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INTERVENÇÕES PSICOLÓGICAS EM CIRURGIA ORTOGNÁTICA 5

EFEITOS DE INTERVENÇÃO PSICOLÓGICA


P R E PA R AT Ó R I A À C I R U R G I A , N O P R O C E S S O
DE ADAPTAÇÃO PÓS-OPERATÓRIO, EM PACIENTES
SUBMETIDOS À CIRURGIA ORTOGNÁTICA

EFFECTS OF PSYCHOLOGICAL AND PREPARATORY


INTERVENTION SURGERY IN THE PROCESS OF POST
OPERATORY ADAPTATION ON PATIENTS SUBMITTED TO
ORTHOGNATIC SURGERY

Edilaine dosSANTOS1
Prota. Psic. Carmen Maria Bueno NEME MS2
Psic. Liliam D'AquinoTAVANO MS3

RESUMO

Esta pesquisa objetivou verificar os efeitos de treino de relaxamento e


intervenção cognitiva (visualização) introduzidos no pré-operatório de
pacientes candidatos à cirurgia ortognática. Os 12 sujeitos, de ambos
os sexos, entre 18 e 26 anos, foram divididos em Grupo Experimental
(G.E./N=6) e Grupo Controle (G.C./N=6). Após a orientação pré-cirúrgica,
ambos os grupos foram entrevistados e o G.E. foi submetido ao
relaxamento e visualização. No pós-operatório, todos receberam
acompanhamento psicológico e foram avaliados em três momentos. Os
resultados indicaram obtenção de maiores benefícios nas condições
psico-orgânicas e outras para o G.E. As intervenções psicológicas,
quando introduzidas no pré-operatório, tendem a melhorar as condições
pós-operatórias dos pacientes.
Palavras-chave: intervenções psicológicas, relaxamento, visualização,
pré-operatório e pós- operatório.

Colaboração: Rosana Martins RIBEIRO - (auxiliar de pesquisa). (


1)
Especialização em Psicologia Clínica pelo Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais -HRAC -USPI Bauru-SP -
Endereço para correspondência: Rua: Raja Gebara 1-55, Aptº 61 - B - Jardim Aviação I CEP 17.046-550 - Bauru-SP.
E-mail : edilainesantos@zipmail.com.br
(2)
Supervisora Psicologia Clínica - Universidade Estadual Paulista -UNESP - Bauru I Orientadora do Curso de Especialização
em Psicologia Clínica no HRAC - USP I Bauru-SP
(3)
Psicóloga no Setor de Psicologia do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais HRAC - USP Bauru-SP

Rev. Estudos de Psicologia, PUC-Campinas, v. 17, n. 2, p. 5-17, maio/agosto 2000


6 E. SANTOS et al.

ABSTRACT

This research aimed to verify the effects of relaxation training and cognitive
intervention (visualization) introduced in the pre-operatory phase of
patients applying to orthognatic surgery. The 12 subjects, of both sexes,
between 18 and 26 years of age, were divided into an Experimental Group
(E.G./N=6) and a Contral Group (C.G./N=6). After the pre-surgery guidance,
both groups were interviewed and the E G. was submitted to relaxation
and visualization. During the post-operatory phase all them received
psychological attendance and were evaluated in three moments. The
results indicated attainment of major benefits in the psycho-organic
conditions and others to the EG.. When the psychological interventions
are introduced in the pre-operatory, they tend to make the post-operatory
phase conditions of the patients better.
Key-words: psychological intervention, relaxation, visualization, pre-
operatory phase, post-operatory phase.

INTRODUÇÃO pessoal e social, visto que a imagem facial tem


significado importante na identidade da pessoa e
Dentre as deformidades ósseas da face, as em sua auto-estima (Cunninghan et. al., 1995). A
deformidades maxilomandibulares constituem insatisfação com a aparência facial freqüen-
temente leva os acidentes com anomalias faciais
estudo fundamental no desenvolvimento de más
a expressarem esperanças de melhorar sua
formações da maxila e mandíbula. Henderson
auto- estima e aliviar suas atitudes depreciativas
(1974), refere-se a esse grupo de deformida-
através de uma mudança física (Shalhoub,1994).
des como sendo uma desproporção esqueletal
facial que, em geral, apresenta algum tipo de Após preciso diagnóstico e plano de
má-oclusão dental. Segundo Psillakis (1987), tratamento, a cirurgia ortognática pode ser
indicada. A essa consiste num procedimento
modificações no crescimento e alterações na
que envolve a reparação da maxila e da mandíbula
forma em um dos ossos afetarão a posição
(totalmente ou em segmentos) separadamente
espacial dos demais e ocasionarão influência
ou em combinação uma com a outra (Bays,
direta na articulação dentária. Fatores de origem
1986). Faz parte da cirurgia bucomaxilofacial e
congênita, manipulações traumáticas ou
tem como propósito corrigir as deformidades
inadequadas e a herança genética podem dentofaciais, objetivando melhorar a oclusão
determinar o desenvolvimento do quadro (Cardim, dentária e harmonizar a face destes pacientes
1987). Isso significa que tanto pessoas (Medeiros, 1990). Tais mudanças, implicam
portadoras de fissura, quanto outras não benefícios físicos e psicológicos na vida do
portadoras, podem apresentar deformidades paciente, gerando mudanças positivas na auto-
maxilomandibulares. -imagem, interações sociais e melhora na
De acordo com D'Agostino & Jorge (1991), qualidade de vida em termos pessoais e sociais
os pacientes fissurados apresentam, além dos (Cheng et aI., 1995; Finlay et aI., 1995).
problemas de ordem estética, problemas nos No entanto, alguns procedimentos e
aspectos funcionais, nutricionais e emocionais. técnicas utilizados na cirurgia ortognática trazem
Da mesma forma, verifica-se que pacientes não certo grau de insatisfação e desconforto ao
fissurados, mas que apresentam algum tipo de paciente no período pós-operatório imediato
deformidade facial, também manifestam tais e mediato. Em alguns casos, é necessário
problemas, os quais acarretam efeitos na vida empregar o enxerto ósseo retirado do osso ilíaco

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para preenchimento dos espaços vestibulares acompanhamento pós-operatório extremamente


ocasionados pelo avanço ósseo. Técnica como cuidadoso. De acordo com Sebastiani (1995), o
a do "bloqueio maxilo mandibular", devido ao uso trabalho do psicólogo no acompanhamento dos
da "fixação intermaxilar e imediata", traz muito pacientes e seus familiares deve iniciar-se no
desconforto no período pós-operatório, marcado período pré-operatório, de modo que Ihes sejam
por limitações na fala e ingestão alimentar, fornecidas orientações quanto às expectativas
entorpecimento e inchaço da face, podendo da cirurgia, discutindo seus medos, ansiedades
gerar sintomas depressivos nos pacientes, além e angustias, bem como desmistificando suas
de sensação de fraqueza, insônia, anorexia, fantasias, a fim de que no pós-operatório o
perda de peso, etc.,comprometendo o processo trabalho seja focado na recuperação e reabilitação
de recuperação cirúrgica do paciente (Cunninghan gradativa do paciente.
et aI., 1995; Zane, 1997). Recentemente, a Além da preparação cognitiva através de
técnica de "fixação interna rígida" vem sendo informações e esclarecimentos, existem outras
utilizada com freqüência no Hospital de formas auxiliares para o preparo do paciente para
Reabilitação de Anomalias Craniofaciais de uma cirurgia, tais como técnicas de relaxamento
Bauru. Sua aplicabilidade possibilita ao paciente acompanhadas ou não de "imagem ativa ou
um pós-operatório menos doloroso e mais visualização". A fim de controlar tensões
funcional (Colombini, 1988). Muitas das musculares, diminuir a excitação orgânica e
dificuldades no pós-operatório podem ser sintomas como ansiedade e outras perturbações
amenizadas com a aplicação da fixação interna emocionais, a técnica do Relaxamento Muscular
rígida, embora não extintas na sua totalidade. Progressivo descrito por Jacobson (1976) constitui
Dada a complexidade da cirurgia ortognática uma abordagem que possibilita, através do
e dos fatores bio-psico-sociais envolvidos, relaxamento de todo o corpo, acalmar o sistema
considera-se importante o trabalho da equipe neuromuscular, inclusive a "mente". Esta técnica
multiprofissional envolvida. Para Leshan (1992), adaptada pode ser associada à intervenção
é fundamental a visão de totalidade do paciente, cognitiva, bem como o processo de visualização
de modo que a busca e a conservação da saúde ou criação de imagens mentais, favorecendo a
sejam permeadas de cuidados no mesmo nível relação mente/corpo pretendida (Simonton et
de importância entre os aspectos físicos e aI., 1987). De acordo com Carvalho (1994), "...a
psicológicos. Atualmente, tornam-se cada vez Psicossomática e a Medicina Holística trabalham
mais conhecidas as influências dos fatores com a ligação mente-corpo e utilizam a
emocionais na evolução do estado psico-orgânico visualização dando a esta grande destaque e
do paciente cirúrgico no período pós-operatório, importância, em virtude das modificações
em diferentes tipos de procedimentos cirúrgicos fisiológicas que a acompanham" (p. 163). Segundo
e invasivos. Segundo Aiub et aI.(1995), Cavalcanti a autora, a visualização consiste num processo
(1994), Ferrari (1985) e Sebastiani (1995), psico-biológico natural ao homem que possibilita
pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos ao paciente utilizar melhor os seus recursos
apresentam reações psicológicas importantes internos.
como medo, ansiedade, expectativas e fantasias Com base nas pesquisas e estudos
que podem comprometer a recuperação e o mencionados; este trabalho focalizou a
modo de enfrentamento da situação cirúrgica. necessidade de se atuar preventivamente junto a
Ao constatar a presença de sintomas depressivos pacientes indicados para a cirurgia ortognática,
e distúrbios orgânicos no pós-operatório de implementando, paralelamente à orientação
pacientes de cirurgia ortognática, Zane (1997) cognitiva (informações e esclarecimentos), as
indica, além da necessidade de preparação e técnicas de relaxamento e visualização mental
avaliação psicológica pré-operatória, um no período pré e pós-operatório- operatório, como

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recurso importante para a minimização dos consistiu na primeira visita ao paciente, 24 horas
sintomas e estados emocionais encontrados após a cirurgia (1° P.O. -pós-operatório imediato)
nesses pacientes após a cirurgia.Tais e o M2 referiu-se à segunda visita ao paciente, 48
intervenções, quando inseridas e treinadas horas após a cirurgia (2° P.O. - pós-operatório
previamente à cirurgia, podem se constituir imediato). Nesses dois momentos, os pacientes
recursos mais acessíveis aos pacientes, de ambos os grupos foram questionados sobre
auxiliando-os no processo de recuperação e seu estado psico-orgânico e submetidos às
reabilitação, favorecendo melhoras nas condições técnicas de relaxamento e visualização, e orien-
psico-orgânicas no período pós-operatório e tação e apoio psicológico. No M3 (pós-operatório
subseqüente, condição que o presente trabalho tardio, 30/40 dias após a alta hospitalar), todos
pretendeu verificar. os pacientes foram entrevistados individualmente,
verificando-se seu estado emocional, sua
satisfação com os resultados alcançados com a
MÉTODO
cirurgia e adaptação nesse período. Esses
O estudo contou com uma amostra de 12 dados foram coletados por uma auxiliar de
pacientes, com idades entre 18 e 26 anos, de pesquisa que não dispunha de informação sobre
ambos os sexos, submetidos à cirurgia a que grupo (Experimental ou Controle) pertencia
ortognática com a técnica da "Fixação Interna cada paciente entrevistado, conforme critério do
Rígida". Os pacientes foram divididos em dois "duplo-cego". As dificuldades apresentadas pelos
grupos: Grupo Experimental (G.E. / N= 6) e pacientes, quanto à alimentação e outras, foram
Controle (G.C. / N= 6). A distribuição dos observadas pela pesquisadora e acompanhadas
pacientes, em rotina de internação nos dois pelos demais membros da equipe de saúde. Os
grupos, foi realizada após recebimento de relatos dos pacientes de ambos os grupos,
orientação pré-cirúrgica, mediante o seguinte quanto aos sintomas psicofisiológicos e estados
critério: G.- pacientes com entrada nas semanas emocionais, foram comparados de acordo com
1a, 3a, 5a, 7a (e assim por diante); e G.C. nas os objetivos propostos neste estudo.
semanas 2a, 4a, 6a, 8a (e assim por diante) no
período de coleta de dados para a pesquisa. A
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Tabela 1 (resultados) apresenta os dados de
identificação dos pacientes integrantes da
amostra, já subdivididos nesses Grupos. As características da amostra estão
No período pré-operatório, os pacientes de representadas na Tabela 1.
ambos os grupos foram entrevistados Verifica-se que 4 pacientes do G.E. eram
individualmente, por meio de entrevista semi- portadores de fissura, sendo que 1 paciente
dirigida previamente elaborada, visando a verificar necessitou fazer enxerto ósseo. No G.C., 3
o estado emocional, a motivação, as expectativas pacientes eram portadores de fissura e 2
e os temores relatados frente à cirurgia. Em necessitaram fazer o enxerto. Apenas 1paciente
seguida, os pacientes do G.E. foram submetidos de cada grupo não havia passado por cirurgias
a treino de relaxamento e "visualização", anteriores. No G.E., o tempo de hospitalização
objetivando minimizar a ansiedade e tensão para os pacientes variou de 1a 7 dias e no G.C.
antes da cirurgia. Os pacientes do G.C. foram de 1 a 9 dias. Verifica-se que 1pacientede cada
igualmente entrevistados, porém dispensados a grupo recebeu alta hospitalar após 1 dia da
seguir. No período pós-operatório, dividido em realização da cirurgia, tendo sido avaliados até o
imediato e tardio, ambos os grupos receberam 1° P.O. e depois no pós-operatório tardio.
acompanhamento psicológico e foram avaliados Quanto à caracterização geral apresentada,
em três momentos: M1, M2, e M3. O M1 houve similaridade entre os dois grupos.

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Todos os pacientes foram questionados ao inchaço da face, ao "medo de alterações no


no pré-operatório, sobre suas condições planejamento cirúrgico" e à preocupação com a
psicofisiológicas (sono, alimentação, e outras), possibilidade de emagrecer. Alguns pacientes
além de sua expectativas, motivação, temores e relataram estar apresentando alterações na rotina
conhecimento sobre a cirurgia. Os resultados alimentar e de sono, apontando ansiedade frente
obtidos indicaram similaridade entre os pacientes à cirurgia e à hospitalização, como fatores
do G.E. e do G.C.. De modo geral, os pacientes desencadeantes. Os pacientes dos dois grupos
de ambos os grupos relataram ter conhecimento relataram a ocorrência de alterações em seu
sobre a cirurgia e sobre a dieta líquida alimentar estado emocional, relacionando estados
posterior; todos mostraram-se motivados para a emocionais "positivos" e "negativos" à expectativa
cirurgia, portando expectativas positivas de da cirurgia. Embora todos os pacientes
melhorar quanto aos aspectos estéticos e estivessem interessados e satisfeitos frente à
funcionais. Alguns pacientes esperavam, além perspectiva da cirurgia, também relataram
disso, obter ganhos quanto ao relacionamento preocupações, sensação de cansaço e angústia,
interpessoal após a cirurgia. Todos os pacientes sendo a ansiedade o estado emocional mais
acreditavam que obteriam bons resultados. Esses freqüentemente apontado pelos pacientes.
dados são concordantes com os estudos de Conforme estudos de Aiub et aI. (1995), Ferrari
Cunninghan et al. (1995), que relacionam o desejo (1985) e Sebastiani (1995), a experiência cirúrgica
dos pacientes candidatos à cirurgia ortognática desencadeia uma série de ansiedades e temores,
de melhorar os aspectos funcional e estético, os quais podem, caso não sejam trabalhados
como motivo para sua realização. As preventivamente, comprometer a recuperação
preocupações apontadas pelos pacientes da cirúrgica do paciente.
amostra, em geral, referiram-se à anestesia, ao Após a entrevista psicológica inicial, os
ato cirúrgico, ao pós-operatório nos aspectos pacientes do G.E. foram submetidos a treino de
relacionados à dieta líquida, ao entorpecimento e relaxamento, intervenção cognitiva (visualização)

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e orientação, objetivando minimizar ansiedades repetido com os pacientes dos dois grupos no
e tensões. Após a intervenção psicológica, todos 2° P.O. (48 horas após a cirurgia).
os pacientes do G.E. relataram sentir-se mais A Tabela 2 apresenta os dados relativos
tranqüilos e alguns, mais confiantes, indicando aos sintomas de dor, dificuldade para respira-
a importância da intervenção preparatória à cirurgia, ção e dificuldade no sono, relatados pelos
conforme apontado por Aiub et aI. (1995),
pacientes dos dois grupos no 1° P.O., compa-
Cavalcanti (1994) e Ferrari (1985). O relaxamento
rando-se ao apontado antes e depois do relaxa-
e visualização realizados foram apontados, por
mento e visualização, por meio das avaliações
esses pacientes, como fatores positivos para a
de "ausência destes sintomas", manutenção
redução da ansiedade. De acordo com Jacobson
destes sintomas"e melhora destes sintomas".
(1976), o relaxamento permite o controle da
ansiedade e do estresse, sendo que as técnicas No 1° P.O., após a intervenção psicológica,
de visualização, por meio da introdução de 2 pacientes do G.E. referiram "melhora" do
imagens mentais de bem-estar e recuperação, sintoma de dor; apenas 1 paciente do G.C.
possibilitam ativar processos de autocontrole e referiu "melhora" na dor, indicando que 50% (3
auto-regulação de vários tipos de sintomas pac.) dos pacientes do G.C. mantiveram esse
psicofisiológicos e estados emocionais (Simonton sintoma após a intervenção psicológica.
et aI., 1987). A Tabela 3 apresenta os resultados obtidos
No 1° P.O., os pacientes de ambos os quanto aos sintomas psicofisiológicos relatados
grupos foram contatados e submetidos aos pelos pacientes de ambos os grupos, no 2°
procedimentos de relaxamento e visualização, P.O., comparativamente àqueles apresentados
após averiguação dos sintomas psicofisiológicos antes e após o relaxamento e visualização
e estados emocionais que apresentavam. Após verificados nessa avaliação pós-operatória.
o relaxamento e visualização, foram ainda ques-
Comparando-se os resultados apresen-
tionados sobre os mesmos aspectos, por meio
tados nas Tabelas 2 e 3, verifica-se que, no 2°
de uma lista de sintomas e estados emocionais,
subdividida em: a) sintomas psicofisiológicos P.O., 4 pacientes do G.E. e 4 do G.C. relataram
(dor, dificuldades de respiração, dificuldades ausência de dor. Do G.E., 1 paciente relatou
no sono, dificuldades na alimentação e "melhora" após o relaxamento e visualização,
fraqueza), e b) estados emocionais (ansieda- enquanto que nenhum do G.C. relatou ter
de, depressão, irritação, preocupação e melhorado após a intervenção, tendo mantido o
insatisfação). O mesmo procedimento foi sintoma. Nota-se que a freqüência do sintoma

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de dor apresentada pelos pacientes foi maior no G.E. nos dois momentos (1° P.O. e 2° P.O.)
1° P.O. para ambos os grupos, porém diminuiu referiu maiores benefícios após a interven-ção
consideravelmente no 2° P. 0. Verifica-se que o psicológica, comparativamente ao G.C.

Com relação às dificuldades na respiração, grupo relataram a ausência do sintoma sendo


a maioria dos pacientes do G.E. havia relatado a que, após a realização do relaxamento e
presença desse sintoma. No 1° P.O., após a visualização, 1 paciente do G.E. indicou
intervenção psicológica, 2 pacientes relataram "melhora". No G.C., após a intervenção psico-
melhora e 50% (3 pac.) continuaram apresentando lógica, nenhum paciente apontou "melhora" na
o sintoma. Do G.C., metade dos pacientes respiração, sendo que 60% (3 pac.) indicaram a
relatou dificuldade para respirar. Observa-se, manutenção do sintoma..
que após a intervenção psicológica, nenhum Comparando-se os resultados apontados
paciente do G.C. indicou "melhora" desse sintoma, nas Tabelas 2 e 3, verifica-se que os pacientes de
de forma que 50% (3 pac. ) dos pacientes referiram ambos os grupos relataram benefícios após a
a manutenção do sintoma. No 2° P.0., conforme intervenção psicológica. No entanto, os pacientes
observa-se na Tabela 3, dos 5 pacientes da do G.E. relataram maiores benefícios que os do
amostra de ambos os grupos, 60% (3 pac.) dos G.C. nos dois momentos (1° P.O. e 2° P.O.),
pacientes do G.E. e do G.C. referiram a ausência ocorrendo uma porcentagem maior de pacientes
de dificuldade na respiração. Após a intervenção que indicaram "melhora dos sintomas" avaliados.
psicológica, 2 pacientes do G.E. relataram Os pacientes do G.C. referiram a manutenção
"melhora" desse sintoma; no G.C. 1 paciente dos sintomas avaliados com maior frequência
apontou "melhora" e 1 indicou a manutenção do que o G.E., após o relaxamento, tanto no 1°P.O.
sintoma. quanto no 2° P.O. Os resultados obtidos nesse
No tocante à dificuldade no sono, verifica- estudo são concordantes com as indicações de
se que mais da metade dos pacientes (4 pac.) do Sandor et aI. (1982) sobre os benefícios do
G.E. e 1 paciente do G.C. relataram a ausência relaxamento, como um importante "método de
desse sintoma. Após a intervenção psicológica, recondicionamento psicofisiológico" (p.4).
1 paciente do G.E. indicou "melhora" e 1 paciente Aparentemente, tal técnica produziu maiores
relatou a manutenção do sintoma; no G.C., benefícios aos pacientes estudados, quando
somente 1 paciente apontou "melhora" e 4 introduzida no período pré-operatório, possi-
continuaram indicando dificuldades para respirar. velmente devido à familiarização e ao "treinamento"
No 2° P.0., observa-se que 2 pacientes de cada dos pacientes para sua realização.

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Quanto às dificuldades na alimentação, cuidados, tanto físicos quanto psicológicos,


verificou-se similaridade entre os pacientes dos indispensáveis à boa recuperação do paciente
dois grupos, visto que a maioria, embora numa visão de totalidade, conforme apontado na
relacionando algumas dificuldades, estava literatura (Leshan, 1992;e outros).
alimentando- se de acordo com o esperado nesses A Tabela 4 apresenta os resultados obtidos
casos. A maior dificuldade dos pacientes referiu- quanto aos estados emocionais negativos
se ao inchaço e entorpecimento da face. De (ansiedade, depressão, irritação, preocupação e
acordo com Chidyllo & Chidyllo (1989), o pós- insatisfação) apontados pelos pacientes de
operatório de pacientes submetidos à cirurgia ambos os grupos no 1o P.O., comparativamente
oral e maxilo facial é caracterizado pela inabilidade ao apresentado antes e depois da intervenção
em consumir a dieta alimentar no período de psicológica realizada nesse período. Da mesma
convalescença, sendo que sintomas como dor, forma, a Tabela 5 também apresenta os resultados
desconforto e náuseas são comuns, tal como o obtidos quanto aos estados emocionais negativos
observado neste estudo. Verificou-se que os indicados pelos pacientes dos dois grupos,
pacientes do G.E., apesar de apontarem algumas comparando-se aos apontados antes e depois
dificuldades para se alimentarem, relataram do relaxamento e visualização; no entanto, faz
menos sensação de fraqueza. Segundo Aiub et referência ao 2o P.O.
aI. (1995) e Sebastiani (1995), quando é Com relação à ansiedade, a maioria dos
possibilitado ao paciente falar sobre seus pacientes do G.E. indicaram a presença do
sentimentos, fantasias e medos com relação à referido estado emocional. Verifica-se na Tabela
cirurgia, e quando lhe são fornecidos os devidos 4, no 1o P.O. que, após a intervenção psicológica,
esclarecimentos sobre a situação pela qual irá 4 pacientes do G.E. relataram "melhora" na
passar, é capaz de controlar a situação e enfrentar ansiedade e apenas 1 paciente apontou a
melhor a realidade, conforme aparentemente manutenção da mesma. No G.C., 2 pacientes
encontrado neste trabalho. Considerando-se a relataram a ausência de ansiedade, 2 indicaram
complexidade da cirurgia ortognática, os dados "melhora" após a intervenção e 2 apontaram a
aqui investigados indicam a importância do manutenção de tal estado emocional. Conforme
trabalho multiprofissional para a assistência de observa-se na Tabela 5, no 2° P.O., somente 1

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paciente do G.E. relatou ausência de ansiedade; a manutenção do estado de ansiedade. Através


no entanto, observa-se que, após o relaxamento dos resultados obtidos, nota-se que, após a
e visualização, houve "melhora" para 4 pacientes. intervenção psicológica, os pacientes do G.E.
No G.C., 60% (3 pac.) dos pacientes referiram relataram melhora considerável na amenização
ausência de ansiedade, sendo que 1 paciente do estado de ansiedade antes relacionados,
relatou "melhora" após a intervenção e 1 apontou comparativamente ao G.C.

Com relação à irritabilidade, o G.E.


Na indicação do estado de depressão,
apresentou, no 1° P.O., 2 pacientes que relata-
observa-se no 1° P.O. que 2 pacientes do G.E.
ram a ausência de irritação. Observa-se que
relataram ausência de depressão. Após a
após a intervenção psicológica, 50% (3 pac.) dos
intervenção psicológica, 50% (3 pac.) dos pacientes do G.E. indicaram "melhora", sendo
pacientes apontaram "melhora" e apenas 1 que apenas 1paciente apontou a manutenção da
paciente relatou a manutenção da depressão. irritação. No G.C., 4 pacientes indicaram a
No G.C., 1 paciente indicou ausência de ausência de irritação. Após a realização da
depressão. Após o relaxamento e visualização, intervenção, não houve relatos de "melhora" para
50% (3 pac.) dos pacientes do G.C. referiram nenhum paciente do G.C., de forma que 2
"melhora" e 2 pacientes relataram a manutenção pacientes fizeram referência a manutenção da
do referido estado emocional. No 2° P.O., 2 irritação. No 2° P.O., 2 pacientes do G.E. referi-
pacientes do G.E. referiram ausência de estado ram ausência de irritabilidade. Após a intervenção
depressivo. Após a intervenção, 2 pacientes do psicológica, 60% (3 pac.) dos pacientes do G.E.
G.E. indicaram "melhora" e 1 relatou a manutenção indicaram "melhora", não havendo indicações de
de depressão. No G.C., 4 pacientes apontaram manutenção de irritabilidade para nenhum
a ausência de depressão; após o relaxamento, 1 paciente. No G.C., também não ocorreu freqüên-
paciente referiu "melhora", de forma que não cia indicativa da manutenção de irritação nos
houve nenhum paciente indicando a manuten- pacientes, uma vez que 4 pacientes deste grupo
ção de estado depressivo. apontaram a ausência do estado de irritação e 1

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paciente informou ter obtido "melhora" após a emocionais manifestados. As técnicas de


intervenção. relaxamento, conforme os relatos dos
pacientes, pareceram auxiliar na amenização
No que diz respeito ao fator preocupação
dos estados emocionais negativos indicados
apresentado pelos pacientes no período pós-
pelos pacientes de ambos os grupos, porém
operatório imediato,verifica-se naTabela 4, no
com maior freqüência para os pacientes do
1° P.O., que nenhum dos pacientes do G.E. G.E., tanto no 1° P.O. quanto no 2° P.O.. Tais
referiu a ausência de preocupação; porém,após resultados são concordantes com a colocação
a intervenção psicológica, 83,3% (5 pac.) de Jacobson (1976) para quem o relaxamento
relataram "melhora" nesse aspecto e apenas 1 permite, além de diminuir e controlar tensões
paciente continuou indicando a manutenção de musculares, amenizar ou extinguir sintomas
fatores preocupantes No G.C., somente 1 pacien- como ansiedade, excitação orgânica e outras
te referiu a ausência de preocupação nesse perturbações emocionais.
período. Após o relaxamento e visualização, 2
De acordo com os relatos dos pacientes,
pacientes do G.C. indicaram "melhora" e 50% (3
considerando os sintomas psicofisiológicos e
pac.) relataram que a preocupação se manteve.
estados emocionais manifestados respecti-
No 2° P.O., aumentou a freqüência indicativa de
vamente no 1°e 2°P.0., houve maior freqüência
pacientes com ausência de fatores preocupantes,
indicativa de "melhora" para os pacientes do G.E.
para ambos os grupos; após a intervenção
No 1° P.O., 50% dos pacientes do G.E. relataram
psicológica, 1 paciente de cada grupo relatou
ter melhorado muito e 0% dos pacientes do G.C.
"melhora".
No 2°P.0., após a intervenção psicológica, 80%
A insatisfação consistiu num estado dos pacientes do G.E. informaram ter melhorado
emocional aparentemente mais presente para os muito e 40% dos pacientes do G.C. Durante o re-
pacientes do G.C. Observa-se no 1° P.O. que laxamento e visualização efetuados no 1° e no
50% (3 pac.) pacientes do G.C. relataram a 2° P.O., observou-se que a maioria dos
manutenção de insatisfação, mesmo após a pacientes do G.C. apresentou dificuldades
intervenção psicológica. No G.E., 83,3% (5 pac.) para executar o procedimento, tendo ocorrido
dos pacientes indicaram a ausência de resistência de um paciente para realizá-Io. Os
insatisfação. No 2° P.O., 100% (5 pac.) dos dados possibilitaram indicar que esclareci-
pacientes do G.E. indicaram a ausência de mentos, treino de relaxamento e intervenção
insatisfação e no G.C. 80% (4 pac)dos cognitiva introduzidos no pré-operatório tendem
pacientes fizeram a mesma referência. a facilitar a prática do relaxamento no pós-ope-
No geral, considerando-se os resultados ratório, momento em que os pacientes estão
apresentados nas Tabelas 4 e 5, nota-se que a debilitados.Tais resultados são concordantes
presença de estados emocionais negativos com os estudos de Sebastiani (1995), que
pareceu ter sido mais referida pelos pacientes do indicam a contribuição do trabalho preventivo,
com atendimento psicológico no período pré-
G.E.; no entanto, após a realização da intervenção
operatório, para o estabelecimento do contato e
psicológica, houve uma freqüência maior de
confiança como paciente, ficando o período pós-
pacientes desse grupo que indicaram "melhora" operatório destinado a um trabalho mais focado
em seu estado emocional negativo, compara- na recuperação do paciente, visto que neste
tivamente ao apontado pelos pacientes do G.C. momento está mais debilitado e dependente.
O fato de os pacientes do G.E. terem sido
Entrevistas realizadas pela auxiliar de
trabalhados no período pré-operatório pode ter pesquisa no pós-operatório tardio (30/40 dias
facilitado e estimulado uma auto-percepção após a alta hospitalar) demonstraram que 100%
mais acurada na avaliação de suas condições dos pacientes do G.E. revelaram-se satisfeitos
pós-cirúrgicas, com relação aos estados com as informações obtidas sobre a cirurgia,

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INTERVENÇÕES PSICOLÓGICAS EM CIRURGIA ORTOGNÁTICA 15

sem ocorrência de "surpresas desagradáveis" no recebido, sendo que todos relacionaram o


processo de recuperação pós-cirúrgica. A maioria relaxamento como a intervenção psicológica
desses pacientes referiu boa adaptação à dieta que mais ajudou, com exceção de um paciente
líquida, o que não ocorreu com os pacientes do do G.C. que relacionou ter sido o apoio
G.C. Os aspectos desagradáveis referidos por psicológico, visto que este paciente não
50% dos pacientes do G.C. relacionaram-se ao conseguiu realizar o relaxamento. Em geral, os
período pós-operatório, quanto a situações que resultados obtidos indicaram obtenção de
consideraram "inesperadas", provenientes de ganhos com a cirurgia para todos os pacientes
dificuldades encontradas no período de do estudo. Os pacientes do G.E. pareceram
convalescença. Quanto à adaptação com a perceber melhoras nos sintomas
dieta líquida no pós-operatório, verificou-se que psicofisiológicos e estados emocionais em maior
as dificuldades relacionadas pela maioria dos proporção que os do G.C., após a intervenção
pacientes do G.C. foram: sintomas de náuseas, psicológica no pós-operatório imediato.
perda de peso e sensação de fome. Para Finlay Pareceram ainda mais adaptados às condições
et ai. (1995) e Shaloulb (1994), expectativas de recuperação pós-cirúrgica, não referindo
irreais dos pacientes submetidos à cirurgia decepção com as dificuldades encontradas e
ortognática, quanto ao pós-operatório e resulta- mostrando-se mais participativos no processo
dos, influenciam sua percepção e ocasionam de recuperação. Tais resultados são
insatisfação no processo de recuperação e concordantes com os encontrados na literatura
convalescença. Nesse sentido, esses autores, da área apresentados neste trabalho. Sugere-
assim como outros já mencionados, ressaltam a se realização de estudos similares com amostras
importância de se preparar e avaliar o paciente maiores de pacientes.
no período pré-operatório, a fim de possibilitar-
lhe uma aproximação às expectativas mais
CONCLUSÕES
reais, para melhor enfrentamento e superação
das dificuldades.
A análise dos resultados obtidos indicaram
Nos demais itens avaliados no pós- a importância das técnicas de relaxamento e
operatório tardio, observou-se que não houve
orientação cognitiva, como auxiliares na
diferenças importantes entre os dois grupos
adaptação psico-orgânica pós-cirúrgica para
quanto às condições psicofisiológicas apre-
ambos os grupos. Essas técnicas, quando
sentadas. Com relação às expectativas, todos
introduzidas no período pré-operatório, tendem
os pacientes, em ambos os grupos, consideraram
a facilitar a adaptação pós-operatória, geran-
positivos os resultados obtidos com a cirurgia,
confirmando melhoras nos aspectos estéticos e do melhores avaliações das condições psico-
funcionais. Esses resultados parecem evidenciar -orgânicas manifestadas pelos pacientes e
os ganhos proporcionados pela cirurgia ortogná- contribuindo para a diminuição de tensão e
tica. Cheng et aI. (1995) e Shaloulb (1994) ansiedade frente à cirurgia. A intervenção
apontam que os pacientes realmente alcançam psicológica realizada com os pacientes no pré-
ótimos resultados estéticos e funcionais com a -operatório pode também facilitara relação tera-
cirurgia, levando a mudanças significativas na pêutica no pós- operatório, facilitando a expressão
auto-estima e conseqüentemente a benefícios de suas condições e dificuldades nesse momento.
pessoais e sociais. No tangente à contribuição Sugere-se que pacientes candidatos à cirurgia
do atendimento psicológico para a amenização ortognática possam se beneficiar com as técnicas
dos sintomas e dificuldades no período pós- de relaxamento introduzidas no período pré e
-operatório imediato, todos os pacientes pós- operatório, com maior índices de benefícios
avaliaram positivamente o acompanhamento para os que se submeterem à técnica no período

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16 E. SANTOS et al.

pré-operatório. Indica-se replicação do estudo problems following orthognathic surgery.


com amostras maiores de pacientes, verificando- Journal of Clinical Orthodontics, 29 (12):
se também efeitos na auto-percepção de estados 755-757.
emocionais de sujeitos submetidos a relaxamento
D'AGOSTINO, L. & JORGE, D. (1991). A
e visualização.
criança portadora de fissura labiopalatal.
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