Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
MARKETING
de serviços
2010
© 2010 – IESDE Brasil S.A. É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo, sem autorização por
escrito dos autores e do detentor dos direitos autorais.
L341 Las Casas, Alexandre Luzzi ; Garcia, Maria Tereza. / Marketing de servi-
ços. / Alexandre Luzzi Las Casas ; Maria Tereza Garcia. — Curitiba :
IESDE Brasil S.A., 2010.
308 p.
ISBN: 978-85-387-1209-1
CDD 658.812
37
Gestão do marketing de serviços
37 | A gestão do marketing de serviços
44 | O planejamento estratégico
61
O comprador de serviços
62 | Influências externas e internas
74 | Estágios de compra
76 | Comprador de serviços empresariais
85
Marketing de relacionamento
89 | O CRM – Customer Relationship Management
102 | Marketing de relacionamento em serviços
111
Serviços profissionais
112 | Dificuldades da aplicação do marketing na área de serviços profissionais
114 | Características dos serviços profissionais
mário
117 | Treinamento
127 | Imagem
139
Serviços que adicionam valor a tangíveis
141 | Selecionando o atributo que criará valor
142 | Como avalariar as competências
144 | Como combinar competência com valor superior
145 | Como diferenciar seu plano de marketing
149 | Blueprint de serviços
152 | Marcas
161
Qualidade total em serviços
161 | Introdução à qualidade em serviços
162 | Momentos da verdade
164 | Considerações conceituais sobre a qualidade
167 | As fontes de problemas entre resultados e expectativas
169 | Hiatos da qualidade
171 | Avaliação de serviços
172 | Avaliação de serviços: uma proposta simplificada
175 | Implantando a qualidade
183
Avaliação de serviços
183 | Avaliação no consumo de serviços
192 | Qualidade e satisfação em serviços
197 | A voz do cliente: mecanismos de manifestação de opinião
207
Determinação de preços
207 | Diferenças de precificação em produtos e serviços
209 | A composição de preço
216 | Determinação de preços em serviços
222 | Conceitos econômicos usados na determinação de preços
225 | Sensibilidade ao preço X valor percebido
sumário
sumário Distribuição de serviços
235 | O conceito de distribuição
235
261
Comunicação e venda de serviços
261 | O processo de comunicação
267 | Composto de comunicação
273 | Confecção do material
283
Gerência estratégica de serviços
283 | A difícil arte de gerenciar empresas de serviços
285 | Diferenciais no gerenciamento do mix de marketing em serviços
290 | Brand e imagem como diferenciais competitivos
297 | O sistema de informação de mercado e o sucesso em marketing
299 | Controle das atividades de marketing
mário
Apresentação
Este livro aborda aspectos do marketing
Marketing de Serviços
de serviços, envolvendo desde a importância
das empresas de serviços para a sociedade,
tanto no aspecto econômico quanto em sua
relevância no contexto social, até a necessi-
dade de atentar para todos os detalhes ao se
gerenciar uma empresa de serviços.
A área de serviços, denominada de ter-
ceiro setor da economia, é complementar às
atividades agrícolas, denominadas de primei-
ro setor econômico, e à indústria, o segundo
setor econômico. As atividades de serviços
envolvem desde a comercialização dos pro-
dutos, passa pelo entretenimento, manu-
tenção, reparos e customizações de bens
tangíveis como imóveis, móveis, automóveis,
eletrodomésticos e outros, além de envolver
cuidados com a saúde, beleza e bem estar da
população.
Pela diversidade de atividades englobadas
no setor de serviços, o marketing de serviços
necessita de atenção a diversos detalhes. A
comercialização e divulgação dos serviços,
assim como sua forma de produção, diferem
muito no que tange aos produtos e, por isso,
tornam-se um grande desafio para os profis-
sionais de marketing.
Para facilitar o entendimento dos diferen-
ciais em serviços, bem como trabalhar essas
diversidades no plano de marketing, são re-
tratadas algumas das características que dife-
renciam os diversos tipos de serviços e como
essas particularidades podem influenciar em
todo o mix de marketing.
No marketing de serviços, o mix tradicional
Marketing de Serviços
(produto, preço, praça e promoção) acaba sendo
ampliado de outros quesitos que precisam ser tra-
balhados para viabilizar uma estratégia competiti-
va. As características que norteiam o segmento de
serviços será o alvo de discussão desse livro, que
tem como principal objetivo orientar e auxiliar na
execução de um planejamento focado no marke-
ting de serviços.
O livro está dividido em doze capítulos que
abordam diversos conceitos do marketing e al-
gumas especificidades da área de serviços. Em
todos os capítulos são inseridos exemplos práti-
cos que auxiliam na compreensão dos conceitos
abordados.
O primeiro capítulo aborda a importância dos
serviços na economia, sua representatividade no
PIB, os impactos sociais, bem como as caracterís-
ticas básicas dessa área de atuação e os demais Ps
que devem ser incorporados ao marketing de ser-
viços, enfatizando alguns conceitos essenciais para
melhor entendimento do marketing de serviços.
O segundo capítulo enfoca os processos de rea-
lização do serviço, a gestão do marketing e o papel
do gestor na elaboração de um plano de marketing
de serviços. Aqui, tanto o planejamento estratégi-
co quanto o plano de marketing são vistos com di-
recionamento específico para a área de serviços e
cada conceito torna-se objeto de análise no plane-
jamento para evitar que o resultado final possa ser
comprometido devido a algum detalhe esquecido
ou negligenciado no momento da formatação do
plano de marketing para serviços.
Marketing de Serviços
No terceiro capítulo o tópico abordado é
o comportamento do comprador de serviços,
analisando os papéis desempenhados, os es-
tágios da decisão e as características específi-
cas do consumidor de serviços.
O quarto capítulo enfoca o marketing de
relacionamento, explorando os conceitos en-
volvidos e suas aplicações na atividade de ser-
viços, bem como as especificidades de relacio-
namento com os diversos públicos, clientes,
funcionários e cadeia de fornecedores.
No capítulo número cinco, o foco de estudo
envolve a avaliação das especificidades do ma-
rketing de serviços profissionais e abrange as
características específicas de serviço como
intangibilidade, inseparabilidade, heteroge-
neidade e perecibilidade que diferenciam
completamente a estruturação das estratégias
de marketing de serviços em relação ao ma-
rketing de produtos, especificamente no que
tange ao atendimento. Em virtude dessas ca-
racterísticas, esse capítulo aborda também a
importância do treinamento e do marketing
interno para se obter um bom atendimento e,
consequentemente, reconhecimento.
No sexto capítulo são abordados serviços
que adicionam valor a tangíveis, avaliando os
aspectos diferenciadores dos serviços agrega-
dos. Tópicos como blueprint de serviços, pre-
paro de propostas e os diferenciais propicia-
dos por marcas e embalagem são abordados
nesse capítulo.
O capítulo sete enfoca a qualidade total em
serviços, apontando os conceitos básicos de
Marketing de Serviços
qualidade, aspectos como qualidade real e de
percepção, serviços percebidos e expectativas
e hiatos de qualidade. Dessa forma, aborda a
necessidade de se conhecer e acompanhar
detalhadamente o processo de realização de
um serviço, chamando a atenção para alguns
pontos e detalhes em que podem ocorrer
falhas que possam colocar toda a qualidade
do serviço em risco.
No oitavo capítulo, são estudadas as prin-
cipais formas de avaliação de serviços, bem
como as ferramentas utilizadas para essa ava-
liação e os modelos de avaliação mais usados.
Cadeia de valor, fatores de influência, vanta-
gem competitiva, percepção de qualidade
são alguns dos conceitos abordados nesse
capítulo.
O capítulo nove aborda a determinação de
preços, enfocando os principais métodos de
determinação de preços de serviços tais como
análise de demanda, custos e análise da concor-
rência. Também são enfocados aspectos como
preços psicológicos, ancoragem, elasticidade
de preços e flexibilização de preços fixos.
O décimo capítulo engloba a distribuição
de serviços com tópicos que abordam os cri-
térios para escolha de canais, as diferenças
na distribuição de serviços, as extensões de
canais, os conceitos de cluster e de pontos
centrais de distribuição e a prestação de ser-
viços na internet.
No capítulo onze, o tópico abordado é a
comunicação e venda de serviços, com a aná-
Marketing de Serviços
lise do processo de comunicação na atividade
de serviços e a venda de serviços – envolven-
do também a pré-venda e a pós-venda.
Por fim, o décimo segundo capítulo englo-
ba a gerência estratégica de serviços, embasa-
da por um sistema de informações que propi-
cie uma ampla visão do mercado, bem como
das potencialidades do serviço gerenciado,
para escolher as estratégias mais adequadas
para sua consolidação no mercado. Nesse ca-
pítulo também é enfocada a importância do
controle das atividades de marketing.
Para se ter uma gestão eficaz de empre-
sas de serviços é essencial partir de uma
visão mercadológica atual e estratégica, por
isso, neste livro, o aluno terá a possibilidade
de acompanhar cada etapa que compõe um
completo plano de marketing para serviços.
O marketing para serviços é abordado aqui
de forma detalhada, com exemplos que faci-
litam o entendimento e a memorização dos
conceitos vistos pelo aluno, para que possam
ser aplicados facilmente tanto nas atividades
propostas como forma de avaliação do enten-
dimento da disciplina, como também nas suas
atividades profissionais.
As explicações, entremeadas de diversos
exemplos utilizados no livro, proporcionam
mais rápida assimilação dos conceitos, com-
preensão das etapas e, consequentemente,
melhor direcionamento para a execução de
estratégias de marketing mais eficazes.
Introdução ao marketing de
serviços
Histórico do marketing
O comércio é uma das mais antigas atividades desempenhadas pelo ser
humano. Os povos antigos, como os fenícios e egípcios, por exemplo, já
eram grandes comerciantes. A comercialização passou por várias etapas até
chegar ao seu auge, com a utilização das modernas técnicas de marketing.
O berço de seu desenvolvimento foi a Europa e os Estados Unidos, como
veremos a seguir.
Em 1776, Adam Smith escreveu A Riqueza das Nações, obra que marcou
uma transformação na comercialização. Citou que todo homem, desde que
não viole as leis da justiça, fica perfeitamente livre de procurar atender a seus
interesses, da forma que desejar, e de colocar tanto sua indústria como seu
capital em concorrência com os de outros homens, ou ordem de homens.
1
O feudalismo foi um sis- Após muitas lutas, em lugar do feudalismo1 surgiu um novo sistema: o capi-
tema econômico, político
e social que ocorreu até o talismo, caracterizado pela procura do lucro.
século XV, fundamentado
na propriedade sobre a
terra. Esta pertencia ao
senhor feudal, que cedia
A comercialização nessa época era até certo ponto fácil. O mercado era
uma porção dessa terra ao
vassalo em troca de ser-
basicamente comprador, pois não existiam produtos suficientes para satis-
viços, ocasionando uma
relação de dependência.
fazer a demanda. A produção era ainda muito restrita. Começaram a surgir
Disponível em: <www.
infoescola.com/historia/
estradas nos Estados Unidos ligando as grandes cidades do interior. Com
feudalismo>. Acesso em:
17 ago. 2009. isso, as carruagens já podiam cortar o país e levar produtos de maior volume
em seus bagageiros. O espaço para as mercadorias já não era tão limitado
como no caso dos peddlers que faziam o transporte apenas em selas. Com
isso, começou a aparecer um novo tipo de varejista, as lojas gerais (general
stores) que vendiam de tudo, como rifles, ferramentas, utensílios de cozinha,
roupas, bebidas, sabão, temperos, cordas e muitas outras coisas. Esses esta-
belecimentos foram a grande atração no setor rural por muito tempo, pois os
clientes reuniam-se nessas lojas para falar de política, das novidades, enfim,
tornaram-se os pontos de encontros sociais.
16
Introdução ao marketing de serviços
17
Introdução ao marketing de serviços
1930. No Brasil o sistema de autosserviço foi iniciado com uma empresa va-
rejista não ligada ao ramo alimentício: as Lojas Americanas, no Rio de Janei-
ro, aproximadamente em 1952. O primeiro autosserviço no ramo alimentício
e afins foi o supermercado Disco, que apareceu no Rio de Janeiro em 1953.
19
Introdução ao marketing de serviços
empresa. Além disso, divulgam os produtos para seus amigos e para as pes-
soas do seu relacionamento e criam uma corrente positiva em torno de seus
produtos e serviços. Portanto, a aplicação do conceito de marketing passou
a incorporar as definições com enfoque administrativo e sofrer algumas alte-
rações em tempos modernos.
Produto
Tecnologia
Preço
Organização Consumidor
Distribuição
Promoção
Ambiente social/cultural/demográfico
20
Introdução ao marketing de serviços
Programar o plano.
21
Introdução ao marketing de serviços
Marketing de serviços
Serviços constituem uma transação realizada por uma empresa ou por
um indivíduo, cujo objetivo não está associado à transferência de um bem.
Portanto, conforme essa definição, os serviços se relacionam com uma ativi-
dade de transferência de um produto para um comprador da mesma forma
que qualquer outra atividade, apenas com a diferença importante de que o
objeto da transação é uma parte intangível, não relacionada com um bem.
Os serviços são atos, ações e desempenho.
22
Introdução ao marketing de serviços
Automóveis
Sal
Cosméticos
Lanchonetes
Dominância Dominância
tangível intangível
Cadeia de lanchonetes
Agência de publicidade
Cia. aérea
Adm. investimento
Ensino
23
Introdução ao marketing de serviços
24
Introdução ao marketing de serviços
-se no âmbito de marketing de serviços. Esse trabalho de Shostack foi tão im-
portante para o entendimento da comercialização de serviços que Leonard
Berry, um dos mais importantes pesquisadores do setor, afirmou certa vez
que a história do marketing de serviços pode ser dividida em duas partes:
antes e depois do trabalho de G. Lynn Shostack.
A partir de 2007 o PIB brasileiro passou a ter novo cálculo. O novo siste-
ma de cálculo permitiu uma precisão maior para as estimativas, pois além
de fazer as pesquisas na indústria, comércio, serviço e transporte houve a
possibilidade de utilizar dados de Imposto de Renda das empresas. Devido
a esse novo cálculo, a participação dos serviços no PIB passou a representar
65,8% da economia em 2007, considerando também o crescimento do setor
devido à economia em evolução. Em 2008, o setor de serviços aumentou a
participação para 67% (ABDALA, 2007).
25
Introdução ao marketing de serviços
Tipos de serviços
A partir da escala desenvolvida por Shostack é possível perceber a grande
possibilidade de combinações de bens e serviços como objeto de comercia-
lização. Portanto, é necessário classificar serviços para que se possa analisar
que tipo se deve utilizar no marketing. Uma das formas de dividir serviços é a
partir de atividades desempenhadas segundo o IBGE. Nesse caso, os serviços
podem ser classificados como (IBGE, 1971):
serviços pessoais;
Com essa classificação do IBGE podemos ter uma visão geral da amplitu-
de dos serviços. Os serviços podem ser classificados também quanto à du-
rabilidade. Quando um prestador de serviços interage com seus clientes ele
gasta um determinado tempo para terminar o seu trabalho, podendo variar
em dias, semanas, meses ou anos. De acordo com o período dessa relação,
os serviços têm diferentes classificações: perecíveis, duráveis e semiduráveis.
Os serviços perecíveis são aqueles que duram menos de seis meses. Exempli-
ficam o consumidor de serviços de entretenimento como cinema, teatro ou
eventos esportivos, pois a interação com o prestador de serviços dura muito
pouco, algumas horas. Os serviços semiduráveis são aqueles cuja duração
26
Introdução ao marketing de serviços
varia de seis meses a três anos. Nesse caso a relação é mais duradoura e os
administradores devem se preocupar em manter uma boa relação nesse pe-
ríodo e procurar prestar os serviços de forma satisfatória e de acordo com as
promessas feitas no início das tratativas. Incluem-se nesse caso serviços de
educação, seguros em geral, entre outros. Finalmente, os serviços podem ser
classificados como duráveis se duram mais de 3 anos. Planos duradouros são
aqueles ligados à Previdência Privada, seguros de vida ou qualquer outro
serviço contratado com período superior aos três anos.
Por outro lado, os serviços que são consumidos por períodos maiores, os
duráveis, devem ter uma consideração especial dos administradores devido
ao fato de que o cliente será mais cauteloso e fará uma análise de vários fato-
res antes de tomar a decisão. Por isso, é necessário que se prepare material e
condições para que o cliente decida e isso inclui treinamento de vendedores,
produção de folhetos, flyers, entre outros.
27
Introdução ao marketing de serviços
Intangibilidade
Serviço, conforme definição, é uma transação realizada por uma empresa
ou por um empresário, cujo objeto de venda não está associado à transfe-
rência de propriedade de um bem tangível. Isso significa que os consumi-
dores não podem tocar, cheirar nem sentir o produto. Essa característica da
intangibilidade dificulta ao consumidor julgar o valor e a qualidade do ser-
viço. Os pontos importantes para a comercialização passam a ser a imagem
e a reputação da empresa. Essa imagem e reputação consistem numa série
de fatores e incluem as instalações de escritório, aparência pessoal do repre-
sentante da empresa, conhecimentos técnicos e até mesmo a maneira de a
secretária atender aos clientes.
28
Introdução ao marketing de serviços
Heterogeneidade
Essa característica é diferenciadora porque muitas vezes a prestação de
serviços está muito ligada à pessoa do vendedor e, portanto, a qualidade do
serviço estará ligada à sua capacidade de desempenho. Isso é a heteroge-
neidade. Um dia um vendedor poderá estar bastante inspirado e prestar um
bom serviço para seu cliente. No outro dia, por alguma razão qualquer, ele
poderá estar mal-humorado e deixar que esse estado interfira no seu desem-
penho profissional. O mesmo prestador de serviços oferecerá, pois, serviços
de qualidade diferente.
Inseparabilidade
Alguns serviços estão mais ligados à pessoa do vendedor que outros. É o
caso de serviços mais técnicos, em que a presença do vendedor é necessá-
ria em qualquer esforço mercadológico da empresa. Quanto mais ligado ao
vendedor o serviço estiver – ou mais inseparável –, mais restrita será a aplica-
ção de técnica do marketing convencional. Além das limitações na aplicação
das técnicas de marketing, essa característica dificulta também a expansão
geográfica da empresa. Se localmente o profissional prestador de serviços
se salientar em determinada atividade e por isso obtiver uma credibilidade
maior para sua firma, ele poderá ter problemas na abertura de outros escri-
tórios fora do local de operação e manter a mesma qualidade de serviços
prestados. Ele terá que contratar outros profissionais, muitas vezes com co-
nhecimentos e características bem diferentes das suas.
29
Introdução ao marketing de serviços
30
Introdução ao marketing de serviços
Durante os dez anos em que está no Guia, a Promon soube manter seus fun-
cionários comprometidos mesmo em momentos de crise. A empresa precisou
reinventar seu negócio diversas vezes nesse período. Inverteu, por exemplo, a
dependência que tinha dos contratos com estatais indo buscar clientes no setor
privado. Foi forçada a isso pelo processo de privatização dos anos 90 e pela en-
trada de novos concorrentes estrangeiros. Outro momento difícil foi o estouro da
bolha da internet. A empresa havia feito uma grande aposta nos negócios on-line
e, como o resto do mundo, se deu mal. Resultado: a demissão de 400 pessoas
de uma única vez. Muitas empresas passam por situações assim. A diferença na
Promon é a forma como as demissões foram feitas. O próprio presidente, Luiz Er-
nesto Gemignani, reuniu todos para informar da decisão e os seus motivos. No
fim do mesmo dia, uma romaria se formou à sua porta. Eram demitidos agra-
decendo e se colocando à disposição para quando a situação melhorasse. Luiz
Ernesto até hoje se emociona ao contar essa história. “As crises fortaleceram os
laços com os nossos funcionários e a união entre as pessoas”, diz. “E isso só foi
possível porque temos uma cultura organizacional fundamentada em princípios
e valores humanos”.
31
Introdução ao marketing de serviços
2001 McDonald’s
Adoramos tudo isso
O crescimento pessoal e profissional, as oportunidades de carreira, o reconhecimento dos que estão
dispostos a ensinar e a aprender e a transparência foram alguns dos fatores que deram ao McDonald’s
o título de melhor empresa de 2001. A empresa se destacou ainda pela rotatividade de funções, o
que permitia a todos os colaboradores se tornarem generalistas. O plano de carreira, a avaliação de
competências e de desempenho e mais os de aperfeiçoamento completavam o pacote de desenvol-
vimento. Na época, a empresa empregava 36 000 pessoas e mantinha um ritmo acelerado de cres-
cimento. Abria uma média de 80 restaurantes por ano. Para dar conta da expansão, o recrutamento
era intenso, mas a prioridade na hora das promoções era sempre para o time da casa. De cada dez
pessoas promovidas, sete já trabalhavam na rede. O fato de ser reconhecida como fonte de primeiro
emprego para universitários levava 40 000 jovens a deixar currículo na empresa anualmente.
Benefício que chamava a atenção
Nos escritórios, o expediente às sextas-feiras termina ao meio-dia; depois de dez anos de casa,
todos têm direito a 60 dias de “sabático”.
O que aconteceu depois
A empresa esteve na lista das 10 melhores em 2002 e 2003. Não aparece desde então.
2003 Magazine Luiza
Razão e sensibilidade
O Magazine Luiza tinha pouco mais de 3 000 funcionários quando foi eleita a melhor empresa para
trabalhar no país. Agora, tem quase 9 000. Já naquela época, a empresa sediada em Franca (SP)
sustentava um crescimento acelerado, inaugurando cerca de 50 lojas por ano. No coração do ne-
gócio estava (e está) Luiza Helena Trajano, que comanda a rede de lojas desde 1991. Carismática,
Luiza Helena investe grande parte do seu tempo nas pessoas. Entre muitas outras práticas, Luiza
criou o rito da comunhão. Todas as segundas-feiras de manhã, os funcionários falam sobre objeti-
vos alcançados e desafios a vencer. Cantam o Hino Nacional e o da empresa. Rezam o Pai-Nosso.
O rito não é obrigatório, mas todo mundo vai. A cada dois anos, o Magazine realiza o chamado
Encontrão, quando todos os funcionários se reúnem para discutir o futuro da companhia.
Benefício que chamava a atenção
Oportunidades de carreira; subsídio de até 50% para qualquer curso.
O que aconteceu depois
A empresa foi a 4.ª melhor de 2004 e a 8.ª do ano passado.
2005 Promon
A vitória da inovação
Na Promon é assim: no primeiro dia de trabalho, o funcionário já tem direito a comprar ações da
companhia. Quando vai embora, tem de vendê-las à própria empresa. Dessa forma, os donos da
Promon são as pessoas que efetivamente trabalham lá. E cabe a elas decidir os rumos do negócio. Os
funcionários-acionistas estão diretamente envolvidos na avaliação dos resultados financeiros, na ela-
boração do planejamento estratégico e na escolha dos dirigentes da empresa, incluindo o presiden-
te. O lucro geralmente é dividido em três partes: uma é distribuída entre todos os funcionários, como
PLR; outra é repartida entre os que são acionistas; e a última é investida na empresa. Dependendo
do momento que ela vive, essa conta pode variar. Se não há necessidade de tantos investimentos na
organização, o lucro que vai para os funcionários pode aumentar, e vice-versa. O salário costuma ficar
na faixa do mercado. Mas, se alguém não está satisfeito, pode fazer uma contraproposta.
Benefício que chamava a atenção
Autoproposição salarial; salário integral em caso de licença médica; subsídio para terapias alter-
nativas.
O que aconteceu depois
Pela quarta vez, a empresa volta à lista das 10 melhores do país para trabalhar.
32
Introdução ao marketing de serviços
Atividades de aplicação
1. Defina marketing de serviços. Quais as principais diferenças entre
marketing de bens e serviços?
Referências
ABDALA, Vitor. Entenda a Mudança das Regras para Calcular o PIB do País.
Publicado em: 21 mar. 2007. Disponível em: <www.ebc.com.br>. Acesso em: 11
mar. 2009.
LAS CASAS, Alexandre Luzzi. O Conselheiro de Vendas. São Paulo: Clube dos Exe-
cutivos, 1986.
SHOSTACK, G. Lynn. Breaking free from product marketing. In: ZEITHHAML, Valarie
A ; BITNER, Mary Jo. Services Marketing: integrating customer focus across the
firm. 2. ed. Boston: McGraw-Hill, 2000, p. 5.
33
Introdução ao marketing de serviços
Gabarito
1. Serviços constituem uma transação realizada por uma empresa ou por
um indivíduo, cujo objetivo não está associado à transferência de um
bem. Os serviços se caracterizam como uma atividade de transferên-
cia de um produto de um fornecedor para um comprador da mesma
forma que qualquer outra atividade, porém o objeto da transação é
uma parte intangível, não relacionada a um bem tangível. Os serviços
são atos, ação e desempenho. As principais diferenças entre marketing
de bens e serviços são: a intangibilidade, heterogeneidade, insepara-
bilidade e perecibilidade. Há muitas outras, mas essas características
diferenciam-no exigindo desafios para o profissional de marketing,
que deve focar treinamento e formação de uma boa imagem.
34
Introdução ao marketing de serviços
35
Gestão do marketing de serviços
Uma empresa que atua com serviços, por sua complexidade, precisa de
ainda mais cuidados e atenção em seu planejamento de marketing para
evitar problemas resultantes das características comuns aos serviços, como
a qualidade no atendimento, o cumprimento de prazos etc.
38
Gestão do marketing de serviços
processo, lembrando que mesmo uma pequena falha pode trazer grandes
consequências negativas.
Como visto, fazer marketing para serviços é fazer marketing durante toda
a gestão do processo de serviço para que o consumidor possa obter exata-
mente aquilo que lhe foi prometido quer seja durante a campanha de comu-
nicação, a divulgação no próprio ponto do serviço ou mesmo na indicação
feita por um outro consumidor.
39
Gestão do marketing de serviços
a entrega no destino final. Nesse caso, a prestação do serviço tem como fina-
lidade solucionar o problema de entrega do cliente e pode envolver diversos
subprocessos dependendo de fatores como a distância que seja necessária
percorrer para fazer essa entrega, as dificuldades apresentadas pelo trajeto,
a urgência nessa entrega e os cuidados que requeiram o produto a ser en-
tregue. Qualquer problema que ocorra durante esse processo pode trazer
danos à imagem da empresa.
Tudo isso pode influenciar na opinião que o cliente terá após o serviço
prestado, ou seja, se o serviço estiver relacionado à alimentação, como uma
lanchonete, por exemplo, e o ambiente pecar pela higiene e esse cliente
ainda for atendido por um profissional com uniforme sujo, maus modos etc.,
é provável que nem consiga consumir o que comprou mesmo que isso tenha
sido preparado e embalado em outro local, por uma empresa terceirizada,
onde a higiene seja justamente o seu grande diferencial.
40
Gestão do marketing de serviços
41
Gestão do marketing de serviços
Diversidades em serviços
Os serviços diferem muito entre si. Essa diferença está relacionada a diver-
sos aspectos, como variação no grau de intangibilidade (ou tangibilidade)
dos processos de serviço, escala de personalização ou de padronização, além
de aspectos como o grau de dificuldade para a realização desses serviços,
a necessidade de conhecimentos técnicos e especialização dos prestadores
do serviço, a relação com clientes e outros, tempo gasto com a prestação do
serviço para cada cliente, além de outras características mais específicas de
mercado como as variáveis de oferta e demanda etc.
42
Gestão do marketing de serviços
Essa relação entre a empresa e o cliente também pode ser medida pelo
principal instrumento da prestação dos serviços, que pode ser um equipa-
mento ou uma pessoa. Os serviços baseados em pessoas têm como deter-
minante do sucesso da relação o prestador do serviço, como em uma aula
de pintura, por exemplo, na qual a capacidade e o carisma do professor são
fundamentais para que a aula seja considerada satisfatória. Já nos serviços
baseados em equipamentos ou maquinários, estes passam a ser o principal
fator de sucesso na relação do consumidor com a empresa, como nos bancos
24 horas ou os aparatos de vending machine, cuja praticidade e o perfeito
funcionamento determinarão a satisfação ou insatisfação do usuário.
43
Gestão do marketing de serviços
O planejamento estratégico
O planejamento estratégico é um instrumento que permite aos gesto-
res ter maior controle gerencial da organização. Em um primeiro momento
serve como uma bússula, direcionando as ações que devem ser implantadas.
Em um segundo momento, transforma-se em uma ferramenta de controle
para conferir o que vem sendo realizado, o que ainda deve ser implantado e
em que etapa de produção se encontram as ações já iniciadas.
44
Gestão do marketing de serviços
Com a análise desse portfólio, a empresa pode escolher com mais critério
que serviços deverá manter, em quais deverá investir mais os seus esforços e
quais deverá deixar de oferecer.
45
Gestão do marketing de serviços
A missão de uma organização define os motivos pelos quais ela foi criada
e continua existindo – representa sua razão de ser, ou seja, é uma declaração
dos seus propósitos. A visão retrata o que a empresa pretende realizar, por
que caminhos ela quer expandir suas atividades, portanto, é uma declaração
de como a empresa quer estar no futuro. Já os valores representam os prin-
cípios que direcionam as suas ações e guiam o seu relacionamento com seus
públicos, são as crenças que regem as atitudes e decisões empresariais.
46
Gestão do marketing de serviços
Visão
Valores
Visão
Valores Corporativos
Ética
47
Gestão do marketing de serviços
Responsabilidade
Inovação
Excelência
Diversidade
48
Gestão do marketing de serviços
Dessa forma, o empresário precisa detectar quais pontos são suas prin-
cipais qualidades e quais precisam ser melhorados entre aspectos como: a
qualidade do serviço prestado, o atendimento, o preço cobrado, o tempo
49
Gestão do marketing de serviços
Ainda é preciso fazer uma análise do mercado em que se atua para veri-
ficar as condições de saturação, oportunidades de expansão, entre outros.
Para isso, é essencial fazer uma análise do ambiente externo checando os
fatores que podem impactar, favorável ou desfavoravelmente, no mercado e
que não podem ser controlados pelo empresário – as denominadas variáveis
incontroláveis. Para fazer essa identificação, é importante que sejam checa-
dos atentamente os fatores relatados e exemplificados a seguir:
50
Gestão do marketing de serviços
51
Gestão do marketing de serviços
53
Gestão do marketing de serviços
Vale ressaltar que após a análise dos ambientes interno e externo e levan-
do-se em conta os resultados obtidos, o gestor de marketing pode estabelecer
no seu planejamento a escolha do público-alvo a ser atingido ou fidelizado;
os segmentos de mercado prioritários a serem trabalhados; uma nova defini-
ção de política de marca; a escolha de um posicionamento adequado para sua
organização, entre outros itens que precisem ser trabalhados nessa etapa da
organização.
[...] a análise periódica do plano de marketing atentando sempre para as novas realidades do
mercado, da sua empresa, da concorrência e, sobretudo, do público-alvo, já que mudanças
culturais, sociais, econômicas etc. ocorrem com frequência, interferindo nos hábitos e nas
preferências de compra [...]
54
Gestão do marketing de serviços
A importância do planejamento
de marketing e de comunicação
(LEÃO, 2008)
55
Gestão do marketing de serviços
para criar o futuro, não para predizê-lo. É uma preparação em busca de maio-
res acertos no final das ações. É uma aposta estratégica. Um bom planejamen-
to em geral se faz em três etapas: primeiro a gente se apropria da realidade,
depois se monta um problema e, finalmente, se pensa como solucioná-lo.
56
Gestão do marketing de serviços
Atividades de aplicação
1. De que forma podemos definir serviços?
Referências
CULTURA. Missão, Visão e Valores. Disponível em: <http://cultura.updateordie.
com/missao-visao-e-valores-da-livraria-cultura>. Acesso em: 8 set. 2009.
57
Gestão do marketing de serviços
LAS CASAS, Alexandre Luzzi. Marketing de Serviços. São Paulo: Atlas, 2000.
Gabarito
1. Serviços podem ser definidos como uma atividade oferecida de uma
parte a outra sem resultar em um bem tangível.
2. B
58
O comprador de serviços
62
O comprador de serviços
Influências externas
Ciclo familiar
As etapas da evolução familiar proporcionam uma base lógica para dife-
rentes necessidades de consumo. Quando o indivíduo é solteiro, ele certa-
mente terá certas necessidades de consumo diferentes de quando se casar.
Casado, ele terá de preocupar-se com móveis, comprar carro, artigos para
63
O comprador de serviços
bebês etc. Depois dessa fase, com filhos já maiores, o casal terá que pensar
na segurança do lar, fazer seguros, comprar talvez um segundo carro, pensar
no amanhã. Gastos com roupas dos filhos e despesas com universidades, for-
marão a base de seu consumo. Em determinado momento, os filhos come-
çarão a sair de casa proporcionando um alívio financeiro, momento em que
os consumidores passam a gastar mais em turismo, lazer e outras atividades
mais orientadas aos casais. Na fase seguinte, da velhice, o direcionamento
dos gastos passa a ser mais com a saúde.
3. Casais jovens, com filhos mais jovens abaixo de 6 anos (ninho cheio I)
64
O comprador de serviços
4. Casais jovens com o filho mais novo com 6 anos ou mais (ninho cheio II)
6. Casais mais idosos, sem filhos vivendo com eles, cabeça do casal
ainda trabalhando (ninho vazio I)
7. Casais mais idosos, sem filhos vivendo com eles, cabeça do casal apo-
sentado (ninho vazio II)
8. Sobreviventes solitários
65
O comprador de serviços
pais solteiros III – novo estágio, não existente no modelo antigo, apesar
de utilizar um nome com outro significado anteriormente. Possuem
66
O comprador de serviços
Cultura
A cultura de um povo também é importante como fonte de influências
nos hábitos de consumo. Alguns autores como Kotler e Bloom (1988), por
exemplo, chegam a citar que a cultura é a determinante fundamental dos
desejos de uma pessoa. Até certo ponto, isso pode ser verdade, pois influen-
ciará diretamente os hábitos dos pais, que, pelo processo de socialização,
passarão para os filhos. O processo de socialização é a transferência de co-
nhecimentos de uns para os outros. Nesse processo, o indivíduo adquire
certos hábitos que passam a ser considerados como certos ou errados diante
da sociedade e meio em que convivem.
67
O comprador de serviços
Classes sociais
Os hábitos de consumo variam de acordo com as classes sociais. As dife-
renças principais são causadas pela própria desigualdade social que limita
as condições de acesso à cultura, compra de produtos, serviços ou qualquer
outro. As classes sociais, portanto, proporcionam diferentes características
no mercado e uma delas é a uniformização de comportamentos entre os
membros de uma classe. Outra característica resultante da divisão em clas-
ses sociais é que as pessoas são geralmente rotuladas em níveis diferencia-
dos como de uma posição superior ou inferior. As principais determinantes
são renda, instrução, orientação, valor, entre outras, embora exista certa mo-
bilidade com indivíduos, podendo passar de uma classe para outra e, conse-
quentemente, mudando seus hábitos de consumo.
Grupos de referência
Grupo de referência é aquele que o consumidor frequenta ou com que se
identifica. A escola, o trabalho e os amigos são exemplos. Os indivíduos nesse
caso estão recebendo constantemente influências e poderão agir conforme
as normas estabelecidas por esses grupos, mesmo que inconscientemente.
Chamam-se primários devido à influência frequente que exercem nos indi-
víduos. Uma pessoa que frequenta regularmente um determinado clube,
por exemplo, passa a ser influenciado pelos outros frequentadores, tanto na
compra de artigos esportivos, como também na alimentação, roupas, carros,
entre outros. No desejo de participar ou fazer parte da “tribo” as pessoas
concordam em seguir certos padrões ou, em alguns casos, são influenciados
mesmo sem perceber.
69
O comprador de serviços
Influências internas
Motivação
Os consumidores devem estar motivados para a escolha de um serviço.
O termo motivação (uma combinação dos termos motivo + ação) significa
que é necessário ter um fator desencadeador para motivar alguém. Uma
das teorias mais conhecidas e citadas em motivação é a de Maslow que liga
a motivação às necessidades satisfeitas ou insatisfeitas, uma teoria sobre a
hierarquia das necessidades. Segundo Maslow, a pessoa procura comprar
determinados produtos quando sente necessidade deles. Essa necessidade
é uma motivação para a compra de diferentes serviços. De acordo com a
teoria, inicialmente o indivíduo procura comprar produtos e serviços que sa-
tisfaçam as suas necessidades fisiológicas, ou seja, aquelas que são necessá-
rias para sua sobrevivência. Satisfeitas essas necessidades, a segurança passa
a ser o foco principal. Nesse estágio o indivíduo procura adquirir produtos e
serviços que lhe proporcionam garantias para o futuro, tais como residência
própria, seguros, poupança, entre outros. O próximo nível de prioridade são
as necessidades afetivas em que o individuo busca afeição, amor, carinho
e amizade. Satisfeitas essas necessidades, ele passa para a fase seguinte da
pirâmide que é o status ou estima. Nessa fase, o indivíduo busca domínio,
reputação e prestígio, ou seja, status no grupo em que convive tanto pes-
soal quanto profissionalmente. A fase superior da pirâmide corresponde à
autorrealização, em que o foco é o desenvolvimento pessoal. O indivíduo
procura aperfeiçoar-se, conhecer-se e desenvolver um sistema de valores.
Essa escala hierárquica significa que um passo seguinte se tornará prioritá-
rio somente após as necessidades do estágio anterior terem sido satisfeitas.
Todas as demais continuam existindo. No entanto, se uma pessoa se encon-
tra em estágios superiores e, repentinamente, perde o emprego, a escala de
valores se renova, recomeçando o ciclo.
70
O comprador de serviços
Estima
Afeição
Segurança
Básicas
Aprendizagem
Algumas teorias procuram estudar os processos de aprendizagem que
determinam a decisão de compra entre os vários produtos concorrentes.
71
O comprador de serviços
72
O comprador de serviços
Atitude
Personalidade Percepção
Consumidor
Aprendizagem Motivação
Grupos de referência
73
O comprador de serviços
Estágios de compra
Todo comprador de produtos mais complexos, em que as decisões são
mais demoradas e que incorpora uma série de fatores para análise, geralmente
passa pelas etapas mencionadas na figura 3:
Pós-compra Informações
Decisão Avaliação
75
O comprador de serviços
Influenciador
Decisor
Comprador
Usuário
76
O comprador de serviços
Nesta aula procuramos cobrir os principais aspectos que devem ser ana-
lisados no comportamento dos compradores tanto pessoa física como com-
pradores empresariais. Além de uma análise de interferências de variáveis
interna e externas foi proposto que se estudem os processos de decisão de
compra e influências no processo decisório pelos papéis desempenhados.
78
O comprador de serviços
79
O comprador de serviços
Por exemplo, 18 por cento das pessoas ouvidas já usam atualmente servi-
ços on-line para procurar emprego, mas 51 por cento gostariam de usá-los no
futuro.
“Há um clamor dos cidadãos e das empresas para que os governos tenham
um envolvimento mais ativo para promover o acesso à internet e a expansão
da sua infraestrutura”, diz o estudo, ao qual a Reuters teve acesso.
A maioria esmagadora de empresas (80 por cento) e pessoas (77 por cento)
acha que o governo deve tornar o acesso à internet mais fácil. Eles também
sugerem que os governos priorizem o investimento em infraestrutura.
“Os usuários não estão dispostos a pagar por informação que já encontram
hoje, mas sim por serviços que hoje não têm. Por classificados com ofertas de
emprego, por exemplo, elas pagariam”, citou.
80
O comprador de serviços
Atividades de aplicação
1. Descreva as variáveis internas e externas que interferem no comporta-
mento do consumidor.
Referências
DE SÁ, Sylvia. Tam e Par Perfeito Promovem Viagem para Solteiros. Publica-
do em: 19 set. 2009. Disponível em: <www.mundodomarketing.com.br/imprimi-
blognews.php?matéria=10859>. Acesso em: 21 set. 2009.
FUOCO, Taís. Cidadão de País Emergente Quer Mais Serviços na Web. Publica-
do em: 2008. Disponível em: <www.marketing.com.br/index.php?option=com_c
ontent&view=article&catid=38%3Amkt&id=479%3Aemergentes-querem-mais-
servicos-na-web&Itemid=88>. Acesso em: 28 set. 2009.
KOTLER, Philip; BLOOM, Paul. Marketing para Serviços Profissionais. São Paulo:
Atlas, 1988.
81
O comprador de serviços
LAS CASAS, Alexandre Luzzi. Marketing de Serviços. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2007.
______. Marketing: conceitos, exercícios e casos. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
WELLS, William; GUBAR, George. Life cycle concept in marketing research. Journal
of Marketing Research, v. 4, p. 362, nov. 1966. In: LAS CASAS, Alexandre Luzzi. Ma-
rketing: conceitos, exercícios e casos. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2009, p. 128.
Gabarito
1. Variáveis internas:
Variáveis externas
83
Marketing de relacionamento
86
Marketing de relacionamento
87
Marketing de relacionamento
Para que o cliente possa se tornar fiel, é necessário que ele possa encon-
trar, além do produto ou serviço do seu interesse, presteza e bom atendi-
mento por parte da organização.
88
Marketing de relacionamento
Para conquistar então esse consumidor cada vez mais exigente, os estabe-
lecimentos precisam redobrar seus esforços, conforme aponta Vavra (1993,
p. 47): “A ênfase é o reconhecimento da importância de tratar cada cliente
individualmente e conduzir negócios de forma totalmente sob medida, não
importando o tamanho da empresa”.
É certo que com o crescimento dos núcleos sociais, ficou muito difícil para
as organizações conhecerem seus clientes pessoalmente bem como suas
particularidades, que é a essência do marketing de relacionamento, como
ocorria com aqueles pequenos estabelecimentos retratados nos filmes e
novelas e, para que isso pudesse ser resgatado, foi necessária a criação de
alguns instrumentos.
89
Marketing de relacionamento
90
Marketing de relacionamento
Deve-se aqui ressaltar que a empresa também precisa ter um bom plane-
jamento para a utilização dessas informações, de modo a transformá-los re-
almente em benefícios para os seus consumidores e não usá-los na tentativa
de empurrar novos serviços ou produtos, o que pode (e normalmente tem)
um resultado contrário ao esperado, ou seja, acaba por afastar esses clientes
em vez de conquistá-los e retê-los.
91
Marketing de relacionamento
cartados. Por exemplo, para que pedir para o cliente responder um formu-
lário com a data de nascimento e inserir essa informação em um banco de
dados se não se pretende fazer qualquer tipo de ação de relacionamento no
aniversário desse cliente?
92
Marketing de relacionamento
O CRM, portanto, pode e deve conter mais do que apenas dados dos
clientes. Para poder continuarem competitivas é importante que as empre-
sas mantenham em seus bancos de dados informações que propiciem:
McKenna (1992) ressalta que para oferecer bens e serviços mais adequa-
dos aos consumidores deve-se pensar além do consumidor. Assim, o ma-
rketing de relacionamento deve envolver outros integrantes da cadeia, ou
seja, todos os elos que direta ou indiretamente possam afetar o consumidor,
devem ser alvos também de uma ação de relacionamento. Esses elos envol-
93
Marketing de relacionamento
94
Marketing de relacionamento
Marketing one-to-one
e o encantamento dos clientes
Que todos os consumidores gostariam de ser tratados como únicos não é
novidade, e a introdução do marketing de relacionamento foi justamente o
primeiro passo nesse sentido. Para alguns autores, no entanto, as primeiras
propostas de marketing de relacionamento envolviam apenas customização
em massa ou, ainda, o desenvolvimento de produtos ou serviços ajustados a
um determinado segmento de mercado.
95
Marketing de relacionamento
Garcia et al. (2006, p. 44-45) ressaltam que os dados contidos nesse banco
possibilitam que seja oferecido um atendimento personalizado aos clientes
e mencionam o caso de empresas que trabalham com entregas em domicí-
lio que costumam utilizar os dados do sistema de identificação da chamada
para oferecer outros produtos e serviços que possam interessar para o clien-
te. Os autores exemplificam com o caso de um pet shop de São Paulo que
identifica o número do telefone das ligações recebidas e, por esse número,
consegue detectar todos os dados do cliente e, dessa forma, ao receber um
contato para encomenda de ração, acaba aproveitando a oportunidade para
avisar que já está para vencer o prazo de vacinas do animal de estimação do
cliente. Além disso, os autores completam que o pet shop ainda pode usar
esse contato para divulgar seus produtos ou serviços, especialmente aque-
les usados pelo cliente e que estejam em promoção.
Conforme exemplo anterior, vale destacar que uma empresa pode con-
quistar e fidelizar um cliente simplesmente por se antecipar às suas neces-
sidades. Estreitar a proximidade com os consumidores sempre traz bons re-
sultados, já que todo consumidor anseia em ser reconhecido e tratado como
alguém especial.
96
Marketing de relacionamento
97
Marketing de relacionamento
Ao selecionar o segmento que se busca atingir, fica muito mais fácil para
a empresa obter credibilidade perante esse público, já que ela oferece exa-
tamente o que o target anseia receber, propiciando uma relação harmoniosa
para os envolvidos.
98
Marketing de relacionamento
99
Marketing de relacionamento
pelo público, o que se deve ressaltar é que essas empresas não agregaram,
perante os consumidores, valor às suas marcas de forma a diferenciá-las dos
concorrentes, ou seja, não há nenhum benefício agregado a essa marca que
a torne memorável para determinado público.
100
Marketing de relacionamento
ter que refazer o serviço empregando mais energia, tempo e dinheiro, são
fatores que apontam como grande vantagem ser um consumidor fiel e leal a
uma determinada empresa.
104
Marketing de relacionamento
permitirá evitar os clientes que não são receptivos a esse tipo de venda
ou que não desejam esse tipo de produto.
105
Marketing de relacionamento
Atividades de aplicação
1. O que diferencia o marketing de relacionamento do database marke-
ting?
106
Marketing de relacionamento
Referências
BARNES, James G. Segredos da Gestão pelo Relacionamento com os Clientes
CRM. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2002.
BRETZKE, Miriam. Marketing de Relacionamento. Disponível em: <www.bretzke-
marketing.com.br/textos/artigos08.htm>. Acesso em: 21 set. 2009.
CHURCHILL JR., Gilbert; PETER, Paul J. Marketing: criando valor para os clientes. São
Paulo: Saraiva, 2005.
GARCIA, Maria Tereza; CAIM, Fábio; LOURENÇO, Silene; TRAJANO, Tânia. Marketing
e Comunicação para Pequenas Empresas. Saõ Paulo: Novatec, 2006.
SHAW, Robert; STONE, Merlin. Marketing com Banco de Dados: database marke-
ting. São Paulo. Atlas, 1993.
107
Marketing de relacionamento
Gabarito
1. O database marketing é uma ferramenta que contém dados dos públi-
cos da empresa e a utilização desses dados pode propiciar a realização de
uma estratégia de fidelização com mais eficácia, enquanto o marketing
de relacionamento é justamente a exploração otimizada dos dados, re-
ferentes ao cliente, contidos no database marketing de forma a conseguir
maior proximidade com esse consumidor e sua consequente fidelização.
2. A.
3. Para isso, é preciso conhecer bem os clientes e ter algum arquivo de
informações relevantes sobre os mesmos.
108
Serviços profissionais
Refrigerantes
Automóveis
Sal
Cosméticos
Lanchonetes
Dominância Dominância
tangível intangível
Cadeia de lanchonetes
Agência de publicidade
Cia. aérea
Adm. investimento
Consultoria
Ensino
Figura 1– Escala das entidades de marketing.
112
Serviços profissionais
113
Serviços profissionais
Demanda flutuante – serviços não podem ser estocados, por isso o pres-
tador deve estar apto a atender às flutuações da demanda imediatamente ao
seu aparecimento.
114
Serviços profissionais
115
Serviços profissionais
Distribuição
Serviços Promoção
Imagem Treinamento
Composto de serviços
116
Serviços profissionais
Treinamento
A prestação de serviços é alicerçada no desempenho humano, e prestar
bons serviços depende da qualidade desse desempenho. Portanto, aperfei-
çoar serviços é aperfeiçoar o ser humano, o que é possível através do treina-
mento (LAS CASAS, 2008).
Tipos de treinamentos
Os treinamentos podem ser de dois tipos básicos: iniciais e de reciclagem.
Treinamento inicial
Todo treinamento inicial deve abordar os seguintes aspectos para os
profissionais:
o produto;
o mercado;
a empresa;
117
Serviços profissionais
o território de vendas;
118
Serviços profissionais
119
Serviços profissionais
120
Serviços profissionais
Como compram?
121
Serviços profissionais
122
Serviços profissionais
123
Serviços profissionais
Essas dicas de região geralmente não são muito comuns de serem inclu-
ídas, mas é necessário que se incluam principalmente informações sobre
facilidades, principais concorrentes, principais clientes que se localizam na
região, aspectos culturais que interferem no comportamento de compra,
além de uma série de outras informações relevantes.
124
Serviços profissionais
Treinamento de reciclagem
Além do programa inicial é necessário que se desenvolvam também trei-
namentos de reciclagem. Nesse caso, diferencia-se do inicial, pois os profis-
sionais já têm alguma experiência. O enfoque do treinamento baseia-se nos
aspectos de maior dificuldade encontrados pelos vendedores. Consequen-
temente, os períodos de duração são mais curtos (LAS CASAS, 2004).
1. análise da necessidade;
4. elaboração do programa;
5. avaliação do programa.
125
Serviços profissionais
aumentar as vendas;
aumentar a lucratividade;
Plano de treinamento
Objetivo:
Justificativa:
Programa:
Atividades programadas:
Critérios de avaliação:
Bibliografia:
126
Serviços profissionais
Imagem
Outro aspecto muito relevante a ser considerado na prática de marke-
ting de serviços é quanto à formação de imagem. Imagem pode ser formada
quanto a diferentes aspectos, tais como a imagem de um profissional, de
uma empresa ou grupo de empresas, ou de um serviço específico. Pode-se
dizer que a imagem é “um grupo de representações mentais, tanto afetivas
quanto racionais, que um indivíduo ou um grupo de pessoas associa a uma
empresa como resultado de suas experiências, crenças, atitudes, sentimen-
tos e informações” (LAS CASAS, 2001).
Ao mesmo tempo em que essa imagem é programada, ela deve ser pro-
jetada, comunicada. A comunicação deve ser projetada de modo que seja
transmitido o real significado desejado. Uma imagem pode ser distorcida
127
Serviços profissionais
pelo público, o que traz muitos prejuízos para a empresa. Depois de perder
o prestígio e a confiabilidade, torna-se muito difícil recuperar a credibilidade
na prestação de serviços. Por isso, deve-se ter todo o cuidado para que a
imagem seja transmitida ou comunicada da forma mais transparente possí-
vel. Nesse aspecto, torna-se relevante que haja uma integração entre a iden-
tidade, a comunicação e a formação de imagem. O autor Sanz de La Tajada
(1994) procurou desenvolver um modelo integrando essas entidades, que
segue a seguinte sequência de procedimentos:
128
Serviços profissionais
129
Serviços profissionais
130
Serviços profissionais
ajude a traçar um paralelo entre o que foi programado e o que realmente está
sendo entregue é a metodologia utilizada pelos gestores de investimentos da
Leblon Equities. “Nosso objetivo é sempre identificar se o valor econômico da
empresa é realmente aquele que o mercado enxerga. Se esse patamar é infe-
rior, nós compramos as ações. Se for menor, nós vendemos”, afirma o sócio da
Leblon Equities, Pedro Rudge.
Segundo ele, o gestor deve utilizar em sua análise o valor que uma em-
presa deve atingir no médio e no longo prazo e compará-lo com sua cotação
presente. No ano passado, diante da incerteza que tomou conta do merca-
do, a maioria dos papéis dos bancos brasileiros estava sendo negociado bem
abaixo do preço justo. “Na época adquirimos uma posição relevante em ações
do BicBanco. Fizemos a compra quando a empresa era negociada a 30% do
valor patrimonial e tivemos um lucro de cerca de 100%”, diz Rudge.
131
Serviços profissionais
Atividades de aplicação
1. Mencione as principais dificuldades na prática de marketing em servi-
ços profissionais.
Referências
CABRINI, Giseli. Como os Gestores Profissionais Investem. Publicado em: 2009.
Disponível em: <http://portalexame.abril.com.br/financas/como-gestores-profis-
sionais-investem->. Acesso em: 23 nov. 2009.
132
Serviços profissionais
SHOSTACK, G. Lynn. Breaking free from product marketing. In: LAS CASAS, Alexan-
dre Luzzi. Marketing de Servicos. 4. ed, São Paulo: Atlas, 2007.
133
Serviços profissionais
Gabarito
1. A prática do marketing é comum e aceita em vários segmentos da
economia brasileira. No entanto, na área de serviços o mesmo não
ocorre.
134
Serviços profissionais
135
Serviços profissionais
136
Serviços que adicionam valor
a tangíveis
1
Conforme a escala de entidade de marketing de G. Lynn Shostack1 (1982), Continuum que repre-
senta o grau de tangi-
os serviços são agrupados em duas categorias: os serviços profissionais e os bilidade de produtos e
serviços.
serviços que adicionam valor a tangíveis. Quanto maior for o componente
intangível dos serviços, mais a comercialização se afasta do marketing tradi-
cional. No entanto, há uma categoria situada no continuum de classificação
de Shostack que está entre a linha limítrofe do âmbito dos serviços, e outra
que é de marketing de serviços profissionais. Essa categoria de serviços tem
bens e serviços a serem comercializados, não obstante os referidos tangíveis
sejam materializações de muitas ofertas do próprio serviço. Uma empresa que
comercializa seguro, por exemplo, vende apólices e prestação de serviços. A
apólice representa a materialização do serviço a ser comercializado. No entan-
to, o marketing usado por essas empresas se aproxima mais do marketing tra-
dicional, uma vez que estão mais próximos da linha limítrofe. Os serviços estão
identificados no continuum de Shostack reapresentado na figura 1.
Refrigerantes
Automóveis
Sal
Cosméticos
Lanchonetes
Dominância Dominância
tangível intangível
Cadeia de lanchonetes
Agência de publicidade
Cia. aérea
Serviços que
Adm. investimento
adicionam valores
Seguros
a tangíveis
Consultoria
Ensino
140
Serviços que adicionam valor a tangíveis
A escolha de qual segmento atuar deve ser feita com cuidado. Os admi-
nistradores devem ter uma noção clara de suas competências como presta-
dores de serviços. Quais segmentos ou nichos poderão atender da melhor
maneira possível? O objetivo é o de diferenciar-se dos demais concorrentes,
tornando-se imbatível. Para a escolha deve ser feita uma análise profunda
dos atributos que criarão valor.
conforto;
serviços;
localização;
rapidez no atendimento.
141
Serviços que adicionam valor a tangíveis
142
Serviços que adicionam valor a tangíveis
Processos organizacionais
Valor superior
cação atinja os objetivos visados. Sabemos também que para que uma em-
presa forme uma imagem de transparência, ela deve comunicar a sua per-
sonalidade da melhor forma possível para não haver distorções. Empresas
que possuem essas competências encontram-se em posições privilegiadas
no mercado uma vez que controlam mais os processos de comunicação.
Preço alto
FORUM BONAPARTE
SIBERIAN RICHARD´S
BROOKSFIELD
SKETCH
CHRISTIAN DIOR
Preço baixo
145
Serviços que adicionam valor a tangíveis
Com base nesse mapa é possível definir qual o espaço estratégico que se
pretende ocupar. Uma empresa irá procurar ocupar aquele que está menos
concorrido, pois assim não será necessário investir muito capital para conquis-
tar uma fatia de mercado. Em mercados com outros concorrentes ocupando
a mesma posição de interesse, será necessário fazer muitos investimentos
para “roubar” clientes dessas outras empresas. Apesar de a figura enfatizar o
segmento de roupas masculinas, no marketing de serviços o procedimento
é análogo podendo ser usado para bancos, seguradoras, hospitais, agências
de turismo, empresas aéreas etc.
146
Serviços que adicionam valor a tangíveis
147
Serviços que adicionam valor a tangíveis
Perfil
O perfil refere-se ao estabelecimento em que acontecerá a prestação de
serviços. Inclui toda a comunicação visual de uma loja ou escritório, como
também limpeza, disposição de móveis, layouts etc. Portanto, ao praticar
marketing de serviços, um administrador deverá decidir que tipo de perfil
precisa ter o local para sua ação e seu desempenho.
Processos
Uma empresa de serviços deve pensar também como conduzirá o pro-
cesso de administração de serviços. Quando alguém entra em uma empresa,
vai interagir com vários aspectos da organização, e, portanto, esse processo
deve permitir que os serviços sejam desempenhados de forma organizada e
com qualidade, favorecendo a satisfação da clientela. Um cliente, ao entrar
num restaurante, por exemplo, poderá ser atendido por uma recepcionista
e logo em seguida um garçom chega com um cardápio à sua mesa. Depois
de consumir a refeição, para no caixa e na sequência vai em direção ao es-
tacionamento. Ele avaliará a qualidade do restaurante como resultado de
todos esses contatos mencionados. Todos esses aspectos são importantes
148
Serviços que adicionam valor a tangíveis
Procedimentos
O processo é desenvolvido para facilitar a prestação de serviços. Os vários
pontos de contato, como vêm, são planejados visando a uma fluidez e efici-
ência que permitam a prestação de serviços sem atrapalhações, complica-
ções ou impedimentos do processo e de forma lucrativa. No entanto, a qua-
lidade do contato dos funcionários com os clientes é fundamental. Um bom
processo só é completo se o nível de contato com os clientes for satisfatório.
Os procedimentos referem-se ao atendimento ou aos momentos da verda-
de. É nesse momento que se realiza tudo aquilo que foi ensinado e praticado
no treinamento, no planejamento etc. Os clientes percebem uma boa ou má
prestação de serviços, em grande parte, pela qualidade do contato pessoal
com os funcionários de uma empresa.
Pessoas
A maior parte dos investimentos na área de serviços é na mão de obra.
As empresas que prestam serviços necessitam comercializar atos, ações,
desempenho. Para comercializar desempenho há a necessidade de se trei-
nar os vendedores, gerentes e demais funcionários. Entretanto, para treinar
também há necessidade de se contratar as pessoas certas. O pessoal de uma
organização é muito importante para a qualidade da prestação de serviços.
Além disso, as pessoas contratadas ajudam a formar uma imagem. Indiví-
duos de boa aparência e bem treinados comunicam uma preocupação da
administração em atender bem seus clientes.
Blueprint de serviços
Os serviços devem ser desenvolvidos e idealizados através de um
blueprint.
149
Serviços que adicionam valor a tangíveis
150
Serviços que adicionam valor a tangíveis
Foi importante para a NESTA que o programa Insight Out fosse diferencia-
do, desejado e com uma proposta válida para ambos, graduados e associa-
dos, e que ficassem ávidos para vivenciá-lo.
O maior desfio para a Engine foi identificar caminhos para traduzir o pro-
grama em negócios sustentáveis através do desenho, produção e processos
operacionais incluindo materiais para aprendizagem e marketing necessários
para fazer funcionar o programa de acordo com os objetivos visados.
A Engine iniciou uma abordagem focada nos usuários, usando três fases
do projeto – identidade, construção e avaliação – com os cinco princípios fun-
damentais do design em mente: valor, sistemas, pessoas, jornadas e proposi-
ções. Os passos visavam entender o que os usuários e fornecedores do serviço
valorizavam e como o programa atual funciona enquanto um sistema – em
seus componentes e através de relacionamentos envolvidos. Parte desses pro-
cessos foram desenvolvidos para explorar o potencial de mercado disponível
para Insight Out e assegurar que o programa poderia ser viável em escala. O
mercado consistia de parceiros, treinandos e candidatos a cargos. Foi iniciada
uma série de workshops visando identificar e refinar ideias. Juntamente com
NESTA, graduados e parceiros do Insigh Out passaram por uma série de jorna-
das e workshops, para identificar as oportunidades para serviço.
151
Serviços que adicionam valor a tangíveis
Marcas
O desenvolvimento de marcas para serviços é semelhante ao de bens,
e muito importante para a comercialização. A marca, de preferência, deve
ser simples, fácil de pronunciar e transmitir o benefício principal do produ-
to. Uma marca pode ser registrada, mas como os serviços em princípio não
podem ser registrados, as marcas podem e devem. O esforço de construção
de marca deve ser compensado, pois depois de determinado tempo há com-
pensações. Os passos para registrar uma marca são os seguintes (LAS CASAS,
2007, p. 82).
1. Criação e elaboração da ideia.
2. Busca: indispensável para garantir que não exista outra marca igual ou semelhante na
mesma classe.
Publicado o deferimento, abre-se o prazo para que terceiros possam apresentar eventuais
recursos. É indeferido quando o INPI constata que o pedido preenche os requisitos legais,
ou por ter julgado procedente a oposição a terceiros. Nesse caso o depositante poderá
152
Serviços que adicionam valor a tangíveis
(INPI, 2009)
Depósito da marca
Exame formal
Publicação do pe-
dido para manifes-
tação (art. 158)
Publicação do
deferimento
prazo para paga-
mento de taxa
(art.162)
Concessão do
registro
Há vários estudos sobre marcas. Pesquisa da Brand Finance mostra que a crise afetou
mais o valor das marcas de empresas de commodities do que dos bancos. Bradesco e Itaú
lideram ranking brasileiro de marcas; Vale, TAM e Gol caem. (PORTAL EXAME, 2009)
O cálculo do valor de marcas surgiu em meados dos anos 70 como uma ferramenta
auxiliar nos processos de fusões e aquisições de empresas. A ideia era atribuir valor a um
ativo até então considerado intangível. Para chegar ao valor de uma marca: a Interbrand,
por exemplo, calcula três variáveis. A primeira leva em conta o peso da marca na receita
e na lucratividade da empresa com base em dados do balanço financeiro. A segunda
avalia por meio de pesquisas a preferência dos consumidores pela marca em relação aos
concorrentes. E, por fim, mede-se a competitividade da marca para gerar lucros futuros.
Nesse quesito são avaliados fatores como a performance global e a presença dessas
empresas em mercados promissores. (TEICH, 2008)
Banco do Brasil: 601 (em US$ milhões) – 16% – conquistou uma carteira
de R$240 milhões de pequenas e médias empresas. Incluiu quatro milhões de
correntistas em 2004 (ISTO É NEGÓCIOS, 2005).
3. Criação da demanda – impulsionar o desejo do cliente pela marca, tornar a marca atraente.
4. Modelar contingências: simular cenários futuros ideais que acabem se tornando opor-
tunidades para a marca, perseguindo-os com determinação.
154
Serviços que adicionam valor a tangíveis
Como foi possível perceber por esta aula, quanto à decisão sobre os ser-
viços que adicionam valor a tangíveis, a empresa deve proceder com deci-
sões de planejamento estratégico de marketing e praticamente organizando
todo o esforço em torno do valor criado ao consumidor. Após a identificação
do valor e o perfeito casamento com as competências da organização, o es-
trategista de serviços seleciona o público-alvo que irá atingir e em que tipo
de posicionamento. Posteriormente, deve elaborar o tipo de estratégia de
marketing para alcançar os objetivos. Dessa forma, após selecionar o dife-
rencial, elabora os 4Ps do marketing. Na realidade o estrategista de serviços
deverá elaborar os 8Ps do marketing, quatro do tradicional (produto, preço,
praça e promoção) e quatro específicos dos serviços. Para desenvolver uma
oferta de serviços mais adequados, deve pensar em termos de blueprint, o
desenvolvimento do processo de serviços que considera todas as etapas de
interação dos clientes, tanto em nível interno como no externo. Além disso,
elaborar uma marca que dará personalidade e diferenciação à oferta, que
juntamente com as estratégias dos demais itens, elaboradas e coordenadas
como um processo, poderão dar sentido e valor ao trabalho desenvolvido
pela empresa.
O sistema ficou fora do ar das 6h às 8h40 e foi suficiente para causar atra-
sos em 199 dos 466 voos da companhia no dia, segundo a Infraero. Às 15h,
4,9% dos aviões da TAM ainda apresentavam atrasos.
155
Serviços que adicionam valor a tangíveis
“É difícil de estimar o que causou a pane por serem diversos os fatores possí-
veis, mas o que é certo é que o setor aéreo é um dos mais vulneráveis às falhas
de sistemas, ainda mais do que os bancos. Uma pane simplesmente para o ne-
gócio”, afirma.
Para evitar problemas como os da TAM, outras empresas aéreas estão inves-
tindo na virtualização. Uma delas é a Azul, onde os PCs usados pelos funcioná-
rios que prestam atendimento ao público em lojas ou nos balcões de check-in
são terminais extremamente simples, que acessam um servidor central e têm
baixo poder de processamento.
156
Serviços que adicionam valor a tangíveis
Isso representa uma economia de até 35% nos custos de hardware, sem
contar a economia com a manutenção: os terminais não exigem atualizações
individuais de software nem correm risco de infecção por vírus, apenas para
mencionar duas vantagens. Além disso, se a conexão com o data Center cair,
as máquinas têm autonomia para funcionar por algumas horas a partir de um
banco de dados alternativo.
Atividades de aplicação
1. Como as empresas podem avaliar a competência organizacional?
Referências
CRAVENS D.; PIERCY, Nigel. Strategic Marketing. 7. ed. Boston: McGraw-Hill,
2003.
FUSCO, Camila. TAM Atravessa Transição Tecnológica. Publicado em: 2009. Dis-
ponivel em: <http://portalexame.abril.com.br/blogs>. Acesso em: 23 nov. 2009.
INTERBRAND. O Poder das Marcas na América Latina. Publicado em: 2005. Dis-
ponível em: <www. Interbrand.com>. Acesso em: 19 nov. 2009.
157
Serviços que adicionam valor a tangíveis
LAS CASAS, Alexandre Luzzi. Marketing de Serviços. São Paulo: Atlas, 2000.
TEICH, Daniel. O Homem que Calculava Marcas. Publicado em: 2008. Disponível
em: <http://portalexame.abril.com.br/revista/exame/edicoes/0930/marketing/
homem-calcula-marcas-396424.html>. Acesso em: 26 nov. 2009.
ZEITHAML, V. A.; BITNER, Mary Jo; DWAYNE, Grember. Services Marketing: inte-
grating customer focus across the firm. Boston: McGraw-Hill/Irwin, 2006.
Gabarito
1. Competências são conhecimentos e habilidades de conhecimentos
acumulados, exercidos através dos processos organizacionais que ha-
bilitam as firmas a coordenar suas atividades e fazer uso de seus ativos.
A fim de prestar um valor superior ao cliente deve-se ter em mente o
estoque de conhecimento e ativos que uma empresa possui. A com-
petência organizacional são as habilidades que permitem às empresas
se desenvolverem. Os negócios deverão ter quantos processos forem
necessários para desenvolver atividades naturais de negócios defini-
das pelo estágio em que a rede de valor e os fatores-chave de sucesso
no mercado são identificados.
158
Serviços que adicionam valor a tangíveis
159
Qualidade total em serviços
Portanto, o que se percebe com essa definição é que qualidade total não
se limita apenas aos clientes externos. A qualidade total em serviços englo-
ba, além dos clientes externos, todos os que com ela interagem, ou seja,
Qualidade total em serviços
Momentos da verdade
O conceito de “momentos da verdade” foi inicialmente proposto por
Jan Carlzon, presidente da SAS, empresa de aviação da Escandinávia. Segun-
do Carlzon, a prestação de serviços é o resultado da soma de todos os mo-
mentos da verdade de um cliente com a empresa. São os momentos em que
o cliente entra em contato com algum aspecto da organização e obtém uma
impressão da qualidade do serviço. Qualquer contato de um indíviduo com
a organização e que forma alguma impressão é considerado um momento
da verdade (LAS CASAS, 2008).
162
Qualidade total em serviços
Numa grande empresa, os contatos podem ser muito frequentes pela di-
versidade de operações e interação de pessoas e clientes. No entanto, uma
empresa de menor porte tem a vantagem de quantificar mais facilmente
seus pontos de contato, e até certo modo, ter um controle maior. Imagine
um cliente entrando numa agência de viagens. Os pontos de contato que o
cliente terá com a organização são muito poucos e podem ser facilmente ad-
ministrados. Um cliente estaciona o carro, se dirige para o escritório, fala com
a secretária, com os representantes da empresa, podendo até haver outras
atividades que causam impressões, incluídas nesse processo.
Ciclo de serviços
O ciclo de serviços é um roteiro dos momentos de verdade, que relaciona
os pontos vivenciados pelos clientes cada vez que interagem ou entram em
contato com a empresa. Pode haver vários ciclos de serviços devido à com-
plexidade de operação, mas a base deve ser desenhada de forma simples.
163
Qualidade total em serviços
164
Qualidade total em serviços
165
Qualidade total em serviços
Situação 1: R = E
Situação 2: R > E
Situação 3: R < E
Onde:
R significa resultado
E significa expectativa
Situação 1: R = E
Nesse caso, o resultado da prestação de serviços se iguala à expectativa
do cliente, ou seja, o cliente esperava algo que realmente recebeu e foi con-
forme prometido. Essa situação gera satisfação do cliente e ele tem muita
chance de continuar prestigiando a mesma organização em necessidades
futuras, e inclusive indicar os seus serviços para outras pessoas.
166
Qualidade total em serviços
Situação 2: R > E
Nesse caso, o resultado foi maior do que a expectativa do cliente. Ele espe-
rava receber o serviço de determinado nível, mas a empresa superou as suas
expectativas, tornando-o encantado. Um cliente encantado com a empresa
torna-se um divulgador e aliado permanente, ou seja, um cliente fidelizado.
Alguns falam que um cliente que tenha suas expectativas superadas torna-
se um profeta da empresa. Nessa condição, passa a divulgar e defender a
empresa acima de tudo. Esse é um dos principais objetivos de programas
de qualidade: formar uma equipe de profetas que dissemina seus benefícios
através do boca a boca direto ou via internet com as redes sociais.
Situação 3: R < E
Quando o resultado é menor do que a expectativa, o cliente fica insatis-
feito. Nesse caso, ele espera que um determinado nível de serviço seja pres-
tado, no entanto a qualidade não atinge o nível desejado. Isso pode ocorrer
por diversas razões. Em primeiro lugar, a qualidade prometida pelos repre-
sentantes da empresa ou pelos comerciais dirigidos aos clientes exagera nas
promessas superando as capacidades (possível e real) de serem atingidas.
Isso ocorre quando a empresa, no esforço de venda, faz muitas promessas
para conquistar os clientes e derrubar a concorrência. No entanto, muitas
vezes essas promessas superam a capacidade, como foi mencionado, cau-
sando insatisfação. Interessante observar que, mesmo que o serviço tenha
sido de boa qualidade, pode causar insatisfação se a promessa de qualidade
superar essa capacidade. Portanto, na prática de marketing de serviços as
empresas devem ter muito cuidado com a relação resultado e expectativa.
As fontes de problemas
entre resultados e expectativas
Há algumas condições a serem analisadas ao se considerar resultados e
expectativas. Mesmo que a empresa não atenda aquilo que é esperado pelos
clientes, a insatisfação causada pode não ser prejudicial para a continuidade
dos negócios. A razão disso é que os clientes têm limites de tolerância em re-
lação ao nível de satisfação. Ele espera algum resultado, mas não o obtendo,
ele ainda ficará relativamente satisfeito. Essa situação está representada na
figura a seguir.
167
Qualidade total em serviços
Níveis de expectativas
Serviço desejado
Zona de tolerância
Serviço adequado
168
Qualidade total em serviços
Serviço desejado
Promessa implícita
Boca a boca
Experiência passada
Serviço esperado
Hiatos da qualidade
Não apenas na relação expectativas e percepção, a qualidade pode ser
prejudicada. Há várias outras fontes de erros. Geralmente, as empresas que
procuram oferecer um serviço de qualidade no mercado fazem pesquisas
169
Qualidade total em serviços
170
Qualidade total em serviços
Prestador de serviços:
Avaliação de serviços
Para manter a qualidade, os serviços devem constantemente ser avalia-
dos. A avaliação vai servir como um termômetro do nível de satisfação com
as atividades da empresa. Há várias ferramentas que auxiliam na mensura-
ção da qualidade, sendo a mais conhecida a SERVQUAL. Trata-se de um ins-
trumento para medir a qualidade do serviço. Esse método para determinar a
qualidade de serviço usa a teoria do hiato ou lacuna (gap theory). Ele contém
um formulário que, na primeira parte, traz uma indicação do nível dos servi-
ços esperados pelos respondentes. Numa outra parte do formulário, os ser-
viços prestados são avaliados. O nível de qualidade deve ser encontrado pela
subtração dos resultados do serviço percebido pela expectativa dos clientes
para cada uma das questões (LAS CASAS, 2008, p. 94).
tangibilidade;
confiança;
responsividade;
autoconfiança;
empatia.
171
Qualidade total em serviços
Outra crítica é que a forma como é proposta para medir qualidade não
seja adequada a todos os tipos de serviços. Há serviços com características e
especificidades típicas que não são medidas com todas as informações con-
tidas no questionário. A crítica geral é que o instrumento de avaliação não
tenha condições de ser aplicado em todas as situações.
Avaliação de serviços:
uma proposta simplificada
Uma proposta de avaliação de serviços simplificada foi apresentada por
este autor no livro Qualidade Total em Serviços (2009). Um quadro foi propos-
to com os elementos principais das avaliações e um modelo está apresenta-
do no quadro 1.
172
Qualidade total em serviços
Uma mesma pesquisa pode ser conduzida com os clientes que usaram os
produtos ou serviços da empresa para avaliação da qualidade. Nesse caso,
solicita-se que o cliente dê nota de 1 a 5, por exemplo, para identificar o nível
de satisfação, sendo a nota 1 nada satisfeito e 5 muito satisfeito.
173
Qualidade total em serviços
174
Qualidade total em serviços
(...) A conclusão final é que o instrumento atende perfeitamente aos critérios de avaliação,
tanto de clientes reais, como o de misteriosos, o que dá uma boa informação e condições
de aperfeiçoamento dos serviços prestados. (LAS CASAS, 2008, p. 76-77)
Implantando a qualidade
Este autor desenvolveu uma metodologia para implantar um programa
de qualidade nas empresas. A estratégia de implantação do programa de
qualidade segue a implantação de um plano de marketing. Elas seguem em
paralelo, pois uma vez que há a atualização do plano devido às alterações
ambientais, estas podem ser transferidas para o desenvolvimento de quali-
dade, ou seja, as atualizações do plano de marketing que são feitas em re-
lação às tendências do mercado permitem que a metodologia de desenvol-
vimento do programa de qualidade interno na organização também sofra
atualizações. No início de implantação do programa, a utilização de redes
sociais não era usada uma vez que pouco poderia saber a respeito. A implan-
tação do programa de qualidade acoplado ao plano de marketing permite
atualizações constantes de acordo com as mudanças externas que ocorrem
tão rapidamente hoje em dia (utiliza-se a expressão “líquido” para a mudança
permanente). Isso é apenas um exemplo, existem vários outros. Um modelo
de estratégia de serviços com qualidade é apresentado a seguir.
175
Qualidade total em serviços
Pesquisa
Interna Externa
– Funcionários – Clientes
– Gerentes – Concorrentes
– Ambiente
Estratégia
de serviços
Aspectos Aspectos
internos externos
Comunicação
Ameaças e oportunidades
Mecanismos
de aprimora- Plano tático
mento
Avaliação
mensuração
Feedback
176
Qualidade total em serviços
Tudo isso deve ser desenvolvido com vistas aos mecanismos de aprimo-
ramento. Qualidade total em serviços é uma atividade em que, para se obter
os serviços dentro de determinados níveis, a avaliação e a forma de melho-
rar e corrigir devem ser também constantes. Finalmente, de acordo com o
modelo, a avaliação e mensuração dos resultados é uma forma de se manter
os padrões de qualidade.
177
Qualidade total em serviços
Treinamentos
Para definir os temas dos cursos, sempre fora do horário de trabalho, o RH
identifica quais as necessidades da organização e vai atrás de colaboradores
com expertise nos assuntos levantados e os convida para ser instrutores. “For-
necemos um curso de qualificação pra quem vai ser o instrutor, quando ele
aprende a redigir material didático, fazer apresentação e oratória”, explicou
Adriana, salientando que os cursos mais frequentes são de informática; leitura
e interpretação de desenhos; metrologia; e contabilidade básica.
178
Qualidade total em serviços
Atividades de aplicação
1. O que significa a expressão momento da verdade?
Situação 1 : R = E
Situação 2: R > E
Situação 3: R < E
179
Qualidade total em serviços
Referências
ALBRECHT, Karl; BRADFORD, Lawrence J. Serviços com Qualidade: a vantagem
competitiva. São Paulo: Makron Books, 1992.
ASSUNPÇÃO, Tatiana. ThyssenKrupp Bilstein Brasil Poupa R$222 mil com Aca-
demia do Conhecimento. Publicado em: 2009. Disponível em: <www.fnq.org.br/
site/ItemID=2084/449/default.aspx>. Acesso em: 29 nov. 2009.
LAS CASAS, Alexandre Luzzi. Administração de Vendas. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2008
ZEITHAML, Valarie; BITNER, Mary Jo. Services Marketing. Boston: McGraw-Hill, 2000.
Gabarito
1. O conceito de “momentos da verdade” foi inicialmente proposto por
Jan Carlzon, presidente da SAS empresa de aviação da Escandinávia.
Segundo Carlzon, a prestação de serviços é o resultado da soma de
todos os momentos da verdade de um cliente com a empresa. São os
momentos em que o cliente entra em contato com algum aspecto da
organização e obtém uma impressão da qualidade do serviço. Qualquer
contato de um indivíduo com a organização e de que forma alguma
impressão é considerada um momento da verdade. Ele é precisamente
aquele instante em que o cliente entra em contato com qualquer setor
do seu negócio e, com base nesse contato, forma uma opinião sobre a
qualidade do serviço, e possivelmente, da qualidade do produto.
2. Situação 1: R = E
Situação 2: R > E
180
Qualidade total em serviços
Situação 3: R < E
181
Avaliação de serviços
Nesse ponto, a empresa passa por uma avaliação minuciosa por parte do
consumidor e esse processo é responsável por grande parte da fidelização
(ou afastamento) desse novo cliente.
Avaliação de serviços
184
Avaliação de serviços
petitivas podem ser aplicadas para adicionar valor a seus produtos e serviços
e, consequentemente, maior margem de valor para a empresa.
Dessa forma, pela subdivisão de uma organização por suas diversas ativi-
dades relevantes, é possível verificar custos de cada etapa e as possibilidades
de criar diferenciais nessas etapas e otimizar custos. Vale ressaltar que a qua-
lidade e os diferenciais apresentados por produtos e serviços estão direte-
mante ligados ao valor final atribuído (e percebido) no produto/serviço pelo
seu consumidor. É esse valor que propicia uma vantagem competitiva para a
organização em relação às demais empresas do mercado onde atua.
185
Avaliação de serviços
186
Avaliação de serviços
187
Avaliação de serviços
Margem
Desenvolvimento de tecnologia
Aquisição
Dessa forma, para construir uma cadeia de valor, deve-se realizar análise
interna de custos, receitas e valores envolvidos em cada atividade e a análise
dos valores do mercado com concorrência e dos determinantes de custo.
Esses dados devem ser confrontados com o valor agregado ao produto ou
serviço, bem como o valor percebido pelos consumidores de forma a medir
a vantagem competitiva da organização.
188
Avaliação de serviços
189
Avaliação de serviços
190
Avaliação de serviços
191
Avaliação de serviços
Las Casas (2000, p. 85) aponta que isso torna muito importante para uma
empresa monitorar como o cliente percebe seus serviços, seja pela realiza-
ção de pesquisas ou conversas diretas.
Quanto às expectativas, estas podem ter sido criadas por alguma pro-
messa do vendedor ou por algum anúncio publicitário que enaltecia as ca-
racterísticas do serviço, por algum comentário favorável de alguém que já
tenha usado o serviço, ou mesmo por alguma experiência pessoal que esse
consumidor já tenha vivenciado, seja com a própria empresa ou mesmo com
algum concorrente.
192
Avaliação de serviços
Las Casas (2000, p. 85) ressalta que para desenvolver serviços de quali-
dade é preciso ter uma sequência de procedimentos, que envolve pesquisa,
estabelecimento de cultura organizacional, treinamento dos funcionários,
melhoria do clima organizacional com ações de marketing interno, comu-
nicação do plano estabelecido e implantação de mecanismos de controle.
O autor ainda destaca que essas atividades devem seguir as tendências do
mercado e, para tanto, deve-se atentar para que o programa de qualidade
seja desenvolvido paralelamente ao marketing estratégico.
193
Avaliação de serviços
194
Avaliação de serviços
Muitos clientes não conseguem lidar bem com a frustração e, para esses
clientes, chegar em uma empresa e dar de cara com um local sujo, com aten-
dentes mal-humorados e despreparados, pode frustrar a tal ponto suas ex-
pectativas que a tendência desse cliente é transmitir para o máximo de pes-
soas possível a sua frustração nessa experiência.
(ALBRECHT; BRADFORD,
1992, p. 34)
CONTEXTO DE SERVIÇO
Atitudes Atitudes
Valores Valores
Crenças Esquema de Esquema de Crenças
referência referência do
Desejos Desejos
do cliente funcionário
Sentimentos Sentimentos
Expectativas Expectativas
Momento da verdade
195
Avaliação de serviços
Mesa de serviço
Sair da loja e informação ao
cliente
Observar as compras
passarem pelo caixa e Pegar o carrinho
empacotar
Registrar os produtos Escolher o produto
no caixa
196
Avaliação de serviços
A voz do cliente:
mecanismos de manifestação de opinião
Apesar de todos os mecanismos de avaliação interna da empresa para
detectar pontos que podem apresentar falhas e das medidas preventivas
que podem ser adotadas, a forma mais confiável de preparar o ambiente,
os profissionais e o serviço para os clientes, é ouvir a opinião desses consu-
midores sobre o que esperam e desejam de seus prestadores de serviço. As
pesquisas realizadas com o público-alvo, sejam clientes ou prospects, podem
apontar algumas adequações ou adaptações a serem feitas. Já as pesquisas
realizadas diretamente com os clientes no próprio ponto de prestação de
serviços podem medir exatamente o que precisa ser corrigido para atender
aos anseios desses clientes, ou seja, para atender exatamente essas expecta-
tivas, é importante enxergar a empresa pela ótica do cliente.
Vale ressaltar que quando algum cliente reclama significa que ele ainda
se importa com a empresa, ainda tem esperanças de que o problema seja
corrigido e que a empresa possa prestar um serviço com a qualidade que ele
anseia. Já os clientes que já desistiram da empresa, muitas vezes nem sequer
reclamam com a organização, simplesmente deixam de usar os serviços e
nem sequer se preocupam em obter um posicionamento sobre o ocorrido.
Isso, no entanto, não quer dizer que o cliente (nesse ponto provavelmente
ex-cliente) esqueceu o ocorrido. Muitos desses consumidores decepciona-
dos podem aproveitar chances futuras de repassar essa sua experiência ne-
gativa para outras pessoas.
Por isso, adotar mecanismos para ouvir os clientes pode trazer uma per-
cepção mais apurada do que ocorre na empresa e boas sugestões para
melhoria.
197
Avaliação de serviços
Uma conversa pessoal com alguns dos clientes pode apontar os principais
atributos da empresa e também algumas considerações quanto ao que ainda
precisa ser melhorado.
Vale ressaltar que, tão importante quanto aplicar essas pesquisas, é orga-
nizar a forma como serão exploradas essas informações obtidas. Para que os
investimentos com as pesquisas sejam válidos, é importante que os resultados
obtidos sejam utilizados para promover melhorias na organização, seja em
seus recursos materiais ou humanos.
199
Avaliação de serviços
Por isso, organizações mais estratégicas, vêm utilizando também essa indi-
ferença de parte de sua clientela como uma forma de avaliação e vêm desen-
volvendo ações de conquista (ou reconquista) para esse público, mantendo
profissionais treinados e capacitados atuando no relacionamento com esse
segmento, buscando um feedback das suas experiências e a possibilidade de
transformar essa indiferença em plena satisfação.
200
Avaliação de serviços
O momento da verdade
Por que a teoria do Atendimento ao Cliente não funciona na prática
(PIMENTEL NETO, 2009)
Acredite, seu cliente não quer ser bem tratado, ele espera uma experiência
única que tenha sido feita para ele especialmente. Isso não é difícil de conse-
guir, basta fazer com que o cliente sinta, ainda que seja necessário definirmos
padrões e controles nas empresas.
201
Avaliação de serviços
202
Avaliação de serviços
Atividades de aplicação
1. O que é cadeia de valor?
a) Rentáveis e não rentáveis.
b) Primárias e de apoio.
pré-compra e de pós-compra.
c) De
d) Internas e externas.
Referências
ALBRECHT, Karl; BRADFORD, Lawrence J. Serviços com Qualidade: a vantagem
competitiva. São Paulo: Makron Books, 1992.
LAS CASAS, Alexandre Luzzi. Marketing de Serviços. São Paulo: Atlas, 2000.
203
Avaliação de serviços
Gabarito
1. O conjunto de atividades desempenhadas pelas empresas envolvidas
na fabricação de um determinado produto ou serviço, abrangendo
desde a empresa responsável pela matéria-prima até a distribuição fi-
nal ao consumidor.
2. B
204
Determinação de preços
Diferenças de precificação
em produtos e serviços
A definição do preço em um serviço leva em conta algumas variáveis,
como a especialização do prestador de serviços, o tempo empregado nessa
prestação, entre outros. Basicamente, um dos principais diferenciais existen-
tes entre a relação na determinação de preços em serviços e em produtos é
a capacidade de comparação propiciada no segmento de produtos, o que
não ocorre em serviços.
clínico geral, fica difícil perceber porque um profissional cobra R$80,00 pelo
atendimento e outro cobra R$500,00 pelo mesmo serviço.
208
Determinação de preços
A composição de preço
As empresas, para estabelecerem seus preços, levam em conta basica-
mente quatro fatores de influência, que são: os custos com o produto ou
serviço, a demanda de mercado, os preços praticados pela concorrência e o
valor atribuído pelo consumidor aos produtos da empresa. Cada um desses
fatores pode ter um peso maior ou menor dependendo da estratégia estabe-
lecida pela empresa e seus objetivos de mercado.
1
O preço é o item do mix de marketing1 que gera a receita para a empresa, Também chamado de
composto de marketing
enquanto os demais itens do mix envolvem apenas investimentos. É neces- ou 4Ps, composto por
produto, preço, praça e
sário investir no produto ou serviço para que ele tenha qualidade e atenda promoção.
Dessa forma, o custo total com um produto ou serviço deve ser visto
apenas como uma parte integrante do seu preço final. Itens como o valor
agregado ao produto pelo seu esforço de vendas e de comunicação também
209
Determinação de preços
De qualquer forma, o preço final deve ser analisado entre dois extre-
mos: a possibilidade de não se conseguir vender, caso o preço atribuído
seja muito alto e o risco de realizar vendas que não sejam lucrativas e nem
sequer paguem os investimentos efetuados, conforme apontam Churchil Jr.
e Peter (2005). Ambas as possibilidades podem levar a empresa à quebra e,
por isso, é necessário que a composição dos preços seja feita de uma forma
bem realista, avaliando todas as potencialidades do produto ou serviço e
todas as oportunidades para trabalhar com uma boa margem de lucros, e
também analisando com rigor as ameaças que poderão inviabilizar a prática
de preços almejados.
Objetivos de preços
Estabelecer preços que sejam condizentes com os investimentos efetua-
dos no produto ou serviço e que ainda tragam certa lucratividade é o primei-
ro pensamento que se tem ao buscar estabelecer preços. No entanto, a pre-
cificação não é determinada apenas com essa matemática simples. Sendo
um dos 4Ps do mix de marketing, o preço também é usado como um fator
estratégico para segmentar o público, definir mercado, conquistar algum
nicho, entre outros.
210
Determinação de preços
211
Determinação de preços
Estratégias de preço
Kotler (1998, p. 443) aponta que as dúvidas sobre os preços adequa-
dos podem ser resolvidos selecionando uma estratégia que se baseie em
algum(ns) fator(es) de influência desses valores, como os custos, a concor-
rência, a demanda, o valor percebido pelos consumidores, entre outros, e
aponta alguns métodos de determinação desses preços.
212
Determinação de preços
213
Determinação de preços
214
Determinação de preços
215
Determinação de preços
216
Determinação de preços
217
Determinação de preços
No entanto, esses não são os únicos fatores que devem ser analisados
para se estabelecer os preços, já que, estrategicamente, é possível trabalhar
com uma política de descontos, oferecendo preços diferenciados em virtude
de alguma situação temporária, ou alguma característica diferenciadora do
público.
Vale ressaltar que mesmo que essas estratégias funcionem para atrair
clientes, é péssimo para a fidelização, já que esses mesmos clientes que
foram prestigiados com a promoção vão se sentir desfavorecidos depois de
terminar o tempo da assinatura promocional.
218
Determinação de preços
219
Determinação de preços
220
Determinação de preços
221
Determinação de preços
Conceitos econômicos
usados na determinação de preços
Algumas ferramentas de análise de mercado podem auxiliar muito na
concepção do preço mais indicado para o produto/serviço. Três dessas fer-
ramentas serão vistas a seguir com mais detalhamento – curva de demanda,
análise marginal e elasticidade de preços.
Curva de demanda
Ao testar a demanda para diversos níveis de preço, é possível escolher o
preço mais lucrativo. Deve-se colocar em um gráfico a quantidade que é da-
mandada para os diversos níveis de preço, sendo que, normalmente, quanto
mais baixos os preços, mais aumenta a quantidade de demanda. Churchill
Jr. e Peter (2005, p. 315) apontam que a Disneylândia de Paris, ao reduzir em
20% o valor de seus ingressos, alcançou um crescimento de 20% na frequên-
cia do parque e a empresa Kraft, ao reduzir em 8% o valor dos seus queijos,
obteve um aumento de 5% no volume de suas vendas.
222
Determinação de preços
Análise marginal
A análise marginal é uma técnica que possibilita encontrar a maior
margem de lucro possível analisando o efeito econômico gerado ao produzir
e comercializar cada unidade extra do produto.
Outro fator é que a empresa, para vender essas altas quantidades, teria
que cobrar menores preços. Um bom exemplo disso é uma empresa de
serviços que tem como base de sua funcionalidade o produto, como uma
confeitaria.
223
Determinação de preços
a quantidade produzida não pode ser tão alta que gere a necessidade de
pagamento de horas extras e espaço extra para exposição e armazenamento
do produto, que podem consumir parte dos ganhos, impactando negativa-
mente na lucratividade.
Elasticidade de preços
A elasticidade de preço mede a sensibilidade do público às alterações no
preço de um produto ou serviço. Quando ocorre uma redução nos preços
e isso gera um forte impacto nas vendas desse serviço, ou seja, quando os
consumidores mostram-se sensíveis às alterações efetuadas nos preços,
classifica-se essa demanda como elástica. Já se, mesmo promovendo uma
alteração no preço do serviço, ocorrer pouca mudança em relação às vendas,
demonstrando que esses compradores são pouco sensíveis às mudanças
efetuadas nos preços, então essa demanda é classificada como inelástica.
224
Determinação de preços
225
Determinação de preços
Ancoragem
Ancoragem é o conceito usado para determinar um valor simbólico que
transmita uma referência para os consumidores no momento em que eles ne-
cessitem fazer uma escolha entre algum produto ou serviço.
Uma referência de preços muito antiga, por exemplo, pode causar grande
estranheza ao se comparar com o valor praticado na atualidade, dando a im-
pressão de valor ainda maior do que o praticado. Da mesma forma um valor
pago por um produto em promoção como queima de estoque ou em fim de
estação que pode causar grande impacto ao se deparar com o mesmo bem
com um preço mais elevado.
226
Determinação de preços
Preço psicológico
O preço psicológico é aquele formado por valores fragmentados, ou não
inteiros, que tem como objetivo transmitir a ideia de preços mais baixos. Nor-
malmente esses valores quebrados equivalem aos valores inteiros (já que os
comerciantes dificilmente devolvem o troco) mas emocionalmente podem
fazer grandes diferenças na decisão de consumo.
227
Determinação de preços
Essa é uma boa maneira de pensar sobre isso. E, por ser o preço um atri-
buto do produto, todos nós fazemos inferências sobre um produto a partir
de seu preço. Se algo é barato, esperamos que seja de qualidade inferior e, o
que é curioso, podemos, inclusive, vivenciá-lo como inferior. Devo mencionar
que fizemos alguns experimentos nos quais demos às pessoas, analgésicos
mais baratos, e veja só: em relação às pessoas que tomaram os medicamentos
mais caros, as que tomaram os mais baratos sentiram mais dor. A questão-
-chave aqui é que há muitas experiências em nossa vida que são ambíguas, e
nenhum produto é perfeito. Se você conseguiu um desconto por algo, cada
vez que algo imperfeito acontecer, você pensará “É porque o produto foi
barato”. E você presta mais atenção a essas coisas imperfeitas, tornando toda
experiência uma profecia autorrealizável.
228
Determinação de preços
E já que a Apple não fez muito esforço para explicar o preço mais
baixo do iPhone, os consumidores vão, de algum modo, deduzir que a
qualidade está pior do que quando o produto foi lançado?
É isso, pelo menos num impulso muito primitivo. As pessoas não dizem “A
Apple fez um telefone pior”, mas há uma chance possível de que não pensem
no iPhone como o melhor. E talvez, com isso, elas não o manuseiem com
tanto cuidado e, em consequência, o aparelho vai, provavelmente, quebrar
mais rapidamente.
O que o Sr. está dizendo é que a Apple deveria ter explicado melhor
a redução no preço, por exemplo, alegando que o custo de fabricação
caiu, por causa da curva de aprendizado da tecnologia, além de declarar
que a qualidade do produto é a mesma. Certo? A Apple, e as empresas
de modo geral, devem dar essas explicações para fazer os consumidores
pensarem conscientemente na razão pela qual um produto passa a ter
desconto?
É isso.
229
Determinação de preços
Atividades de aplicação
1. Quais os principais fatores de influência levados em conta pela empre-
sa na hora de estabelecer os preços?
b) porque os serviços apresentam menos variações.
d) pela tangibilidade dos produtos.
230
Determinação de preços
Referências
CHURCILL JR., Gilbert; PETER, Paul J. Marketing: criando valor para os clientes.
São Paulo: Saraiva, 2005.
LAS CASAS, Alexandre Luzzi. Marketing: conceitos, exercícios e casos. São Paulo:
Atlas, 1999.
MONROE, Kent B. Política de Precios: para hacer más rentables las decisiones.
Madrid, McGraw Hill, 1992.
231
Determinação de preços
Gabarito
1. Basicamente, na composição de preços, são levados em conta quatro
fatores de influência: os custos com o produto ou serviço, a demanda
de mercado, os preços praticados pela concorrência e o valor atribuí-
do pelo consumidor aos produtos da empresa.
2. D
232
Distribuição de serviços
O conceito de distribuição
Distribuição é um dos fatores que constituem o composto de marketing.
Entre os 4Ps, é o P de praça que, juntamente com o produto, o preço e a pro-
moção compõem as variáveis controladas pela empresa. Isso significa que
escolher a quantidade de pontos de distribuição, se serão lojas próprias ou
multimarcas, se ficarão em shoppings ou em ruas, se terão decoração sofis-
ticada, rústica ou clean, enfim, essas decisões são tomadas levando-se em
conta os objetivos e metas de marketing.
236
Distribuição de serviços
Las Casas (2000) destaca que uma das diferenças principais encontradas
em distribuição de serviços é que os canais de distribuição são mais diretos,
tendo um trajeto mais curto, já que a produção e comercialização ocorrem
no mesmo local e simultaneamente, normalmente realizados pelo mesmo
profissional.
237
Distribuição de serviços
238
Distribuição de serviços
239
Distribuição de serviços
240
Distribuição de serviços
Para tornar esse período mais agradável, algumas dessas revendas criam
ambientes que proporcionam um pouco mais de conforto, como “salinhas
de visita” onde o cliente pode assistir TV enquanto espera e ainda tomando
um café expresso, chocolate ou outra bebida quente.
241
Distribuição de serviços
242
Distribuição de serviços
243
Distribuição de serviços
244
Distribuição de serviços
Nada disso seria possível sem a tecnologia, que possibilita que máquinas
e diversos equipamentos eletrônicos interajam com os clientes.
245
Distribuição de serviços
Algumas formas de serviço nem são possíveis de ser oferecidas sem que
o cliente esteja presente no local da prestação de serviços, como no caso de
cuidados pessoais e físicos, já que prestador de serviços e clientes precisam
estar ambos no mesmo ambiente e em contato físico. É o caso, por exemplo,
246
Distribuição de serviços
Aliás, os pagamentos pela internet têm sido cada vez mais explorados já
que a praticidade e agilidade para esses serviços atraem constantemente
novos usuários para o mundo virtual.
247
Distribuição de serviços
A leitura on-line vem sendo muito bem aceita por alguns consumidores
justamente por propiciarem, por meio de hiperlinks e outras ferramentas,
maior aprofundamento em assuntos de interesse.
248
Distribuição de serviços
Os blogs e o Twitter são dois outros instrumentos que vêm sendo incor-
porados às empresas para ampliar a prestação de serviços ou a proximida-
de com o seu público de interesse. As redes sociais vêm propiciando ampla
troca de informações e têm sido de grande auxílio para as pequenas empre-
sas ampliarem sua visibilidade e sua rede de contatos.
Por exemplo, uma empresa que já atua há algum tempo no mercado, tra-
balhando com treinamentos para uma área específica, ao pensar em abrir
unidades ou oferecer serviços para outros locais, precisa primeiro ter certeza
que terá profissionais preparados para essa ampliação. Caso contrário, em
vez de crescer, essa empresa pode criar problemas por não conseguir manter
a qualidade oferecida anteriormente e, dessa forma, pode acabar perdendo
os clientes fiéis e talvez nem sequer consigam manter a organização.
Franquias de serviços
Uma forma de conseguir estender os serviços para um maior número de
consumidores é optar por abrir oportunidades para franquias.
250
Distribuição de serviços
251
Distribuição de serviços
Contamos com um moderno espaço (imóvel próprio) para festas com até
250 convidados, espaço para realização da cerimônia de casamento, mestre
de cerimônias, pista de dança com DJ, som e iluminação profissional, todo
mobiliado, ar-condicionado total, serviço de buffet próprio, serviço de vallet e
banheiro adaptado para deficiente físico.
252
Distribuição de serviços
253
Distribuição de serviços
254
Distribuição de serviços
255
Distribuição de serviços
Atividades de aplicação
1. Por que em alguns tipos de serviço torna-se muito arriscado abrir
filiais?
256
Distribuição de serviços
Referências
ACADEMIA RIO SPORT CENTER. Disponível em: <www.riosportcenter.com.br/
ogrupo_historico>.php. Acesso em: 7 jan. 2010.
ISTO É NEGOCIOS. O Valor da Marca. Publicado em: 2005. Disponível em: <www.
terra.com.br/istoedinheiro/410/negocios/valor_marca.htm>. Acesso em: 26 nov.
2009.
LAS CASAS, Alexandre Luzzi. Marketing de Serviços. São Paulo: Atlas, 2000.
SOUSA, José Meireles. Distribuição: uma visão estratégica. Lisboa: Texto, 2000.
257
Distribuição de serviços
Gabarito
1. Porque nas filiais, (por trabalharem com profissionais especializados,
caso não consigam outros profissionais com a mesma qualificação)
pode ocorrer mais danos para a imagem do que benefícios.
2. A
258
Comunicação e venda de serviços
O processo de comunicação
A comunicação é um dos aspectos mais importantes do marketing de
serviços. O administrador pode ter arquitetado um excelente serviço, apura-
do um preço ideal e ter desenvolvido uma tática das mais bem elaboradas.
No entanto, se não houver comunicação, o objetivo de serviços com quali-
dade dificilmente será alcançado. Há necessidade de uma boa comunicação
para que resulte em venda, que a qualidade seja disseminada e o serviço
apreciado.
262
Comunicação e venda de serviços
263
Comunicação e venda de serviços
Comunicação integrada
Ao se desenvolver uma campanha para a venda ou quaisquer outros ob-
jetivos na comunicação de um serviço, a empresa deve optar pela Comuni-
cação Integrada de Marketing (CIM).
264
Comunicação e venda de serviços
265
Comunicação e venda de serviços
266
Comunicação e venda de serviços
Composto de comunicação
O composto de comunicação é o conjunto de todas as ferramentas que
podem ser usadas como forma de comunicação de uma empresa e são
usadas como propostas midiáticas. Ao escolher as ferramentas mais adequa-
das para determinado nível de comunicação, as características de cada uma
delas deve ser considerada. O quadro 1 apresenta uma comparação entre
as diferentes ferramentas que podem ser utilizadas na comunicação das
empresas.
267
Comunicação e venda de serviços
Percebe-se que nesse quadro ainda não estão incluídas as mídias eletrô-
nicas. Estas se constituem um quadro à parte do marketing de serviços e por
isso não estão apresentadas no conjunto.
1.
2.
3.
4.
268
Comunicação e venda de serviços
1.
2.
3.
4.
Como se percebe por esse quadro, um plano promocional deve ser de-
senvolvido tendo-se em mente as seguintes considerações:
269
Comunicação e venda de serviços
270
Comunicação e venda de serviços
Propaganda
A propaganda é qualquer forma de comunicação impessoal, indireta e
que há um patrocinador identificado. As mídias disponíveis para os profissio-
nais de serviços são várias e entre elas destacam-se os jornais, rádio, outdoor,
televisão, revistas, mala direta e cinema.
Promoção de vendas
Abrange as atividades que suplementam as vendas pessoais e propagan-
da, ajudando a torná-las eficazes, tais como o uso de amostras e exposições,
demonstrações e outros esforços que não estejam incluídos na rotina diária.
Em um sentido geral, a promoção de vendas inclui vendas pessoais e propa-
ganda e atividades de relações públicas. Algumas das promoções mais fre-
quentes são: exposições e feiras, amostra dos serviços (por exemplo, quando
alguém é convidado para visitar e se hospedar em hotel gratuitamente – ge-
ralmente fora de temporada) ou qualquer outro tipo de amostragem.
271
Comunicação e venda de serviços
Merchandising
Trata-se de todo esforço de apresentação de produto ou serviço no ponto
de venda. Conforme a Associação Americana de Marketing, merchandising é
a operação de planejamento necessária para se colocar no mercado o pro-
duto certo, no lugar certo, no tempo certo, em quantidade certa e com preço
certo. Conforme essa definição, o esforço no ponto de venda é o que carac-
teriza o merchandising. Portanto, tudo o que for feito para expor um serviço
juntamente com o material promocional consistindo de folhetos, brochuras,
entre outros materiais de divulgação, estarão nessa categoria. Nas agências
de viagens é muito comum a utilização de merchandising. Em muitas delas o
clima criado das promoções com banners, displays, quadros, folheteria e uma
série de outros detalhes que incluem vitrines arquitetadas para determina-
das promoções também dão uma ideia do clima criado pelo merchandising.
Marketing direto
O marketing direto é qualquer esforço feito por determinada empresa
para vender diretamente aos seus clientes. Duas ferramentas se destacam
nessa atividade:
272
Comunicação e venda de serviços
Relações públicas
É a função da administração que avalia atitudes públicas, identifica as
políticas e procedimentos de um indivíduo ou de uma organização com o
público interessado e executa um programa de ação para conseguir enten-
dimento do público e receptividade. No setor de serviços as relações com
seus públicos são necessárias, pois há a importância de uma boa imagem e
de obter comentários positivos fazendo com que essa ferramenta mercado-
lógica seja uma das mais importantes. Os administradores devem procurar
desenvolver um plano e um projeto de relações públicas que permitam uma
boa relação com a comunidade e demais públicos como mídias em jornais e
revistas, órgãos públicos, entre vários outros.
Venda pessoal
A venda pessoal, como foi visto, é a forma de comunicação que traz maio-
res resultados do ponto de vista da comunicação, uma vez que se trata de
comunicação direta.
Confecção do material
Como os serviços são intangíveis, isto é, os compradores não podem
tocar, cheirar ou experimentar, a comunicação e a propaganda tendem a ser
diferenciadas. Normalmente, as mensagens visam torná-las tangíveis, com
evidências, enquanto a comunicação dos produtos tangíveis busca agregar
valores intangíveis. Um produto tangível como o perfume pode ser visto e
experimentado antes mesmo de o consumidor comprá-lo. No entanto, os
fabricantes agregam vários componentes intangíveis em suas ofertas, tais
como status, sociabilidade, conquista, magia, entre outros. Já as empre-
sas prestadoras de serviços procuram formar símbolos ou evidências que
possam tornar os produtos mais concretos (LAS CASAS, 2008, p. 174).
273
Comunicação e venda de serviços
Perfumes
Restaurantes
Seguros
274
Comunicação e venda de serviços
Esses indicadores devem ser seguidos para que se atinjam bons anúncios
e comerciais.
275
Comunicação e venda de serviços
eu conheço bem o senhor. Não perco seus programas.” Aos 49 anos de idade,
frequentador da elite de empresários cariocas e dono de quatro empresas
que faturam 300 milhões de reais por ano, Martinez recentemente descobriu
o que é ser uma pequena celebridade popular. Desde maio deste ano, ele
ajuda a apresentar um quadro quinzenal no programa Domingo Legal, de
Gugu Liberato, no SBT. Batizado de Construindo um Sonho, o quadro é uma
espécie de reality show no qual uma das empresas de Martinez, a construtora
de imóveis para a baixa renda Mudar, reforma e constrói casas para famílias
pobres de todo o país.
276
Comunicação e venda de serviços
O perfil da incorporadora
O formato do programa Construindo um Sonho é claramente inspirado no
programa americano Extreme Makeover Home Edition, produzido pela rede
ABC – e que no Brasil deu origem também ao programa Lar Doce Lar, apresen-
tado por Luciano Huck em seu Caldeirão do Huck, na Rede Globo. Atualmente
na quinta temporada, o Extreme Makeover tem um público médio de 16 mi-
lhões de espectadores e é uma das maiores audiências da emissora america-
na. Desde sua primeira temporada, em 2003, o programa é patrocinado com
exclusividade pela loja de departamentos Sears, a terceira maior varejista dos
Estados Unidos. A rede fornece desde as ferramentas usadas na obra até os
móveis, os objetos de decoração e os aparelhos domésticos que equiparão
as novas casas. Quando a empresa assumiu o patrocínio, às vésperas de ser
comprada pela K-Mart, enfrentava um dos piores momentos de sua história.
Hoje, o apresentador do programa, Ty Pennington, é garoto-propaganda da
Sears e empresta seu nome a uma linha de produtos ligada ao reality show à
venda na rede. “O programa representou uma volta da Sears às suas raízes,
aos tempos em que tinha grande identificação com os consumidores e suas
comunidades”, diz Christie Nordhielm, especialista em marketing da Universi-
dade de Michigan, em Chicago. “Ao mesmo tempo rejuvenesceu a imagem da
empresa, que já havia perdido muito de seu brilho.”
277
Comunicação e venda de serviços
Atividades de aplicação
1. Explique o processo de comunicação e suas partes.
278
Comunicação e venda de serviços
Referências
AAKER, D.; MYERS. Advertising management. Englewood Cliffs: Prentice Hall,
1982. In: LAS CASAS, Alexandre Luzzi. Qualidade Total em Serviços. 6. ed. São
Paulo: Atlas, 2008.
CRAVENS, David; PIERCY, Nigel. Strategic marketing. 7. ed. New York: Mc-Graw-
Hill, 2003. In: LAS CASAS, Alexandre Luzzi. Qualidade Total em Serviços. 6.ª ed.
São Paulo: Atlas, 2008.
LAS CASAS, Alexandre Luzzi. Administração de Vendas. 8. ed. São Paulo: Atlas,
2008.
______. Marketing: conceitos, exercícios e casos. 8 ed. São Paulo: Atlas, 2009.
PAVLOVA, Adriana. De Carona com o Gugu. Publicado em: 2008. Disponível em:
<http://portalexame.abril.com.br/revista/exame/edicoesl>. Acesso em: 12 dez.
2009.
279
Comunicação e venda de serviços
Gabarito
1. O emissor emite a mensagem para o receptor, aquele quem a rece-
be. O emissor irá codificar a mensagem a ser transmitida. Nesse caso,
ele irá usar os códigos que sejam mais compreensíveis aos receptores,
sejam eles linguagem, figura ou qualquer outro símbolo que for utili-
zado no meio escolhido. O meio usado pode conter uma mensagem
escrita como em jornais, mensagens faladas como no rádio, audiovi-
sual como TV, entre outros. Ao receber uma mensagem, o receptor a
decodifica. A decodificação leva ao entendimento se a mensagem for
bem dimensionada ao público-alvo visado. Ao entender a mensagem,
o ciclo se completa e pode-se dizer que a mensagem é efetivamente
transmitida. O emissor deve receber um feedback para verificar se a
mensagem foi devidamente entendida. Nesse processo há ruídos que
podem desvirtuar os objetivos da mensagem como fatores psicológi-
cos, que são fatores relacionados ao indivíduo em si, e os fatores socio-
lógicos, que são decorrentes de fatores externos, sociais.
280
Comunicação e venda de serviços
281
Gerência estratégica de serviços
com mais serviços, portanto, algo que se assemelhe a uma garantia maior, ou
proposta de benefícios agregados a esse serviço, como exemplo, um pacote
de viagens em que o cliente ganhe um passeio grátis no local a que se desti-
na, ou ainda, alguns dias a mais de hospedagem gratuitamente.
284
Gerência estratégica de serviços
Diferenciais no gerenciamento
do mix de marketing em serviços
Alguns autores apontam que o mix de marketing para serviços deve ir
muito além dos 4Ps tradicionais (produto, preço, praça e promoção), agregan-
do alguns outros atributos que devem ter controle periódico e constante da
empresa durante o gerenciamento dos serviços, para garantir o seu sucesso.
People (pessoas)
Esse item envolve todas as pessoas que estão direta ou indiretamente
ligadas na produção e no consumo de um serviço. No marketing de serviços,
é um item muito importante, já que, de um lado, os serviços envolvem an-
285
Gerência estratégica de serviços
seios de algumas pessoas e, do outro lado, envolvem pessoas que devem ser
preparadas para atender esses anseios. Dessa forma, no marketing de servi-
ços, as pessoas de ambos os lados devem ser contempladas, sendo que os
prestadores de serviço devem ser envolvidos nas ações de marketing criadas
1
Prospects são públicos para atender as expectativas das pessoas, sejam elas clientes ou prospects1.
que têm o perfil para se
tornar clientes da empresa
e que estão sendo traba-
lhados pela organização
Não se pode esquecer que muitas atividades de serviços envolvem uma
para serem conquistados.
interação direta entre os clientes e os funcionários e essa relação influencia
(ou é o fator predominante) da satisfação dos consumidores. Certas ativida-
des que requerem participação e cooperação ativa do cliente (como uma
aula de dança ou de ginástica, por exemplo) requerem mais do que a capa-
citação do profissional, já que este precisa saber envolver e motivar o cliente
para que o serviço tenha sucesso. Ou seja, o sucesso do serviço está direta-
mente ligado à participação do consumidor, mas essa participação depende
diretamente da aptidão do profissional em envolver e motivar esse cliente.
Process (processos)
Envolve todo o fluxo de atividades de um processo de realização de ser-
viços. Todos os procedimentos e mecanismos pelos quais um serviço é pro-
duzido e consumido devem ser vistos como elementos essenciais a serem
contemplados nas estratégias de marketing. Os processos, juntamente com
as pessoas, respondem pela qualidade do serviço e satisfação do cliente.
Durante os processos também ocorre a geração dos lucros, já que qualquer
desperdício ou falha pode impactar negativamente nos lucros.
286
Gerência estratégica de serviços
287
Gerência estratégica de serviços
288
Gerência estratégica de serviços
Perception (percepção)
A percepção das alterações no ambiente e no cenário em que a empresa
está inserida também é fator essencial no gerenciamento. Essa percepção
envolve feedbacks, pesquisas qualitativas, quantitativas, e todas as outras
formas de “leitura” do ambiente. Portanto, os cuidados que se deve ter com
as constantes mudanças que acontecem no mercado e como essas mudan-
ças podem alterar os interesses dos clientes, principalmente aqueles mais
ligados a novidades, é outro atributo que pode ser responsável pelo sucesso
em serviços.
289
Gerência estratégica de serviços
Brand e imagem
como diferenciais competitivos
Alguns intangíveis empresariais valem mais do que os próprios bens da
empresa. Dois desses intangíveis são a marca (brand) e a imagem, cujos va-
290
Gerência estratégica de serviços
Esse valor é construído ao longo do tempo por meio das ações da em-
presa e da sua comunicação com o target e com a comunidade. Por meio
desse posicionamento que a empresa adota e da comunicação que pratica,
a empresa gera uma imagem para a sociedade com a qual algumas pessoas
se identificam; com isso, é criada a identidade da empresa.
Dessa forma, o consumidor acaba criando uma ligação com a marca por
se identificar com ela e com a identidade criada por ela. Essa identificação e
atratividade para determinado público é que gera o real valor da marca, já
que clientes satisfeitos e fiéis fazem questão de comprar sempre a mesma
marca e não se incomodam com o preço, desde que continuem recebendo
os benefícios que buscam nesse serviço ou produto que consomem.
291
Gerência estratégica de serviços
Branding em serviços
Em uma empresa de serviços, a construção do branding é extremamente
importante, já que seus consumidores precisam se identificar com a marca
de seus prestadores de serviços, que é uma espécie de garantia de que sairão
satisfeitos com o serviço prestado.
Uma marca transmite por suas cores, fonte usada e os demais elemen-
tos que a compõem, bem como pelo nome e os grafismos que a exprimem,
alma, personalidade, identidade e imagem do serviço que representa.
292
Gerência estratégica de serviços
As marcas também têm alma, que é a sua essência, e que deve ser coeren-
te com a imagem que transmite, ou seja, o posicionamento da empresa (e
consequentemente da marca) e a sua personalidade. Isso significa que uma
marca pode representar um papel dinâmico na vida dos consumidores, em
seu grupo social, atuando no emocional do cliente e agindo como uma ex-
tensão do seu poder pessoal, segundo concepção de Ernest Dichter (1974).
293
Gerência estratégica de serviços
294
Gerência estratégica de serviços
porque, por suas ações e seu trabalho, esses mesmos conceitos, identidade,
personalidade e outros atributos deverão ser transmitidos.
295
Gerência estratégica de serviços
cação e disseminação dessa marca entre os pares. Mas também pode ser fatal
caso ocorra algum problema com o produto ou serviço, já que essa situação
negativa também chegará rapidamente ao conhecimento dos consumidores
por meio das manifestações espontâneas dos clientes mais assíduos.
Certas marcas geram tanta simpatia, ou causam tanto orgulho aos seus
clientes (e também a não clientes) que muitas pessoas chegam a comprar ca-
misetas, bottons e outros souvenires com marcas de produtos e serviços consa-
grados, como Coca-Cola, Hard Rock Café, Walt Disney, Warner e outras empre-
sas, e desfilam essas marcas como verdadeiros outdoors ambulantes.
297
Gerência estratégica de serviços
4
O marketing de prognósticos também auxilia no atendimento imediato
Pequenos segmentos
ou grupo de pessoas cujas a nichos4 descobertos, já que algumas demandas podem não estar ainda
necessidades particulares
são pouco exploradas encontrando soluções justamente por essas expectativas serem desconhe-
justamente por não serem
tão atraentes às empresas
como as necessidades das
cidas pelas empresas que oferecem os produtos ou serviços que poderiam
massas (grande contin-
gente de pessoas).
atender esses anseios.
298
Gerência estratégica de serviços
Para que o controle seja eficaz é preciso que a empresa tenha um plano
de marketing bem estruturado, com objetivos claros, metas bem determina-
das e com dados plausíveis de serem mensurados, já que um controle corre-
to confronta os resultados obtidos com as estratégias e ações de marketing
implementados com as metas estabelecidas anteriormente no planejamen-
to de marketing, para verificar se houve acertos ou erros nessas escolhas e
determinações.
299
Gerência estratégica de serviços
tingente de funcionários não tenha sido suficiente para dar conta das metas
estabelecidas, ou ainda, alguns fatores do macroambiente como questões
políticas ou econômicas não tenham sido bem estudadas.
Dessa forma, é importante ter bem claro que para ter pleno controle das
atividades de marketing é imprescindível que a organização saiba de onde
está partindo e aonde deseja chegar. Para facilitar o controle, é relevante ter
alguns parâmetros de análise do sucesso da empresa. Os principais parâme-
tros são:
300
Gerência estratégica de serviços
301
Gerência estratégica de serviços
302
Gerência estratégica de serviços
Fidelidade
Marca própria
303
Gerência estratégica de serviços
Segurança
Atividades de aplicação
1. Quais são as principais características procuradas por consumidores
em empresas de serviços?
d. Produtos e serviços.
304
Gerência estratégica de serviços
Referências
AGÊNCIA SEBRAE DE NOTÍCIAS. Farmácias de Manipulação Aumentam Fatura-
mento com Parcerias Comerciais. Publicado em: 2009. Disponível em: <http://re-
vistapegn.globo.com/Revista/Common/0,,EMI108057-17180,00-FARMACIAS%20
DE%20MANIPULACAO%20AUMENTAM%20FATURAMENTO%20COM%20PARCE-
RIAS%20COMERCIAIS.html>. Acesso em: 26 dez. 2009.
305
Gerência estratégica de serviços
Gabarito
1. As principais características são: confiabilidade, responsabilidade, se-
gurança, empatia e aspectos tangíveis.
2. C
306
Anotações