é uma maior frequência de ondas de calor em todo o mundo. Nos países
do Sul da Europa, da região do Mediterrâneo, também observamos um clima mais seco. A
combinação dessa secura com temperaturas mais elevadas é que conduz a um maior risco de
incêndios florestais. O que podemos esperar para o futuro é um agravamento dessas tendências,
porque as alterações climáticas estão a progredir.

Como explica o Verão atípico que se está a viver na Europa com países como o Reino Unido
e a Suécia com temperaturas recorde?
Isso tem a ver com a variabilidade climática. O planeta não tem a mesma temperatura por todo o
lado.

Dá ideia de que hoje já não reconhecemos as quatro estações do ano como antigamente.
As quatro estações eram caracterizadas principalmente pela questão da temperatura e da
precipitação. E a temperatura está a aumentar. As alterações climáticas também aumentam a tal
variabilidade do clima num determinado sítio. Antigamente a temperatura não variava tanto, agora
temos maiores variações. Em relação à precipitação é o mesmo. Agora temos mais secas e temos
variações da precipitação muito grandes.

Daí a importância do Acordo de Paris.


O Acordo de Paris tem por objetivo não aumentar a temperatura média global do planeta em mais
de dois graus Celsius relativamente ao período pré-industrial [cerca de 1850]. Neste momento, já se
aumentou essa temperatura em um grau Celsius. Com efeito, só com o aumento de um grau temos
estas ondas de calor cada vez mais frequentes com consequências gravosas para as pessoas e para
os bens.

O Japão recentemente teve cheias que provocaram mais de 200 mortos e depois temperaturas
acima dos 40.ºC. Em Montreal, no Canadá, registaram-se este mês as temperaturas mais altas
em 147 anos. Isto está tudo ligado?
Está. Faz tudo parte do facto de termos um planeta com uma atmosfera para onde estamos a lançar
grandes quantidades de gases com efeito de estufa, em particular o dióxido de carbono, que resulta
em grande medida da combustão dos combustíveis fósseis. É um gás que é natural na atmosfera,
mas ao aumentar a sua concentração na atmosfera intensifica-se o efeito de estufa, ou seja, a
atmosfera aquece. Isso sabe-se desde meados do século XIX. Se não cumprirmos o Acordo de Paris
e formos para além dos dois graus Celsius então teremos um mundo muito mais inóspito. As pessoas
sobrevivem, mas sobrevivem em condições de muito menor bem-estar e de qualidade de vida.

O mundo está a fazer o suficiente para responder às alterações climáticas?


Alguns países estão, outros não. A União Europeia está. É necessário fazermos uma transição
energética para as renováveis e dependermos menos dos combustíveis fósseis. Portugal tem feito
um bom trabalho nesse sentido, mas há países que não. A China está a fazer um grande esforço a
fim de desenvolver a energia eólica e a solar.

Os Estados Unidos abandonaram o Acordo de Paris.


Exatamente. Embora haja estados como a Califórnia, que continuam a tomar medidas de redução
das emissões. No global do mundo a situação é muito difícil. Começa a ser provável que a
humanidade não vá cumprir o Acordo de Paris. Que se ultrapasse os tais dois graus Celsius. É
preciso investimento. É preciso haver melhor solidariedade entre os países, que os mais ricos ajudem
os menos ricos, como a Índia ou o Brasil, a fazer a transição para as renováveis.

Há alguma forma de nos prepararmos ou evitarmos estas catástrofes?


Se não controlarmos as alterações climáticas estas catástrofes vão acontecer com mais frequência.
No caso de Portugal podemos adaptarmo-nos a um clima mais quente e mais seco. E reagir à subida

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do nível médio do mar. Já subiu cerca de 20 centímetros desde o tal período pré-industrial e,
provavelmente, vai subir até um metro até ao fim do século. Podemos preparar as nossas zonas
costeiras e os recursos hídricos, tentar adaptar a agricultura e as florestas. Mas isso exige uma
grande determinação e também investimento.

Portugal tem feito esse percurso?


Portugal tem uma estratégia de adaptação às alterações climáticas. Também tem um plano de
transição para as energias renováveis. Foi anunciado em 2016 um roteiro para uma economia de
baixo carbono até 2050. Isso é muito positivo. Portugal é dos poucos países no mundo que tem essa
ambição. Agora falta concretizá-la.

Entrevista de Mariana Oliveira no jornal “Público” de 24 de julho de 2018, consultada em 1/10/18.


https://www.publico.pt/2018/07/24/mundo/entrevista/se-nao-controlarmos-as-alteracoes-climaticas-estas-catastrofes-vao-
acontecer-com-mais-frequencia-1839005,

Responde, de forma completa e bem estruturada, às questões que se seguem.

1. Relê a introdução da entrevista.


1.1. Identifica os aspetos essenciais aí referidos.
2. Refere as principais causas associadas ao risco de incêndios florestais mencionadas
pelo entrevistado.
3. Explica, por palavras tuas, por que razão já não reconhecemos as quatro estações como
antigamente.
4. “O Acordo de Paris tem por objetivo não aumentar a temperatura média global do planeta
em mais de dois graus Celsius.”
4.1. Enumera os procedimentos que os países devem desenvolver para fazer
cumprir o Acordo.
4.2. Refere os riscos relacionados com o não cumprimento do Acordo.
5. Em relação a Portugal, o físico Filipe Santos apresenta uma situação otimista? Justifica
a tua resposta com dois exemplos.

Grupo III - Gramática

1. “Desliga as luzes e vem pedalar pelo planeta.”


Reescreve a frase, colocando as forma verbais destacadas na negativa. Faz as
alterações necessárias.

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1. Identifica o tempo e o modo das formas verbais destacadas.
“As quatro estações eram caracterizadas principalmente pela questão da temperatura e da
precipitação. E a temperatura está a aumentar”.

2. Associa as palavras destacadas (coluna A) às respetivas classes e subclasse(coluna B).

Coluna A Coluna B
a)“(..) especialista em alterações 1. determinante demonstrativo
climáticas (…)”
b) “Agora temos mais secas (…)” 2. locução prepositiva

c) “Com efeito, só com o aumento de 3. pronome pessoal


um grau (…)”
d) " (…) a fim de desenvolver a energia 4. locução adverbial
eólica e a solar.”
e) “Portugal é dos poucos países no 5. preposição simples
mundo que tem essa ambição.”
f) “Agora falta concretizá-la.” 6. advérbio (valor locativo e temporal)

Grupo IV - Escrita
Observa atentamente a imagem.
Escreve um texto argumentativo com
120 a 150 palavras em que apresentes o teu
ponto de vista, com exemplos, sobre o papel
dos jovens relativamente à preservação do
planeta em que vivemos.
Para escreveres o teu texto, tem em
consideração a planificação, a textualização e
a revisão.

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