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8 ITERÓI ATÓLICO

SUPERANDO LIMITAÇÕES

IDENTIDADE E
PROBLEMAS
PSICOLÓGICOS
E SOCIAIS NA
ADOLESCÊNCIA
O termo identidade corresponde à resposta à per- Enquanto a autoimagem e a autoestima parecem (anorexia, bulimia) até o
gunta "quem sou eu?". A resposta a essa pergunta se permanecer constantes, a complexidade da estrutura da suicı́dio, passando por pro-
desenvolve num longo e complexo processo, que começa identidade aumenta durante a adolescê ncia. blemas de desempenho escolar,
nas primeiras horas de vida e se estende até a mais alta Entre o si mesmo real e o ideal, ou seja, a imagem abuso e dependê ncia de substâ ncias
idade. Nesse longo processo, a adolescê ncia representa que o indivı́duo faz de si nã o corresponde à pessoa que quı́micas, fobias e depressã o. Segundo estu-
um momento chave, de grande significado. No processo ele gostaria de ser, tende a se sentir decepcionado e insa- dos epidemioló gicos europeus, entre 15% e 22%
de desenvolvimento da identidade agem duas forças tisfeito; entre o si mesmo real e a imagem que os outros da populaçã o infanto-juvenil apresenta alguma forma
motrizes: o desejo do indivı́duo de conhecer a si mesmo tê m do indivı́duo, tende a se sentir envergonhado e humi- de distú rbio mental, nessa faixa etá ria.
(autoconhecimento), e a busca de dar forma a si, de cons- lhado; entre o si mesmo real e o como deveria ser, tende a A famı́lia sempre deve estar atenta aos comporta-
truir sua personalidade, se aprimorar e se desenvolver ter sentimentos de culpa e a fazer acusaçõ es, condenan- mentos de seus adolescentes. Manter um diá logo aberto,
(autodesenvolvimento). do-se a si mesmo; entre o si mesmo real e as expectativas uma escuta refinada ajuda, entendendo os sentimentos
Durante muito tempo, a adolescê ncia foi vista dos outros, tende a se sentir ameaçado, com medo, e dú vidas, colaboram para uma dinâ mica familiar mais
como uma fase de tempestades e tormentas. No entanto, exposto a perigos e dor. harmoiosa.
essa visã o tem se tornado mais diferenciada. Por exem- A tomada de consciê ncia desses conflitos de inte- No desenvolvimento humano, todas as fases pas-
plo, quando medidas atravé s de questioná rios, a autoi- resses expõ e o adolescente ao estresse e, dependendo da sam; o que permanece e faz com que os laços afetivos se
magem e a autoestima mantê m-se relativamente está ve- carga gené tica e do ambiente em que se desenvolve, solidifiquem é a percepçã o de que todos nó s temos difi-
is, durante toda a adolescê ncia, se bem que em uma expõ e, també m, ao risco de diversos tipos de problemas culdades e precisamos de ser ouvidos, entendidos e
importante minoria, sobretudo entre as moças, há uma sociais e psicoló gicos, desde transtornos alimentares amados.
tendê ncia de diminuiçã o da autoestima.

MEIO AMBIENTE SOCIALIZANDO


Por Barbara Leal -

Eng. Químico, Pós Grad Eng. Ambiental e Eng. Sanitarista.

MÚSICA E ESPÍRITO
Na homilia da missa das 9:30 horas, domingo, dia 9 de junho, o
Padre Magno, Pá roco da Paró quia de Sã o Francisco Xavier, lembrou-nos
SOCIEDADE DE CONSUMO:
da importâ ncia de termos um Espı́rito de Paz.
A Pastoral do Meio Ambiente iniciou, nesse mesmo dia, o
Projeto: Mú sica na Igreja - Sã o Francisco de Assis, visando apresentar
mú sica de boa qualidade, para os paroquianos e moradores da regiã o.
Num lindo dia de sol, o Coral da Univerti, Universidade da
Terceira Idade, brindou a todos os presentes, com um espetá culo
musical de altı́ s sima qualidade, somado a um encantamento e
suavidade, provocado pelas vozes dos seus componentes e da batuta do
maestro Daniel Marinho, que demonstrou à plateia, sua excelê ncia Se pararmos para observar, perceberemos que ao mo, as previsõ es para os pró ximos 50 anos sã o catastró fi-
como regente. longo de um dia somos bombardeados inú meras vezes cas.
por apelos de consumo: no rá dio, em aplicativos de mú si- E'urgente a conscientizaçã o de todos sobre este
O homem é , na realidade, o maior predador da natureza. E' ca, enquanto estamos a caminho do trabalho, em um sim- tema, e o compromisso de cuidar da nossa casa comum,
fundamental que o seu espı́rito seja desarmado, desembrutecido, e ples acesso à internet, nos outdoors, na TV, em nossa caixa por nó s e por nossos descendentes. Todos somos habitan-
uma arma significativa para tal fim, é a mú sica. de e-mail… Cada vez mais somos abordados por anú ncios tes do planeta e usufruı́mos de bens e serviços. Portanto, a
Sã o Francisco de Assis, inspiraçã o da Pastoral do Meio Ambiente, publicitá rios, propondo-nos a venda da felicidade e do responsabilidade deste cuidado é de todos: sociedade-
louvava a Deus, atravé s de seus Câ nticos, entrando desta forma, numa bem-estar, em forma de produtos e serviços. governo-empresas. Cada um, com responsabilidades em
harmonia espiritual com a natureza, animais e toda a criaçã o do Pai. Estes apelos de consumo, que atendem aos inte- nı́veis diferentes, mas todos com responsabilidades.
Neste mundo conturbado, violento e muito irracional, em que resses do mercado, tê m proposto à s pessoas a ideia vazia Enquanto cristã os, a relaçã o saudá vel e respeito-
vivemos, precisamos de algo que penetre em nossa alma, para de que precisam da aquisiçã o de seus produtos e serviços sa com a criaçã o é ainda um dever, conforme nos exorta o
sentirmos um "flutuar" , e desta forma, entrarmos em sintonia com para estarem incluı́das em determinado grupo que deseja Sumo Pontı́fice: “... a crise ecoló gica é um apelo a uma pro-
AQUELE SER ESPIRITUAL QUE NOS CRIOU. alcançar, para serem 'mais felizes', 'mais livres', terem funda conversã o interior. Entretanto, temos de reconhe-
'mais poder'... Para um observador desatento, nã o há mal cer també m, que alguns cristã os, até comprometidos e
Coincidentemente, era dia de PENTECOSTES. em mergulhar nesta dinâ mica do consumo, desde que piedosos, com o pretexto do realismo pragmá tico, fre-
Na 1ª Leitura, Ato dos Apó stolos (At2,1-11) ouvimos: haja condiçõ es financeiras para tal. No entanto, assim quentemente se burlam das preocupaçõ es pelo meio ambi-
"Todos ficaram cheios do Espı́rito Santo e começaram a falar em como tudo na vida, o consumismo tem suas consequê nci- ente. Outros sã o passivos, nã o se decidem a mudar os seus
outras lı́nguas, conforme o Espı́rito Santo os inspirava... Quando as, que podem ser altamente danosas e irreversı́veis para há bitos e tornam-se incoerentes. Falta-lhes, pois, uma
ouviram o barulho, juntou-se a multidã o e todos ficaram confusos, pois o planeta, nossa casa comum. conversã o ecoló gica, que comporta deixar emergir, nas
cada um ouvia os discı́pulos falarem em sua pró pria lı́ngua. Cheios de Alé m de gastar recursos para a produçã o sempre relaçõ es com o mundo que os rodeia, todas as consequê n-
espanto e admiraçã o, diziam: Esses homens que estã o falando nã o sã o crescente de novos produtos, o descarte rá pido e cı́clico cias do encontro com Jesus. Viver a vocaçã o de guardiõ es
todos galileus? Como é que nó s os escutamos na nossa pró pria lı́ngua?” para a aquisiçã o de produtos mais novos e modernos gera da obra de Deus nã o é algo de opcional nem um aspecto
o aumento da produçã o de lixo. Organizaçõ es ambientais secundá rio da experiê ncia cristã , mas parte essencial de
Assim como em PENTECOSTES, todos entendiam o que falavam tê m alertado para o fato de que atualmente, a populaçã o uma existê ncia virtuosa” (Laudato Si, n. 217)
os discı́pulos, a mú sica consegue ser compreendida por todos os povos mundial consome cerca de 30% a mais, do que o planeta Que possamos deixar aflorar em todas as nossas
e naçõ es , quer sejam brasileiros, alemã es ou japoneses, já que é consegue repor. Um nú mero bastante alarmante, inclusi- relaçõ es este encontro pessoal com Jesus Cristo, como
formada, basicamente, por sı́mbolos, tais como as notas musicais, ve se somado à produçã o de lixo, que já chega a 1,3 bilhã o promotores da vida e do bem coletivo. Sã o Francisco de
"entendidas em qualquer lı́ngua". de toneladas, anualmente no mundo, podendo contami- Assis interceda por nó s e nos ajude compreender a impor-
Talvez seja por isso, que haja esta fantá stica simbiose entre a nar o solo, a á gua, o ar e reduzir a nossa pró pria qualidade tâ ncia de amar e proteger nossa casa comum, tesouro de
MU'SICA E O ESPI'
RITO! de vida, contribuindo ainda mais para o esgotamento de Deus confiado a nó s!
recursos naturais. Se continuarmos neste ritmo de consu- Amé m!
Faz-se justiça agradecer ao Dr. Waldenir Bragança, Reitor da
Univerti, uma das pessoas mais amadas de Niteró i, um jovem de
Espı́rito, que granjeou o carinho, a admiraçã o e o respeito de todos que
o conhecem, tendo nele uma referê ncia de cristã o, para suas vidas.
Detalhe: uma das lindas composiçõ es apresentadas, era de
autoria do Dr. Waldenir Bragança.
Desde já , convidamos todos, para a pró xima ediçã o do Projeto:
Mú sica na Igreja – Sã o Francisco de Assis, que acontecerá no dia 11 de
agosto, das 11:00 à s 11:45 horas, na matriz de Sã o Francisco Xavier, e
que contará com a participaçã o do conceituado cantor e
instrumentista, nosso paroquiano, FERNANDO.
Reitero agradecimentos elogiosos, sobre a coluna, quer por e-
mails, quer no contato pessoal dos leitores da paró quia. Para que esta
interaçã o continue, aı́ vai meu email: paulorents@globo.com.
Encontramo-nos no pró ximo mê s!
Saudaçõ es Ambientais.

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