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Méria Fernando Guambe

Métodos de Psicologia de Desenvolvimento

Licenciatura em Psicologia Educacional

Universidade Save

Massinga

2019
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Méria Fernando Guambe

Métodos de Psicologia de Desenvolvimento

Trabalho da cadeira de Psicologia de


Desenvolvimento de Criança e Adolescente, a
ser apresentado no Departamento de Ciências da
Educação e Psicologia para efeitos de avaliação.

MEd.: Armando Venâncio Laita

Universidade Save

Massinga

2019
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Índice
Resumo .................................................................................................................................. iv

CAPITULO I: INTRODUÇÃO ............................................................................................. 5

1.1. Objectivos.................................................................................................................... 5

1.1.1. Geral: ....................................................................................................................... 5

1.1.2. Especifico ................................................................................................................ 5

1.2. Metodologia ................................................................................................................ 5

CAPITULO II: REFERENCIAL TEÓRICO ......................................................................... 6

2.1. Conceitos básicos ............................................................................................................ 6

2.2. Métodos em Psicologia de desenvolvimento .................................................................. 6

2.2.1. Método da Observação ................................................................................................. 6

2.2.2. Método da Entrevista ................................................................................................... 7

2.2.3. Método clínico ou de Estudos de caso ........................................................................ 8

2.2.4. Método experimental.................................................................................................... 9

CAPITULO III: .................................................................................................................... 11

CONCLUSÃO ..................................................................................................................... 11

Bibliografia........................................................................................................................... 12
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Resumo
O presente trabalha retoma a noção de métodos da Psicologia de desenvolvimento. Portanto
situando-a no contexto da psicologia encontramos seguintes métodos: método da observação
que permite observar os fenómenos psicológicos, método de entrevista, método clínico ou de
estudo de caso. A estreita conjunção entre psicologia clínica e psicanálise, formulada na
França nos termos de uma “unidade da psicologia”, inclui a noção de método clínico, e por
sua vez temos o método de experimentação que e considerado mais científicos de todos os
métodos.
Palavras-chave: Método clínico; Psicologia; Observação; Entrevista; Experimentação.
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CAPITULO I: INTRODUÇÃO
O presente trabalho surge no âmbito da cadeira de psicologia de desenvolvimento, isto é, de
uma forma relativamente breve algumas das metodologias mais utilizadas pelos psicólogos
do desenvolvimento para fazer investigação e assim obterem os dados necessários á
construção do conhecimento acerca do desenvolvimento psicológico humano.
Quando nos referimos à investigação em Psicologia estamos de uma forma geral a referirmo-
nos à investigação científica, contudo, a investigação científica não é estruturalmente
diferente de qualquer outro tipo de investigação em outras áreas da actividade humana. Um
investigador começa por recolher factos, depois formular palpites ou hipóteses acerca do que
se está a passar, depois analisar as pistas e os indícios, o que pode levar à recolha de
informações adicionais, até que um dos seus palpites ou hipóteses se revela correcto, isto é
encaixa em todas ou na maioria dos dados recolhidos.

1.1.Objectivos

1.1.1. Geral:
 Compreender métodos da psicologia de desenvolvimento.

1.1.2. Especifico
 Identificar os métodos da psicologia de desenvolvimento;
 Descrever os métodos da psicologia de desenvolvimento;
 Explicar as vantagens e desvantagens dos métodos da Psicologia de
Desenvolvimento.

1.2. Metodologia
Métodos são os caminhos usados para alcançar ou atingir os nossos objectivos, ou seja,
realização desse trabalho, porem para a realização do mesmo trabalho recorreu-se a internt na
pesquisa de algumas obras electrónicas que nos forneceu as informação referente ao nosso
tema, cujo as suas referencia encontram se na pagina da bibliografia.
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CAPITULO II: REFERENCIAL TEÓRICO

2.1. Conceitos básicos


Psicologia de desenvolvimento

Os métodos científicos são as formas mais seguras inventadas pelos homens para controlar o
movimento das coisas que cerceiam um fato e montar formas de compreensão adequada dos
fenómenos. (Gil, 1991:77)

O método científico é um conjunto de regras básicas de como se deve proceder a fim de


produzir conhecimento dito científico, quer seja este um novo conhecimento quer seja este
fruto de uma integração, correcção (evolução) ou uma expansão da área de abrangência de
conhecimentos pré-existentes. (DEMO, 1995:114)

2.2. Métodos em Psicologia de desenvolvimento

Na maioria das disciplinas científicas o método científico seque um processo mais ou menos
estandardizado que consiste em começar por recolher dados (evidências empíricas
verificáveis) baseadas na observação, depois construir hipóteses que vão depois ser testadas
utilizando métodos específicos para a realidade que se está a estudar.

2.2.1. Método da Observação

A observação é um método largamente utilizado nas ciências para a obtenção de dados que
serão posteriormente analisados por outros métodos. Defendida por Galileu como um dos
elementos que proporcionariam um conhecimento fidedigno do mundo, posteriormente
também passou a ser também utilizada pelas ciências humanas e sociais e podemos mesmo
dizer que a observação é a base de toda investigação em Psicologia. Enquanto método de
recolha de dados, a observação é versátil, e pode ser utilizada isolada e independentemente ou
ser conjugada com outros métodos. (Gil, 1991:87)

Em Psicologia do desenvolvimento utilizam-se diversos tipos e modalidades de observação


que podem ser categorizadas de acordo com diversos critérios:
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Quanto à Quanto ao local Quanto à acção do Quanto ao


estruturação da da observação observador no número de
observação processo observadores
Sistemática Vida real, campo Não participante Individual
ou naturalista
Ocasional Laboratorial Participante Em equipa
Fonte: (Gil, 1991:87)

Vantagens:

 Possibilita meios directos e satisfatórios para se estudar uma ampla variedade de


comportamentos.
 Exige menos do observado do que outras técnicas
 Permite a recolha de dados sobre um conjunto de comportamentos típicos, e que dificilmente
poderiam ser estudados de outra forma. (DEMO, 1995:23)

Desvantagens

 Abrange somente os limites temporais registados;


 O observado tende a criar impressões favoráveis ou desfavoráveis no observador;
 A presença do observador pode alterar o comportamento/situação observada. (Idem)

2.2.2. Método da Entrevista

A entrevista psicológica é um processo bidireccional de interacção, entre duas ou mais


pessoas com o propósito previamente fixado no qual uma delas, o entrevistador, procura
saber o que acontece com a outra, o entrevistado, procurando agir conforme esse objectivo de
conhecimento do outro. Trata-se assim de uma forma de diálogo assimétrico em que uma das
partes busca obter dados e a outra se apresenta como fonte de informação. (SELLTIZ, 1974:
112)

Para SELLTIZ (1974: 112), Habitualmente em investigação são utilizados três tipos de
entrevistas, categorizadas a partir da forma como decorre a entrevista e como são
seleccionadas as perguntas colocadas ao entrevistado:
 Entrevistas estruturadas
 Entrevista semi-estruturada e
 Entrevista aberta.
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Entrevista estruturada: (também conhecida como uma entrevista fechada) é um método


habitualmente empregue em investigação quantitativa. (SELLTIZ, 1974: 112)

A entrevista semi-estruturada: é um método de investigação utilizado nas ciências sociais.

Entrevista não estruturada: Este tipo de entrevista é também muitas vezes designado como
entrevista aberta. Aqui, existe naturalmente um objectivo geral definido para a entrevista mas
não existem nem questões nem temas pré-definidos que tenham que ser abordados numa
entrevista em particular. (Idem)

As vantagens e desvantagens da entrevista enquanto método de investigação em


Psicologia do Desenvolvimento.
Vantagens
 Permite a recolha de informação rica e com um bom grau de profundidade,
especialmente na entrevista não-estruturada em que o investigador pode ir decidindo
as questões a colocar dependendo da informação que pretende obter;
 Permite recolher os testemunhos, interpretações dos entrevistados, respeitando os seus
quadros de referência, a linguagem e as categorias mentais (forma de classificação);
(SELLTIZ, 1974: 121)
Desvantagens.
 Falta de motivação ou motivação excessiva por parte do entrevistado que pode levar a
problemas de fiabilidade das respostas (memorização, fake-good);
 Possibilidade de respostas falsas, quer conscientes quer inconscientes, ou por o
entrevistado não ter compreendido a pergunta;
 Depende sempre da capacidade ou incapacidade que as pessoas têm para verbalizar as
suas próprias ideias. (Idem)

2.2.3. Método clínico ou de Estudos de caso

O propósito de um estudo de caso é reunir informações detalhadas e sistemáticas sobre um


fenómeno (PATTON, 2002).

O Método clínico ou estudo de caso é um método de investigação particularística em


Psicologia do desenvolvimento que procura descobrir o que há de mais essencial e
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característico Métodos num caso, isto é, uma situação específica e concreta para
seguidamente procurar retirar conclusões que lhe permitam fundamentar hipóteses ou teorias.
Definidas as coisas desta forma é torna-se agora necessário definir o que se pode entender por
caso neste contexto. Assim, um caso é sempre uma entidade bem definida podendo no
concreto ser coisas tão diversas como um programa de intervenção, uma instituição, uma sala
de aula, um sistema educativo, uma pessoa, uma entidade social. Aquilo que caracteriza um
estudo de caso é ser uma abordagem em que é privilegiada a profundidade em detrimento da
generalidade. (PATTON, 2002:22).

O estudo de caso tem, como todos os outros, vantagens e limitações. Como vantagens
podemos considerar:
 Fornecem informação detalhada e aprofundada, relatando em pormenor a situação o
que possibilita uma maior compreensão da realidade;
 Permite focar pontos únicos que se perderiam numa investigação mais generalista e
superficial e que se podem revelar essenciais para a compreensão do caso estudado.
(YIN, 2005:23)
Desvantagens
 Dificuldades de generalização dos dados;
 Pouca objectividade havendo a possibilidade de atitudes tendenciosas por parte do
investigador. (Idem)

2.2.4. Método experimental

O método experimental é normalmente considerado como sendo o mais científico de todos os


métodos, o método “escolha” cuja utilização em Psicologia permitiu que esta fosse
reconhecida como ciência. Como vimos atrás quando abordámos a questão da observação
laboratorial, o principal problema com que nos deparamos nas metodologias não-
experimentais é a falta de controlo sobre a situação. (ANTIPOFF, 1992:39)

Podemos definir experiência como sendo um procedimento rigorosamente controlado em que


um investigador manipula uma variável normalmente designada por variável independente
(VI) para estudar a influência da variação dessa variável em uma ou várias outras variáveis a
que chamamos variáveis dependentes (VD). (Idem)
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Apresentado de forma muito resumida o método experimental, vejamos agora as suas


vantagens e limitações.
As vantagens método experimental.
 A realização de experiências é o único meio pelo qual se podem estabelecer relações
de causa e efeito.
 As experiências podem ser replicadas. Se uma experiência é repetida, com os mesmos
resultados obtidos, mais certeza podemos ter que a teoria que está sendo testada é
válida. (ANTIPOFF, 1992:40)
As limitações do método experimental.
 A artificialidade: Devido à necessidade de controlo uma experiência não é algo
habitual em situações da vida real.
 A maioria das experiências são realizadas em laboratórios – ambientes estranhos e
artificiais, em que as pessoas são convidadas a realizar tarefas incomuns ou mesmo
bizarras. Esta artificialidade pode produzir uma distorção do comportamento,
tornando os resultados ecologicamente inválidos.
 Não é possível controlar todas as variáveis, por isso existe sempre um certo
enviesamento que afecta os resultados obtidos através do método experimental.
 Algumas experiências podem levantar questões éticas. (ANTIPOFF, 1992:41)
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CAPITULO III:

CONCLUSÃO
Quando se fala em pesquisa científica logo vem à mente a descoberta de algo inovador,
relacionado ao avanço da ciência, baseando-se em estratégias e métodos de pesquisa
universalmente aceitos. A trajectória de Helena Antipoff teve duas marcas: a da sua ampla
formação científica teórica em psicologia e educação, e a do seu agudo senso prático. Estas
duas características levavam-na a buscar aplicar seus conhecimentos tanto na busca de
embasamento para suas propostas e de respostas científicas e objectivas para os problemas
com os quais se deparava em sua prática, como na tentativa de possibilitar melhores
condições de vida para o ser humano.

Conclui-se que estudo de métodos que permitissem o conhecimento psicológico da


personalidade de uma maneira global, inserindo-se no debate que permeava a psicologia
científica das primeiras décadas do século XX acerca do melhor método a ser utilizado para
as pesquisas e para a produção de conhecimento na área.
Duas eram as possibilidades metodológicas em discussão naquela época no contexto da
psicologia - a observação e a experimentação - e ambas apresentavam limitações que
constituíam o cerne dos debates. A observação era considerada um método passível de falhas
devido à postura passiva do observador frente ao evento investigado, sendo obrigado a
aguardar que as circunstâncias fornecessem o dado que buscava.
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Bibliografia
1. ANTIPOFF, Helena. A Experimentação Natural – método psicológico de A.
Lazursky. In: CENTRO de Documentação e Pesquisa Helena Antipoff (org.).
“Coletânea das Obras Escritas de Helena Antipoff – Psicologia Experimental (v.I)”.
Belo Horizonte: Imprensa Oficial, 1992:29-41.
2. DEMO, Pedro. Metodologia científica em ciências sociais. 3a Ed. São Paulo: Atlas,
1995.
3. Gil, António Carlos. Como elaborar projectos de pesquisa. 3a Ed. São Paulo: Atlas,
1991.
4. PATTON, M. G. Qualitative Research and Evaluation Methods, 3a Ed. Thousand
Oaks, CA: Sage, 2002.
5. SELLTIZ, C.; JAHODA, M.; DEUTSCH, M. Métodos de Pesquisa nas Relações
Sociais. São Paulo: EDUSP, 1974.
6. YIN. R. K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 3a Ed. Porto Alegre: Bookman,
2005.

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