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ARTE – 6ºANO

Os símbolos e grafismos de uma civilização

A arte egípcia imortalizou fatos e aspectos dessa cultura que


demostrou domínio de técnicas artísticas e arquitetônicas perfeitas,
principalmente quando se considera que essa civilização se desenvolveu
há três mil anos. Os egípcios, por acreditarem que a vida continuava
após a morte, levavam consigo no túmulo seus objetos pessoais. Na
decoração de palácios, templos e túmulos eles perpetuaram sua história
e sua arte.
A escrita egípcia baseou-se em símbolos pictóricos, denominados
hieróglifos, que significa escrita sagrada. Cada hieróglifo representava
uma palavra ou ideia completa. Graças à escrita, foi possível manter
registros, baixar instruções e escrever a história. Os criadores de
poemas, contos, ensaios e narrações puderam confiar suas obras ao
papiro, um tipo de papel, em vez de guardá-los na memória.

Hieróglifos gravados em pedra

Os hieróglifos a seguir foram traduzidos para o nosso alfabeto pelo


egiptólogo Antônio Brancaglion Júnior, professor do Museu Nacional da
Universidade do Rio de Janeiro e pesquisador visitante do Instituto
Francês de arqueologia oriental, na cidade do Cairo. Depois de estudar e
observar os símbolos, use-os nas suas atividades.
A arte egípcia
A cultura egípcia estava a serviço da religião. Acreditando que a
vida continuava após a morte, eles preocupavam-se em garantir uma
confortável eternidade e, criando, dessa forma, uma arte para durar
eternamente.
O faraó representava o duplo papel de rei e de deus e, após a sua
morte, Ka, o espírito, deveria ser cercado de glória eterna. Para atender
a essas necessidades, foram construí dos túmulos que durariam para
sempre. Um dos nomes dados a esses túmulos foi o de casa da
eternidade.

As pirâmides de Gizé: exemplo de arte funerária, construídas para


serem a morada eterna dos faraós. Quéops, Quéfren e Miquerinos são as
pirâmides maiores, ao fundo.
As mais famosas são as pirâmides de Quéops, com 146 m,
Quéfren, com 143,5 m e Miquerinos, com 65,6 m, no deserto de Gizé.
Essas três pirâmides são as únicas representantes das Sete Maravilhas
do mundo antigo.
Pirâmide de Djoser, construída em degraus, é considerada um dos
mais antigos exemplos dessa arquitetura.
Nesses monumentos, além dos corpos mumificados, depositavam-
se alimentos, joias, esculturas e utensílios. Eles eram adornados com
pinturas e hieróglifos que contavam os feitos do morto, para seu
engrandecimento eterno.
Interior da sala onde foi depositado o corpo do faraó Tutancâmon

A Grande Esfinge: guardiã das três pirâmides

Outro monumento de grande importância é a Grande Esfinge, de


20 m de altura por 74 m de comprimento, na planície de Gizé e tem a
forma de um leão com rosto de homem. Sua face está voltada para a
direção do Sol nascente. Os egípcios também ergueram dois luxuosos e
gigantescos templos em Carnac e Luxor, conforme imagem a seguir,
dedicados ao deus Amon.
Ruínas do templo de Carnac. As colunas desses templos têm
motivos da natureza retratados, como a flor de lótus e o papiro. As
colunas do templo de Luxor em forma de flor de lótus. A escultura foi
uma das belas manifestações artísticas e revelava dados particulares,
como a condição social. Um exemplo disso é o tamanho gigantesco dos
faraós em relação aos criados e demais membros da sua família,
representados com o tamanho de pigmeus.

Partenon – Ruínas da acrópole ateniense

A arte dos gregos

No início, a arte grega, durante seu processo de formação, recebeu


influências de outros povos, especialmente da arte creto-micênica.

Quando a península Balcânica foi invadida por aqueus, eólios,


jônios e dórios, a cultura peninsular recebeu novas influências, passando
por um período de formação até seu amadurecimento, quando suas
obras, sejam esculturas ou obras arquitetônicas, ganharam linhas e
características próprias.
A arte grega atravessou o tempo, servindo de inspiração em vários
momentos históricos:
• Na expansão macedônica, que deu origem à arte helenística, que
representou a fusão de elementos culturais gregos com as culturas
orientais;
• Na expansão romana, que deu origem à arte greco-romana;
• No Renascimento Cultural, do século XIII ao XVI;
• No neoclassicismo, do século XVII ao XIX;
• Até os dias de hoje, em que artistas de todos os campos estéticos se
inspiram nos ideias artísticos da Antiguidade clássica, motivados em
buscar a beleza da perfeição e da harmonia.
Escultura
A escultura é uma das mais importantes expressões artísticas e culturais
da Grécia Antiga. Como toda arte, a escultura grega foi instrumento de
ilustração de várias esferas dessa sociedade, como a política, a religião, o
esporte e a ciência.

O Discóbolo (lançador de disco) é uma estátua do escultor grego Míron, nascido em Elêutras, que
representa um atleta momentos antes de lançar um disco. A imagem retrata uma reprodução, dentre
várias, inspirada na obra de Míron.

Como legado, a escultura grega influenciou a Renascença e o


Neoclassicismo é referência de arte em todo o Ocidente até os dias
atuais.

Pietá (Piedade), de Michelangelo – Representação de Jesus morto nos braços da Virgem Maria.

Arquitetura
Os templos foram as construções que mais chamaram atenção na
arquitetura. Foram construí dos com normas de simetria e proporções
ide ais. As colunas eram construídas segundo os modelos da ordem
dórica, da ordem coríntia ou da jônica. A ordem dórica era simples e
maciça, a ordem jônica sugeria mais leveza e era mais ornamentada, e a
coríntia era bem mais trabalhada.
 Coluna jônica – Forma mais ornamentada e leve.
 Coluna coríntia – Mais detalhada, com folhas e flores estilizadas
Os gregos construíram também palácios, tribunais e teatros. Os
arquitetos gregos também eram habilidosos engenheiros do som. No
teatro grego, independentemente do lugar onde se sentassem, podiam
ouvir cada palavra falada pelos atores.

Fundado pelos jônicos e ocupado pelos dóricos, o teatro de Epidauro está localizado na região do Peloponeso,
ainda bem conservado, e faz parte do patrimônio Mundial da Unesco.

ARTE ROMANA

A fundação de Roma está cercada de lendas e mitos.


Tradicionalmente considera-se que ela se deu em 753 a.C. Sabe-se,
porém, que a formação cultural do povo romano sofreu forte influência
de gregos e etruscos, que ocupavam diferentes regiões da Itália entre os
séculos XII e VI a.C. Os romanos receberam dos etruscos a ideia de que a
arte deve expressar a realidade vivida. Dos gregos, herdaram a visão de
que a arte deve expressar um ideal de beleza.
Os romanos foram os fundadores de um dos maiores impérios de
todos os tempos. Tinham por característica a organização e a eficiência,
além de serem bastante práticos. Por onde marchassem deixavam seu
legado no campo jurídico, na engenharia, na arquitetura e em outras
áreas do conhecimento. Na arquitetura, não só aperfeiçoaram o arco, a
abóbada, como também desenvolveram o domo, isto é, a cobertura
hemisférica de edifício, e foram os primeiros a fazer uso do concreto.
Os arcos permitiram ampliar o vão entre uma coluna e outra,
dando maior estabilidade à construção. Suas formas típicas eram os
círculos e as linhas curvas, como o Coliseu.
O Coliseu foi tão bem planejado, a ponto de inspirar os projetos
dos atuais estádios. Por fora, o edifício era ornamentado por esculturas,
que ficavam dentro dos arcos, e por três ordens de colunas gregas, que
eram meias colunas, apenas com a função de enfeitar. Enquanto os
gregos ornamentavam sua arquitetura com esculturas de motivos
mitológicos, os romanos preferiam motivos cívicos e cenas de guerra.

Coliseu – Roma

“Para mim a arte não tem passado nem futuro. Se uma obra de arte não pode viver no presente, ela não merece que
a contemplemos.”

LINK DAS ARTES


Graça Proença – História da Arte

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