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(Dissertação)
Trabalho apresentado em
cumprimento das exigências da
da cadeira de Ética, orientado
pelo Professor Msc. José Lando Badukila.
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PENSAMENTO
Paulo Freire
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INTRODUÇÃO
A dignidade da pessoa humana clama por justiça, onde quer que ela esteja, e
seja ela quem for. Transigir com o desrespeito à supremacia da sensibilidade do
ser humano, negando-lhe essa qualidade, é, acima de tudo, abrir mão de
qualquer sentimento moral, negando ao homem o direito de existir. A superação
da indiferença e uma postura responsavelmente empática são fundamentais
para a superação da frieza da materialidade imposta pelo mundo individual e
materialista. A esse respeito, muito própria é a lição de Alceu Amoroso Lima, em
sua monumental obra Os direitos do homem e o homem sem direitos, onde
comenta a Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Nesse livro, Alceu Amoroso Lima, também conhecido como Tristão de Athayde,
faz importante distinção entre individualidade e personalidade, citando Jacques
Maritan, que diz:
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os dominamos. Que é o moderno individualismo? Um engano, um quiproquó:
a exaltação da individualidade mascarada de personalidade.
O holocausto social existente hoje não deriva de más leis, pois a simples
observação do Artigo I da Declaração dos Direitos do Homem seria suficiente
para o estabelecimento de uma convivência harmônica. O que deve fazer o
cidadão, e, especialmente o operador do Direito, é lutar não apenas contra a
injustiça social, mas, sobretudo, contra a sua banalização. Sempre que algo
atentar contra a dignidade da pessoa humana, devemos nos indignar, cobrar e
lutar. Não obtendo sucesso, não podemos achar normal, porque já aconteceu
outras vezes, mas, ao contrário, devemos nos manifestar de modo mais incisivo,
visto que a repetição da injustiça e a aceitação dessa, pode fazê-la normal e
banal, e a banalização do mal é o fim de todos os princípios (Lima, 200).
Objectivos:
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Direitos fundamentais
Direitos humanos
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consciência ética colectiva sobre a necessidade que se impõe da defesa dos
direitos sociais, enquanto direitos humanos amplia-se e aprofunda-se a cada dia
que surge. A exigência de condições sociais aptas a propiciar a realização de
todas virtualidades do ser humano é assim intensificada no tempo e traduz-se
necessariamente pelo surgimento de novos direitos. Por conseguinte, é esse
movimento histórico de ampliação, promoção e aprofundamento que justifica o
princípio da irreversibilidade dos direitos já declarados oficialmente, isto é, do
conjunto de direitos sociais fundamentais em vigor. Os direitos sociais enquanto
direitos humanos impõem-se, pela sua própria natureza, não só aos poderes
públicos constituídos em cada Estado como a todos os Estados no plano
internacional, sendo assim também ao próprio poder constituinte, à ONU e a
todas as Organizações Regionais de Estados, e por isso é, parece-nos,
juridicamente inválido suprimir direitos fundamentais por via de novas regras
constitucionais ou convenções internacionais, visto que se está diante de direitos
indisponíveis e a sua defesa resulta de deveres insupríveis. Enquanto direitos
humanos, os direitos sociais são ainda qualificados, tal como universais,
indivisíveis, interdependentes e inter-relacionados. Dito de outro modo os
diversos direitos humanos devem ser entendidos e interpretados como um
conjunto harmonioso. Num Mundo como o nosso em que há muita gente a
padecer de fome, urge a necessidade de cada vez mais tornar realidade a
solidariedade proclamada pelo Pacto Internacional Sobre Direitos Económicos,
Sociais, e Culturais, pois o direito de se alimentar suficientemente faz parte do
núcleo essencial dos direitos humanos, pois representa mera extensão do direito
à vida. Apenas desta forma, julgamos nós, deixaremos de assistir à vergonhosa
situação da fome por que passa uma boa parte da Humanidade (Queiroz, 2011).
Justiça social
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Para Rousseau (1986), existem “...duas espécies de desigualdades: uma, que
chamo natural ou física, porque foi estabelecida pela natureza, e que consiste
na diferença das idades, da saúde, das forças corporais e das qualidades do
espírito ou da alma; outra, a que se pode chamar de desigualdade moral ou
política, pois que depende de uma espécie de convenção e foi estabelecida, ou
ao menos autorizada pelo consentimento dos homens. Consiste está nos
diferentes privilégios desfrutados por alguns em prejuízo dos demais, como o de
serem mais ricos, mais respeitados, mais poderosos, ou mesmo mais
obedecidos”.
1. “Cada pessoa deve ter um direito igual ao sistema mais amplo possível de
liberdades básicas; todos os societários têm direitos à mais extensa liberdade
compatível com a liberdade dos demais.
Injustiça extrema
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de que algumas leis nazistas, incluída a Regulamentação 11, violaram os
princípios da justiça em um grau tão intolerável que não poderiam ser
consideradas de direito (ALEXY, 1992).
Alexy afirma que tal passagem citada pode ser lida de várias formas, e então
constrói sua versão do argumento da injustiça, afirmando que normas isoladas
de um sistema jurídico perdem, quando ultrapassam determinado limiar de
incorreção ou de injustiça, seu caráter jurídico. Mas qual deve ser esse limiar?
Alexy recorda que Radbruch usa os termos “intolerável” (unerträglich) e
“horrenda” (horrend). Contudo, para ele, o termo “extrema” parece mais
adequado, pois expressa a ideia de um limite localizado na terminação superior
de uma escala. Para ele, “a versão mais curta que se pode conceber da fórmula
de Radbruch rezaria então: a injustiça extrema não é direito”. Antes de investigar
a relação entre o argumento da injustiça e o conceito de direito de Alexy cumpre
averiguar em que medida o argumento da injustiça afeta, na visão de Alexy, a
validade não apenas de normas jurídicas isoladas, mas também de ordens
jurídicas globalmente consideradas. Alexy afirma que o argumento da injustiça,
de Radbruch, constitui uma tese que se refere a normas jurídicas isoladas, e não
a ordens jurídicas globalmente considerada. No Livro Conceito e Validade do Di-
normas (extremamente) injustas perde sua validade como um todo. Alexy aborda
duas possíveis teses, a tese da extensão e a tese do colapso (ALEXY, 1992).
O significado de injustiça
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por moral um conjunto de normas positivas diverso do direito, que tem como
fonte os costumes ou uma autoridade religiosa. Os defensores desse tipo de
concepção geralmente atribuem um caráter relativo e subjetivo à moral (ALEXY,
1992).
Neoliberalismo e a banalização das injustiças sociais
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a estrutura da sociedade são os que geram as desigualdades sociais e produzem
os perfis epidemiológicos de saúde e doença, tendo em vista que a saúde pode
ser considerada como um fenômeno produzido socialmente e que algumas
formas de organização social são mais sadias do que outras (Rasângela, 2007).
O verbo diakaioo. Este verbo significa, em geral, “declarar que uma pessoa é
justa”. Ocasionalmente se refere a uma declaração pessoal de que o caráter
moral da pessoa está em conformidade com a lei, Mt 12.37; Lc 7.29; Rm 3.4.
Nas epístolas de Paulo, é evidente que o significado soteriológico do termo
ocupa o primeiro plano. É, “declarar em termos forenses que as exigências da
lei, como condição de vida, estão plenamente satisfeitas com relação a uma
pessoa”, At 13.39; Rm 5.1, 9; 8.30-33; 1 Co 6.11; Gl 2.16; 3.11. No caso desta
palavra, exatamente como no hitsdik, o sentido forense do termo é comprovado
pelos seguintes factos: (a) em muitos casos ela não se presta para outro sentido,
Rm 3.20-28; 4.5-7; 5.1; Gl 2.16; 3.11; 5.4; (b) é posta em relação antiética com
o termo “condenação” em Rm 8.33, 34; (c) expressões equivalentes e
intercambiáveis veiculam uma ideia judicial ou legal, Jo 3.18; 5.24; Rm 4.6,7; 2
Co 5.19; e (d) se não tivesse este sentido, não haveria distinção entre justificação
e santificação (Berkhof, 1949).
Segundo Berkhof, (1949) a palavra dikaios. Esta palavra, ligada ao verbo que
acabamos de comentar, é peculiar em que nunca expressa o que uma coisa é
em si mesma, mas sempre o que é em relação a alguma outra coisa, a algum
padrão que está fora dela, ao qual ela deveria corresponder. Nesse aspecto,
difere de agathos. No grego clássico, por exemplo, o termo dikaios é aplicado a
um carro, a um cavalo ou a qualquer outra coisa, com o fim de indicar que a
coisa referida é própria para o uso pretendido. Agathos expressa a idéia de que
uma coisa corresponde em si mesma ao ideal. Na Escritura, um homem pode
ser chamado dikaios quando, no juízo de Deus, a sua relação com a lei é o que
deve ser, ou quando a sua vida é tal como se requer que sejam por sua relação
judicial com Deus. Isto pode incluir a idéia de que ele é bom, mas somente de
um certo ponto de vista, a saber, o da sua relação judicial com Deus. O
substantivo dikaios, justificação. Vê-se apenas em dois lugares do Novo
Testamento, a saber, Rm 4.25 e 5.18. Denota o ato de Deus pelo qual Ele declara
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os homens livres da culpa e aceitáveis a Ele. O estado resultante é indicado pela
palavra dikaiosyne.
Mas ainda há uma esperança para quem faz injustiça: Jesus morreu e
ressuscitou para lhe salvar. Deus dá uma segunda chance para quem se
arrepende e aceita Jesus como seu salvador, escolhendo o caminho da justiça.
Justiça Original
“Eis o que tão somente achei: que Deus fez o homem recto, mas ele se meteu
em muitas astúcias”, (Ec.7.29). O Novo Testamento testemunha de maneira
semelhante, mas o faz retratando a condição do salvo como uma volta a um
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estado anterior. Paulo, em sua epístola aos colossenses faz a seguinte
observação:
“Não mintais uns aos outros, uma vez que vos despistes do velho homem com
seus feitos, e vos revestistes do novo homem que se refaz para o pleno
conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou” (Cl.3.10). Em Efésios,
Paulo faz semelhante afirmação: “...e vos revistais do novo homem, criado
segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade” (Ef.4.24),
(Berkhof, 1949).
Justificação
Martin Luther uma vez plenamente realizados a verdade da justificação pela fé,
ele se tornou um cristão e foi repleta de nova alegria do evangelho. O principal
problema da Reforma Protestante foi a controvérsia com a Igreja Católica
Romana sobre a justificação. Se quisermos salvaguardar a verdade do
evangelho para as gerações futuras, temos de compreender a verdade da
justificação. Ainda hoje, uma compreensão correta da justificação é a linha entre
o evangelho bíblico da salvação pela fé (Gl 2:16), e todos os falsos evangelhos
de salvação com base em boas obras (Grudem, 1992).
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"Eu nunca vou admitir que você está certo" (Jó 27:5, usando as mesmas palavras
em hebraico e grego que significa "justificar".) A mesma idéia é encontrada em
Provérbios: "Encontrado o culpado e condenar o inocente são duas coisas o
Senhor odeia" (Pr 17:15). Aqui a idéia da declaração legal é especialmente forte.
Claro que seria uma abominação ao Senhor se "justificar" significa "] fazer
alguém bem ou direito em seu ser interior. "Nesse caso, "justifica o ímpio" seria
muito bom aos olhos do Senhor. Mas se "justificar" significa "declarar justo" é
perfeitamente claro por que "justifica o ímpio" é uma abominação ao Senhor. Da
mesma forma, Isaías condena "aqueles que justificam ao ímpio por recompensa"
(Is 5:23), e novamente, "justificar" "estado que é apenas" médio (usado aqui no
contexto de uma declaração legal) (Grudem, 1992).
Quando dizemos que Deus nos dá a justiça de Cristo para dizer que Deus vê a
justiça de Cristo como o nosso, ou acreditar que ele pertence a nós. Ele creditou
nossa conta. Nós lemos: "Abraão creu em Deus, e isso lhe foi creditado como
justiça" (Romanos 4:3, citando Gênesis 15:6). Paulo explica: "Aquele que não
trabalha, mas confia em Deus que justifica o ímpio, sua fé leva em conta como
justiça. Davi diz a mesma coisa quando ele fala da bem-aventurança do homem
a quem Deus credita justiça, independentemente de obras "(Rm 4:5-6). Desta
forma, a justiça de Cristo se torna nossa. Paulo diz que são "aqueles que
recebem a abundância da graça eo dom da justiça" (Romanos 5:17) (Grudem,
1992).
Segundo Grudem (1992) diz que essa doutrina nos dá confiança de que Deus
nunca vai pagar pelos pecados que são perdoados com base nos méritos de
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Cristo. Claro, nós continuamos a sofrer as consequências comuns do pecado
(como um alcoólatra parar de beber ainda pode ter fraqueza física pelo resto de
sua vida, e um ladrão que se justifica ainda pode ter que ir para a cadeia para
pagar por seu crime). Além disso, Deus pode nos disciplinar se agirmos de
maneiras que são de desobediência a ele (veja Hebreus 12:5-11), e faz isso por
amor e para o nosso bem. Mas Deus não pode e nunca, voltar-nos para os
pecados passados e fazer-nos pagar a punição devida para eles e não nos punir
por causa de sua raiva e, a fim de nos prejudicar. “Portanto, não há agora
nenhuma condenação para aqueles que estão em Cristo Jesus” (Romanos 8:1).
Este fato deve nos dar uma sensação de alegria e confiança diante de Deus
porque nós aceitamos e estão em sua presença como "não culpado" e "justo"
para sempre.
A opinião dominante é que, nesse tempo, Cristo não descerá à terra, mas
permanecerá nas alturas. Os que morrem no Senhor ressuscitarão dos mortos,
os santos vivos serão transfigurados, e juntos recolhidos para encontrar-se com
o Senhor nos ares. Daí, esta vinda é também denominada “vinda para os Seus
santos”, 1 Ts 4.15, 16. Seguir-se-á um intervalo de sete anos, durante o qual o
mundo será evangelizado, Mt 24.14, Israel se converterá, Rm 11.26, ocorrerá a
grande tribulação, Mt 24.21,22, e o anticristo ou homem do pecado será
revelado, 2 Ts 2.8-10. Depois destes eventos, haverá outra vinda do Senhor com
os seus santos, 1 Ts 3.13, chamada “revelação” ou “dia do Senhor”, no qual Ele
descerá à terra. Esta vinda não pode ser iminente, porque terá que ser precedida
por diversos eventos preditos. Quando desta vinda, Cristo julgará as nações
existentes, Mt 25.31-46, e introduzirá o reino milenar.
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Julgamento
A Escritura diz com frequência que haverá um grande julgamento final de crentes
e descrentes. Comparecer perante o tribunal de Cristo em corpos ressuscitados
e ouvir o anúncio do seu destino eterno.
a) O momento do Juízo
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b) Natureza do Julgamento
1. Jesus Cristo será o juiz. Paulo fala de Jesus Cristo "vai julgar os vivos e os
mortos" (2 Tm 4:1). Pedro diz que Jesus Cristo "foi nomeado por Deus como juiz
dos vivos e dos mortos" (Atos 10:42, comparar 17:31, Mt 25:31-33). Este direito
de agir como juiz sobre todo o universo é algo que o Pai confiou ao Filho: "O Pai
... deu-lhe autoridade para julgar, uma vez que é o Filho do homem" (Jo 5:26-
27).
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REFERÊNCIA BIOGRÁFICA
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8. QUEIROZ, Cristina. (2011). Direito Constitucional Internacional, Edifício
Coimbra Editora, 1ª Edição, Novembro. Portugal.
9. BERKHOF, L. (1949). Teologia Sistemática. Trad. Filipe Delgado Cortes.
Grand Rapids. Michigan: TELL;
10. GRUDEM. (1994). Teologia Sistemática. Trad. Miguel Messias, José Luís
Martinez;
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