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PGE 2
PLANEJAMENTO JURÍDICO
UBERLÂNDIA-MG
2019
FACULDADE ESAMC UBERLÂNDIA
BANCA EXAMINADORA
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Prof. Vinicius de Paula Rezende (Orientador)
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PROFESSOR CONVIDADO
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PROFESSOR CONVIDADO
UBERLÂNDIA-MG
2019
SUMÁRIO
1. Escritório
2. Cliente e Caso
3. Resumo do PGE 1
4. Peças Jurídicas
4.1 Peças Judiciais
4.2 Peças Extrajudiciais
4.3 Peças Inovadoras
5. Referências Bibliográficas
1. ESCRITÓRIO
2. CLIENTE E CASO
A ICASU (Instituição Cristã de Assistência Social de Uberlândia), é ONG
(Organização Não Governamental) concebida como uma instituição filantrópica, assistencial,
beneficente e sem fins lucrativos. Diante do inconformismo com a situação de pobreza e
mendicância nas ruas da cidade, em Novembro de 1967 nasceu a Icasu, com o objetivo de
promover o desenvolvimento humano por meio de ações para atendimento às famílias em
situação de risco e vulnerabilidade social.
Para tanto, desenvolve vários projetos sociais com ações específicas para toda a
família, no resgate à cidadania, recuperação dos direitos sociais e reinserção na sociedade e no
mercado de trabalho. Abaixo, explicamos um pouco mais sobre cada projeto:
• Lavanderia industrial
Uma forma que a Instituição encontrou para se auto sustentar, pois a maior receita da
Icasu vem desta atividade. Criada em 2003, são lavadas cerca de 7 toneladas de roupas
diariamente, atendendo aos maiores hospitais, Unidades de Saúde e clínicas de Uberlândia e
região, além de indústria e frigorífico. Toda a renda gerada por esta atividade é dividida em
prol da manutenção dos seus outros projetos sociais.
A parceria com os presídios tem como objetivo atender indivíduos que cumprem pena
em regime semiaberto, oportunizando trabalho e convívio social, visando assim resgatar a
cidadania e a dignidade dos mesmos, por intermédio de sua profissionalização. A ICASU
emprega o beneficiado pelo programa na Lavanderia Industrial da Instituição, com valor de
salário determinado por Legislação Federal Própria.
Ainda por meio de parceria com a Defensoria Pública, a Icasu oferece apoio
psicossocial e jurídico para mães que estão albergadas e para os filhos delas. Programa que
prevê fortalecimento do vínculo mãe e filhos.
4. PEÇAS JURÍDICAS
4.1 PEÇAS JUDICIAIS
4.1.1 Ação de Consignação em Pagamento Trabalhista
EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DO TRABALHO DA
__ VARA DO TRABALHO DA COMARCA DE UBERLÂNDIA - MINAS GERAIS
I – FATOS
Relatar quando o contrato de trabalho foi realizado com data de admissão e rescisão,
com as informações referentes à função que o colaborador exerce na empresa.
Tendo em vista que o CONSIGNANTE buscou adimplir com sua obrigação de pagar
e o CONSIGNADO ter se recusado a receber as verbas trabalhistas acordadas, por
ressalvado motivo venho propor a presente ação.
II – DIREITO
A Instituição Icasu já qualificada nos autos requer a autorização para que seja
realizado depósito por meio judicial da presente quantia acordada conforme acordo juntado
nos autos, para que a mesma seja exonerada das obrigações trabalhistas, já que o consignado
recusa-se a receber o valor devido e atualizado das verbas trabalhistas.
Demonstra o art. 477, §6º, da CLT, que o pagamento das verbas rescisórias deve ser
realizado 10 dias contados a partir do término do contrato, independentemente se o aviso
prévio seja trabalhado ou indenizado.
Desta forma, caso o consignante seja impedido de arcar com o pagamento das verbas
devidas, devido à recusa do consignado em querer receber a respectivas verbas rescisórias ou
até mesmo, demais verbas, poderá neste caso o consignante entrar com a respectiva ação em
busca de não incorrer em multa, conforme o disposto no art. 477, § 8° da CLT, tendo em
vista que as verbas rescisórias não foram quitadas por motivos alheios a vontade do
consignante.
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Débora Thereza Silva
OAB/MG
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Gabriella da Silva Rocha
OAB/MG
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Kethullyn Reis Brasileiro
OAB/MG
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Laissa Fernanda Moreira Queiroz
OAB/MG
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Phelipe Aquino Cambraia da Silva
OAB/MG
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Victor Kamory Tolentino Pacheco
OAB/MG
ANEXOS
2. Procuração
3. Declaração de Pobreza
Desta forma, considerando que seja expedida a decisão in limine, a mesma tem força
mandamental e executiva, vez que faz com que o objeto almejado com a presente demanda
mandamental seja conferido ao autor, nesse caso, o impetrante, podendo este vir a usufrir de
seu direito reclamado, ainda que não perdure por tempo indeterminado.
Desta forma, alude Alexandre de Moraes:
“Trata-se de uma ação constitucional civil, cujo objeto é a proteção
de direito líquido e certo, lesado ou ameaçado de lesão, por ato ou
omissão de autoridade Pública ou agente de pessoa jurídica no
exercício de atribuições do poder público.” (Moraes,
Alexandre/Direito Constitucional, 2002, p.164).
Assim, insta salientar que a presente demanda ensejou-se pelo ato vergastado
perpetrado por Diretor do Departamento de Promoção de Políticas de Justiça. Nesse sentido,
em vista do âmago desta ação, compete à Justiça Federal apreciar a demanda, máxime
porquanto existe interesse direto da União. (CF, art. 109, inc. I).
Como observa, pontualmente Hely Lopes Meirelles:
“deve-se distinguir autoridade pública do simples agente público.
Aquela detém, na ordem hierárquica, poder de decisão e é
competente para praticar atos administrativos decisórios, os quais, se
ilegais ou abusivos, são suscetíveis de impugnação por mandado de
segurança quando ferem direito líquido e certo; este não pratica atos
decisórios, mas simples atos executórios e, por isso, não responde a
mandado de segurança, pois é apenas executor de ordem superior.
Exemplificando: o porteiro é um agente público, mas não é
autoridade; a autoridade é o seu superior hierárquico, que decide
naquela repartição pública. O simples executor não é coator em
sentido legal; coator é sempre aquele que decide, embora muitas
vezes também execute a sua própria decisão; que rende ensejo à
segurança. Atos de autoridade, portanto, são os que trazem em si
uma decisão e não apenas uma execução”(22).
Além disso, Pedro Lenza afirma que:
“a competência para processar e julgar o mandado de segurança
dependerá da categoria da autoridade coatora e sua sede funcional,
sendo definida nas leis constitucionais, bem como na própria
Constituição Federal. ”
Por fim, é necessário ressaltar que o acontecimento se sucedera na data _/_/_ (prova
carreada aos autos), sendo está a data do indeferimento do ato impugnado, conforme artigo 6º
da Lei da Lei n. 9.790, de 23 de Março de 1999.
Além disso, a súmula 632 do STF reconhece a constitucionalidade do prazo
decadencial do artigo 18 da antiga lei 1.533/1951, cujo teor foi mantido no artigo 23 da
lei 12.016/2009:
“SÚMULA 632, STF. É CONSTITUCIONAL LEI QUE FIXA O
PRAZO DE DECADÊNCIA PARA A IMPETRAÇÃO DE
MANDADO DE SEGURANÇA.”.
Desta forma, este writ há de ser tido por tempestivo, porquanto impetrado dentro do
prazo decadencial (Lei n° 12.016/09, art. 23).
II – DO ATO COATOR
Primeiramente, vale ressaltar que considera-se ato de autoridade todo aquele que for
praticado por pessoa investida de uma parcela de poder público.
Assim, leciona DIÓGENES GASPARINE:
“(...) todos os que consubstanciam uma ação ou omissão da
Administração Pública, ou de quem lhe faça as vezes, no
desempenho de suas funções ou a pretexto do seu desempenho. Por
outro lado, entende-se como autoridade coatora aquela que pratica o
ato impugnado.(...).”
IV - DA LIMINAR
Há nesse caso claríssima prova de um ato emanado por autoridade coatora, de uma
situação atual que vem evidenciar uma violação ao direito líquido e certo do Impetrante em se
qualificar como OSCIP.
Assim, leciona SÉRGIO FERRAZ que a liminar:
“Repousa ele na consideração fundamental de que o mandado de segurança
é não só um remédio judicial, que tem o fito de garantir a realização e observância
do direito líquido e certo ameaçado ou lesado por ato (comissivo ou omissivo) e
autoridade pública (ou seus delegados), eivado de ilegalidade ou abuso de poder.
Além disso, Teresa Celina de Arruda Alvin Pinto, com relação a concessão liminar em
sede de Mandado de Segurança, ensina:
“É pressuposto de preservação da possibilidade de satisfação do
direito do impetrante, na sentença. Objetiva obstar que o lapso de
tempo, que medeia a propositura da ação e a sentença, torne o
mandamento, que possa vir a ser contido, inócuo, do ponto de vista
concreto.”
Ainda, há o receio de dano irreparável e de difícil reparação, pois a única forma
possível de obter a qualificação como OSCIP é a partir do deferimento do pedido pelo
Departamento de Promoção de Políticas de Justiça, sendo este um ato vinculado ao
cumprimento dos requisitos previstos em lei.
Conforme, elucida Hely Lopes Meirelles:
"Para a concessão da liminar devem concorrer os dois requisitos
legais, ou seja, a relevância dos motivos em que se assenta o
pedido na inicial e a possibilidade de ocorrência de lesão
irreparável ao direito do impetrante se vier a ser reconhecido na
decisão de mérito - fumus boni juris e periculum in mora".
Uberlândia/MG, .. de .. de 2019.
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Débora Thereza Silva
OAB/MG
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Gabriella da Silva Rocha
OAB/MG
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Kethullyn Reis Brasileiro
OAB/MG
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Laissa Fernanda Moreira Queiroz
OAB/MG
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Phelipe Aquino Cambraia da Silva
OAB/MG
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Victor Kamory Tolentino Pacheco
OAB/MG
EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS
No que diz respeito ao procedimento para que o referido pleito seja apreciado pela
Poder Público, temos a instauração de um processo por intermédio da via administrativa,
como dito anteriormente. Neste diapasão, vejamos a seguinte lição doutrinária:
Percebe-se que a Lei traz diversos requisitos, que devem ser demonstrados de forma
cumulativa, para quem deseja qualificar-se como Oscip. Ainda neste sentido, o Decreto nº
3.100/99 trouxe em seu 1º artigo:
Art. 1º. O pedido de qualificação como Organização da Sociedade
Civil de Interesse Público será dirigido, pela pessoa jurídica de
direito privado sem fins lucrativos que preencha os requisitos dos
arts. 1º, 2º, 3º e 4º da Lei 9.790 de 23 de Março de 1999, ao
Ministério da Justiça por meio de preenchimento de requerimento
escrito e apresentação de cópia autenticada dos seguintes
documentos:
I - Estatuto registrado em Cartório;
II – ata de eleição atual de sua atual diretoria;
III – balanço patrimonial e demonstração de resultado do exercício;
IV – declaração de isenção de Imposto de Renda;
V – Inscrição no Cadastro Geral de Contribuintes/Cadastro Nacional
de Pessoas Jurídicas e;
VI – declaração de estar em regular funcionamento há, no mínimo,
três anos, de acordo com as finalidades estatutárias.
Atenciosamente,
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(Representante Legal)
EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS
É importante frisar, que antes da reforma trabalhista, qualquer acordo celebrado entre
o empregado e o empregador, não gozavam de nenhuma segurança jurídica, uma vez que, não
havia nenhuma chancela legal. Assim, tudo se firmava em um compromisso moral, pois, as
partes poderiam questionar os termos do acordo perante o Judiciário.
Além do dispositivo supramencionado, a Reforma institui ainda, os arts. 855-B até
855-E na CLT, os quais regulam como deve ser o procedimento para a realização do acordo e
homologação judicial. Abaixo, alguns dos artigos mais importantes:
Art. 855-B. O processo de homologação de acordo extrajudicial terá
por início petição conjunta, sendo obrigatória a representação das
partes por advogado.
§1º As partes não poderão ser representadas por advogado comum.
§2º Faculta-se ao trabalhador ser assistido pelo advogado do
sindicato de sua categoria.
Art. 855-D. No prazo de quinze dias a contar da distribuição da
petição, o juiz analisará o acordo, designará audiência se entender
necessário e proferirá a sentença.
§3º A advocacia pro bono não pode ser utilizada para fins político-
partidários ou eleitorais, nem beneficiar instituições que visem a tais
objetivos, ou como instrumento de publicidade para captação de
clientela.
O caput do artigo supra já deixa claro, que não é porque o serviço não será
remunerado, que o advogado poderá agir de qualquer forma. O zelo deve ser empregado em
toda a consecução do patrocínio.
Logo, o primeiro parágrafo vem conceituando o que seria a advocacia pro bono,
deixando evidente o seu caráter gratuito, eventual e voluntário de serviços jurídicos. Em
outras palavras, o advogado realiza este tipo de advocacia, caso queira, de forma voluntária.
Ademais, devemos frisar o que mais nos interessa: as instituições sociais sem fins econômicos
são legalmente os beneficiários da advocacia pro bono, sendo esta a base mais sólida para a
criação do Conselho Jurídico.
Para permanecer dentro dos requisitos legais e não ser surpreendida com reclamação
trabalhista objetivando reconhecimento de vínculo empregatício, a Icasu deverá cuidar para
que os advogados que manifestarem interesse em fornecer serviços jurídicos gratuitos
permaneçam na eventualidade.
Para isso, o processo de seleção seria através de divulgação, por meio de redes sociais,
por exemplo, visando recrutar jovens advogados em início de carreira, sobretudo aqueles que
não tiveram oportunidade de fazer estágio na área da advocacia, para assumirem a prestação
gratuita e voluntária de serviços advocatícios, por meio da assinatura de um contrato de
prestação de serviços pro bono.
Seria formado um banco de dados com o cadastro de cada profissional que manifestou
o seu interesse e na ordem com que foram recebidas as inscrições, cada individuo seria
chamado para o patrocínio ou assessoramento em alguma questão jurídica. Isto promoveria a
agregação de experiência jurídica e também o resgata da função social da advocacia, que
restou perdida entremeio à mercantilização da profissão.
Desta forma, seguindo os ditames legais, os advogados poderão prestar serviços
jurídicos sem que isso implique novos gastos para a Instituição ao mesmo tempo que
adquirem experiência profissional.
CAPÍTULO I
DENOMINAÇÃO, SEDE E FORO
Art. 1º. A Instituição Cristã de Assistência Social de Uberlândia – ICASU, é uma instituição
filantrópica, assistencial e beneficente de natureza sócio-ambiental, educacional,
profissionalizante, cultural e produtiva, fundada aos 27 (vinte e sete) dias do mês de
novembro de 1967 (mil novecentos e sessenta e sete), na cidade de Uberlândia, estado de
Minas Gerais, constituída sob a forma de Associação Civil, sem fins lucrativos que se regerá
por este Estatuto e demais legislações aplicáveis.
§1º. A entidade poderá adotar como nome fantasia as suas iniciais, formando a sigla
“ICASU”
§2º. A instituição terá duração por tempo indeterminado.
Art. 2º. A Instituição tem sede e foro na cidade de Uberlândia, estado de Minas Gerais, na
Avenida Nicomedes Alves dos Santos, nº 4000, Morada da Colina, CEP 38411-106, inscrita
no CNPJ sob o nº 25.642.455/0001-31.
Parágrafo Único. A Instituição poderá abrir e encerrar as filiais ou escritórios em todo o País,
de acordo com suas necessidades administrativas e operacionais as quais serão regidas pelos
termos constantes neste estatuto e demais legislações aplicáveis.
CAPÍTULO II
OBJETIVOS E FORMA DE ORGANIZAÇÃO SOCIAL
§1º. Poderão ser criados ou extintos novos Centros de Apoios Gerenciais, de acordo
com necessidades e conveniência de gestão da instituição, desde que aprovados pela
Diretoria.
Art. 4º. Em todas as suas ações, parcerias e alianças a instituição buscará através da
qualificação e profissionalização a sustentabilidade dos seus assistidos e da Instituição nos
seguintes aspectos:
§1º. Social: a Instituição deverá orientar seu foco de atuação, buscando a elevação dos
níveis de desenvolvimento humano através de processos educativos de qualificação e
formação profissional de adolescentes, jovens e adultos e sua inserção no mercado de
trabalho.
§3º. Politico: produzir e incentivar ações que fortaleçam as forças vivas da sociedade,
desenvolvendo suas capacidades de posicionamento crítico em relação aos fatos e atores
sociais relevantes em relação à Instituição e a sociedade.
§4º. Ambiental e Cultural: garantir através de seus projetos e ações que a geração atual
consiga legar as gerações futuras um meio ambiente melhor que o patrimônio cultural
recebido seja preservado e repassada às novas gerações.
CAPÍTULO III
FONTES DE RECURSO E PATRIMÔNIO
§3º. As despesas da Instituição devem guardar estreita relação com suas finalidades e
estar de acordo com o planejamento orçamentário anual aprovado pela Diretoria.
§6º. A Instituição somente terá sua sociedade dissolvida, por deliberação de 2/3 (dois
terços) dos membros, se deixar de funcionar durante um ano ou por decisão judicial.
Art. 7º. O patrimônio da Instituição é constituído por bens móveis e imóveis, veículos, ações,
títulos e direitos pertencentes ou que venham a lhe pertencer.
CAPÍTULO IV
DO QUADRO SOCIAL
Art. 8º. Poderão associar-se à Instituição quaisquer pessoas físicas ou jurídicas que se
propuser a contribuir para a consecução dos seus objetivos societários, desde que satisfeitas as
condições de admissão previstas nesse Estatuto, os quais serão agrupados em três categorias.
§3º. Sócios Contribuintes são aqueles que foram admitidos em tal categoria com o
encargo de contribuírem espontaneamente e regularmente para a manutenção de projetos e
serviços sociais desenvolvidos pela Instituição.
§4º. Pode ser admitido como Sócio Contribuinte, qualquer pessoa física e/ou jurídica,
devendo para tal ser apresentada proposta à Diretoria, a qual será submetida à sua apreciação
e aprovação.
Art. 9º. Para se tornar associado contribuinte, o candidato deve atender às condições:
I – Ter idoneidade moral e reputação ilibada;
II – Apresentar proposta de filiação onde constem sua qualificação completa, valor,
espécie e periodicidade da contribuição a ser efetuada;
III – Manifestar formalmente a sua concordância com o presente Estatuto;
IV – Assumir o compromisso de honrar pontualmente com as obrigações assumidas.
I – Gozar por si, por seus dependentes ou por quem indicar, de todos os direitos que
lhe são atribuídos por este Estatuto e de todos os benefícios dos Projetos, Programas e
Serviços Sociais desenvolvidos pela Instituição;
II – Exercer o direito de votar e a ser votado, desde que obedeça aos requisitos
exigidos neste Estatuto;
III – Convocar Assembleia Geral, em requerimento assinado, no mínimo, por 1/5 (um
quinto) dos sócios em pleno gozo de seus direitos, mencionando os motivos da convocação e
assunto a ser discutido.
IV – Apresentar à Diretoria sugestões compatíveis com os objetivos da Instituição.
Art. 12. Qualquer associado poderá renunciar a sua condição de sócio por meio de solicitação
formal à Diretoria e esta será considerada efetiva a partir da data do recebimento do pedido.
Art. 13. A exclusão ou suspensão de qualquer associado acontecerá nas seguintes hipóteses:
I – Não cumprimento das contribuições associativas assumidas voluntariamente;
II – Violação deste Estatuto Social ou de quaisquer outros regulamentos instituídos
pela Instituição;
III – Conduta pessoal prejudicial aos interesses da Instituição.
Art. 14. A pessoa natural que, identificando-se com os valores e princípios da Instituição e
que queria colaborar com o seu trabalho para a consecução dos seus objetivos sociais, sem
associar-se, poderá atuar como voluntário de acordo com a política de voluntariado da
Instituição.
CAPÍTULO V
ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO
I – Assembleia Geral
II – Conselho Deliberativo
III – Diretoria Social Estatutária
IV – Conselho Fiscal
V – Conselho Jurídico
VI – Superintendência Operacional
CAPÍTULO VI
DA ASSEMEBLEIA GERAL
Art. 17. A Assembleia Geral dos associados, legalmente constituída e instalada, é o órgão
máximo da instituição, podendo resolver todos os negócios e tomar quaisquer deliberações,
inclusive reformar ou modificar o Estatuto Social da Instituição.
Art. 18. A Assembleia Geral reunir-se-á, ordinariamente, até o final do mês de abril de cada
ano, para apreciar o balanço, examinar o relatório de atividades da Diretoria e da Auditoria
relativos ao exercício do ano anterior e a cada três anos para a eleição da Diretoria, do
Conselho Deliberativo, do Conselho Fiscal e do Conselho Psicojurídico. E
extraordinariamente sempre que o interesse social assim o exigir por convocação da Diretoria
ou a requerimento de 1/5 (um quinto) de seus Sócios.
Parágrafo único. Para as deliberações a que se referem os incisos II, III e IV é exigido
o voto concorde de dois terços dos presentes à Assembleia especialmente convocada para este
fim, só podendo se instalar e deliberar, em primeira convocação, com a maioria absoluta dos
associados, ou com mais de um terço em segunda convocação ou com qualquer número na
convocação seguinte.
Art. 20. A convocação da Assembleia deverá ser feita através da imprensa televisionada,
falada ou escrita do município, com antecedência mínima de 10 (dez) dias.
§2º. As deliberações da Assembleia serão tomadas por voto da maioria dos Sócios
presentes, cabendo a cada um, só um voto.
§3º. Com exceção do disposto no artigo anterior, ao Sócio que presidir a Assembleia
caberá, em caso de empate, também o voto de desempate.
CAPITULO VII
DO CONSELHO DELIBERATIVO
§2º. O mandato dos membros do Conselho Deliberativo será de 03 (três) anos, sendo
admitido à reeleição, podendo ser destituídos a qualquer tempo pela Assembleia Geral.
§3º. O presidente do Conselho Deliberativo será escolhido entre um dos seus
membros.
CAPITULO VIII
DA DIRETORIA SOCIAL ESTATUTÁRIA
Art. 23. A Diretoria Social Estatutária é o órgão responsável pela gestão estratégica da
instituição composta por 09 (nove) membros, assim designados:
I- Presidente
II- Vice-presidente
III- Secretário
IV- Tesoureiro
V- 05 (cinco) Diretores sem designação
§1º. O mandato dos membros da Diretoria Social Estatutária será de 03 (três) anos,
sendo admitida a reeleição, podendo a mesma ser destituída a qualquer tempo pela
Assembleia Geral especificamente convocada para este fim.
§3º. Em havendo vacância dos cargos de diretores, a diretoria indicará substituto entre
os seus Sócios Fundadores ou Honorários, que se propor a ocupar a vaga, e este deverá ter seu
nome ratificado na próxima Assembleia Geral.
§4º. A ICASU não remunera, nem concede vantagens ou benefícios por qualquer
forma ou título, a seus diretores, conselheiros, sócios, instituidores, benfeitores ou
equivalentes.
Art. 24. A Diretoria escolherá todo início de ano, um funcionário, o qual poderá participar das
reuniões da Diretoria, sem direito a voto, representando os demais.
Art. 25. Compete à Diretoria Social Estatutária a gestão dos negócios em geral da Instituição,
podendo para tanto praticar os atos necessários ou convenientes, ressalvados aqueles cuja
competência é atribuída à Assembleia Geral e/ou ao Conselho Deliberativo. Seus poderes
incluem, dentre outros, os necessários para:
I- Fixar e orientar o desenvolvimento das atividades da Instituição;
II- Fazer cumprir o presente Estatuto e propor quando necessário a sua reformulação;
III- Elaborar o Regimento Interno da Instituição, em conjunto com os outros órgãos de
administração;
IV- Indicar, contratar e demitir os membros da Diretoria Operacional, da
Superintendência e demais funcionários, definir seus vencimentos, que deverão ser
compatíveis com os praticados no mercado ou definidos por Convenções Coletivas;
V- Deliberar sobre a admissão e exclusão de contribuintes e fixas os valores das
contribuições;
VI- Convocar ordinária e extraordinariamente quando necessário o Conselho
Deliberativo e a Assembleia Geral;
VII- Articular-se com Instituições Públicas e/ou Privadas, buscando a integração de
ações e estratégias junto às diversas esferas do governo e organizações privadas na busca de
apoio e respaldo aos Projetos, Programas e Ações em desenvolvimento ou que venham a ser
desenvolvidas pela instituição;
VIII- Decidir sobre os casos omissos do Estatuto, e submetê-los ao referendo do
Conselho Deliberativo e à Assembleia Geral se necessário.
Art. 26. A Diretoria de reúne e delibera com a presença de no mínimo 05 (cinco) de seus
membros, e sob a direção de seu Presidente ou Substituto, mediante a convocação prévia.
§1º. Deverá ser apresentado balancete mensal pelo setor de contabilidade à Diretoria
para conhecimento até o dia 15 (quinze) do mês subsequente;
§2º. A Diretoria deverá apresentar, até a última semana de outubro, orçamento anual e
plano de aplicação para o ano subsequente, o qual será submetido à aprovação do Conselho de
Administração.
Art. 28. Compete ao Vice-Presidente, substituir o Presidente, nas suas faltas ou impedimentos
e sucedê-lo no caso de vacância definitiva do cargo.
CAPÍTULO IX
DO CONSELHO FISCAL
Art. 32. O Conselho Fiscal será constituído por 03 (três) membros eleitos juntamente com a
Diretoria, para um período de 03 (três) anos, sendo permitida a reeleição nas mesmas
condições previstas para a eleição da Diretoria.
Parágrafo único. Os membros do Conselho Fiscal elegerão um dos seus, para presidir
os trabalhos e na falta de um dos conselheiros, o Conselho Deliberativo indicará o seu
substituto dentre os diretores sem denominação que deverá ter seu nome ratificado na próxima
Assembleia Geral.
Art. 34. Ao Conselho Fiscal será facultado o exame de todos os livros e documentos, bem
como ser-lhes-ão fornecidos pela Diretoria, todas as informações que julgar necessárias para o
perfeito desempenho de suas atribuições.
§1º. O Conselho Fiscal deverá apresentar parecer circunstanciado sobre as prestações
de contas da Diretoria, dentro de 15 (quinze) dias da data de recebimento das contas.
CAPÍTULO X
DO CONSELHO JURÍDICO
Art. 35. A Instituição contará com um Conselho Jurídico composto por, pelo menos, 1 (um)
advogado e 1 (um) estagiário do curso de Direito, que serão escolhidos mediante divulgação
na seccional da OAB e nas faculdades e universidades alocadas no município de
Uberlândia/MG.
§2º. Os estagiários deverão comparecer nos mesmos dias em que estiver presente
algum advogado, de forma que tal comparecimento não seja superior à 2 (duas) vezes na
semana, limitada à 4 (quatro) horas diárias e 8 (oito) horas semanais.
Art. 36. A Instituição abrirá, uma vez ao ano, um período de inscrições para que novos
advogados, com no máximo 5 (cinco) anos de formação, e que se identifiquem com as causas
sociais elencadas neste estatuto, possam manifestar interesse na prestação de serviços pro
bono, mediante o preenchimento de uma ficha de inscrição.
Parágrafo Único. Todas as fichas serão armazenadas, pelo período de 1 (um) ano, em
ordem de inscrição, e os profissionais serão contatados afim de ratificarem seu interesse,
conforme o surgimento de novas demandas.
Art. 37. A finalidade do Conselho Jurídico é perseguir a diminuição à um número ínfimo, das
demandas jurídicas, sobretudo as concernentes à relação de trabalho, lançando mão das
diversas formas alternativas de solução de conflitos aceitas no ordenamento jurídico pátrio.
Art. 38. O advogado que corroborar o seu interesse em assumir uma eventual ação de
interesse da Instituição, assinará um termo onde declarará que aquela prestação de serviço é
gratuita, eventual e voluntária.
Art. 40. Todas as disposições deste Capítulo se submetem às diretrizes profissionais fixadas
pela Ordem dos Advogados do Brasil.
CAPÍTULO XI
DA SUPERINTENDÊNCIA OPERACIONAL
Art. 41. A Instituição contará com uma Superintendência Operacional composta por um
Superintendente, uma Secretária Executiva, duas Gerências, sendo uma de Projetos Sociais e
outra de Produção, com dedicação integral aos seus negócios, com a finalidade de assessorar a
Diretoria Social Estatutária na gestão da Instituição e de seus negócios.
Art. 43. Compete às Gerências, a gestão dos Projetos Sociais, e de Produção da Instituição.
§3º. A Instituição contará com tantos Centros de Apoio Gerenciais quantos forem
necessários para o desenvolvimento de seus negócios, atividades sociais e produtivas, e estes
obrigatoriamente deverão estar ligados a uma das Gerências ou à Superintendência
Operacional e tem como finalidade executar as ações Administrativas e Operacionais
necessárias ao seu funcionamento.
Art. 44. A entidade é sem fins lucrativos e não distribui resultados, dividendos, bonificações,
participações ou parcela de seu patrimônio, sob nenhuma forma ou pretexto.
Art. 46. Fica autorizada pela Assembleia Geral a reeleição dos membros da Diretoria eleita
para o triênio 2015/2018, em razão dos compromissos assumidos pela Diretoria e do seu
envolvimento em vários projetos novos que estão em andamento.
Art. 47. As Entidades, instituições que tenham seu funcionamento atestado e pessoas físicas
que integravam os quadros da Instituição, quando de sua fundação, mantêm-se na qualidade
de Sócios Honorários.
§1º. As Entidades e Instituições acima somente poderão ser representadas por seus
representantes legais ou por procuração específica, bem como indicar representantes para
figurar nos quadros da Diretoria ou Conselho Deliberativo e Fiscal.
Art. 48. O processo eleitoral da Instituição terá início com a publicação do edital de
convocação com 30 (trinta) dias de antecedência da data de realização das eleições em jornal
de grande circulação local pelo período de 03 (três) dias.
§1º. Só poderão concorrer às eleições os Sócios que não tiverem débito com a
Instituição, além de não responderem a processo criminal ou à ação civil de prestação de
contas da Instituição, e que não estejam proibidos de transacionar com a Administração
Pública Direta ou Indireta.
§3º. A Diretoria da chapa vencedora das eleições será empossada na última semana do
mês de março do ano eleitoral, em data a ser designada pela atual Diretoria, para o período de
03 (três) anos, iniciando a gestão na última semana de março e findando três anos após, no
mês de março.
Art. 49. A Instituição observará as normas de prestação de contas, que deverão contemplar no
mínimo:
Art. 51. É expressamente proibido o uso da denominação social da Instituição em atos que
envolvam em obrigações relativas a negócios estranhos ao seu objetivo social, especialmente
a prestação de avais, endossos, fianças e caução.
Art. 52. Aos casos omissos ou duvidosos aplicar-se-ão as disposições legais pertinentes e
vigentes.
Art. 53. As adequações do presente Estatuto foram aprovadas em Assembleia Geral Ordinária
realizada no dia __/__/____.
Uberlândia, __/__/___
Antônio Naves de Oliveira
Presidente
EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS
O estágio caracteriza-se como uma relação especial, não considerada como relação
empregatícia. Acerca deste tema, Maurício Godinho se posiciona:
É que não obstante o estagiário possa reunir, concretamente, todos
os cinco pressupostos da relação empregatícia (caso o estagiário seja
remunerado), a relação jurídica que o prende ao tomador de serviços
não é, legalmente, considerada empregatícia, em virtude dos
objetivos educacionais do pacto instituído.
Esse vínculo sociojurídico foi pensado e regulado para favorecer o
aperfeiçoamento e complementação da formação acadêmico-
profissional do estudante. (DELGADO, Maurício Godinho, p. 353)
Desta forma, trata-se de uma relação jurídica regida por normas próprias,
especificamente pela Lei 11.788/08, também conhecida pela Lei do Estágio, que por
determinação legal impôs que a relação do estagiário com o concedente não representa
relação empregatícia. O legislador, buscou beneficiar ambas as partes, uma vez que de certa
forma desonera a entidade com
cedente do estágio e proporciona ao estudante o aperfeiçoamento e complementação da sua
formação, já que lhe possibilita aplicação prática de seus conhecimentos.
Nesta esteira, abaixo temos o entendimento do Tribunal Regional do Trabalho da 7ª
Região:
CONTRATO DE ESTÁGIO X VÍNCULO DE EMPREGO. A
validade do contrato de estágio requer alguns elementos como a
existência de acordo de cooperação e do termo de compromisso de
estágio firmados pelas partes intervenientes, com d
Como sabido, o curso de Direito requer a realização de estágio obrigatório, sendo este
um requisito para a obtenção do diploma de bacharel, portanto, este será o tipo de estágio
oferecido pelo Conselho Jurídico. Para a concretização do estágio, serão cumpridos os
requisitos para que não seja considerado vínculo empregatício, quais sejam: I) matricula e
frequência regular do educando em curso de educação superior; II) celebração do termo de
compromisso entre o estagiário e a Icasu e, III) compatibilidade entre as atividades
desenvolvidas no estágio e aquelas previstas no termo de compromisso.
Quanto a carga horária a ser executada pelo estagiário, a lei traz a seguinte dicção:
Art. 10. A jornada de atividade de estágio será definida de comum
acordo entre a instituição de ensino, a parte concedente e o aluno
estagiário ou seu representante legal, devendo constar do termo de
compromisso, ser compatível com as atividades escolares e não
ultrapassar:
I – 4 (quatro) horas diárias e 20 (vinte) horas semanais, no caso de
estudantes de educação especial e dos anos finais do ensino
fundamental, na modalidade profissional de educação de jovens e
adultos;
II – 6 (seis) horas diárias e 30 (trinta) horas semanais, no caso de
estudantes do ensino superior, da educação profissional de nível
médio e do ensino médio regular.
Desta maneira, como visamos estudantes graduando em Direito, a Lei do Estágio
delimita que diariamente não sejam ultrapassadas 6 horas e, semanalmente, não se
ultrapassem 30 horas. No entanto, conforme o caput, a jornada pode ser negociada entre as
partes e, levando em consideração o volume de trabalho, o estagiário do conselho não
cumprirá mais do que 4 (quatro) horas diárias e 8 (oito) horas semanais, devendo comparecer
2 (duas) vezes na semana na instituição.
Por último, no que tange à bolsa estágio, o estagiário será não remunerado. Sobre este
tema, temos o seguinte artigo da Lei 11.788/08:
Art. 12 O estagiário poderá receber bolsa ou outra forma de
contraprestação que venha a ser acordada, sendo compulsória a sua
concessão, bem como a do auxílio-transporte, na hipótese de estagio
não-obrigatório
Desta forma, a lei deixou claro que a bolsa estágio ou outra forma de contraprestação
somente é obrigatória, isto é, de concessão compulsória, quando se tratar de estágio não-
obrigatório. O estágio a ser cumprido na Icasu, como dito anteriormente, é obrigatório e,
portanto, não tem a obrigação de ser remunerado.
Assim, a criação do Conselho agirá de forma contenciosa, fazendo com que não haja
gastos desnecessários, isto é, que gastos que podem ser evitados com o emprego mínimo de
cautela e conhecimentos jurídicos.
Entre:
e:
(Nome)_______, (Nacionalidade)_______, (Estado Civil)_______, (Carteira de
Identidade)_______, expedida por _______, (Endereço)_______, doravante denominado
ESTAGIÁRIO, regularmente matriculado na modalidade de ensino superior regular em
CLÁUSULA 1ª – DO OBJETO
§1º As atividades acima serão supervisionadas pelo CONCEDENTE, com formação na área
de conhecimento desenvolvida no curso do ESTAGIÁRIO.
Parágrafo único. A jornada de estágio será cumprida em horário compatível com a jornada
escolar do ESTAGIÁRIO e será reduzida em 50% (cinquenta por cento) em dias de provas,
mediante comprovação.
O ESTAGIÁRIO não receberá qualquer valor a título de bolsa estágio ou qualquer outra
forma de contraprestação pelas atividades desempenhadas.
CLÁUSULA 5ª – DO ACOMPANHAMENTO
CLÁUSULA 6ª – DO SEGURO
CLÁUSULA 7ª – DA DURAÇÃO
§1º O prazo de duração não poderá ser, em nenhuma hipótese, prorrogado, visto que já
atingida a sua duração máxima legal.
§2º Após o término do estágio, sem prorrogação, o ESTAGIÁRIO será desligado
automaticamente.
Em conformidade com a Lei Federal 11.788/08, o estágio não cria vínculo empregatício de
qualquer natureza entre o ESTAGIÁRIO, o CONCEDENTE e a INTITUIÇÃO DE
ENSINO.
CLÁUSULA 9ª – DO RECESSO
E por estarem, assim, justas e acordadas, as partes assinam o presente instrumento em __ vias
de idêntico e conteúdo e forma, na presença de 2 (duas) testemunhas, abaixo arroladas.
_________________, ____ de _____________ de _________
CONCEDENTE:
____________________________
(Carimbo responsável/assinatura)
ESTAGIÁRIO:
____________________________
INSTITUIÇÃO DE ENSINO:
____________________________
(Carimbo responsável/assinatura)
TESTEMUNHAS:
____________________________
(assinatura)
CPF............................
____________________________
(assinatura)
CPF............................
DO RELATÓRIO
É possível, neste tópico também destacarmos dúvidas, perguntas e até mesmo opiniões que
são formuladas pelo REQUERENTE/CLIENTE, ao autor (a) da ação que está sendo relatada.
Cumpre destacarmos também qual, o motivo pelo qual a ação que está sendo relatada foi
pleiteada na seara trabalhista.
DA FUNDAMENTAÇÃO
É importante elucidarmos que para que seja comprovado o grau de insalubridade vivenciado
por cada trabalhador na instituição é necessário que seja realizada uma perícia, ou seja, é
importante que a instituição tenha um laudo técnico para que seja possível demonstrar toda a
insalubridade que cada trabalhador está sendo exposto durante todo o pacto laboral no que diz
respeito à lavagem das roupas hospitalares, se enquadrando assim ao princípio da primazia da
realidade que determina que a verdade dos fatos impera sobre os contratos, ou seja, caso tenha
um conflito entre o que ocorreu de fato e o que foi transcrevido no contrato, prevalecerá o que
ocorreu realmente de fato, conforme análise jurisprudencial abaixo.
Neste caso, é viável que a Instituição estabeleça uma porcentagem a ser paga em adicional de
insalubridade aos seus funcionários tanto do setor de área limpa (setor de dobragem,
embalagem e passagem das roupas), como no setor de área contaminada para que seja menor
o índice das demandas no Judiciário.
Trazemos em questão, que a instituição ICASU também sofre por diversas demandas
trabalhistas que são fundamentadas no pagamento de horas extras, devido ao fato da
instituição funcionar 24 horas por dia e ter uma alta demanda de serviços no setor da
lavanderia de roupas hospitalares. Diante disso, seus trabalhadores trabalham na jornada
12x36 para conseguir atender a alta demanda de lavagem de roupas e acabam passando da sua
carga horária estipulada no contrato de trabalho, gerando assim horas extraordinárias, além
das 2 horas que são permitidas de acordo com a Consolidação das Leis Trabalhistas. Vejamos:
Art. 59. A duração diária do trabalho poderá ser acrescida de horas extras,
em número não excedente de duas, por acordo individual, convenção
coletiva ou acordo coletivo de trabalho.
§1º A remuneração da hora extra será, pelo menos, 50% (cinquenta por
cento) superior à da hora normal.
Sendo assim, desde que os trabalhadores tenham horas extraordinárias em seu banco de horas,
poderão fazer jus ao pagamento de horas extras, conforme dispõe o entendimento
jurisprudencial abaixo, que demonstra que os tribunais vêm admitindo as horas extras aos
trabalhadores com jornada 12x36, desde que respeite as condições estipuladas na
Consolidação das Leis Trabalhistas – CLT, na convenção ou acordo coletivo.
Em busca de uma solução para evitar demandas neste âmbito trabalhista, seria necessário que
a Instituição estabelecesse que todos os trabalhadores que trabalham nessa escala de 12x36,
compensassem suas horas que ficam acumuladas no banco de horas, que são horas além das
duas horas que são permitidas pela Consolidação das Leis Trabalhistas. Levando em
consideração que só desta forma a Instituição não teria a obrigação de arcar com tanto ônus
em relação as demais horas que não são permitidas, conforme está ocorrendo diariamente na
ICASU.
Quanto a essas ações é necessário trabalhar com uma política preventiva, por conta do grande
número de demandas trabalhistas que a instituição ficou como vencida em processos tendo
que arcar com as condenações. Ressalvando que para ser reconhecimento o adicional de
insalubridade o mesmo deve constar na Norma Regulamentadora NR-15 registrado pelo
Ministério do Trabalho e Emprego e laudo pericial, podendo ser médico do trabalho ou
engenheiro do trabalho, para que seja verificado o agente insalubre no local da prestação de
serviço, conforme disposto:
Por fim, vislumbramos que o autor (a) tem direito ao pagamento de adicional de insalubridade
e ao pagamento de horas extras, conforme a fundamentação exposta.
CONCLUSÃO
Diante o exposto, podemos vislumbrar que o autor (a) tem direito ao pagamento de adicional
de insalubridade e ao pagamento de horas extraordinárias, conforme dispõe os artigos 59 e 61
da Consolidação das Leis Trabalhistas, e também o artigo 7º, inciso XVI da Constituição
Federal.
Deverá, porém neste tópico ter uma conclusão de toda a fundamentação que foi relatada no
respectivo parecer, deverá conter também as respostas das perguntas que foram trazidas pelo
REQUERENTE, ao autor (a) no relatório.
É o parecer.
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Gabriella da Silva Rocha
OAB/MG
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Kethullyn Reis Brasileiro
OAB/MG
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Laissa Fernanda Moreira Queiroz
OAB/MG
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Phelipe Aquino Cambraia da Silva
OAB/MG
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Victor Kamory Tolentino Pacheco
OAB/MG