Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Fisiopatologia
Normalmente, o orifício da valva mitral tem o diâmetro de três dedos. Em casos
de estenose grave, o orifício estreita até a largura de um lápis. O átrio esquerdo
apresenta dificuldade para mover o sangue para dentro do ventrículo em virtude do
aumento da resistência pelo orifício com estreitamento. O enchimento ventricular
esquerdo insuficiente pode causar diminuição do débito cardíaco. O aumento do
volume sanguíneo no átrio esquerdo causa a sua dilatação e hipertrofia. Tendo em vista
que não há valva para proteger as veias pulmonares contra o fluxo retrógrado de sangue
do átrio, a circulação pulmonar se torna congestionada.
Manifestações Clínicas
Indicação Classe
1. Diagnóstico, acompanhamento da gravidade hemodinâmica
(gradiente médio, área valvar mitral, pressão de artéria pulmonar) e I
acompanhamento da área e função de VD.
2. Acompanhamento da morfologia valvar para determinar se é
I
possível a realização de valvoplastia percutânea por balão.
3. Diagnóstico e acompanhamento de lesões valvares concomitantes. I
4. Reavaliação de pacientes com estenose mitral conhecida e com
I
modificações em seus sinais e sintomas.
5. Avaliação da resposta hemodinâmica do gradiente médio e da
pressão de artéria pulmonar pela ecocardiografia com doppler e
II a
exercício em pacientes nos quais há discrepância entre os dados
hemodinâmicos de repouso e os achados clínicos.
6. Reavaliação de pacientes assintomáticos com estenose mitral
II b
moderada a grave para avaliar pressão de artéria pulmonar.
7. Reavaliação rotineira de pacientes assintomáticos com estenose
III
mitral leve e clinicamente estável.
Diagnóstico
Em pacientes assintomáticos, o diagnóstico ocorre principalmente através do
ecocardiograma de rotina. Em pacientes sintomáticos e mesmo em grande número de
assintomáticos, a suspeita inicial ocorre devido à ausculta cardíaca, que revela um sopro
sistólico apical de tempo variável, mas usualmente holossistólico, com irradiação para
axila e eventualmente para o dorso.
A presença de frêmito associado tem alta especificidade para o diagnóstico
(acima de 90%), mas sensibilidade baixa de apenas 24%, em pacientes com PVM como
etiologia da regurgitação um click pode ser audível antes do sopro. A primeira bulha
cardíaca ou B1 pode ser diminuída devido ao fechamento incompleto da válvula mitral,
a segunda bulha apresenta desdobramento e no caso de hipertensão pulmonar
secundária pode ser hiperfonética. Deve-se acrescentar que o exame físico não é
totalmente confiável para distinguir de outros sopros ou avaliar a intensidade da
regurgitação, raramente insuficiência mitral severa traz na apresentação sopros de
intensidade 1 ou 2, que poderiam passar por fisiológicos, mas não é possível baseado
apenas na ausculta cardíaca tirar conclusões maiores.
Outras formas de apresentações no diagnóstico incluem fibrilação atrial,
insuficiência cardíaca, endocardite, sintomas podem ser precipitados por anemia,
gestação ou infecção.
Manejo
Os seguintes fatores devem ser levados em conta no manejo destes pacientes:
-Identificar a causa e severidade
-Tratar etiologias quando possível (mais frequente em quadros agudos)
-Prevenir complicações como endocardite e eventos embólicos
-Educar o paciente
-Tratamento específico