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SISTEMA RESPIRATÓRIO

Anatomia – Fisiologia – Ventilação mecânica

Rafaella Santos
Qual a função do Sistema
Respiratório?
Permite a troca dos gases

Condução do ar (Limpeza,
aquecimento, umidificação)

Fonação, equilíbrio ácido/base e


excreção de substâncias químicas

Transporte mucociliar
Arcabouço ósseo do sistema respiratório
Músculos do aparelho respiratório
Zona de
condução

Zona
Respiratória
CAVIDADE NASAL

- Vibrissas (Filtragem do ar –
partículas de poeira, muco,
etc)

- Conchas nasais (Aquecem e


umidificam o ar)
FARINGE

1 – Nasofaringe

2 – Orofaringe

3 - Faringe
LARINGE E TRAQUÉIA
BRONQUIOS BRONQUÍOLOS
ALVÉOLOS

Alvéolos são as estruturas onde acontece a


HEMATOSE.
* 300 milhões de alvéolos
DIAFRAGMA
O Diafragma é o músculo responsável
por fazer o diferencial de pressão que
permite a entrada do ar para os
pulmões.
Como os gases são trocados?

Difusão: movimento de moléculas que seguem o


fluxo do meio mais concentrado de soluto, para o
menos concentrado, sem gasto de energia. A
difusão que ocorre na membrana plasmática
Gradiente de concentração
LEI DE FICK

Diferença de pressão

Área da membrana

Membrana delgada

Solubilidade do gás
HEMATOSE
O Oxigênio ao ultrapassar a
membrana, se liga à hemoglobina,
tornando-se a OXIHEMOGLOBINA.

Nos tecidos ocorre o processo inverso,


a molécula de O2 se desprende da
hemoglobina e vai para os tecidos para
produção de energia (ATP)
Mecânica da respiração
Como o ar entra nos pulmões?
Para que exista um fluxo da
atmosfera até os alvéolos é
necessário que ocorra uma
diferença de pressão entre
a atmosfera e o alvéolo na
fase inspiratória, na fase

o
expiratória ocorre
inverso.
Existem fatores/condições que facilitam
ou dificultam a entrada e saída de ar dos
pulmões?
Pressão alveolar e pleural

- Pressão pleural à mais


negativa na INS e menos
negativa na EX

- Pressão Alveolar à Negativa


na INS e positiva na EX.
Pressão transmural ou Transpulmonar

• Diferença entre pressão pleural e


a alveolar

• Prediz a distensão do alvéolo na


inspiração.
COMPLACÊNCIA PULMONAR

É a capacidade do pulmão em sofrer variações de volume de acordo


com a tensão exercida sobre sua massa tecidual.

COMPLACÊNCIA ≠ ELASTÂNCIA

Capacidade de distensão Capacidade de retornar


ao estado original
• Complacência estática (Cst)
Relação entre volume e pressão em um determinado ponto estático de
curva. Não considera a resistência ao fluxo de gases.

• Complacência dinâmica (Cdin)


Obtida de forma progressiva durante a fase de insuflação pulmonar,
assim a resistência ao fluxo inspiratório determina a pressão. Considera
a resistência ao fluxo de gases.
FÓRMULAS
Fatores que influenciam a complacência:
• Fibras elásticas do pulmão

• Tensão superficial

O Surfactante reduz a tensão


superficial.
Curva Pressão-Volume

A curva PV mostra a relação


da variação do volume
exercido pelo grau de tensão
(pressão) imposta no
pulmão.
Controle neural da respiração
O centro respiratório está localizado no
BULBO.
Consiste em 3 grupos de neurônios:
Estímulo por falta de O2 ou • área inspiratória - ritmo respiratório
excesso de CO2? • área expiatória - estimula os músculos
expiatórios
• centro pneumotáxico - freqüência e amplitude
• Nervo Frênico
CIRCULAÇÃO PULMONAR
Volumes e Capacidades pulmonares
Volumes e capacidades pulmonares
• CPT (capacidade pulmonar total): capacidade máxima de
armazenamento de ar em uma inspiração máxima
• VR (volume residual): volume de ar que permanece no pulmão após
uma expiração forçada
• CV (capacidade vital): maior capacidade de armazenamento de ar
durante uma inspiração e expiração, é a soma de todos os volumes,
exceto o volume residual
• CRF (capacidade residual funcional): volume de ar que permanece no
pulmão após uma expiração normal
• VC (Volume corrente): volume de ar inspirado e expirando durante
uma respiração normal
Volumes e capacidades pulmonares
• VRI (volume de reserva inspiratório): Volume de ar inspirado acima
do volume corrente
• VRE (volume de reserva expiratório): volume expirado de ar além do
volume corrente.
Variáveis ventilatórias
• FR (Frequência respiratória) = Normal 12 a 20 ipm

• VM (Volume minuto) = Normal de 6 a 8 L/min

• Vd (espaço morto) = Normal 150ml


Relação ventilação – perfusão (V/Q)
VENTILAÇÃO

DIFUSÃO
TROCA GASOSA

CIRCULAÇÃO
Desequilíbrio da relação V/Q
DOENÇAS
Obstrutivas Restritivas
Vias aéreas – Resistência ao fluxo aéreo Parênquima – Resistência à pressão e volume

ASMA PNEUMONIA

ENFISEMA FIBROSE

BRONQUITE TUBERCULOSE
CRÔNICA
Doenças do sistema respiratório.
• OBSTRUTIVAS
Aumento da resistência ao fluxo
aéreo

Aprisionamento aéreo (retenção


de CO2 e hiperinsuflação
pulmonar.
O ar fica aprisonado,
ocasionando uma
condição de
HIPERINSUFLAÇÃO, que
impõe uma maior
sobrecarga aos
músculos respiratórios
para manter a
ventilação.
Doenças do sistema respiratório.

• RESTRITIVAS
Alteração da complacência
pulmonar

Piora da troca gasosa

SHUNT e Relação V/Q


Doenças mais comuns

Pneumonia

Infecção do espaço alveolar

Bactérias, vírus, fungos, alígeros

Comunitária ou nosocomial
Doenças mais comuns

DPOC

Doença pulmonar obstrutiva cronica

Compostos nocivos

Bronquite

Enfisema pulmonar
Doenças mais comuns
Doenças mais comuns

Asma
Crises

Agentes desencadeadores

Sintomas controlados e intervalados

Prevenção
Doenças mais comuns

Fibrose pulmonar

“Cicatriz pulmonar”

Endurecimento e
diminuição do
tamanha pulmonar

Progressiva

Irreversível
Doenças mais comuns

Edema pulmonar

Aumento da pressão nas veias pulmonares

Líquido acumulado nos alvéolos

Pressão positiva
Princípios da
ventilação
mecânica
OBJETIVO DA VM

A ventilação mecânica substitui total ou


parcialmente a ventilação espontânea e
está indicada na insuficiência respiratória
aguda ou crônica agudizada. A ventilação
mecânica propicia melhora das trocas
gasosas e diminuição do trabalho
respiratório

https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/237544/mod_resource/content/1/Consenso%20VM%202013.pdf
Variáveis físicas da VM
• TEMPO (Frequência respiratória, tempo inspiratório, relação I:E, rise
time ou rampa)

• PRESSÃO (Pressão controlada, PEEP, pressão de suporte, pressão de


pico, pressão de platô)

• FLUXO (Fluxo inspiratório, % do pico de fluxo inspiratório)

• VOLUME (Volume controlado)


PRESSÃO X VOLUME

PRESSÃO: O volume é livre e a quantidade de ar depende da característica do pulmão.

VOLUME: A pressão é livre e o pico de pressão depende da característica do pulmão.


Fases da VM
• Disparo (início da ventilação)
Pode acontecer a fluxo ou pressão.
Trigger ou sensibilidade do respirador

• Ciclagem (Transição da fase ins para fase exp)


Pode acontecer a tempo, pressão, fluxo ou volume
(depende do modo ventilatório)
Fases da VM
• VENTILAÇÃO COM PRESSÃO DE SUPORTE – PSV

• Modo de ventilação espontânea


• A frequência respiratória é feita somente pelo paciente
• Oferecemos somente uma pressão de suporte para gerar
um volume de ar no pulmão (volume variável a depender da
complacência e necessidade de ar do paciente).
MODOS • A ciclagem ocorre a fluxo
VENTILATÓRIOS
MODOS VENTILATÓRIOS

• VENTILAÇÃO CONTROLADA (PRESSÃO OU VOLUME)

O ventilador inicia, limita e cicla.

Assisto-controlado à Permite o paciente participar da ventilação (mais usado


hoje), mesmo que o paciente não tenha “drive”.

PCV (ventilação controlada a pressão)


VCV (ventilação controlada a volume)
MODOS VENTILATÓRIOS
• VENTILAÇÃO MANDATÓRIA SINCRONIZADA INTERMITENTE – SIMV

Ventilação que mescla ciclos controlados, assistidos e espontâneos

Não é muito usado atualmente, trabalhos mostraram que atrasa o


desmame da VM.
DÚVIDAS?
Recomendações de material suplementar
• Site de Anatomia e Fisiologia:
https://www.auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-
respiratorio/

Livro John West Guyton – Fisiologia médica


OBRIGADA!!!

rafaellassantos@einstein.br

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