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Tudo começou ainda no Éden. Antes do pecado, Deus havia dado
ao ser humano a oportunidade para manter a harmonia e o
equilíbrio no relacionamento entre o Criador e a criatura.

“E o Senhor Deus lhe deu esta ordem: De toda árvore do


jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento
do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela
comeres, certamente morrerás” (Gn 2:16-17).

A queda trouxe consequências, e Deus em Seu imenso amor, ciente


da implicação direta da transgressão ao preceito acima, propôs um
projeto maravilhoso: O Plano da Salvação.
O Plano da Salvação consistia em que somente o sangue de um
inocente (Jesus Cristo) poderia pagar a penalidade no lugar de
todos os que cressem nEle e dessa maneira tivessem acesso à vida
eterna. Jesus pagou a pena de morte que o ser humano receberia.

Para manter a fé da humanidade na primeira vinda do


Messias, Deus estabeleceu símbolos para ilustrar a futura morte do
Seu Filho na cruz através de sacrifícios de animais. Deus pedia um
cordeirinho sem defeito, por isso João Batista disse sobre Jesus:

“Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”


(João 1:29).
Adão e Eva já praticavam este tipo de sacrifício quando habitaram
fora do Éden e ensinaram assim para os seus filhos. Todavia, Caim
quis oferecer cereal, desobedecendo a ordem de Deus.

Milênios depois disso, Deus havia retirado Israel do Egito e no


deserto apresentou o Plano da Salvação em símbolos de forma
completa, acrescentando novos detalhes.

“E me farão um santuário, para que Eu possa habitar no


meio deles” (Ex 25:8).
Moisés deveria construir um santuário e Deus lhe mostrou uma
planta, que segundo Paulo (Hb 8:5) era uma cópia simples do
santuário que havia no céu. O santuário terrestre possuía três
partes:
Aqui o pecador trazia o animal sem defeito [que simbolizava o
sacrifício perfeito de Cristo] e confessava os pecados sobre sua
cabeça. Depois disso o cordeirinho era morto. O sacerdote pegava a
bacia de prata e coletava um pouco de sangue do animal. O resto
da carne era queimada.

Enquanto a carne gordurosa era queimada [o sacerdote poderia


guardar a carne sem gordura para se alimentar caso desejasse], o
sacerdote se banhava na pia antes de entrar com a bacia de sangue
no Lugar Santo.
ALTAR DE BRONZE

BACIA DE BRONZE
MATERIAL: Madeira de Acácia revestida de
bronze com 4 pontas que formam uma só
peça.
CURIOSIDADE: O altar era a maior mobília do
santuário.

A localização deste altar nos ensina que


antes de nós chegarmos ao Santuário
[presença de Deus] devemos primeiro
passar pela aceitação, mediante a fé, do
sacrifício expiatório que Cristo fez por nós.
MATERIAL: Feita dos espelhos das mulheres
(Ex 38:8).
CURIOSIDADE: O espelho da época eram
peças de bronze polidos, diferente do que
temos hoje.

Representam as águas do batismo onde se


aceita a justiça de Cristo e assim somos
purificados de todo pecado e mortos para
o velho ser humano. Símbolo da Lei e da
Graça, pois nas águas se reflete quem
somos [pecadores] e o que podemos nos
tornar depois de passar pela purificação.
Quando o sacerdote entrava com a bacia de sangue no Lugar
Santo, aspergia-o sete vezes no altar de incenso que ficava próximo
da segunda cortina. Os pecados do povo eram transferidos
simbolicamente para o Santuário. Isso se repetia 2 vezes ao dia por
todo ano.

O sangue salpicava a cortina que dividia o Lugar Santo do Lugar


Santíssimo e não podia ser lavada. Isso demonstrava que a dívida
do ser humano só poderia ser quitada através de um ato de graça
de Deus. O sacerdote jamais entrava no Lugar Santíssimo, isso
acontecia apenas uma vez ao ano.
PÃES DA PROPOSIÇÃO

CANDELABRO DE ALTAR DE
OURO INCENSO
MATERIAL: Ouro puro batido.
CURIOSIDADE: Era aceso com azeite puro de
oliveiras, batido, para arder a lâmpada
continuamente. A luminária deveria queimar
toda a noite com um óleo que não faria
fumaça (Ex 27:20).

Símbolo da santificação pela fé. Aquele


que é a luz do mundo. Não existe
santificação sem a luz de Cristo e Sua
Palavra. Símbolo também de revelação.
Representa o Espírito Santo que nos
ilumina hoje para sairmos das trevas.
MATERIAL: Madeira de Acácia revestida de
ouro puro.
CURIOSIDADE: Tinha quatro argolas para
varais. Localizava-se em frente ao candelabro.

Símbolo da provisão que Deus oferece a


todos os Seus filhos, suprindo nossas
necessidades. É a presença de Jesus na
vida do cristão como principal fonte de
alimento. Era um chamado a comunhão e
amizade. Cristo é o pão da vida (João 6:33
e 35).
MATERIAL: Madeira de Acácia revestida de
ouro puro.
CURIOSIDADE: Tinha uma borda com uma
peça inteira de ouro, duas argolas para passar
dois varais. Ficava em frente à cortina, diante
do véu (Ex 40:26).

Símbolo do altar da família, onde também


se deve adorar a Deus, um cantinho em
nosso lar onde devemos separar tempo
para buscar o nosso Salvador e Criador e
elevar as nossas preces que chegarão a
Deus com o aroma suave de um incenso.
Neste compartimento encontrava-se a Arca da Aliança, onde
estavam as duas tábuas dos Dez Mandamentos recebidos no Monte
Sinai. A glória de Deus era revelada entre os dois querubins que
estavam na tampa da Arca, chamada propiciatório.

O Sumo Sacerdote só entrava no Lugar Santíssimo uma vez por ano


quando chegava até a presença de Deus, diante da Arca da Aliança
e vertia o sangue do cordeiro sobre o propiciatório. Neste dia os
pecados do ano inteiro que havia passado eram expiados. Este dia é
chamado pelos judeus de Yon Kippur. A cortina salpicada de sangue
era retirada e uma nova era colocada no lugar. Esse dia era
considerado o Dia do Julgamento quando a nação ficava livre dos
seus pecados de uma vez por todas.
ARCA DA ALIANÇA DEZ MANDAMENTOS
MATERIAL: Madeira de Acácia revestida de
ouro puro no exterior e no interior.
CURIOSIDADE: No propiciatório haviam dois
querubins de ouro puro, inclinados em atitude
de reverência para o centro da Arca.

O propiciatório nos remete à propiciação


que Jesus fez por nossos pecados (1Jo 2:2;
4:10). Esta mobília era considerada o
coração do Santuário. Por cima do
propiciatório repousava a Shekinah, o
símbolo da presença divina.
MATERIAL: Duas tábuas de pedra (Ex 24:12).
CURIOSIDADE: É a única parte da Bíblia inteira
que Deus se encarregou dEle mesmo escrever
(Dt 4:13).

Simboliza o caráter moral de Deus, atestando


que o reino de Jesus está baseado sob
normas imutáveis (Sl 92:2) a qual a graça não
isenta sua obediência, ao contrário convida-a
(Rm 3:31). Apoiando-se na Lei, o ser humano
não pode reconciliar-se com Deus, pois o
pecado os separa (Is 59:1-2), mas a graça
revelada no propiciatório aproximam um do
outro graças a Cristo (Hb 7:25).
O Plano da Salvação foi elaborado antes da queda do ser humano
(Ef 1:3-14). Deus sempre soube e Jesus era o cordeiro que foi morto
antes da fundação do mundo (Ap 13:8).

O Plano da Salvação era um segredo divino que passou a ser


revelado gradativamente desde Gênesis e concluído no Apocalipse.

“Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua


descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e
tu lhe ferirás o calcanhar” (Gn 3:15).
“Que nos salvou e nos chamou com santa vocação; não
segundo as nossas obras, mas conforme a sua própria
determinação e graça que nos foi dada em Cristo
Jesus, antes dos tempos eternos” (2Tm 1:9).

“Ora, àquele que tem poder para confirmá-los pelo Meu


evangelho e pela proclamação de Jesus Cristo, de acordo
com a revelação do mistério oculto nos tempos passados”
(Rm 16:25 NVI).

“Falamos a sabedoria de Deus em mistério, outrora oculta, a


qual Deus preordenou desde a eternidade para a nossa
glória” (1Co 2:7).
“Sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis
[símbolos do Santuário], como prata ou outro, que fostes
resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais
[judeus] vos legaram, mas pelo precioso sangue, como de
cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo,
conhecido, com efeito, antes da fundação do mundo,
porém manifestado no fim dos tempos, por amor de vós”
(1Pe 1:18-20).

O sangue é um elemento básico, pois é símbolo de vida (Lv 17:11 e


14). Portanto, derramar o sangue significava dar a vida. Os
sacrifícios prefiguravam a morte substitutiva de Cristo por nós.
Em cada animal inocente sacrificado o pecador era lembrado que
vivia num universo moral, onde justiça e julgamento são tão
importantes para Deus como graça e verdade (Rm 3:25-26).

O sacrifício do animal simbolizava o perdão que Deus concedia e


sua consequência direta: a reconciliação entre o ser humano e Deus
que só é recebido pela fé (Rm 4:4-8; Hb 9:15).

Os sacrifícios ensinavam que haveria uma transferência de culpa.


Cristo assumiu em nosso lugar a culpa e a responsabilidade pelo
pecado confessado. A justiça divina foi satisfeita em Cristo na cruz.
A figura do sacerdote ensinava que era necessário
um mediador entre Deus e o ser humano para que
a reconciliação fosse obtida. Jesus Cristo é o nosso
único mediador hoje, nos céus (1Tm 2:5).

Os sacrifícios ensinavam que


haveria uma transferência de
culpa. Cristo assumiu em
nosso lugar a culpa e a
responsabilidade pelo pecado
confessado. A justiça divina
foi satisfeita em Cristo na
cruz.
O Santuário terrestre além de ensinar sobre o Plano da Salvação
também nos instrui sobre o Julgamento Final. Havia uma cerimônia
anual de purificação e eliminação do pecado. Representava o trato
final de Deus com o problema do pecado (Ef 1:10). O pecado é
condenado em três fases:

REMOÇÃO DO PECADO
DO SANTUÁRIO
[Juízo Investigativo] PURIFICAÇÃO DO
Dn 7, 8 e 12 ACAMPAMENTO
[Juízo Executivo]
EXPULSÃO DO BODE EMISSÁRIO Ap 20:11-15; Mt 25:31-46; 2Pe
PARA O DESERTO 3:7-13
[Juízo Comprobatório - Milênio]
Ap 20:4; 1Co 6:1-3

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