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Introdução
mulheres não denunciem seus companheiros. Por outro lado, muitas não
reconhecem a situação vivida como violência 7.
A dificuldade de denunciar e de dizer não à violência, como já foi dito,
decorre do medo da violência sofrida, por vergonha, por culpa, por medo do
agressor ou, ainda, pelo sentimento de responsabilidade por tal violência 8.
A violência conjugal manifestada pelas agressões físicas e psicológicas
entre marido e mulher no ambiente doméstico foi considerada por muito
tempo, como um problema privado do casal. A partir dos anos 1980, a
violência entre cônjuges passou a ser considerada como um problema social e
de saúde pública. As mobilizações do movimento feminista contribuíram para o
surgimento de espaços de apoio destinadas às mulheres que enfrentavam
situações de violência9.
A violência contra as mulheres repercute de forma significativa sobre a
saúde das pessoas a ela submetidas, configurando-se como um problema de
saúde pública10.
Apesar de atingir as mulheres em diferentes partes do mundo, dados e
estatísticas sobre a dimensão do problema da violência ainda são bastante
escassos e esparsos11.
No Brasil, a violência ganhou maior importância com a entrada em vigor
da Lei nº 11.340, de 07 de agosto de 2006, também conhecida como “Lei Maria
da Penha”, que foi uma homenagem à mulher que se tornou símbolo de
resistência a sucessivas agressões de seu ex-esposo 12.
A produção científica sobre violência acompanha o novo perfil de
problemas de saúde no mundo e no Brasil, que associa as morbidades
crônico-degenerativas com as violências e os acidentes 13.
A produção científica em enfermagem no Brasil intensificou-se e passou
a buscar embasamento teórico metodológico a partir da década de 70, fruto da
reforma Universitária de 196814.
As pesquisas sobre violência contra a mulher fornecem informações
sobre a magnitude do problema, constituindo a chave para o
desenvolvimento de programas para a sua eliminação 15.
3
Métodos
Resultados e Discussão
Física
15 30
Sexual
11 22
Psicológica
13 26
Conjugal
3 6
Econômica
5 10
Patrimonial
1 2
Assédio moral
1 2
Doméstica
1 2
Total 50 100
Nos achados deste estudo, verificou-se que violência física (30%) foi o
tipo de violência mais vivenciado por mulheres e estudado nos últimos anos,
seguido de violência psicológica (26%) e violência sexual (22%),
respectivamente.
Dentro de 19 artigos pesquisados a violência física apareceu em 15
artigos publicados, a psicológica em 13 artigos, a sexual em 11 artigos, a
conjugal em 3 artigos, a econômica em 5 artigos, a patrimonial, assédio moral,
e doméstica apareceram somente uma vez nos artigos publicados.
O artigo Prevalência de violência por parceiro íntimo relatada por
puérperas, falava sobre violência física, psicológica e sexual.
O tema identificação da violência na relação conjugal a partir da
estratégia saúde da família abordava a violência física e conjugal.
5
2003
0 0
2004
0 0
2005
0 0
2006
1 5,2
2007
1 5,2
2008
3 15,7
2009
4 21,0
2010
1 5,2
2011
4 21,0
2012
3 15,7
2013
2 10,5
Conclusão
7
Referências bibliográficas
7. Schraiber LB, Oliveira AFPLD, Junior IF, Diniz S, Portella AP, Ludemir AB, et
al. Prevalência da violência contra a mulher por parceiro íntimo em regiões do
Brasil. Rev Saude Publica. 2007 out; 41(5): 797-809.
8. Rotania AA, Dias IMV, Sousa KV, Wolff LR, Reis LB, Tyrrel MAR. Violência
contra a mulher: o perigo mora da porta para dentro. Esc Anna Nery Rev
Enferm 2003 abr: 7(1):114-25.
10. Silva GF, Silva MDB, Silva LR, Santos IM. Violence against woman from
the perspective of pregnants women. Rev Enferm UFPE on line [períodico
na internet]. 2009 Jul/Set 3(3):33-42.