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Antônio Augusto Cunha

VENTOSATERAPIA


ILALU1r�
rlJ µ1) 5084-8344 1 (16) 271-7371
E-mail: lauu@zaz.com.br

l cone
editora
PROLOGO
O uso da ventosaterapia e do sangramento se perde na história, mas é
interessante conhecer a situação social desta época muito particular da histó­
ria da medicina..
A sua reaparição atual coincide com os grandes movimentos de res­
tauração da antiga medicina oriental.
Apesar das muitas vantagens da medicina moderna, claramente com­
provadas pela ciência, por que existe um movimento de restauração da tradi­
cional medicina folclórica?
Entre várias terapêuticas antigas, estava o método da ventosaterapia e
sangramento. Não sabemos quem as criou, mas em minha opinião é o fruto de
uma época de descobertas e de trocas de cultura entre os povos.
Desta maneira, creio, que a ventosaterapia e o sangramento, ainda
que baseados em princípios da antiga medicina, firmaram a sua boa reputação
em um mundo moderno, coexistindo com a medicina convencional e obtendo
resultados efetivos.
A ventosaterapia não é um remédio e sim um método terapêutico
essencialmente preventivo assim como a acupuntura convencional.
Deve ser usada como um suplemento, após determinada a natureza
do problema.
O conhecimento básico da atuação da ventosaterapia deve ser consi­
derado como um elemento que emprega apenas uma técnica particular como
terapia, o uso de pressão negativa.
A divulgação desta antiga arte tem a sua devida importância entre as
diversas terapias difundidas.
Guardando o seu uso caseiro no caso de aplicações de ventosas sem o
uso de sangria que podem ser prejudiciais quando aplicadas sem conheci­
mento ou treinamento.

5
Quem na sua família não ouviu "casos" de tratamento com ventosas
de nossos avós ou bisavós em alguma antiga casa de saúde da época?
Desejo que este livro possa divulgar os fundamentos básicos para os
que têm curiosidade sobre este assunto, e que permita esclarecer este antigo
método na esperança de futuros trabalhos sobre o assunto.

O Autor

6
Observação:

A ventosaterapia não se destina a prover um substituto para


a acupuntura ou para a terapia convencional.
A ventosaterapia só deve ser usada como UIHliuplemento.
Para quaisquer condições que exijam um tratamento médi­
co, procure o seu médico de confiança.
O autor não se responsabiliza pelo mau uso dos ensinamen­
tos aqui divulgados.
Guardando o uso de ventosas com sangria apenas para pes­
soal especializado, por medida de segurança e esterilização neces­
sárias segundo as normas da Secretaria de Saúde local.

7
INDICE
1. A antiga arte da ventosa ................................................. 11
1.2. Histórico do uso de ventosas ......................................... 11
1.3. Hipócrates e a ventosa terapia ........................................ 12
1.4. O uso dos princípios astrológicos .................................. 16
1.5. As receitas de Avicena ................................................... 17
1.6. O uso das ventosas por antigos cirurgiões ..................... 17
1.7. A época dos escarificadores mecânicos ......................... 19
1.8. O Baunscheiditismo ....................................................... 22
1.9. O uso das sanguessugas ................................................. 23
1.10. O uso da sangria de capilares ......................................... 25

2. Compreendendo as bases fisiológicas ........................... 27

3. A importância do sistema circulatório ........................... 31

4. A teoria do dr. Petragnani .............................................. 35

5. O princípio da desintoxicação do sangue pela ventosa .. 37

6. Trocas gasosas com ventosas ......................................... 41

7. A reação terapêutica provocada pela ventosa ................ 45

8. O reflexo terapêutico provocado pela pressão negativa. 47


9
9. Regulagem do sistema nervoso autônomo ..................... 51

10. Relaxamento eficaz para o estresse ................................ 53

11. O fortalecimento da resistência orgânica às doenças ..... 55

12. Onde aplicar as ventosas? .............................................. 57

13. A prevenção da hipertensão ........................................... 61

14. Massagem com ventosas ................................................ 63

15. Os pontos de acupuntura e as ventosas .......................... 65

16. Os 12 meridianos ........................................................... 67

17. Os tipos de ventosas .............: ........................................ 79

18. Como aplicar ventosa de fogo ....................................... 81

19. Como aplicar sangria ..................................................... 83

20. Os pontos mais comuns para aplicação de ventosas ...... 85

21. Tratamento de 32 doenças comuns com ventosas ......... 87

10
1. A ANTIGA ARTE DA \JENTOÇA
L2. Histórico do uso de ventosas

No século passado, a operação terapêutica de inspirar copos de


ventosas no corpo consistia em colocar sobre a pele uma campânula de
vidro ou outras formas de inspiradores semelhantes aos copos de ven­
tosas, após f&bricar vácuo pela queima. do ar no seu interior. Devendo
aplicá-las de pronto sobre a pele para gerar sucção no local.
Este método chamado de
"ventosa seca" era aplicado na pele
· nua, causando trauma subcutâneo e
agindo como contra-irritante.
Outro método também comu-
· · mente aplicado era chamado de "ven-
,. tos ,,.
Neste método, a pele era irri­
tada por meio de um instrumento cor­
tante. provocando uma leve sangria
chamada de "escarificação", imedia­
tamente antes da ventosa ser aplica­
da.
Este método era considerado especial para se provocar sangria,
sendo também reconhecido pelos antigos médicos como uma medida
contra-irritante.
As medidas contra-irritantes provocam o deslocamento da dor e
o efeito conhecido na medicina oriental como "alívio da superfície do
corpo", muito útil no combate das dores por espasmo muscular e �
jecimentos musculares, reflexos causadores de falsas dores nos rins e
pulmões.

11
Não temos idéia de quem fez uso da ventosa primeiro.Tem-se
informações de seu uso desde o antigo Egito.
Ela também é mencionada nos escritos de Hipócrates, e pratica­
da pelo povo Grego no século IV a.C. Foi provavelmente conhecida e
utilizada também por outras antigas nações.
O antigo instrumento utilizado para fazer ventosa era a cabaça,
conhecida naquela época como "Curcubitula", que em latim significa
ventosa.
Nas regiões primiti­
vas do mundo a ventosa tem
registros históricos que da­
tam de centenas a milhares
· de anos. Nas suas formas
mais primitivas, era utiliza­
da pelos índios americanos
que cortavam a parte supe-
rior do chifre dos búfalos
cerca de duas e meia polega­
das de comprimento, provo­
cando o vácuo por sucção oral na ponta do chifre, sendo em seguida
tamponado.
Os antigos curandeiros Medicine men, com poderosos múscu­
los faciais e agilidade, conseguiam extrair com a boca, por sucção e
logo cuspindo, o veneno injetado na circulação sangüínea por picada de
cobra, aliviando a dor e as câimbras no abdômen.

1.3. Hipócrates e a ventosaterapia

JHipócratesltambém usava am­


bos os métodos de ventosa "seca" e
"molhada" como· principal tratamento
' nas desordens menstruais.
Ele prescrevia grandes ventosas
de vidro a serem aplicadas nos seios de
mulheres que sofriam de menorragia.
:�··. Assim como nas "descargas amarela-
=....,_.,..,._.._
12
das vaginais", pelo uso de ventosas durante um longo período de tempo
em diferentes partes das coxas, na virilha e abaixo dos seios.
Hipócrates era cuidadoso na prevenção da sepsia após a vento-
sa, e advertia com o seguinte conselho:
"Quando em aplicação de ventosa molhada, se o sangue conti­
nuar a fluir após o instrumento inspirador ter sido removido, se o fluxo
do sangue ou soro for copioso, os copos de ventosa precisam ser apli­
cados novamente até que da área tratada tenha se retirado o abstrato.
De outra forma, o sangue vai coagular, retendo-se nas inci­
sões, e úlceras inflamatórias podem se formar.
Aconselha-se banhar estas partes em vinagre. O local não pode
ficar umedecido. Nunca permitir que o paciente se deite sobre as esca­
rificações; e estas devem ser tratadas com medicamentos para feridas
inflamadas ".
O uso de ventosas no Ocidente antigo era um elemento tera­
pêutico corriqueiro e de grande valor panacéico. Pois na falta de outros
elementos da ciência, a ventosate-
1 � rapia era utilizada praticamente na
<.,; •.
\�--:
l\ cura de todas as doenças. Como
���
o'\

um instrumento curativo mágico em


sua essência, pelo contato íntimo
com o interior do corpo através do
sangue. Ela era respeitada também
pela sua atuação no elemento ener­
gético gerado pela respiração. Teo­
.:.' - ria que se assemelhava aos concei-
c:: tos da medicina Oriental.

----{mtambém descreve aplicações de ventosas no primeiro sé­


culo d.C., citando que o edema subcutâneo produzido pela ventosa
seca consiste parcialmente de "flatus" (gases) derivado da respiração.
Celsus adverte que a aplicação de ventosas é benéfica tanto para
doenças crônicas como para agudas. incluindo ataques de febre, e par­
ticularmente nos estressados. Quando há perigo de fazer sangria, o re­
curso mais seguro é aplicar nesses pacientes ventosas secas.
Ele adverte sobre a ocorrência de edema nas ventosas, sejam
secas ou molhadas. Descreve ventosas secas em vários lugares para tra-

13
tar paralisia, ventosas nas têmporas e na região occipital em caso de
dores de cabeça prolongadas.
Ventosa molhada para dores no pescoço, ventosas secas aplica­
das no queixo para angina facial, ventosas no peito para tosse, ventosas
secas para dores no peito se o paciente não for bastante forte para o uso
da sangria.
Estes exemplos de aplicação de ventosas servem para ilustrar o
( pensamento médico antigo, guiado pela observação, e em alguns as­
pectos místicos da época, atrelado ao raciocínio do desvio intencional
da circulação sangüínea, que era tido como um causador de doenças
quando ocorria o depósito de sangue escurecido estagnado em algumas
áreas do corpo)
No uso de ventosas secas para tratar flatulência, os copos de
ventosas são aplicados no abdômen em dois ou três lugares para tratar a
indigestão e dor abdominal. Pois acreditavam estar influenciando na
circulação do ar viciado dentro da área abdominal retirando o "flatus".
O acúmulo de gases no aparelho digestivo era considerado per­
nicioso para o trabalho digestivo e excretor, considerado como a "raiz"
do corpo.

Ventosas eram
usadas com escarificação
na virilha e até mesmo nos
seios em caso de excessi- .,_
va menstruação.
Celsus prescreve
ventosas locais em caso de
abscessos para retirada de
material tóxico no local, e
indica como extrair o ve­
peno por mordida de ani­
mais raivosos, macacos,
cães, animais selvagens ou
serpentes. No mesmo sen­
tido de retirar o veneno de­
positado no local.

14
Outros terapeutas acreditavam que a força de empuxo provoca­
do pelas ventosas exercia no interior do corpo o mesmo efeito que apa­
rentava na parte superficial. Ou seja, o vácuo na superficie da pele acon­
tecia também no interior do c�
Como exemplo disso, �no segundo século usava vento­
sas secas e molhadas, mas de forma preferencial.
Ele usava ventosa seca extenslvamente na coluna para tratar
prolapso de útero. Arateus entendia que a absorção provocada pelas
ventosas no local, tinha a função de atrair o útero, fazendo com que
subisse. Para facilitar o seu retomo ao local correto, e para este propó­
sito ele aplicava ventosas na área lombar, região isquial, virilha, coluna
e até entre a escápula.
Para· tratar o cólera ele colocava ventosa nas costas e no corpo
mudando-as de lugar rapidamente (como que massageando), para que
as defesas orgânicas fossem ativadas, pela dinamização das energias
provocadas por esse estímulo.
Isto é doloroso, quando o copo de ventosa é remanejado de um
lugar para outro sem o uso de um meio lubrificante (vaselina ou óleo);
podem ocorrer bolhas pelo atrito da ventosa na pele.
Arateus aplicava ven­
tosas para íleo, epilepsia, e aci­
' ma dos rins, nas costas, em ca­
sos de cálculo renal.
Ele usava ventosa mo­
lhada livremente para vários
tratamentos, seguido do uso de
. cataplasmas à base de mostar- /
da para esquentar o local do­
t'PIJl!'tl---=:-e=nte, e algumas vezes espalha-
va sal nas escarificações (uma
prática un ente e dolorosa).
Galen era grande ad­
mirador deste método. Ele
prescreve ventosas de vidro,
chifre e latão, sendo a última a mais comumente empregada, embora
recomendasse ventosas de vidro para que médicos sem prática pudes­
sem ver a quantidade de sangue retirado.

15
A sangria na área abdominal era considerada muito importante
para que o paciente pudesse ter seus intestinos livres de depósitos de
toxinas nas alças do intestino. Na pletora era contra-indicada.
Ele usava ventosas para extrair o que ele chamava de "matéria".
"No alívio da dor, diminuir inflamações, dispersar inchaços,
induzir ao apetite, restabelecer as energias em caso de fraqueza do
estômago, delírio após pequenos cortes, deter a hemorragia e benefi­
ciar a menstruação".
As aplicações não eram feitas sempre sobre a área afetada.
"Para promover o enjôo no peito e na barriga a aplicação é
feita nas mãos e nas partes baixas para forçar o vômito".
Ele prescrevia indicações de aplicação de ventosas na letargia,
frenesi e doenças oculares.
Por último, ele recomendava aplicar ventosas nas costas e no
pescoço após a escarificação, e a observar se foi removida uma boa
quantidade de sangue para que possa ser alcançada a melhora.
/ Aehus,/no século VI, desaprovava o uso de ventosas nos seios,
pois não seriam fáceis de se desprenderem do local, sendo necessário
algumas vezes fazer orifícios nas ventosas para que pudessem ser reti­
radas.
e'T
Rh_a_z_e-.
+f.... sJ no século X, aplicava ventosas em crianças expostas a
varíola se estas tivessem menos de quatorze anos, mas não naquelas
com menos de seis meses de idade. Sobre este mesmo período Serapião
descreve:
"Se a saúde do paciente em questão está muito abalada como
no caso de varíola, a sangria poderá causar desmaio. Mas em caso
contrário, é permitido usar ventosas".

1.4. O uso dos princípios astrológicos

I Avicena/preferia ventosas molhadas, reservando o uso de ven­


tosas secas para inchaços frios, e nunca colocava ventosas se estas não
pudessem ser movidas para vários lugares.
Avicena se recusava a usar ventosas durante o primeiro ano de
vida.
Ele preferia não aplicá-Ias em criança·s enquanto não alcanças­
sem três anos de idade.

16
Ventosas eram contra-indicadas após dezesseis anos de idade.
Teriam melhores resultados se aplicadas no meio do mês, quando os
humores vitais estariam em estado de agitação, e durante este tempo,
quando a lua estivesse crescente, os humores vitais também estariam
em crescimento.
A crença mágica alguímica e astrológica ditava importantes fa­
tores nos tratamentos daquela época.

1.5. As receitas de Avicena

Avicena prescrevia ventosas seguidas na nuca e pescoço no caso


de cabeça pesada causada por cansaço de leitura, mau hálito, tremor da
cabeça e lesões dos dentes, olhos, nariz, garganta e face...
- Embaixo do queixo para dor de dente, garganta inchada, per­
da de coordenação da mandíbula...
- Entre as omoplatas para dores nos braços e garganta e tam­
bém para relaxar o orifício cárdia do estômago...
- Sobre as lombares para escaras, pústulas, gota, hemorróidas,
bexiga, rins e lesões urinárias por massas inflamatórias na parte supe­
rior da coxa...
-· Na parte frontal da coxa para orquite, hérnias e úlceras da
perna...
-No espaço poplíteo para abscessos ou úlcera séptica da perna
e pés...
- Sobre o maléolo para menstruação retida, ciática e gota.
- Sobre os glúteos perto do ânus para dirigir os humores vin-
dos do corpo e da cabeça, em benefício dos intestinos, na decomposi­
ção das regras e no alívio do corpo.

1.6. O uso das ventosas por antigos cirurgiões

Maitre Henri de Mondeville, cirurgião geral do rei Phillipe de


França, escreveu um livro de cirurgia entre 1306 e 1320, incluindo uma
longa e importante seção sobre ventosas, detalhando os pontos que nós
temos mencionado anteriormente, e acrescentando algumas interessan-

17
tes observações: gaplicar ventosas no nevoeiro ou quando os
ventos do sul soprarem '.
s..;....... "1
Os humores são abundantes na lua cheia, portanto podemos apli­
car ventosas. Não aplicar ventosas após o paciente tomar banho. A pes­
soa que recebeu ventosa só poder á comer uma hora depois. Nunca usar
ventosas com escarificação sem ter aplicado ventosa seca antes para
puxar o sangue estagnado para a superficie da pele.
Entre as indicações, ele lista o uso de ventosas com escarificação
nos seguintes casos:
"Perto do umbigo para prolapso de útero.
Sobre o umbigo reduz a hérnia ou faz parar a menstruação ex­
cessiva em meninas.
Sobre o figado em caso de sangramento na narina direita; so­
bre o baço no caso de sangramento da narina esquerda; em ambos,
figado e baço, se ambas as narinas sangram.
No caminho de uma pedra nos rins, aplicar ventosas na área
lombar faz a pedra descer até a bexiga".
A pele deve estar sempre preparada com aquecimento produzi­
do por massagem com aplicação de meio lubrificante. Rapidamente re­
boque e deslize a ventosa. No momento da queima, o copo deve ser
espalmado na área preparada, deixá-lo até que seja a hora de retirá-lo,
ou seja, até que o local esteja vermelho.

Gravuras de
ventosas foram en­
contradas em ma­
nuscritos do sécu-
1 o IV, no l\1useu
Britânico. Os dese­
nhos demonstram
ventosas secas apli­
cadas na região glú­
- . tea de um antigo
cavalheiro por uma
mulher de aspecto
sinistro.

18
Outra gravura aparece em
um calendário germânico publica­
do em 1438; uma cópia pode ser
vista na Biblioteca Wellcome, em
Londres.
O paciente aparece rece­
bendo ventosas no banho, o aten­
dente aparece utilizando uma
lamparina de óleo que está na sua
mão esquerda.

Os anos foram se passan­


do e as ventosas secas e molha­
das foram sendo usadas livre­
mente.
...
,-P-aé�r- /compilou muitos ca-
sos aqui mencionados e mostra­
dos com uma variedade de co­
pos e dois tipos de escarifi­
cadores.

1.7. A época dos escarificadores mecânicos

f Paréltrouxe sua maior contribuição com


a introdução do escarjficador mecânico. Ele afir­
mava que não servia apenas para ventosas mas
também no tratamento da gangrena.
O instrumento de Paré consistia em uma
caixa contendo um mecanismo possuidor de
rodas afiadas em lâminas, com um manete fixa­
da no lado da caixa, o que fazia mover o instru­
mento fazendo-o produzir muitas escarificações
ao mesmo tempo e em igual profundidade.

19
Scultetus desenhou esta máquina em um desenho similar.
Heister provavelmente foi o primeiro a usar o escarificador
mecânico em ventosa molhada.
Sua máquina con­
sistia de dezesseis peque­
nas lâminas fixadas em
uma caixa cúbica com
molas de aço. A base do
instrumento era aplicada
na pele e as molas faziam
o trabalho, bastava aper­
tar um botão.
Após as molas terem parado, existiam dezesseis pontos regula­
res feitos pelas dezesseis lâminas, e logo após, o copo da ventosa era
emborcado.
Ele usava esta máquina com beneficio para tratar várias doen­
ças. Com uma firme crença no princípio da "revolução" (efeito reflexo
das ventosas à distância), ele aplicava ventosas a alguma distância do
local doente.
Por exemplo: em caso de severa hemorragia vinda do nariz ou
dos pulmões, Heister escarificava e emborcava a ventosa nas pernas e
pés. Particularmente sobre os tornozelos e joelhos. Mas admitia que
médicos e cirurgiões julgavam o seu método perigoso.
Ventosas de vidro eram muito populares naquela época. Para
expelir o ar, peças de papel aceso eram colocadas dentro dos copos e
logo emborcados. Este método tinha a desvantagem de ferir o paciente,
assim como o copo com material aceso no seu interior até extinguir o
ar, poderia queimar a pele.
Se o aplicador não possui experiência, pode com a introdução
da chama no copo por lamparina, esquentar em demasia o vidro e quei­
mar a pele do paciente.
O terceiro método era o de utilizar uma bomba exaustora com
um sistema de válvulas para retirar o ar do seu interior.

20
A ventosaterapia foi lar­
gamente usada pelos médicos. (O • • .. "·

Boerhaave fazia vento­


sa seca para tratar pneumonia.
Richard Mead tratava apoplexia
aplicando ventosas no pescoço
com profunda escarificação.
Ele emborcava a ventosa com ,.
escarificação profunda na área
occipital para tratar doenças dos
olhos.

"Dirigindo o sangue para as ventosas colocadas sobre os om­


bros, que podem ser feitas com segurança e freqüentemente, dá bons
resultados em pneumpnia e doenças dos seios, assim como da cabeça,
servindo também para acalmar a asma".
Wiliam Heberden usava ventosas nos ombros em casos de per­
sistente dor de cabeça, removendo "seis onças" de sangue!
Ele a aplicava também no caso de desordens menstruais.
A ventosaterapia persistiu até o século XIX, mas era apenas
j

delegado apto o seu uso em balneários terapêuticos com atendentes es­


pecialmente treinados.
Dr. Marshall Hall, do Hospital St. Thomas, descreveu com refi­
namento a ventosa molhada em 1845:
Eu tenho encontrado utili­
dade na minha clínica diária na
aplicação de instrumentos de ven­
tosa, assim como nas incisões cru­
zadas em ângulos retos, aplican­
do ventosas de vidro e retirando
um pouco de sangue. •
O objetivo é induzir uma
efetiva contra-irritação. As inci­
sões cruzadas se tornam inflama­
das ou podem vir a ser excitadas a
se inflamar por aplicações apro­
priadas.

21
1.8. O Baunscheiditismo

A original idéia de Karl Baunscheidt demonstrou a propriedade


curativa e vivificante das defesas do organismo pelo estímulo irritativo
na pele.
Karl Baunscheidt, nobre Alemão nascido em 1809 na cidade de
Preufsen, viveu em Dusseldorf e depois em Bonn nos seus últimos anos.
Karl sofria de reumatismo nas mãos. Mas um dia, trabalhava em
seu escritório absorto, quando recebeu várias picadas de mosquito em
suas mãos.
Pouco depois do desconforto produzido pelas picadas, a dor de
_suas mãos devida ao reumatismo foi aliviada.
Os insetos acabavam de ensinar um segredo para as suas dores.
Então Karl projetou um aparelho com muitas
agulhas passando a aplicá-lo no local dolorid9 como
se imitasse as picadas dos mosquitos.
li
Ele nomeou o seu sistema de tratamento de
Baunscheiditismo. O seu aparelho recebeu o nome de
"restaurador da vida", não sendo outra coisa mais que
uma reunião de finas agulhas, formando uma escova
destinada a produzir picadas na pele.
A saliva do mosquito foi reconhecida salutar
pelo inventor do Bunscheiditismo, por causar irritação
que contribuiria para expulsar os "humores mórbidos"
; (na época costumava-se atribuir aos "humores mórbi­
dos" a causa de várias doenças).
Portanto Karl criou o "Óleo Baunscheidt", um
óleo irritante para ser aplicado sobre as picadas feitas
pelo aparelho.
Após a aplicação do óleo, formavam-se na pele erupções
cutâneas. Segundo ele, esta erupção era importante para efetuar a cura,
acreditando que através dela a doença se projetava para fora do corpo.
Esta técnica foi usada na Alemanha, Inglaterra, França, Holanda,
Rússia, América do Norte e até na África.

22
1.9. O uso das sanguessugas

Na Europa assim como na Ásia existiam vários métodos modi­


ficados de sangria e escarificação.
Na Europa a "venesecção" ou sangria das veias era uma prática
popular, enquanto na Ásia o sangramento das dilatações capilares
(telangiectasias) na periferia da pele junto com ventosas era o método
mais utilizado.
Entretanto, a escarificação e o sangramento por meio de "san­
guessugas''. ou através de emplastros feitos de pastas abrasivas com
batata, gengibre etc. eram usados no Oriente.
O emprego das sanguessu­
gas teve a sua origem na Grécia
antiga.
A sanguessuga. (Hirudus
medicina/is) é um verme aquáti­
co que foi usado durante séculos ......,______
na medicina. A idéia corrente era
que este verme extraía o sangue
com "humores mórbidos" e, con­
seqüentemente, levava o paciente
à cura. O nome deste verme. é
Hirudo (em latim) e há várias es­
pécies na zoología.

Os "humores mórbidos" seriam as toxinas e ou elementos dete­


riorados que se acumulam nos vasos sangüíneos e nos músculos
enrijecidos, causando doenças.
O uso das sanguessugas como terapêutica foi comum na idade
média no ocidente.
Em Portugal na antigüidade, os "barbeiros-sangradores" eram,
geralmente, os técnicos encarregados de aplicar sanguessugas, por con­
cessão de uma licença para praticar cedida pelo cirurgião-mor.
Naquela época, em Lisboa, foram publicados vários livros so­
bre o assunto, e os salões de barbear eram o local de venda de sangues­
sugas.

23
As sanguessugas próprias para uso terapêutico _eram as de água
corrente criadas em fazendas especializadas. As sanguessugas de água
parada não eram usadas por serem consideradas tóxicas.
Devemos fazer referência ao grande e polêmico médico francês
François Boussais, que foi chamado de Paracelso do século XIX por
Benedicenti. Foi aluno de Bichat, cirurgião do exército francês e pro­
fessor de Patologia Geral em Paris.
Ele tinha uma visão especial do uso das sanguessugas que cura­
vam quase todos os doentes.
Este médico tem atualmente seu nome na Enciclopédia Delta
Larousse e um hospital com seu nome na França.
Ele não aceitava a idéia dos "humores mórbidos", e piopagava
a idéia d� que a irritação seria o principal fator da manutenção da vida e
saúde.
Ele dizia que o organismo, ao reagir contra os agentes irritantes
provocados, adiguiria novas forças.
Os fenômenos vitais dependem de estímulos externos que, quan­
do são moderados, mantêm o organismo com saúde e quando se tornam
fracos ou fortes, sobrevém a doença.
Portanto, podemos compreender como as sanguessugas ativa­
ram o sistema homeostático por um duplo mecanismo:
a) Exemplo das ventosas causando sua reação nociceptiva na
pele.
b) Pela sangria que desperta o sistema homeostático.
Mas na antigüidade, poucos conseguiam entender, e por isso o
seu uso se tornou abusivo( Em 1833, a França, além de consumir a sua
própria produção de sangu-essugas, teve que importar 40.000.000
(quarenta milhões) de sanguessugas do Império Russo, Turquia e Pérsi�
O seu uso foi indiscriminado e irresponsável, ocasionando com­
plicações graves, até a supressão da classe dos barbeiros-cirurgiões, e
com o desenvolvimento da química farmacêutica, teve o seu esqueci­
mento total.
A título de explicação, há pouco falávamos de venosecção, que
é o método de cortar ou puncionar a veia cubital para evacuar de 200 a
300cc de sangue, com o objetivo de reduzir a circulação sangüínea,
aliviando portanto a atividade cardíaca e baixando a pressão. Isto faz
com que haja um estímulo na circulação geral do corpo, sendo indicado
nos casos de edema pulmonar, ataque cardíaco, hipertensão arterial e
intoxicação por CO (monóxido de carbono).

24
1.10. O uso da sangria de capilares

. A punção das dilatações capilares se tornou o método essencial


na acupuntura asiática. Consiste no sangramento provocado por pun­
ção das finas dilatações capilares que se encontram em zonas superfici­
ais na pele, provavelmente no sinus venoso.
As dilatações capilares são supostamente causadas por estagna­
ção da circulação sangüínea. Existem vários tipos de dilatações capila­
res. Elas podem ser solitárias ou múltiplas, reticuladas, radiantes, li­
neares ou esporádicas em suas fo1mas.
Quanto à coloração, podem se apresentar avermelhadas, verme­
lho escuro, púrpura ou cianóticas.

Após pun­
éionar as dilata­
ções capilares e 5f
aplicarmos vento- ·;
sas, podemos es­
perar a melhora

-!�
imediata da estag- �
nação do sangue, .....
assim como o es­
..
tímulo da circula­ \ /
ção geral e o alí­
vio da atividade
cardíaca. O con­
trole da pressão e
,:
...""....,.
o desvio proposi­ '•
tal da circulação :•

que traz benefí­


cios na anormal
alta temperatura. ·":, ....
rv
Basta para isso retirarmos apenas poucas gotas de sangue em
tomo de 1 O a 20cc no máximo. Podemos fazer uso desta técnica de uma
a duas vezes por semana ou mensalmente.

25
Indicações do seu uso no tratamento em comum com a Acu-
puntura ou não, nos casos de:
a) Pressão arterial anormal, alta ou baixa.
b) Ataque cardíaco.
c) Gripes e resfriados, tonsilites.
d) Asma, especialmente em crianças.
e) No caso de várias queixas ginecológicas, especialmente no ·
estado do climatério.
f) Nevralgias, paresias, dores nos ombros, dor de cabeça,
lombalgia.
g) Distúrbios digestivos, hemorróidas, doenças da pele.
h) Intoxicação por CO (monóxido de carbono).
i) Traumatismos e entorses.
Sendo contra-indicado na gravidez, doenças cardíacas e desnu-
trição.

26
Q. COMPREENDENDO
A<; BA<;E<; Fl<;IOLOG'ICA<;
O corpo humano possui uma eficiência incomparável no de­
sempenho do ·seu organismo com seus sistemas e funções. Q coracão1
sendo um órgão de proporções de 1O por 15 cm, bombeia o nosso san-.
gue por uma rede de 90.000 guilômetros de vasos sangüíneos durante
24 horas por dia em uma vida média de 80 anos de idade, mantendo o
corpo em boas condições.
Portanto, a circulação sangüínea e o sangue desempenham uma
importantíssima função no corpo humano. Se alguma coisa afeta o san­
gue ou a sua circulação de modo terapêutico ou maléfico, irá conse­
qüentemente gerar um efeito curativo ou destrutivo na nossa saúde.

O sal).gue humano é
composto na maior parte de
fluido, mais conhecido como
plasma, onde glóbulos ver­
melhos e brancos e plaquetas
estão em seu meio. O pias- ,
ma sangüíneo é composto de
90o/o de água, os outros 10%
são constituídos por gases
como oxigênio, gás carbô­
nico e nitrogênio; alimentos,
proteínas e sais; substâncias protetoras como anticorpos; hormônios,
matérias tóxicas como uréia, ácido úrico, e outras.
Nos humores, ou seja, nos fluidos do corpo, é onde se efetua o
metabolismo. O homem quando adulto tem uma quantidade de água no
corpo no valor de cerca de 70% do seu peso.

27
Esta água está situada entre o interior e o exterior das células, e
em ambos os ambientes ela dissolve um grande número de substâncias.
Há uma expressão comum no Japão que diz "O homem saudá­
vel parece respingar água". Realmente tanto o homem quanto a mulher
que possuem a pele bonita, viçosa, têm ambos uma pele hidratada e
elástica muito atraente.
Mas conforme a idade avança, as células do organismo vão per­
dendo água e a pele vai se tornando ressecada e rugosa. Se a jovialidade
corresponde ao frescor, comparamos a velhice ou senilidade à desidra­
tação do organismo.
O organismo de um bebê tem 80% do seu peso constituído de
água em comparação com o adulto que tem 70% em média, o idoso
· --
possui ménos de 50% de água no seu organismo.
Com o envelhecimento, gradativamente os 60 trilhões de célu­
las orgânicas perdem água. A perda da umidade da pele é a demonstra­
ção do envelhecimento. Como as células perdem águ a, o tecido subcu­
tâneo começa a murchar e a pele perde a elasticidade criando rugas.
Mas os vasos sangüíneos também envelhecem, e a prevenção
deste envelhecimento consiste em conservar e manter a umidade das
células orgânicas.

A atrofia também ocorre


com os vasos sangüíneos. Os
vasos dos jovens são elásticos e
possuem um certo calibre, mas na
velhice, estes vasos sangüínebs se
tornam finos e rígidos devido à
arteriosclerose. Em conseqüen­
cia; o sangue não consegue fluir
livremente e pode entupir os va­
sos sangüíneos com facilidade.
r-:, li> O uso da ventosa promo­
ve a vasodilatação momentânea
ao ser aplicada, e ao ser retirada,
o vaso sangüíneo retorna ao seu
calibre normal, fazendo uma es­
pécie de ginástica circulatória.

28
Semelhante à vasodilatação e vasoconstrição provocadas pelo
uso da Sauna Finlandesa.
Os acidentes vasculares cerebrais são classificados:
(a) Como hemorragia cerebral quando ocorre o rompimento do
vaso sangüíneo cerebral.
(b) E em caso de infarto cerebral, quando ocorre entupimento
dos vasos.
Ultimamente no mundo todo, o número de infartos e a sua ocor­
rência em pessoas jovens tem aumentado. Devido ao uso das "junk
foods", como hamburguers, batatas fritas, pizzas, e alimentos à base de
carne somado ao estresse.
Os jovens de hoje entopem os vasos sangüíneos com maior fa­
cilidade do que antigamente, o que é um sinal precoce de envelheci­
mento.
Precisamos portanto tomar cuidado com a nossa alimentação, e
aumentar o consumo de água diário.

29
3. A IMPORTANCIA DO
ÇIÇTEMA CIRCULATÓRIO
O sistema circulatório dos homens difere do das mulheres. Tal­
vez esta· seja a explicação para a maior longevidade das mulheres em
comparação com os homens. Elas possuem um comprimento menor
dos seus vasos sangüíneos, em relação aos homens. Em conseqüência,
os seus vasos sangüíneos são também mais curtos e portanto sobrecar­
regam menos o coração. Mesmo entre os homens, aqueles que vivem
_ mais, geralmente são os que têm menor estatura e não são obesos.
Para melhor explicar este fato, imaginemos as mangueiras do
corpo de bombeiros. Quando há apenas uma mangueira, a água flui
livremente, mas basta conectarmos 3 ou 5 mangueiras, e percebemos
de imediato que o fluxo ou jato de água perdeu a força, isto se não
aumentarmos a potência da bomba e a pressão da água.
Este fato demonstra o que ocorre com o coração e os vasos
sangüíneos�
A vida média dos
lutadores de Sumô no Ja­
pão está, segundo as esta­
tísticas, em tomo de 54 a
55 anos. Este fato é atri­
buído à grande sobrecar­
ga do coração pelo esfor­
ço de enviar o sangue para
p�
todo o organismo. Ç) I
I
Nos Estados Uni­ !
,�):,fu�, � I
i '0���
dos, a diferença de vida
média entre homens e mu-

31
lheres é de mais de 1 O anos, sendo a principal causa atribuída à grande
·estatura do povo americano e à obesidade.
,A segunda causa da maior longevidade das mulheres é a cápack
.dade hematopoiética superior à dos homens.
Uma vez que perdem sangue com freqüência por causa da mens­
truação e do parto, elas dispõem da capacidade de repor prontamente
essas perdas. Portanto, os componentes sangüíneos das mulheres são
sempre mais frescos e saudáveis se compararmos com os homens.
Segundo os antigos livros de Medicina Oriental, o sangue trans­
porta a energia. Eles estavam corretos, estima-se o volume sangüíneo
total do homem como correspondente a 1/3 do seu peso.
Para calcular de modo prático o
seu volume sangüíneo, faça a seguinte pro­
porção: o sangue corresponde a cerca de
80 ml por quilo de peso nos homens e cer­
ca de 60 ml por quilo na mulher, resta ago­
ra multiplicar estes números pelo seu peso
para obter o valor correto.
Este volume de sangue é o que cir­
cula por todo o seu organismo no tempo
de um a dois minutos.
Neste tempo, o sangue é respon­
sável pelo seu papel importante na respi­
ração, ele é que leva o oxigênio para o te­
cido dos órgãos, o sangue remove o gás carbônico do sistema e o elimi­
na através dos pulmões.

Mas precisamos, para manutenção de nossa vida, de nutrientes


vindos de fora. Fisiologicamente, as células necessitam de nutrientes
(alimentos energéticos, reguladores e plásticos) para que possa haver
equilíbrio, restaurador, e o sangue leva estes nutrientes para os tecidos
dos órgãos, absorvidos pelo intestino delgado.
Ele elimina as matérias tóxicas através dos órgãos excretores, e
regula a atividade dos fluidos naturais das várias partes do corpo, trans­
portando os vários hormônios que estimulam ou inibem o trabalho dos
órgãos internos.

32
Além disso, o sangue tem uma ação protetora, possuindo subs­
tâncias chamadas anticorpos. que têm a capacidade de destruir as toxi­
nas e outros agentes nocivos. Distribui calor para o organismo, manten­
do uma temperatura constante, modera os excessos térmicos do ambi­
ente externo, e fica armazenado em pequenos depósitos, principalmen­
te no baço e fígado, além de outros tecidos, no caso de emergências.
�) Qual a função das ventosas na saúde?
1 � O uso freqüente de ventosas controla a corrente sangüínea, que

já vimos ser de grande importância para a manutenção da vida e da


energia do corpo.
;?8 CP O uso das ventosas provoca também fortalecimento dos vasos
sangüíneos, pois os vasos capilares e linfáticos reagem à pressão nega­
tiva no corpo. produzida pelas ventosas, expandindo-se e contraindo-se.
-;, Neste processo os vasos se fortalecem, tomando mais eficiente
a corrente sangüínea, evitando infartos, derrames, etc.
No caso dos cortes e ferimentos provocados pela punção da
microssangria e escarificação terapêutica, em geral ocorre uma melhor
reação do organismo já preparado por receber este estímulo, evitando
infecções e propiciando um rápido restabelecimento.

33
4. A TEORIA DO
DR. PETRAGNANI
O professor e doutor G. Petragnani, diretor do Instituto de Higi­
ene da Univérsidade da Catânia, defendeu em comunicação à Acade­
mia Médico-Física em 1953, a teoria de que o envelhecimento podia
ser retardado e as doenças poderiam ser evitadas se o organismo adulto
fosse submetido periodicamente a estímulos como escarificações e pe­
quenos cortes provocadores de sangria, assim como injeção subcutânea
de colóides, e estímulos como os da ventosa, e massagem por percussão
em todo o corpo, além do uso de perfurações por agulhas ou pregui­
nhos em um aparelh9 montado para este fim.
Esta constatação se deu pelo fato de os camponeses terem o
to de se ferirem para adquirir saúde conforme a sua tradição.

( Estas auto-agressões são capazes de solicitar uma reação salutar �
do organismo trazendo periodicamente as funções do corpo ao máximo

de atividade funcional, excitando pelo estado de "alarme" as defesas
c as e fortalecendo a sua reação aos estímulos exógenos e às do-
-�'li
(\
:��!:� �
)
lue.- �

���

35
5. O PRINCIPIO DA
DEÇINTOXICAÇAO DO ÇANGUE
PELA \JENTOÇA
.
i) ----fJ? ( Desde a antigüidade no Oriente é conhecida a propriedade da
ventosa de limpâr o sangue das toxinas acumuladas causadas pela su­
jeira da água e dos alimentos, pois a estagnação do sangue coagulado,
escuro, sujo, nos músculos das costas ou nas articulações é considerado
pela medicina oriental como um dos elementos causadores de doenças,
sendo necessário retirá-lo para que o paciente possa se restabelecer.)
A aplicação da ventosa produz uma reação no corpo que se
manifesta por uma ·marca na pele. Segundo o estado de saúde do paci­
ente, pode ser vermelha, roxa, marrom e até preta; Em certos casos po_:­
dem até se formar bolhas de água no local onde a ventosa foi aplicada,
devendo essa água ser retirada por perfuração destas bolhas com agulha
esterilizada.

Esta constatação -feita


pelo povo oriental durante milê­
nios - de diferentes cores entre
as marcas, elucidou a importân­
cia da qualidade do sangue.
Quando se aplicavam ventosas no
local doente, na pele ficavam
marcas roxas e até pretasi enquan­
to em áreas normais apareciam
marcas avermelhadas.

Reação terapêutica da ventosa

37
Esta base prática demonstra a importância da troca gasosa, vi­
sando limpar o sangue de impurezas, naturalmente modificando a cor
escura para a avermelhada, quando o local se recobrou da doença.
A limpeza das toxinas no sangue pela respiração pulmonar é o
método mais comum de se manter saudável, quando o corpo está em
seu estado normal.
Porém, quando o corpo está doente, o ritmo da respiração se
torna diferente, pouco profundo. Conforme a medicina oriental, este é
um sinal de que existe doença no corpo, enfràguecendo as irocas gaso-
�pela respiração. .
_---.
--- -------"--&s Para ]lav ,. de é necessário que úíCãlinidade do sangu�,
com o se H de 7 2 a 7 4 ão seja aumentada ou diminuída em extre-
mos, pois po e trazer oenças e até a morte.
O sangue bioquímicamente equilibrado torna o pH das células
homogeneamente· estável. Este processo de controle é geralmente feito
pelos rins e pulmões. }
FalatJ?.OS há pÓuco em sangue sujo, escuro. Este sangue está vol­
tado para a acidez� o sangue limpo está para o pH neutro, ou
seja, nem ácido nem alcalino.
O sangue venoso possui pH 7,2 a 7,3, enquanto o sangue arte­
rial tem pH em torno de 7,3 a 7,5. Se há equilíbrio neste valor de pH a
vida se mantém.
f � A diferença do pH de 0,2 a 0,3 é que mantém a saúde, Embora o
valor seja pouco, basta o seu desequilíbrio para caírmos enfermos.
Se este mecaqismo compensatório não existisse, o corpo não
seria capaz de curar as doenças por si mesmo, até mesmo a cirurgia não
teria efeito.
O ato de respirar se realiza instintivamente desde o nascimento.
É considerado importante para a manutenção da saúde pelos povos ori­
entais desde a antigüidade.
Se por algum motivo a respiração parar, a falta de oxigênio no
sangue fará com que o valor do pH arterial caia, causando falecimento.
---a.�= ( Este princípio lógico fez com que se proliferassem os sistemas
de respiração para saúde usados no Oriente, assim como a Yoga, o Qi
Gong, e o Shin Kokyu hô que, unidos à captação da energia vital Ki do
universo, possibilitam a limpeza do sangue traduzindo-se num excelen­
te método de cura espontânea)

38

O volumeJde ar trocado na respiração é de 20% de oxigênio na
inspiração e 16% na expiração, demonstrando que.{4.%) do volume de
oxigênio respirado é absorvido pelo organismo. � ,
A quantidade de gás carbônico na inspiração é de 0,03% e na
expiração o seu valor sobe para 4o/�Demonstra portanto que o meca­
nismo respiratório expulsa o gás carbônico e distribui através do san­
gue o oxigênio no organismo, elevando o pH.
Para que essa troca de gases possa ocorrer no mecanismo respi­
ratório, o corpo necessita da diferença de pressão gasosa nos alvéolos
pulmonares.
O ar atmosférico, segundo as leis da física, possui a característi­
ca de se locomover naturalmente quando há desnível de pressão no seu
ambiente. Uu seja, ele se move do local de pressão mais alta, migrando
para onde há o valor de pressão mais baixa.
Este mecanismo da natureza é que produz o vento. Se esta dife­
rença de pressão é baixa, mas seu valor é muito alto o vento se transfor­
ma em destruidores tufões.
As trocas gasosas nos alvéolos pulmonares também obedecem
à mesma lei. É por diferença de pressão que o oxigênio passa dos al­
véolos para o sangue dos capilares e o gás carbônico do sangue venoso
para os alvéolos.
A aplicação de ventosas na pele baseia-se, desde os tempos an­
tigos, no mesmo princípio: na lei de trocas gasosas através da pele,
eliminando os gases estagnados no corpo e promovendo a limpeza do
sangue, pelo uso da pressão negativa produzida pelo vácuo.

39
6. AÇ TROCAÇ GAÇQÇAÇ
COM \JENTOÇAÇ .
A pele antigamente era considerada apenas como uma simples
cobertura do organismo destinada a protegê-lo contra agentes agressores
do meio ambiente.
A pele na verdade é uma membrana grossa, resistente e flexível,
que cobre o corpo e te ,6 etros uadrados de su erfície em adultos.
É uma excelente capa protetora das influências\fllecânicas, tér­
micas, químicas; é um órgão excretor, receptor de estímulos e regula­
dor da temperatura corporal.
Ela se compõe de epiderme, hipoderme e derme, sendo o
maior aparelho ·ao corpo humano.
A pele é considera­
da um aparelho de respira­
ção, assim como o pulmão,
mas o seu grau de absorção
de oxigênio é bem menor.
Ela se destina mais à elimi­
nação das células enve­
lhecidas, ou à excreção das
toxinas pelo suor, e gases
que intoxicam.
Estas funções ex­
cretoras são exercidas pe­
las glândulas sudoríparas e
glândulas sebáceas.

41
As glândulas sudoríparas conseguem eliminar as toxinas gaso­
sas pelo suor, que possuem pH em torno de 4,5 a 6,5.
Ela. também elimina gases por diferença de pressão como se
Ç(O-
fosse o pulmão. A f)ele é coberta por 1000 "bar" (unidade de pressão
l,

usada em meteorologia) de pressão isométrica.


( Quando aplicamos a ventosa, ou seja, o vácuo em sua superfí-
cie, retiramos daquele local os 1000 "bar" de pressão, e forçamos para
que ocorra o fenômeno descrito pela lei física de. trocas gasosas, fazen­
do com que os gases migrem para a baixa pressão.
Como conseqüência, as toxinas e os gases, como o gás carbô­
nico, gás amoníaco (formado quando os rins falham em transformar
amoníaco em ácido úrico) etc. que ficam embaixo da pele, são imedia­
tamente eliminados.
Reparem que Q mecanismo é o mesmo que ocorre nas trocas
gasosas no alvéolo.pulmonar, isto é, diferença de pressões.
Este é o mecanismo fundamental para limpeza do sangue pro­
duzido pela ventosa.
Aparelhos compressores são utilizados no Japão para dar maior
pressão negativa dentro do copo, por aspiração. Os copos de ventosa
para este fim devem ter o bocal grosso e arredondado para não ferir a
pele do paciente, adaptado com válvula pneumática. A força de sucção
é muito forte propositalmente para produzir um bom desempenho
terapêutico segundo a técnica de ventosaterapia do professor Kuroiwa.

42
No Brasil temos o aparelho de ventosaterapia Seki, elaborado
pelo professor Seki, que produz por compressor uma pressão negativa
de até 70 mil bares com fins -terapêuticos.
O princípio usado pela ventosa não elimina apena& os gases,
mas, através dos pontos dos meridianos usados pela Acupuntura, con­
segue eliminar toxinas por reflexo dentro dos órgãos internos no inte­
rior do corpo.
Canse ue assim uma limpeza maior do que a obtida pelo pul­
mão, regula o a pressão negativa por compressor.

·-·
1 -----·-- -

Aparelho de Ventosa Seki

um·a demonstração da limpeza, por eliminação de gases inter­


nos com uso das ventosas, consiste no seguinte experimento:
Prepare uma quantidade de água
de 1/4 do tamanho em volume do copo
ventosa. Coloque esta água no interior
desta ventosa antes de aplicá-la no cor­
po.·
(Aconselhamos para esta ex­
periência usar ventosas por sucção
Seki.)
Observe, após aplicá-la na pele
com uma boa pressão, que se formam
bolhas de gás na água dentro da vento­
sa. Conforme aumentamos o grau de pressão negativa de sucção, au­
mentaremos a quantidade de borbulhas.

43
Isto é geralmente provocado pelq ato imoderado de comer e be­
ber demasiadamente, abuso do álcool, ingestão de alimentos poluídos
ou demasiadamente gordurosos e condimentados.
Este caso a medicina oriental descreve como "acúmulo de ali­
mentos", em que o paciente come demasiadamente, formando substân­
cias indigestas tóxicas no organismo.

44
- "
7. A REAÇAO TERAPEUTICA
PRO\JOCADA PELA \JENTOS-A
O tratamento pela ventosa foi desenvolvido através do longo
processo de prática, vivência e luta contra a doença.
O seu uso é simples e fácil e sua eficiência no tratamento de
certas doenças comuns conseguiu grande aceitação na China, Japão e ___
Coréia. É popular o seu uso familiar!
-i) ( É comum vermos na China ou no Japão pessoas irem à praia
com marcas nas costas produzidas pelas ventosas. Estas marcas desa­
parecem sozinhas dentro de dois a três dias.)
Aqui no Brasil este recurso terapêutico é usado pelos imigran­
tes orientais e alguns europeus tradicionais. Creio que, no Brasil, a acei­
tação social do método utilizado pela ventosaterapia é uma questão cul­
tural apenas.
Como a ventosa trata a doença? Tem-se observado no Oriente
que o tratamento pel{uso da ventosa possui a capacidade de regular a
i-+ função nervosa quando aplicado nos pontos dos 14 meridianos: Au­
menta também a resistência do corpo às doenças pela aplicação de
ventosas c�--oú sem sangria, desintoxica os tecidos promovendo uma
purific#o e melhor res i ãõ"'ãa pele, como também a qualidade da
cir ação san tornando os vasos mais flexíveis e limpando os
cidos__abaixo da pel
/ / · na_ret�los gordurosos localizados, responsá-
' � ormação das celulites, que atrapalham o livre fluxo s�ngüíneo.
, São eoadjCfvaÍrtes no trabalho de remo ão dos radicais livres -
Aoxi• • s causadoras de desequilíbrio bio-
.., \ �químico,, - e na limpeza do sangue sujo, eliminando o excesso de
\s
colesterol.
45
Os efeitos da aplicação das ventosas são percebidos facilmente
na_ parte externa quando em tratamento local.
O esvaziamento sangüíneo dos tecidos provocado pelo seu uso
e o au.mento da circulação podem retirar rapidamente o sangue dos teci­
dos, substituindo por outras, as células sangüíneas extooias-acnrs:-"i:
acúmulo ;de sangue sujo localizado é removido, trazen o alívio da dor
provocada pelo inchaço. .----9'
Nos casos de estiramentos de membros, escoriações e dor local
por hematoma, a sa�gria com ventosa traz pronto restabelecimento.
Quando aplicamos ventosas, o vácuo formado engole a pele fa­
zendo com que o sangue comece- a ser sugado para a periferia da pele
com mais intensidade, provocando o reflexo terapêutico conforme a
cor e a tipologia de sua apresentação na pele.
O grau de força de sucção depende ·do tipo de doença, crônica
ou aguda, podendo ser forte ou moderada para atingir o nível de estí­
mulo necessário para uma boa reação do corpo contra a doença.

46
8. O REFLEXO TERAPEUTICO
PRO\JOCADO PELA PREÇÇÃQ
NEGATI\JA
. A propriedade da ventosa está na aplicação da pressão negativa
e na posterior·descompressão quando a ventosa é retirada, fazendo com
que ocorra uma reação terapêutica propícia à ativação da força vital
éontra a doença. �
Com base emS?Jill9}anos de história, a ventosaterapia tem a
�vantagem de se�uir contra:�ões.
..
Em determmadas doenças, devemos o6servar os pontos e áreas
de aplicação das ventosas, para que os resultados sejam prontos e efi­
cazes.
@) � Na prática de ventosas
secas não é preciso conhe­
cer com profundidade a
teoria. Pode-se seguir três
aspectos básicos:
a) Aplicação local,
onde se manifestar maior
prazer, trazendo alívio ime­
diato.
b) Aplicação nos pon­
tos locais e distantes nos
casos de dores.
c) Aplicação no pes­
coço e nas costas.


Mesmo que nos possa escapar um ponto ou outro, não há moti­
vos para preocupação, pois_ o bocal da ventosa é rande o suficiente
®� para abrangê-los, mesmo porque - ob · etiv da ventosatera ia é ex an­
dir os vasos. pela pressão negativa, m� orando e desobstruindo a cir­


culação estagnada.
O reflexo da pressão é
o� m�is importante da
ventosaterapia. Entretanto, é
pouco conhecido na medicina
atual.
Este tema foi objeto de
investigações científicas no Ja­
pão, em virtude do fenômeno
particular de aparecimento de
· suor na aplicação das ventosas.

A transpiração no local de aplicação da ventosa se deve à pres­


são assimétrica negativa exe�cida sobre o corpo.
@ ___,,, ( A pressão negativa ap�icada na pele influi não somente no refle­
xo Je sudorese, mas também no reflexo do enrijecimento muscular e
nas funções do sistema nervoso autônomo)
Quando uma ventosa succiona uma zona cutânea, produz-se uma
troca no lado oposto a essa zona. Esta troca é ·relativa conforme a dose
de pressão negativa no local.
Este fenômeno é produzido por estímulo do sistema nervoso
vegetativo.
Em princípio o sistema parassimpático se volta predominante­
® - mente no lado oposto. Isto explica como é possível cortar a hemorragia
nasal, aplicando ventosas no pont�situado entre a base occipital
e a borda superior da nuca na linha posterior.
:,::, Quando se aplica pressão em ambos os lados do corpo ao mes­
mo tempo, o sistema parassimpático predomina. Isto explica a sensação
de sono durante a aplicação da ventosa.
--......�· Outro efeito sobre a pele é o da influência exercida sobre a
permeabilidade
· capilar mediante o nervo.
Ao aplicarmos as ventosas, há a formação de edema

48

-----
A/04a-f =c;;;;J

Como se sabe, o edema se produz em caso de permeabilidade
capilar, ou seja, quando o aumento da permeabilidade permite a passa­
gem de proteínas e de outras moléculas até os capilares dos tecidos
celulares.
Isto aumenta a pressão osmótica do tecido intersticial e a água
dos capilares se dirige ao tecido subcutâneo, produzindo o edema.
Graças a esta modificação de permeabilidade capilar, a ventosa
ativa o intercâmbio gasoso (entre os tecidos e capilares) e a drenagem
do líquido extracelular, o que forma um edema passageiro causado por
uma decadência funcional de certos órgãos internos. J
Como exemplo, nos referimos ao edema ocasionado por enfer­
midades orgânicas, como a insuficiência cardíaca, hepática ou renal e
outras enfermidades, sendo absolutamente necessário consulta{ um
médico especialista para tratar a enfermidade de origem.

49
9. REGULAGEM DO S-IS-TEMA
NER\JOS-0 AUTÔNOMO
O �iste�a nerv�so se liga a todas as partes do nosso corpo,
gerenciando a função dos órgãos internos. A função alterada do sistema
nervoso pelo aumento ou inibição de sua função pode levar ao mau
funcionamento de certos órgãos, resultando em doenças) ·
O sistema nervoso autônomo compõe-se de uma rede de células
e fibras nervosas; ele controla os músculos involuntários e regula as
funções vitais do corpo.
Não age sob o controle de nossa vontade, mas o estímulo nos
__.,. (
pontos e meridianos usados pela acupuntura tem demonstrado influenciar
a sua ação.)
As técnicas de tratamento usando ventosas nos pontos dos· 14
meridianos têm um efeito reflexo sobre estas funções nervosas, fazen­
do com que os desequilíbrios do sistema nervoso se regulem por meio
da chamada teoria da reação "neuroepidérmica". Segundo pesquisado­
res orientais, proporcionados pelo estímulo da ventosa nos pontos de
acupuntura, ativaria e:ertas ligações (ainda não totalmente descobertas
pela ciência atual) que se transmitiriam ao sistema nervoso, aumentan­
do a resposta das células nervosas na liberação de elementos químicos
neurotransmissores.
Desta maneira as dores podem ser aliviadas, assim como outras
doenças.
Alivia também hipertensão, pois a dilatação dos vasos por meio.
de ação reflexa nervosa produz a queda temporária da pressão arterial,
e, pelo efeito relaxante, revigora as forças abaladas pelo estresse.

Sl
Algumas provas experimentais em anos recentes feitas na Coréia
demonstram que as ventosas, quando aplicadas em número na região
das costas inferior e superior, aumentam o fluxo de sangue nos órgãos
internos. resultando no fortalecimento dos rins e fígado. Fortalecendo
estes órgãos, .teremos o organismo também fortalecido, pois eles funci­
onam como grandes filtros sangüíneos.

(Estômago) (Bexiga)

(Baço) (Figado)

Observem que as ventosas são dispostas no local próximo ao


órgão mencionado.
Para exercer um efeito sobre o órgão interno desejado, são usa­
das um grande número de ventosas no local para estimular a reação
local "neuroepidérmica", produzir a desintoxicação, a troca sangüínea
por estímulo reflexo, fortalecimento dos órgãos.

52
10. RELAXAMENTO EFICAZ
PARA O EÇTREÇÇE
Recentemente aumentaram consideravelmente as queixas em
torno de v·árias doenças. Os médicos teriam dificuldades e dúvidas no
diagnóstico desses pacientes, pois não apresentam nenhum sintoma de­
finido que se possa classificar. Mas, na maioria dos casos, seriam pro­
cessos conseqüentes de fadiga adquirida pela vida moderna.
Hans Seyle, da Universidade de Montreal no Canadá, em 1936
deu início a experiências por um período de 30 anos, até formar a sua
teoria da síndrome do Estresse. '\t
Stress significa distorção, e os seus estímulos estressantes po­
dem ser de calor, frio, umidade, traumatismo, de origem física, de ori­
gem química, por nervosismo, por indecisão, intranqüilidade, etc.
Quando o organismo recebe o estímulo estressante, os órgãos
na sua totalidade têm tendência a se atrofiarem. Há uma queda da tem­
peratura do corpo, perda de tônus muscular, o sangue se torna denso, a
permeabilidade capilar diminui e se reduz a ação do sistema nervoso.
Logo após, a defesa do organismo volta ao normal, aumentando
a secreção cortical no sangue.
Nesta fase o organismo está se defendendo de fortes estímulos
estressantes externos, ou seja, a sua reação às ventosas apresentaria o
seu aspecto máximo.
Na verdade, o relaxamento mental é obtido através do relaxa­
mento físico. No seu tratamento, a aplicação de ventosas não cuida so­
mente dos .músculos enrijecidos, mas acalma diretamente os nervos
excitados.
� l Isto permite ao corpo restabelecer um equilíbrio mental e físico,
além de reforçar a energia para vencer o estresse e suas enfermidades.)

53
11. O FORTALECIMENTO
" "
DA REÇIÇTENCIA ORGANICA
AÇ DOENÇAÇ
" A ventosaterapia consegue melhorar o estado físico geral sem
contra-indicações. Ela prbduz o aumento dos glóbulos brancos, aumen­
to das hemácias, melhora a ação anti-hemorrágica, torna o _sangue rela­
tivamente alcalino e fortalece o sistema imunológico do nosso organis­
mo, sendo um excelente método preventivo e terapêutico contra as do­
enças.
A aparência geral da cor da pele muda do pálido para o rosa
após as aplicações de ventosas, estimula o apetite e melhora a captação
de oxigênio do organismo. Mesmo quando o uso de remédios não �urte
tanto efeito e a recuperação é lenta, o uso conjunto de ventosas descarta
as más influências tornando o tratamento mais efetivo.
Através da observação da mudança da cor da pele para o tom
avermelhado após a aplicação de ventosas, (e�perimentos coreanos de- 4-
monstraram que a
1 · -

;:
,._

temperatura da pele
antes e depois da
aplicação de ventosas
se elevou até em áreas
distantes do ponto de
sua aplicação.)
Isso ilustra '·";' �
'f .f·

que o seu uso acelera ·J.:: · •


o metabolismo e pro­
voca dilatação dos

55
vasos periféricos, aumentando a circulação sangüínea, reforçando a
resistência contra a invasão de agentes nocivos. '

56
1Q. ONDE APLICAR
AÇ \JENTOÇAÇ?

O uso de ventosas no Oriente foi desenvolvido com base na


acupuntura.
Ela se fundamenta na crença de que a resistência contra a doen­
ça pode ser alcançada, induzindo o corpo a se curar pela aplicação de
ventosas em pontos dos 14 meridianos ou em nódulos de reação positi-
.ll·
) Esta função reguladora é descrita no antigo Cânon de Medicina
� Oriental, o Nei Jing:
"A acupuntura tem a junção de remover a obstrução dos meri­
/ dianos, regulando o Ki e o sangue, tendo como resposta deste fato a
harmonização da hipoatividade e da hiperatividade das junções do
corpo".
diagnose pela palpação de pontos usa o sentido do tato dos
dedos para examinar procurando anormalidades, ou manifestações po­
sitivas de pontos servindo de base para o diagnóstico e tratamento.
O paciente deve estar deitado em decúbito ventral confortavel­
mente, em posição natural, com os músculos relaxados; então palpamos
ao longo do canal da bexiga, na musculatura paravertebral, entre as�
omoplatas e na região do trapézio cuidadosamente, com a polpa do po­
legar ou o dedo indicador, escorregando, pressionando ou massageando
para determinar se existem enrijeciment�, l!!!ldanças anormais na pele,
ou na profundidade subcutânea na forma de cordas ou nódulos de dife­
rentes tamanhos e formas. Estes pontos são sensíveis à pressão.

57
Ç'
m� �
,.-i o ,
j�
º
o
o
\\ o
' 0 0
o o
o Q,
ºo º
o

t
o o
o o
o o

Como estes nódulos aparecem? Quando ocorrem alterações nos


órgãos internos, temos como conseqüência o fenômeno "reflexo super­
ficial", que pode se apresentar de duas maneiras:
a) Atuando através do nervo sensitivo superficial, causando sen­
sação de dor local. A sensibilidade dolorosa pode ser comprovada por
leve beliscamento no caminho do meridiano.
b) No caso do nervo motor (que controla a musculatura), cau­
sando a rigidez muscular. Pode ser detectado por palpação.
(i � ( A aplicação de ventosas nestes pontos enrijecidos provoca por
congestão o esvaziamento sangüíneo deste tecido e estes endurecimen­
tos desaparecem, fazendo por reflexo com que o paciente se recupere,
pelo equilíbrio fornecido pela normalização do livre fluxo da circula­
ção nestes pontos do K1 e do sangue.)

Pulmão
Coração/
-.,.,......---- Disturbios
Estômago

Bexiga

58
Dentre estas áreas, precisamos estar atentos ao grau de enri­
. ecimento da musculatura do esco o, pois ele possui papel importante
-
na circülação -cerebral. Estudos clínicos demonstram que a estenose da .6--@
artéria, ou arteriosclerose obliterante nesta região, causa distúrbios
vasculares no cérebro.)

@_. { A medicina oriental


acredita que o enrijecimento da
musculatura da região cervical
em conjunto,.com o enrijeci­
mento da musculatura do tra­
pézio causaria distúrbios circu­
latórios e estagnação de Ki que
se propagariam para o resto do
co ois pela sua área circu­

la�importantes meri<li@oas
(intestino grosso, intestino del­
gado, vesícula biliar, bexiga, tri­
plo aquecedor e estômago).
A hipertonia dos mús­
culos sobre os ombros e pesco­
ço afeta a circulação cerebral,
assim como afeta a circulação
das extremidades dos membros
superiores/

· O grupamento muscular desta região torna-se facilmente fatiga-


do pelo efeito das tensões diárias, podendo causar pela sua rigidez m_á
circulação cardíaca e pulmonar por reflexo. Além de causar hiperten:..._ /
são reflectivan
/
. ( Este reflexo ocorre quando há. déficit de suprimento sangüíneo
no cérebro, causado pelo enrijecimento muscular dificultando o fluxo
sangüíneo nos ramos das artérias subclávias e vertebral. Na tentativa de
recuperar o déficit sangüíneo, o organismo produz automaticamente
uma hipertensão compensativa.)

• t11/IA,j e ci/o
·�
fU"'f""CO
omlu.PJ
·o
-fta-ré.t-i
A região lombar carrega o
peso da parte superio_r do corpo,
estando sujeita a ocorrência de enri­
jecimentos e distúrbios; como con­
tração lombar e lombalgias, resul­
tante do fato de trabalharmos sen­
tados várias horas por dia e de maus
hábitos posturais. Da mesma ma­
neira reflexa,. a hipertonia da mus­
culatura lombar pode concorrer na
disfunção dos órgãos pélvicos.

60
-
13. A PRE\JENÇAO
- .

DA HIPERTENS'AO
Quando atingimos a meia idade, a hipertensão arterial começa a
nos preocupar. Atualmente é dito que uma entre três pessoas de meia
idade sofre de hipertensão, e o número de hipertensos que não fazem
uso de medicamentos é ainda maior.
Existem diversas causas de hipertensão, como o excesso de sal,
estresse, obesidade, estafa, tabagismo, ingestão alcoólica, hereditarie­
dade, etc., mas �ma das principais causas é a ingestão de sal e o
enrijecimento dos músculos sobre os ombros e o pescoço que provoca
hipertensão reflexa. L-., ve-i. P(}- �1
O nosso organismo tem um estrutura tal que se o grupamento
muscular da área cervical e do trapézio enrijecer, eleva a pressão arte­
rial.
{
� Com o acúmulo de colesterol, gorduras e cálcio contidos no san­
gue, nos vasos sangüíneos lesados pela hipertensão arterial, mais o
enrijecimento muscular crônico da área cervical e trapézio, torna o flu­
xo de sangue prejudicado, e isso provoca arteriosclerose, acelerando o
envelhecimento dos vasos)
Se persiste a hipertensão arterial, o coração trabalha com a força
suficiente e correspondente à pressão alta, e depois de algum tempo
pode ocorrer a hipertrofia do coração, levando à insuficiência cardíaca.
As estatísticas médicas demonstram que a maior parte das mor­
tes súbitas é causada por doenças dos vasos sangüíneos, mas se usar­
mos as ventosas periodicamente para repelir a exaustão, acalmar os ner­
vos e relaxar a musculatura do pescoço e sobre os ombros, estaremos
ajudando na prevenção da hipertensão.

61
Tratamento com ve11tosas para aliviar
afadiga e acalmar os nervos

62
14. MAÇÇAGEM COM
\JENTOÇAÇ
O q�e é a�
São certas manipulações de tecidos moles do corpo; estas mani­
pulações são manobras aplicadas com as mãos, muito efetivas, admi­
nistradas com o propósito de produzir efeitos no sistema nervoso, mus­
cular, na circulação local e geral do sangue e d infa.
A massagem foi primeiro descrita em 698 a.C por Huang-ti na
China. Hipócrates foi o primeiro a usar a massagem em direção
centrípeta, provavelmente baseada na observação clínica, antes da cir­
culação sangüínea ter sido descoberta por Harvey 2.000 anos após. Os
gregos e romanos continuaram a praticar a massagem até a queda do
Império Romano.
A arte da massagem foi praticamente perdida durante a idade
média, mas reviveu no século XVI através do médico francês Ambrolse
Paré; no século XIX, Mettzer na Holanda e Ling na Suécia ajudaram a
formular um sistema científico de massagem. A Primeira e a Segunda
Guerra Mundial foram parcialmente responsáveis pelo aumento do uso
da massagem nos Estados Unidos.
Atualmente, a massagem é usada em tratamentos para várias
situações, sendo considerada um tratamento popular. Não restam dúvi­
das que o uso do toque hmnano traz um extraordinário beneficio, tanto
fisico como psíquico e pode ser usado não apenas para tratar doença,
mas para a manutenção do bem-estar.
Os seus efeitos são: remover a pele ressecada pela abertura dos
poros e pelo suor. Mecanicamente, aumenta o fluxo do sangue e da
linfa, reduzindo o edema. Mantém a flexibilidade dos músculos, retira
as adesões e as fibrosites e mobiliza as secreções dos pulmões.
63
A aplicação de ventosas no corpo, além de façjljtar as trocas
gasosas e regular o pH sangüíneo e trazer um efeito reflexo quando
aplicada nos pontos de acupuntura, se usada para massagear usando um
meio lubrificante (óleo ou vaselina), produz o "efeito massagem".
Na estagnação da circulação sangüínea pode se formar um gua-
dro álgico com acompanhamento de manifestações na pele e músculos,
como dilatações capilares (telangiectasias), infiltrações subcutâneas,
formações de.cordões enrijecidos e nódulos, assim como alterações tér-
micas locais. ? ?
Se utilizarmos nestas manifestações pressões isquêmicas ou
--\+pressoterapia Shiatsu, a musculatura reage aumentando a sua rigidez,
� piorando o quadro.�
Nestes casos, para descongestionar o bloqueio, devemos ativar
a circulação sangüínea, aplicando massagem com ventosas-J

''·

64
15. QÇ PONTOÇ DE
ACUPUNTURA E AÇ \JENTOÇAÇ
A medicina tradicional oriental tem o seu princípio em antigos
conceitos de que o corpo possui energia vital circulante (Ki) e uma rede
de distribuição chamada de meridianos, que possui comunicação com o
meio ambiente através de aberturas também conhecidas como pontos
de acupuntura.
Para visualizarmos melhor, vamos comparar este sistema com
os metrôs urbanos subterrâneos. Os pontos são como as estações de
embarque de passageiros que se ligam à superfície.
Os meridianos seriam as linhas ou trilhos por onde passa o flu-
xo eletromagnético, ou o Ki.
Os pontos são uma porta aberta para recepção de estímulos ex­
ternos, com�são de dedos, agulhas, queima de moxa, ventosas.
Em� o dr. Yoshio Nakatani desenvolveu um ohmímetro
sensível o bastante para ser usado como detector de pontos de acupun­
tura na superfície da pele.
Quando analisados por fotografia microscópica, estes pontos
detectados revelam a existência de terminações nervosas e de vasos
sangüíneos.
Não são encontrados onde o aparelho não detecta estes pontos
de acupuntura.
Estes pontos, quando "doentes", se encontram::::@rijecidos e
sensíveis, devendo ser tratados para a melhora do quadro patológico.
Conforme o desequilíbrio de polaridade no corpo que impede o
livre fluxo de energia Ki, determinamos respectivamente o aspecto�
(vazio) o@(plenitude) de blogueiQ. Quando o Ki flui bem distri­
buído no corpo, este se encontra em estado de "boa saúde", mas se

65
aparecem desequilíbrios, logo se produzem Kyo e Jitsu em algumas
partes do corpo entrando o organismo em estado patológico para a me­
dicina oriental.
O aspecto�se apresenta na ventosaterapia, quando após re­
tirarmos a ventosa, a área se apresenta pálida, sem qualquer reação.
o@pode se apresentar de várias maneiras, conforme o esta­
do do paciente e a cronicidade da doença, como:
a) Reação Forte (tom escuro), aspecto antigo, crônico;
b) Reação Aguda (tom escuro disperso, manchado), doença
crônica;
c) Reação média (tom avermelhado pigmentado), doença re­
cente;
d) Reação puntiforme (para doença aguda), estados dolorosos.
Podemos também, em determinadas doenças internas, forçar a
aparecer a "reação de bolhas", como se fossem bolhas de queimadura
na pele, sendo considerado um bom efeito terapêutico de reação orgâ­
nica, segundo algumas escolas orientais.

Aspecto Ky() Aspecto Jitsu

66
16. QÇ 1Q MERIDIANOÇ
Meridiano Yin do pulmão

Este meridiano corres­


ponde aos pulmões, que resti­
tuem o sangue fresco graças à .
respiração externa (ventilação
pulmonar) e interna (respira­
ção celular); tem relações es­
treitas com a pele assim como
o metidiano do intestino gros­
so· que forma o seu par.
Estes meridianos são a
base do metabolismo, que rea­
lizam as funções fundamentais
�a vida graças ao contato com
o mundo exterior.
Por outro lado, o pulmão
é o único órgão que podemos
controlar voluntariamente.
Por esta razão, há diver­
sos métodos respiratórios cujo
fim é controlar a respiração
para equilibrar as funções do
sistema nervoso autônomo e o
estado mental.
Em caso de desequilíbrio
funcional, sentiremos opressão no peito, tosse, palpitações, causando
cansaços constantes.

67
Meridiano Yang do intestino grosso

Este meridiano se
relaciona com o intestino
grosso, órgão excretor
que se encarrega da eva­
cuação de excrementos e
da depuração de substân­
cias tóxicas, graças à flo­
ra bacteriana (ou as bac­
térias intestinais).
A medicina oriental
dá muita importância à
eliminação rápida dos re­
síduos pesados, pois o
depósito prolongado no
corpo produz substân­
cias tóxicas e gases que
são prejudiciais à saúde.
Em caso de dese­
quilíbrio, o branco dos
olhos fica amarelado, e
sentimos os músculos
sobre os ombros enrije­
cidos e uma dor que se
irradia para os braços e
L-���������������� dedos.

Existem relações estreitas deste meridiano com a pele, tornando-a


menos brilhante, ocorrendo também o aparecimento de grânulos.·

68
Meridiano Yang do estômago

O meridiano do es­
tômago representa este ór­
gão digestivo que tem rela­
ções estreitas com nossa
vida cotidiana. Creio que
não é necessário insistir na
importância do seu dese­
quilíbrio desestruturador
que impede a nossa nutri­
ção de processar-se com­
pletamente.
Não podemos es­
quecer da sua influência no
estado psíquico (ansieda­
de, depressão, estresse, etc.)
Quando o estôma­
go funciona mal, suas con­
seqüências são quase ime­
diatas. Surgem problemas
de digestão, com sintomas
freqüentes de dor de cabe­
ça irradiando para os olhos,
e para a parte frontal, secu­
ra dos lábios, hemorragia
nasal e cansaço.

69
Meridiano Yin do baço

Este meridiano con­


tém as funções do pâncreas
da medicina atual, representa
o conjunto das glândulas di­
gestivas e transforma os ali­
mentos em quimo, pronto para
ser assimilado.
O seu desequilíbrio
traz arrotos, diarréia ou prisão
de ventre. A pessoa sente tam­
bém as pernas pesadas.

70
Meridiano Yin do coração

O meridiano do cora­
ção controla a função do co­
ração que é o órgão central da
circulação do sangue. A me­
dicina oriental antiga não co­
nhecia as funções do cérebro,
pensava que o coração desem­
penhava a mesma função. Em
certo sentido, tinha razão, pois
o coração se deixa influir fa­
cilmente pelos sentimentos
que são uma espécie de trans­
formação dos estímulos do
mundo exterior recebidos por
meio dos cinco órgãos dos
sentidos.
O seu desequilíbrio
reflete os olhos injetados,
além de uma dor no epigás­
trio, e faz sentir formigamen­
tos na parte externa do ante­
braço até o dedo mínimo.

71
Meridiano Yang do intestino delgado

Este meridiano corres­


ponde ao intestino delgado que
assimila os alimentos e os con­
verte em energia. Por esta razão,
alguns médicos tradicionais in­
sistem na teoria da produção do
sangue nos intestinos.
O seu desequilíbrio tor­
na os olhos amarelados e dimi­
nui a audição; ocasiona também
dor no antebraço até o cotovelo.

72
Meridiano Yang da bexiga

O meridiano não cor­


responde somente à bexiga,
mas também às funções do
sistema nervoso autônomo,
como se pode comprovar fa­
cilmente pelo trajeto que per­
corre ambos os lados da co-
1 una vertebral, quase por
cima das cadeias paragan­
glionares simpáticas. Este
meridiano tem relações es­
treitas com o sistema nervo­
so autônomo.
Por isso, ele é ·muito
utilizado para equilibrar as
funções do sistema nervoso
autônomo.
O desequilíbrio do
meridiano da bexiga toma a
pele flácida, cabeça pesada,
ou dor de cabeça por causa
da congestão deste grupo
muscular por onde passa o
meridiano, podendo aparecer
L--���������������-'
dores na nuca, escápula e
lombar.

73
MeridianoYin dos rins

Este meridiano não


corresponde somente aos
rins, cuja função é manter os
"humores" em seu estado
normal, qualitativo e quan­
titativo, filtrando-os para
que a urina e os resíduos
metabólicos e outras subs­
tâncias prejudiciais ao orga­
nismo humano sejam expe­
lidas, mas também às glân­
dulas supra-renais que se­
cretam numerosos hormô­
nios indispensáveis à manu­
tenção da vida.
Em caso de desequi­
líbrio deste meridiano, o ros­
to se toma escurecido, apa­
recem vertigens, diarréias e
edemas, assim como perda
de apetite e cansaço fácil,
ocasionando freqüentemen­
te dores lombares.

74
Meridiano Yin circulação sexualidade

O nome deste me­


ridiano em japonês é Shim­
pô, que significa literalmen­
te "cobertura do coração".
Este meridiano foi traduzi­
do erroneamente como "cir­
culação sexualidade".
Os orientais antiga­
mente davam uma grande
importância ao coração, e
por isso acreditavam que
existia um "órgão especial"
que protegia o coração, para
envolvê-lo. e administrar a
sua função.
Portanto, esse meri­
diano tem uma função rela­
cionada ao coração, influen­
ciando sobre o seu ritmo
cardíaco.
O desequilíbrio des­
te meridiano causa sintomas
semelhantes aos do coração.

15
Meridiano Yang três aquecedores

O meridiano três aque­


cedores não é um órgão con­
creto. A medicina oriental ex­
plica que a energia Ki, depois
de entrar neste meridiano pelo
seu ponto correspondente
"Sanshô Yu" (22B), circula por
este meridiano alimentando os
órgãos internos que se encon­
tram no tórax e abdômen.
Examinando este me­
ridiano, podemos averiguar o
estado de saúde. Quando os
músculos da área do epigástrio
estão enrijecidos, isto signifi­
ca às vezes enfraquecimento
geral ou então distúrbio nos
órgãos genitais .

. 7
6
Meridiano Yang da vesícula biliar

Este meridiano
corresponde à vesícula
biliar, que é o reservató­
rio da bílis, indispensável
à digestão e absorção de
gorduras.
A bílis também
possui um papel impor­
tante na excreção de cer­
tas substâncias tóxicas, fa­
cilita a absorção de vita­
minas solúveis em gordu­
ra, hormônios e alcalói­
des.
Um desequilíbrio
deste meridiano se origi­
na por choque emocional,
estresse e por ingestão de
comida rica em gordura e
etc.

77
Meridiano Yin do fígado

O figado na medicina
oriental tem a propriedade de
"conservar o sangue" sendo
também considerado como o
local de origem da força vital
Ki.
Por isso, em caso de
excesso de energia neste me­
ridiano, tornamo-nos irados
com facilidade, mas no caso
contrário ficamos pacíficos.
Este meridiano se re­
laciona com os enrijecimen­
tos musculares, tendinites,
câimbras, espasmos e com os
problemas da vista.
O figado equilibrado
tem um efeito benéfico sobre
o coração.
O seu desequilíbrio
perturba todo o corpo e seus
sintomas principais são: náu­
seas, calafrios, câimbras, es­
pasmos arteriais, enrijeci­
mento muscular, perturbação
�---------------- da vista. Pode também influ­
enciar as faculdades mentais por causa da irritação.

78
17. QÇ TIPOÇ DE \JENTOÇAÇ

1. Ventosas chinesas de bambu

São fabricadas em formato de copos lixados e polidos para se­


rem usadas com aplicação de fogo, em três tamanhos:

a) 11,5 cm de altura e 5,2 cm de diâmetro;


b) 10,5 cm de altura e 4, 7 cm de diâmetro;
c) 9,0 cm de altura e 3,5 cm de diâmetro.

2. Ventosas chinesas de vidro

São fabricadas em vidro comum de 0,5 cm de espessura, ou em


vidro tipo "Pirex" de 3 mm de espessura com resistência térmica, para
serem usadas com fogo, em três tamanhos:

a) 8,0 cm de altura com 4,3 cm de diâmetro;


b) 7,0 cm de altura com 3,5 cm de diâmetro;
c) 6,0 cm de altura com 2,5 cm de diâmetro.

79
3. Ventosas coreanas inquebráveis

Fabricadas em plástico transparente em dois modelos diferen­


tes, com válvulas embutidas, para serem aplicadas por compressor ma­
nual, em seis tamanhos:

a) 2,0 cm de diâmetro por 4,0 cm de altura;


b) 2,5 cm de diâmetro por 4,5 cm de altura;
c) 4,5 cm de diâmetro por 5,0 cm de altura;
d) 5,0 cm de diâmetro por 6,0 cm de altura;
e) 6,0 cm de diâmetro por 7,0 cm de altura;
f) 6,5 cm de diâmetro por 8,0 cm de altura.

80
18. COMO APLICAR
\JENTOÇA DE FOGO
Adapt� uma bola de algodão em um pedaço de arame de aproxi­
madamente 20 cm de comprimento, dobre a ponta em gancho para que
o algodão se fixe melhor.
Segurando a peça de arame com a mão direita, pingue 4 a 5
gotas de álcool no algodão e acenda com isqueiro ou fósforo.
Estando a ventosa segura na mão esquerda, coloque o fogo den­
tro dela girando por 2 a 3 segundos, e aplique imediatamente a ventosa
no local desejado da pele.
Esta operação deve ser feita a 20 cm aproximadamente do local
em que se vai aplicar a ventosa. Se a distância for muito grande entre a
ventosa e a pele, o ar será aspirado no meio do caminho da aplicação,
ficando o vácuo fraco, não resultando em boa qualidade de tratamento
pela fraca sucção, podendo a ventosa se soltar e cair.
Devemos portanto treinar até alcançar a velocidade e exatidão
necessárias.

81
Obs: Para aplicar ventosas onde ocorrem pêlos na pele, aconse­
lha-se depilar o local antes.
Para retirá-la da.pele, basta exercer pressão com o dedo na pele
ao lado da borda da ventosa para que o ar possa entrar, fazendo com que
se solte.
Nunca puxe a ventosa para retirá-la quando em sucção na pele.

82
19. COMO APLICAR S-ANGRIA

1. Martelo de agulhas

O martelo de agulhas pode ser usado nos seus dois lados, como
grupo dispersante de agulhas (A) e o grupo denso de agulhas (B).
O lado A é usado para golpear rapidamente a área da pele cor­
respondente, em torno de vinte vezes, até que o local fique avermelha­
do, podendo aparecer pontos de sangue.

--------�-----:-----
;:,---
.. :. ..

2. Agulha triangular

A agulha triangular é usada para remover o sangue sujo que


possui coloração escura no local de obstrução da passagem de Ki.
Esta agulha é protegida por um tubo de metal e possui uma mola
em seu interior com adaptador de profundidade.
O golpe deve ser rápido e seco, espremendo-se em seguida o
local puncionado para retirar algumas gotas de sangue.

83
QO. QÇ PONTOÇ MAIÇ
COMUNÇ PARA APLICAÇAO
DE \JENTOÇAÇ
Q1. TRATAMENTO .DE 3Q
DOENÇAS- COMUNÇ
COM \JENTOÇAÇ

1) Dor de cabeça tensional

Quando ficamos tensos por excesso de trabalho ou de estudo, a


musculatura sobre os ombros e pescoço logo enrijece, diminuindo a
qualidade da circulação para o cérebro, sendo necessário descongestionar
esta área para o alívio da dor de cabeça tensional.

87
2) Dor de cabeça habitual

Várias condições podem induzir à dor de cabeça, como: doen­


ças intacranianas, doenças dos órgãos dos sentidos, como sinusites.
E condições funcionais podem produzir cefaléia, assim como
doenças generalizadas como a hipertensão.
Aconselhamos usar martelo de agulhas a,o longo das vértebras
L 1 a S4, e na área afetada, assim como em ambas as palmas das mãos
e ponta dos dedos.
a) Usar ventosas nos pontos: Tai Yang, Ying Tang e 4IG.

o�
��
00

88
3) Cansaço visual

Quando lemos em demasia, assistimos à televisão, usamos com­


putadores, ou dirigimos à noite, ocorre o cansaço visual.
Importante informar que o cansaço visual é prejudicial à saúde,
trazendo os sintomas de: cabeça pesada, tensão na nuca e na região
cervical.
Isto demonstra a influência nefasta no sistema nervoso; neces­
sário portanto acalmar os nervos e retirar o cansaço, aplicando ventosas
na área do pescoço e na musculatura sobre os ombros, relaxando esta
musculatura, para pennitir uma melhor circulação cerebral.
Aplicando tambéni ventosas nos pontos:
Tai Yang e 410.

89
4) Bronquite

Usar martelo de agulhas, ou massagem com ventosa, na região


das costas, em ambos os lados da musculatura paravertebral, até a pele
ficar vermelha, para que haja reação na circulação sangüínea aumen­
tando a imunidade e fortalecimento da saúde.
Usar ventosas de três em três dias, ou de quatro em quatro, con­
forme a reação da pele.
Aconselhamos combinar com acupuntura, aplicando ventosas
após estímulo das agulhas.
13VG, ·13B, 38B, 21VB.

Para tosse, usar:


13VG, 11VG, 13B.

A
ººº
ººººº
"°"
'(_ /

90
5) C5lica

A cólica abdominal é geralmente causada por gases nos intesti­


nos, advindos de alimentação irregular e inadequada causando pertur­
bações funcionais do trato intestinal.
Necessário aplicar aquecimento na área abdominal e ventosas
para fortalecer o trato gastrintestinal, assim como regular os nervos apli­
cando ventosas nas costas, e nos pontos:

· 25E, 12VC, 20B, 21B.

ººe
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91
6) Cólera

Usar ventosas nos pontos:

25E, 6VC, 4VC, 20B.

92
7) Diarréia

Os pontos para tratamento da diarréia também servem para tra­


tar a constipação intestinal.
Devemos tratar primeiro de fortalecer os intestinos, usando ven­
tosas na região lombar na formação demonstrada, e logo após, aplicar
ventosas nos seguintes pontos:

25E, 27E, 12VC.

93
8) Lombalgia

A lombalgia, quando nos levantamos da cama é geralmente


provocada por torção lombar da cintura pélvica por má postura ao dor­
mir.
Devemos aquecer o local para relaxar os músculos, tentar equi­
librar a cintura pélvica desnivelada, acalmar os nervos e estimular a
circulação sangüínea para aliviar a congestão local, aplicando ventosas
na área do quadrado lombar, no ponto da dor e na região poplítea, com
ênfase nos pontos:

238, 30V8, 4VG, 548.

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94
9) Lombalgia com dor nas pernas

O enrijecimento e a fadiga da musculatura do quadrado lombar,


. podem provocar lombalgias e interferir por reflexo nos órgãos pélvicos,
sendo necessário prevenir o seu enrijecimento e a dor lombar, aplican­
do ventosas na área lombar e na musculatura posterior da coxa, com
ênfase nos pontos:

238, 478, 258, 30V8, 518;31V8.

95
10) Dor nos ombros e nas costas

O enrijecimento da musculatura sobre os ombros pode causar


hipertensão arterial reflexa, induzindo à insônia e nervosismo, podendo
ser prejudicial à saúde.
Portanto, necessitamos por prevenção ficar sempre atentos ao
seu enrijecimento, e aplicarmos ventosas nesta área e na musculatura
paravertebral interescapular, com ênfase nos pontos:

14VG, 21VB, 118, lOID, 15IG, IP.

96
11) Ombro congelado

Atualmente existem jovens que não conseguem dobrar os bra­


ços para trás devido a dores na região dos ombros.
No Japão este tipo de dor se chama "Goju-Kata", que significa
"ombro dos 50", porque geralmente ocorria aos cinqüenta anos.
Para tratá-lo, precisamos aquecer a articulação com toalha quente.
Logo após, aplicamos ventosas ao seu redor; paralelamente a
este tratamento convém fazer exercícios leves de movimentação dos
ombros e braços.
As ventosas devem ser aplicadas nas áreas dos pontos:

14IG, 15IG, 1 llG.

97
12) Clônus nas pernas

O clônus nas pernas é um sinal de anormalidade no funciona­


mento da musculatura por excitação dos nervos desta área.
Na medicina oriental é um sinal de desequilíbrio de meridianos.
Ela ocorre após exercício forçado nas pernas. Para aliviar este
sintoma e prevenir a cãimbra nas pernas, devemos aplicar ventosas nos
pontos:

57B, 55B.

98
13) Menstruação dolorosa

Começa com a sensação de frio nos pés, que é sinal de dese­


quilíbrio de distribuição de sangue pelo corpo, passando a demonstrar
ÜTegularidade na fase menstrual, com tensão e dor.
Para aliviar este sintoma, aplicamos primeiro ventosas no baixo
ventre nos pontos: 4VC, 6VC, 3VC e 25E, para influir na circulação
local, e algum tempo depois aplicamos as ventosas nas pernas nos pon­
tos: lOBP, 6BP, para incentivar a circulação.
É aconselhável aquecer os pés.

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99
14) Leucorréia

Usar ventosas nos pontos:

4VC, 6VC, 6BP, 25E.

100
15) Urticária

É uma doença alérgica, provocada por alergia a alimentos ou


remédio, ascaridíasis, etc. Aparecem placas de vários tamanhos e pruri­
do intenso.
A aplicação de ventosas, assim como o uso de martelo de agu­
lhas na musculatura paravertebral das costas, procura fortalecer a imu­
nidade.
Aconselhamos o uso dos pontos:

13VG, 1 lIG, 548, lOBP.

101
16) Rubéola

Usar ventosas nos pontos:

13VG, 4VG, 1 IIG, 54B.

102
17) Dor de estômago

12VC, 25E, 27E, aplicação nas costas na área relativa ao estô­


mago: 18B,19B,20B, 21B.

103
18) Soluço

Usar ventosas nos pontos:

13VG, 138, 12VC.

104
19) Nevralgia intercostal

A característica da nevralgia intercostal é a dor quando se respi­


ra, sem que haja febre ou qualquer problema na pele, mas uma dor por
baixo da pele.
Geralmente a dor ocorre desde as costas até a parte lateral do
tórax e do peito, sendo necessário neste caso aplicar ventosas no cami­
nho da dor.

105
20) Dor na musculatura do quadril e coxa

Aplicar ventosas nos pontos:

23B, 25B, 30VB, 51B.

106
21) Enrijecimento da coxa e da musculatura dos gêmeos

O enrijecimento e a fadiga dos membros inferiores interfere na


qualidade do retorno da circulação sangüínea, indispensável para ma­
nutenção da saúde.
Necessita portanto aliviar a fadiga muscular e nervosa, excitan­
do a circulação sangüínea local, aplicando ventosas nos pontos:

238, 258, 30V8, 548 e 578.

107
22) Dispepsia

De uma forma geral, o estresse mental é um dos principais cau­


sadores de problemas digestivos; portanto, é importante regular o siste­
ma nervoso a fim de poder manter serenidade mental e tisica, diminuin­
do o grau de agressão no aparelho digestivo.
Para este fim, usamos as ventosas em toda a musculatura para­
vertebral, aliviando o cansaço e a fadiga e acalmando o sistema nervo­
so.
Aconselhamos manter o paciente aquecido, não esquecendo tam­
bém de aplicar ventosas nos pontos: 12VC, 25E, 27E, 4VC.

108
23 Insônia . ) C,.
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Os sintomas comuns das pessoas que sofrem eventualmente de
insônia são:
Enrijecimento da musculatura sobre os ombros e fadiga nas cos­
tas, além de frio nos pés e "cabeça quente", preocupada.
Aconselhamos aquecer os pés com imersão numa bacia de água
quente e usar ventosas bilateralmente na área do trapézio e na para­
vertebral da coluna, para acalmar o sistema nervoso excitado, com ên­
fase nos seguintes pontos:

14VG,21VB, 22B, 20B, 21B.

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24) Artralgia

---ª� remidade Superior:14VG, 15IG, lOID, IP, 1 lIG.


b) Extremidade Inferior:30V8,548, 518, 578 e área local.
c) Coluna: de 14VG até 4VG.
Abrasão: área local (sangrar a área primeiro, e logo aplicar ven-
tosa).

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25) Alívio dos sintomas da febre

Aplicar ventosas para aliviar o cansaço e o desconforto no cor­


po, assim como para o alívio das dores na coluna e articulações.
Aplicando ventosas na musculatura paravertebral bilateralmen-
te.

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111
26) Cistite

Nas cistites em mulheres, ocasionadas pelo frio, o mais apropri­


ado é o aquecimento e o uso de ventosas que imprime uma estimulação
leve no organismo.
Entretanto, nas cistites provocadas por contaminação de bacilos,
procure o seu médico.
As ventosas devem ser aplicadas na região lombar e na área do
baixo ventre nos pontos: 25B, 23B, 47B, 12VC, 25E, 4VC.

112
27) Impotência

Podemos tratar a diminuição do volume de esperma, e diminuir


a frigidez aumentando a circulação sangüínea local por meio de vento­
sas nos pontos:

18B, 20B, 23B, 47B, e 6VC, 4VC, 3VC.

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113
28) Paralisia

Aplicar ventosas na área paralisada, ou usar martelo de agulhas


para sangrar e aplicar ventosa.

29) Torcicolo com dor nas costas

Isto é causado por ficar longo tempo sentado, lendo ou dirigin­


do, ou após golpe de frio.
Aplicar ventosas no pescoço e nas costas para melhorar a circu­
lação sangüínea e obter o "efeito massagem". Aconselhamos também o
uso do bálsamo "Tiger Balm" em conjunto no local de aplicação das
ventosas.
Aplica-se o bálsamo nas áreas bilaterais da musculatura para­
vertebral entre as escápulas, no pescoço, e logo em seguida as ventosas.

114
A hipertensão é a maior causa da apoplexia.
A dieta é importante, com uma alimentação baseada em mais
verduras ao invés de carne.
Se a tensão máxima arterial exceder a 1 7 e a baixa exceder a
9,5, procure seu médico.
Ventosas podem ser usadas se a medicação não der resultado.
Para melhores resultados; unir a medicação com o uso de ventosas.
Para primeiros socorros: sangrar os pontos nas pontas dos de-
dos.
Aplicar ventosas em 14VG, 21VB e 36B, fazendo antes o uso
de sangria nestes pontos.

115
31) Picadas de insetos

Para picadas de abelha, vespa, insetos venenosos.


Use sangria na área infectada e aplique ventosas para sugar o
veneno como "primeiros socorros".
Sangria auxiliar: Fumigação deve ser usada após a sangria difi­
cultada para melhores resultados.
Use ventosas após acupuntura nos pontos: 23B, 3 IB, 32B, 31 VB,
30VB, 54B e 57B (tratando como ciática dá bons resultados).

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116
32) Gripe e resfriados

As indicações para ventosas na gripe e resfriado são para o alí­


vio dos sintomas de pescoço enrijecido, dor nas costas e lassitude, se­
guida de febre e dor de cabeça.
Pontos indicados: 20VB, 11B.,_12B,13B, 14VG, 1 lIG e 4IG.

117
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Precauções importantes:

1) Não aplique ventosas no 4IG, 21VB, 6BP, nádegas, cintura


ou barriga em mulher grávida.

2) A pele pode se tomar avermelhada, ·roxa ou preta após o uso


da ventosa. Entretanto, é recomendável que a periodicidade de aplica­
ção seja curta entre uma aplicação e outra, para que não se perca· o
efeito.
Geralmente de três em três dias, ou mais conforme a reação na
pele.
Obs: Não há necessidade de esperar desaparecer por completo a
reação do primeiro tratamento.

3) Dores reumáticas, paralisias e algias de qualquer pa1ie do


corpo podem ser aliviadas pelo uso de ventosas, basta aplicá-la no local
doloroso.
É aconselhável utilizar acupuntura e moxabustão em conjunto
com as ventosas.
Bons resultados podem ser atingidos neste caso, quando aplica­
mos as ventosas por cima das agulhas puncionadas na pele, ao mesmo
tempo, fortalecendo o estímulo uma da outra.
4) As ventosas devem ficar de 3 a 5cm de distância da coluna.
Esta é a melhor área para aplicação de ventosas regularmente, com o
objetivo de manutenção da saúde aplicadas geralmente uma vez por
semana.

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