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1. CRÉDITO INDUSTRIAL
Surge então o Decreto-lei nº 413/69 que cria a Cédula de Crédito Industrial e a Nota de Crédito Industrial.
Tem por finalidade específica o financiamento de atividades industriais, o que aproxima sem dúvida, da
Cédula de Crédito Rural, que tem por objetivo o financiamento de atividade agrícola.
É uma promessa de pagamento com garantia real cedularmente constituída ( penhor, hipoteca, alienação
fiduciária), consubstanciada por um contrato de financiamento para fins específicos.
“a emissão de cédula de crédito industrial deve ser antecedida de outras operações, as quais ficará ligada,
pois é coroamento de um conjunto de ações referentes à um financiamento industrial. O emitente da
cédula de crédito industrial, a princípio, obtém de um banco um empréstimo em dinheiro, a ser aplicado
numa operação industrial prevista num orçamento elaborado pelo financiamento aprovado pelo
financiador.”
É uma promessa de pagamento ungida a operação específica, portanto, título causal, o que a diferencia da
nota promissória.
Caracteres que lhes são próprios: a) emissão exclusiva de industriais; b) instituição financeira como
beneficiário original; c) vinculação ao orçamento e organograma dos investimentos; d) utilização e
disponibilidade em parcelas do crédito; e) faculdade do credor fiscalizar o emprego das parcelas adiantadas
e o andamento dos investimentos; f) vencimento antecipado independente de notificação judicial ou
extrajudicial e g) inscrição no Registro Imobiliário.
É título executivo, que em sendo causal, há que se falar em interferência na autonomia, salvo nos casos
de endosso à terceiro de boa-fé.
Assim, se consubstanciado um contrato de financiamento, pressupõe para sua validade, o cumprimento das
obrigações bilaterais que nele contém.
A falta de qualquer destes requisitos, sobretudo a efetiva entrega das parcelas correspondentes ao
empréstimo, indispensável à consecução de seus fins, retira do credor os meios pertinentes ao título,
implicando na ineficácia das obrigações nele contidas, ensejando ação por perdas e danos ao credor.
Fácil, portanto concluir que, na cédula de Crédito Industrial, a prestação do devedor (emitente),
corresponderá necessariamente à contraprestação da financiadora (instituição financeira). Exceptio Non
Adimplendi Contractus.
Distingue-se da Cédula de Crédito, por ser promessa de pagamento sem garantia real. Goza de privilégio
geral do art. 964 do CC.
Com exceção da discriminação de bens objeto de garantia e seu seguro, todos os demais requisitos
aplicáveis à Cédula de Crédito se aplicam às Notas de Crédito.
Instituídos pela Lei nº 6.840/80, representam empréstimos de instituições financeiras à pessoa física ou
jurídica que se dedica à atividade mercantil ou à prestação de serviços. Aplica-se as disposições do DL nº
413/69 inclusive quanto à forma.
É título com garantia real , quando Cédulas, pode ser levada a registro no livro próprio.
Criado pelo art. 31 da Lei º 8.177 de 1991, emitido por bancos de desenvolvimento e caixas econômicas
com carteira comercial ou de investimento para captação de recursos destinados ao financiamento de
projetos no âmbito do Programa de Fomento à Competitividade Industrial.
Características: